…Mas o Estado não tem obrigação …de pagar os estudos a quem está na escola para não estudar e tudo fazer para perturbar os que querem estudar.
Primeiro do que tudo, portanto, os chumbos existem por uma razão de justiça social: uma vez corrigida a desigualdade de nascença e fornecida a oportunidade, o Estado (isto é, a comunidade, todos nós) não tem de insistir e proteger quem o não quer ou não merece. É bem mais útil gastar o dinheiro dos impostos dos que trabalham a financiar um doutoramento no estrangeiro a um aluno excepcional e que, de outro modo, não o poderia fazer, do que gastá-lo em aulas de recuperação aos calões de serviço, que sempre os haverá.
E, sobre uma razão de justiça social, existe ainda uma razão de mérito: em todos os domínios, e começando evidentemente pela escola, que é onde tudo começa, o dever de uma comunidade não é proteger os medíocres e compadecer-se dos inúteis, mas sim premiar os bons e premiar os que fazem.
…
A falta de uma cultura de mérito, de uma cultura de responsabilização e de uma cultura de risco é hoje o principal problema do país.
Miguel Sousa Tavares, em Política sem Coragem, Expresso de 7 de Agosto de 2010.
Primeiro do que tudo, portanto, os chumbos existem por uma razão de justiça social: uma vez corrigida a desigualdade de nascença e fornecida a oportunidade, o Estado (isto é, a comunidade, todos nós) não tem de insistir e proteger quem o não quer ou não merece. É bem mais útil gastar o dinheiro dos impostos dos que trabalham a financiar um doutoramento no estrangeiro a um aluno excepcional e que, de outro modo, não o poderia fazer, do que gastá-lo em aulas de recuperação aos calões de serviço, que sempre os haverá.
E, sobre uma razão de justiça social, existe ainda uma razão de mérito: em todos os domínios, e começando evidentemente pela escola, que é onde tudo começa, o dever de uma comunidade não é proteger os medíocres e compadecer-se dos inúteis, mas sim premiar os bons e premiar os que fazem.
…
A falta de uma cultura de mérito, de uma cultura de responsabilização e de uma cultura de risco é hoje o principal problema do país.
Miguel Sousa Tavares, em Política sem Coragem, Expresso de 7 de Agosto de 2010.
Adenda: Acedendo ao reparo da nossa comentadora Catarina (3º comentário) de que não deixava a minha opinião sobre o texto (e eu a julgar que nem era preciso...), aqui vai ele: excelente artigo de MST, tão excelente que devia ser afixado à porta de todos os gabinetes da 5 de Outubro e colocado de hora em hora na secretária da Ministra. Admito, contudo, que haja por lá gente que nem saiba soletrar.
Este, é um discurso que se entende e que só aos cábulas pode desinteressar... muito diferente da reforma proposta por Pedro Passos Coelho.
ResponderEliminarContudo, fica uma lacuna por preencher; a das quotas de objectivos cumpridos, reclamada pela UE, ou... sempre vamos saír daquela (des)União?!
Na nossa "democracia" o voto de um calão vale tanto como o de um trabalhador.Infelizmente os calões estão em maioria.
ResponderEliminarA transcrição de uma opinião, sem um comentário seu, caro Pinho Cardão?!! : )
ResponderEliminarCara Catarina:
ResponderEliminarE eu a pensar que nem era preciso!...
Mas o mal já lá está devidamente reparado...
Ah! Assim, o post ficou menos insípido! : )
ResponderEliminarA verdade é, quase sempre, pouco gostosa, cara Catarina!...
ResponderEliminar: )
ResponderEliminarA verdade... mais uma “verdade” revestida de discordâncias e as soluções que se adivinham que tanto deixam a desejar...
Neologísmos e redundâncias, que resultam em despautérios, cara Catarina...
ResponderEliminarDá para descodificar, caríssimo Bartolomeu?! Não quero cometer erros de interpretação. : )
ResponderEliminarNão tenho dúvidas acerca da sua capacidade de interpretação, cara Catarina.
ResponderEliminar;)
Agradeço o voto de confiança. : )
ResponderEliminarÉ justíssimo, pelo que, não carece de agradecimento.
ResponderEliminar;)
Da minha actividade, a tempo inteiro, noutra área do ensino (a formação profissional), deixo a minha opinião:
ResponderEliminarCom estas acções descompassadas,
sem a mínima organização,
emergem culturas repassadas
que aniquilam a educação.
A actividade professoral
é um alicerce formativo
para o nosso bem-estar moral
e crescimento intelectivo.
Da autoridade reduzida
a minudências esfarrapadas,
a educação é conduzida
por soberanias decepadas.