Um agricultor de Celorico da beira foi apanhado a conduzir uma carroça puxada por uma burra. Não sei se terá sido uma operação stop estrategicamente colocada em via onde circulam carroças em excesso de velocidade ou se a burra ia aos “esses”, inspirada na mão trémula do embriagado. Talvez até fosse o timbre da cantoria ébria que alertou a orelha policial, a notícia não diz como é que o apanharam mas o próprio diz que recusou a contra prova. Coisa grave terá sido, de certeza, a culpa até foi da burra, ou a juíza não teria dado o maternal conselho “venda a burra se ela for uma tentação”, está visto que se fosse um burro era mais difícil compor a frase, enfim, ele há preconceitos que custam muito a arredar. À cautela, não fosse o homem vender a burra e trocá-la levianamente por uma mota ainda mais tentadora, ficou proibido de “conduzir qualquer veículo motorizado por sete meses”, incluindo certamente aviões, mas excluindo bicicletas, vá lá, pena manifestamente inútil uma vez que o homem só tinha mesmo a carroça, único meio de escape para as suas fúrias, como o próprio alega, ao jantar bebeu mais vinho e “depois começaram a chatear-me e abalei com a carroça”. Assim como quem pega no automóvel e vai prego ao fundo, só para espairecer, tal e qual fez a burra com a carroça, interpretando fielmente o estado de espírito do seu dono. O homem deve ter ficado sem saber se podia andar só na burra, sem a carroça, ou se a proibição incluía umas feriazinhas para o animal, uma vez que se deslocou 8 kms a pé “debaixo da torreira” para ouvir a sentença. Mas parece que é repetente, em Setembro vai ser julgado por um crime semelhante, desta vez apreendem-lhe a carta...
Essa frase da juíza merecia que o sujeito respondesse que nunca esteve assim tão bêbado...
ResponderEliminarSuzana
ResponderEliminarIsto é Portugal no seu esplendor!
Mal empregada juíza! Destas juízas de pulso é que estamos a precisar para tratar dos casos bicudos que por aí andam. Convenhamos que a multa não foi nada meiga. Pode ser que lhe sirva de emenda e que nunca mais sujeite a pobre da burra a ser atropelada ou coisa parecida!
Ora aqui está um caso que foi tratado sem demoras! Assim é que um sistema judicial deve funcionar!
ResponderEliminarCatarina, quando mete burros(as), o sistema funciona! É um caso de reconhecimento do criador pela criatura...
ResponderEliminar: )))))
ResponderEliminarE avie-se o agricultor sem recurso da sentença, porque ainda lhe foram perdoadas as faltas da roda subressalente, do triângulo de sinalização e do coleta reflector...
ResponderEliminarEstou com o Ferreira de Almeida.
ResponderEliminarE vejo que a justiça, com burros, é afinal muito simples e expedita. Meia dúzia de dias e já está!...
Aliás, a justiça até se fez antes da sentença ser dada. O dono da burra e a mulher deslocaram-se ao tribunal, oito quilómetros a pé:“fizémos a viagem a pé, debaixo de uma torreira, e só parámos para comer um bocado de pão com chouriço empurrado por pinga de água”, relatou Conceição, mulher do arguido.
Assim, não só justiça para burros; justiça rápida para quem anda a pé e à torreira do sol. Porque justiça para quem anda em carros de alta cilindrada e no ar condicionado é muito diferente...