domingo, 11 de julho de 2010

Sai mais uma comenda!

O mais português dos comendadores, Joe Berardo,  tem a solução para a crise financeira. Era para a revelar na 235ª entrevista dada este ano a Mário Crespo, mas alguma coisa correu mal na combination. O bom do comendador anunciou que o governo deve nacionalizar tudo e começar de novo.
Está revelado um dos segredos mais bem guardados: afinal foi Berardo quem Vasco Gonçalves nomeou herdeiro!
.
Entretanto veio-me à memória, não sei porquê, a parte final de um dos geniais sonetos do grande António Aleixo - "Ser doido-alegre, a maior ventura", que diz assim:

Direi, ao contemplar o seu sorriso,
Ai quem me dera ser doido também
P'ra suportar melhor quem tem juízo.

5 comentários:

  1. Às tantas, já deve estar a pensar como vai tirar lucro das nacionalizações...

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  2. Parece-me que se esqueceu de dizer que sem antes, abandonarmos a Europa!

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  3. Falei agora mesmo com o Jô, pelo telefone... sem fios e... pasme-se... revelou-me que já colocou à disposição do governo, todas as suas empresas, acções, quotas e contas bancárias, acompanhadas do pedido de que sejam as primeiras a ser nacionalizadas.
    E esta hein!!!???
    Se alguem duvidava do espírito altruísta do senhor Comendador... desengane-se...

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  4. De comenda em comenda...

    Nestes tempos alvoroçados,
    com a rosa tão fenecida,
    pesadelos entrelaçados
    agitam gente carecida.

    São muitas noites mal dormidas
    de um povo assaz carente,
    fazendo contas reprimidas
    para um porvir diferente.

    É, sem dúvida, grande ventura
    ser doido e bastante varrido
    para aturar tanta fartura
    de um juízo mal discorrido.

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  5. Dos Comendadores (poucos) que conheço, Rui Nabeiro, é indubitávelmente, aquele por quem nutro maior simpatia.
    Homem com carácter e sentido de mundo, de povo e empresarial.
    Hoje ao almoço, fiz-me acompanhar por uma das suas "Reserva do Comendador" tinto de 2006.
    Estava de "estalo".
    Diz no contra-rótulo o seguinte: Desenhar vinhos é um pocesso complexo que envolve várias vertentes. Conhecê-las, compreendê-las e interpreta-las é o desafio que se nos coloca todos os dias...
    Mais adiante, pode ler-se o seguinte: Este vinho esboçou-se a partir de uma cuidadosa selecção de uvas das castas Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet. Após um estágio pacial de 18 meses em barricas de carvalho francês e um ano na garrafa...
    Depois vem a conversa dos aromas e dos frutos silvestres e blá,blá,blá. Comose os gajos que se sentam à mesa do Gambrinus, ou da Bica do Sapato, alguma vez tivessem tido oportunidade de conhecer o verdadeiro aroma dos frutos silvestres. Como se alguma vez o empresário que convida o cliente para almoçar, tivesse sentido as narinas serem invadidas pelo cheiro da terra, logo após uma chuvada de verão, ou tivesse alguma vez caminhado pelos arroios, logo após o sol nascer, quando a vida desponta e os ervedos se encontram ainda inundados dos orvalhos da noite e os cheiros intensos e nobres da natureza invadem os sentidos daqueles que decidem ousar.
    Os colaboradores de Rui Nabeiro e a população de Campo Maior, estão-lhe gratos por esse conhecimento e essa vontade, postos ao serviço da família e do povo, fazendo com que o trabalho produza valor.

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