Hoje de manhã, no Programa de diálogo com os ouvintes da Antena 1, e a propósito da greve dos transportes, ouvi um comentário, cruel, mas bastante bem explicado, que dizia que o Secretário-Geral da Intersindical, Carvalho da Silva era o maior Desempregador deste país.
De facto, decretar uma greve dos transportes, neste momento crítico, é um acto de enorme insensatez. Aliás, nem se sabe contra quem é que a greve se faz. Se é contra o patronato, é contra nós todos, que as empresas são públicas. Se é contra o Governo, é uma greve política e isso não foi assumido. Contra o capital não é, seguramente, que as empresas de transportes estão descapitalizadas e falidas.
A verdade é que, com lutas como a de hoje, os sindicatos estão a cavar definitivamente o seu descrédito. Cada vez há menos trabalhadores sindicalizados e apenas na função pública ou em empresas do Estado os sindicatos conseguem mobilizar as pessoas para a greve.
Claro que são precisos sindicatos fortes, lutadores, determinados, mas sindicatos do tempo presente, com mensagens apropriadas à realidade económica das empresas e do país, e utilizando formas de luta compreensíveis e aceites pela generalidade dos trabalhadores. Conhecedores do funcionamento da economia e atentos à realidade dos ciclos e das conjunturas .
O contrário dos sindicatos actuais, que ainda procuram, a todo o transe, transportar para o campo laboral as reivindicações e os ideais políticos dos seus dirigentes, cada vez mais afastados, pela usura do tempo e pela alteração dos modos de produção, dos problemas reais da economia.
Tal como se comportam, nesta era de globalização, em que não sobreviverá emprego se não nos adaptarmos aos novos tempos, os Dirigentes Sindicais têm muitas vezes sido fomentadores do desemprego neste país. Lamentavelmente; talvez como nunca, precisávamos de sindicatos fortes e esclarecidos.
De facto, decretar uma greve dos transportes, neste momento crítico, é um acto de enorme insensatez. Aliás, nem se sabe contra quem é que a greve se faz. Se é contra o patronato, é contra nós todos, que as empresas são públicas. Se é contra o Governo, é uma greve política e isso não foi assumido. Contra o capital não é, seguramente, que as empresas de transportes estão descapitalizadas e falidas.
A verdade é que, com lutas como a de hoje, os sindicatos estão a cavar definitivamente o seu descrédito. Cada vez há menos trabalhadores sindicalizados e apenas na função pública ou em empresas do Estado os sindicatos conseguem mobilizar as pessoas para a greve.
Claro que são precisos sindicatos fortes, lutadores, determinados, mas sindicatos do tempo presente, com mensagens apropriadas à realidade económica das empresas e do país, e utilizando formas de luta compreensíveis e aceites pela generalidade dos trabalhadores. Conhecedores do funcionamento da economia e atentos à realidade dos ciclos e das conjunturas .
O contrário dos sindicatos actuais, que ainda procuram, a todo o transe, transportar para o campo laboral as reivindicações e os ideais políticos dos seus dirigentes, cada vez mais afastados, pela usura do tempo e pela alteração dos modos de produção, dos problemas reais da economia.
Tal como se comportam, nesta era de globalização, em que não sobreviverá emprego se não nos adaptarmos aos novos tempos, os Dirigentes Sindicais têm muitas vezes sido fomentadores do desemprego neste país. Lamentavelmente; talvez como nunca, precisávamos de sindicatos fortes e esclarecidos.
Não deverão, os transportes públicos, ser considerados serviços essenciais? Assim sendo, não poderiam, tão facilmente, paralisar, de certa forma o país.
ResponderEliminarBoa noite! O direito à greve, nas actuais circunstâncias do País, não é tolerável. Sou a favor do direito à greve nos países que tenham uma economia desenvolvida e, mesmo assim, com algumas restrições:militares, magistrados, funcionários públicos e empregados de empresas que prestem serviços essenciais.
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão,
ResponderEliminarConcordo inteiramente com o seu post, mas tenho que acrescentar que está a acontecer uma revolta silenciosa que me está a deixar apreensivo. Há cada vez mais pessoas com vontade de fazer algo (greve, por exemplo) por estarem fartas de conhecerm os salários, prémios, bónus, reformas, cartões de crédito, automóveis, etc. dos gestores.
Sinceramente, se não nada se fizer neste assunto temo que algo possa acontecer, especialmente na altura que o governo se vir obrigado a tomar medidas apressadas e fáceis (como é habitual neste país) para acalmar os mercados financeiros.
Caro Pinho Cardão mas aparentemente o desempregador-mór tem sucesso. Doutra forma a greve não teria tido a adesão que teve. Ora, se esse senhor tem audiência e seguidores é natural que continue a fazer o que fez até hoje.
ResponderEliminarO problema não é o Carvalho da Silva. O problema são o povo e a cultura permitirem que alguém que vive umas largas décadas para trás, nos tempos da luta de classes, como é o caso, tenha a influência que tem. Dado ser assim, pois é esse mesmo povo que sofre as consequências das suas escolhas. Isto não é de admirar num país onde a extrema esquerda - e o PC mais ortodoxo da Europa... - tem 20% do eleitorado, de qualquer maneira.
Tudo o que nos comentários anteriores ficou explanado, é verdadeiro. Há no entanto algo, no comentário de Zuricher que me tocou especialmente: "...num país onde a extrema esquerda-e o PCP mais ortodoxo da Europa...-tem 20% do eleitorado..."
ResponderEliminarNa realidade, 36 anos após o 25 de Abril e numa evolução que se desejava normal, esses partidos , hoje, não deveriam ter expressão eleitoral. Infelizmente assim não é e isso deve-se a quem? A todos aqueles que com responsabilidades governativas (e não excluo os primeiros anos de bagunça total) não souberam ser sérios, pôr os interesses do país acima dos interesses partidários e pessoais, preocupando-se exclusivamente com os privilégios usufruidos ou passíveis de usufruir, abdicando dos princ´pios de honradez e seriedade que aqueles que neles votaram julgaram ter.
Está também na massa do eleitorado que em 36 anos consentiu em continuar a deixar-se enganar, não tirando da experência a lição devida mas tão só deixar-se embarcar na conversa enganadora dos abutres sequiosos de poder. Não houve, pois, o necessário murro na mesa, também não houve, nem há um "leader" que queira correr riscos e que se reconheça capaz.
A desonestidade,o aproveitamento e a falta de carácter que campeia entre os agentes políticos e de todos os PODERES, horroriza qualquer cidadão honesto.
Ao nível empresarial, a mesma desonestidade. Empresários que disso só têm o nome, muitos sem quaisquer escrúpulos e respeito pelos trabalhadores, olhando ùnicamente para a sua carteira.Não olhando a meios para conseguir os favores do poder, passando sobre tudo e todos. Tudo isto no meio da maior impunidade.
Ao nível dos trabalhadores, só e quase sempre reevindicações de natureza política, sem preocupações de produtividade, deixando-se embarcar na conversa de falsos sindicalistas( tamb´em eles só preocupados com a manutenção e continuação do seu status) esquecendo ser uma luta perdida que, a breve trecho, levará ao seu próprio desmprego.
Hoje dizemos, como foi, como é, possível?...
Infelizmente é e todos estamos a pagar. Até quando?
Cara Catarina:
ResponderEliminarPelo menos, deveriam ser respeitados serviços mínimos.
Caro Alberto Valadão:
Numa democracia, a greve é um direito. E o bom senso e sentido de responsabilidades dos dirigentes sindicais devia ser o dever correspondente.
Caro Fartinho:
De facto, quem nos avisa nosso amigo é...
Caro Zuricher:
Tem razão, a cultura instalada e que diariamente é reproduzida nos media gera estes fenómenos...
Caro SLGS:
Um desabafo sério e sentido. E esclarecedor.