Gosto de ler as entrevistas de António Barreto. Aprecio a sua independência e liberdade. Embora não concorde com todas as suas opiniões e avaliações, é séria e realista a abordagem sobre os problemas que o País enfrenta, é grande a variedade dos temas tratados - a sociedade, a ética, a política, a justiça, a educação - e interessante a visão sociológica.
Não apresenta soluções. A frase "A situação é muito difícil. Há fragilidades muito grandes nas instituições. As pessoas não têm confiança." tem sido dita e redita. Não tem nada de novo. Está perigosamente velha. Sendo a falta de confiança um grande obstáculo, uma grande questão é saber o que é preciso transformar para recuperar a confiança!
Já somos dois, cara Drª. Margarida.
ResponderEliminarAntónio Barreto uma das vozes (poucas) que são escutadas, devido ao modo directo e sem floreados, nem passos de dança, que utiliza para falar dos problemas e de os entender.
... e, assim, alimentar o livre pensamento
ResponderEliminarA confiança perdida
entre as meias verdades
ficando desiludida
para todas as idades.
A tradicional servidão
tolda o livre pensamento,
numa cultura de podridão
essa é um bom alimento.
Como queremos sobreviver
a tamanha encruzilhada?
Fica a resposta por prover
a tanta doutrina falhada.
Tem razão, Margarida, vale sempre a pena ler António Barreto. Para haver confiança tem que haver seriedade, as pessoas têm que acreditar que quem age está determinado pela defesa do bem comum, que os seus interesses são defendidos e que as instituições cumprem os fins para que foram criadas e honram o esforço de quem as sustenta. Pode ser dito e redito, mas é difícl ouvir...
ResponderEliminarCaro Bartolomeu
ResponderEliminarMuito bem visto a dos floreados e passos de dança, "mise-en-scènes", aliás, de uma grande criatividade inesgotável!
Caro Manuel Brás
"Fica a resposta por prover", que tanta falta faz que fosse desvendada.
Suzana
A falta de confiança é um cancro que quando se instala é muito difícil de superar.
A intransigência da defesa do bem comum e a verdade são valores que atingiram níveis muito baixos.