Numa época em que há tanta pobreza no mundo e milhões de pessoas que nem forças têm para lutar pela sobrevivência, é louvável o apelo de Bill Gates e Warren Buffett para que os milionários de todo o mundo comprometam 50% das suas fortunas a causas sociais.
Warren Buffett reconhece no seu manifesto de intenção de doação de 90% da sua fortuna a obras de caridade que o seu compromisso deixa intocável o seu estilo de vida e dos seus filhos, que a sua família continuará a receber significativos rendimentos para seu uso pessoal e que os 10% sobrantes lhe permitirão ter tudo aquilo que é possível ter na vida.
Tenho para mim que os milionários devem ter um relacionamento difícil e até doentio com o dinheiro, nunca estando satisfeitos com cada patamar de fortuna alcançado, procurando insaciavelmente novas marcas.
Talvez que as crises profundas que se vivem agitem a consciência social desses milionários, com gestos de retorno à sociedade dos lucros que esta lhes proporciona. Um retorno reciclado que se traduzirá numa redistribuição renovada da riqueza gerada.
Poderá ser excessivo considerar que dar o que se tem é um gesto de solidariedade, quando sabemos que há por esse mundo fora quem tendo pouco ou quase nada tem sempre alguma coisa para dar.
Warren Buffett reconhece no seu manifesto de intenção de doação de 90% da sua fortuna a obras de caridade que o seu compromisso deixa intocável o seu estilo de vida e dos seus filhos, que a sua família continuará a receber significativos rendimentos para seu uso pessoal e que os 10% sobrantes lhe permitirão ter tudo aquilo que é possível ter na vida.
Tenho para mim que os milionários devem ter um relacionamento difícil e até doentio com o dinheiro, nunca estando satisfeitos com cada patamar de fortuna alcançado, procurando insaciavelmente novas marcas.
Talvez que as crises profundas que se vivem agitem a consciência social desses milionários, com gestos de retorno à sociedade dos lucros que esta lhes proporciona. Um retorno reciclado que se traduzirá numa redistribuição renovada da riqueza gerada.
Poderá ser excessivo considerar que dar o que se tem é um gesto de solidariedade, quando sabemos que há por esse mundo fora quem tendo pouco ou quase nada tem sempre alguma coisa para dar.
Mas não será excessivo apreciarmos a iniciativa dos milionários Bill Gates e Warren Buffett e congratularmo-nos com a mudança que poderá acontecer. É uma esperança…
É louvável o gesto desses multi-milionários e de todos os outros filantropos que o fazem sob o anonimato.
ResponderEliminarCara Margarida, tanto Bill Gates como Warren Buffet, entre vários outros milionários americanos são, de há muitos anos, fílantropos e contribuem generosamente para diversos tipos de caridade.
ResponderEliminarNos Estados Unidos é bastante comum este tipo de filantropia entre os mais abastados embora de forma normalmente recatada. Como, aliás, é de bom tom.
Caro Zuricher
ResponderEliminarCom efeito, a novidade é a iniciativa "The giving pledge" (ver em: http://givingpledge.org/).
O compromisso está a mobilizar muitos milionários. Li há pouco que Michael Bloomberg, que detém o controlo da agência noticiosa Bloomberg News, respondeu ao desafio. Bloomberg detém uma fortuna de 18 mil milhões de dólares.
http://www.youtube.com/watch?v=BtWCfEcHtLo&feature=related
ResponderEliminarExistem espaços que nos parecem demasiadamente grandes, a separar a humanidade.
Espaços infinitos, desfiladeiros profundamente obscuros que poucos se atrevem a transpor, preferindo a segurança da margem e o conforto de uma certeza ilusória, dogmática, demagógica.
A um amigo que me visitou e me pediu a flóber para dar uns tiros aos pardais, perguntei: sabes se os pardais estão dispostos a satisfazer o teu prazer? recusei emprestar-lhe a arma com esse fim, desenhei um alvo em cartão e coloquei-o a uma ceta distância, para que fizesse pontaria. Respondeu-me; isso não dá gozo nenhum.
Tens de ter paciência... em minha casa não se atira aos pardais, nem tiros, nem comida, deixamos que sejam completamente livres de seguir o seu destino.
Caro Bartolomeu
ResponderEliminarA sua biblioteca de pensamentos e ilustrações impressiona-me cada vez mais.
Fiquei a pensar na história dos tiros aos pardais. O mundo está cheio de maus caprichos, de vontades egoístas e infundadas em que acima de tudo está o prazer do "eu". São no fundo faltas de amor, de amor próprio, de amor pelos outros e de amor pelo bem que é a vida.
Temos que viver com estas diferenças, mas podemos e devemos, no que estiver ao nosso alcance, como fez o Caro Bartolomeu, mostrar que não gostamos. A vida é muito feita de pequenos grandes gestos.
;)
ResponderEliminarNão faz ideia, cara Drª. como eu gostaria de possuir uma "biblioteca mental" bem organizada.
Mas a verdade é que, a minha "biblioteca mental" arquiva somente alguns fragmentos, o que me obriga a um esforço imenso, sempre que pretendo recordar-me de algo que tenho a certeza que conheço, mas que no momento não consigo trazer completamente à memória. Esta fragilidade ganha uma dimensão redutora, quando em conversa directa.
Caro Bartolomeu
ResponderEliminarNão sei se é uma fragilidade, o que eu sei é que o "esforço" nos tem enriquecido. Estamos-lhe muito gratos.
Bom, Drª. Margarida, se enveredamos pelo caminho dos agradecimentos, não me bastarão os anos que espero me restem de vida, para agradecer aos autores e comentadores do "Quarta" a fertilidade que conferem aos meus comentários e que não é mais, que o resultado da sabedoria que de todos tenho tido o ensejo de beber.
ResponderEliminarÉ sempre assim... o mundo só evolui quando os homens se dão as mãos!
Obrigado, Drª. Margarida!