quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Tudo normal!...

A não aprovação pelo Tribunal de Contas de cinco contratos assinados pela Estradas de Portugal conduziu a uma revisão dos mesmos e a uma poupança de 575 milhões de euros.
O mecanismo fiscalizador funcionou e merece louvor o Tribunal de Contas.
Mas que dizer de um organismo criado para substituir a antiga Junta Autónoma das Estradas, acusada de desperdício e corrupção, que assina contratos que proporcionam ganhos ilegítimos e enriquecimento sem causa da ordem das centenas de milhões de euros?
Nada, que neste país tudo começa a ser normal.

7 comentários:

  1. Caro Dr. Pinho Cardão,
    Faz muito bem enfocar nesta notícia. A enormidade da distribuição de rendas ilegítimas nos últimos anos é de uma gravidade insondável. Vamos todos pagar bem caro pelo nepotismo vergonhoso (mesmo quando legal) que se apoderou dos centros de poder; mas é precisamente o elevado ónus dessa factura que me leva a crer que no futuro os portugueses serão cada vez menos brandos para com este tipo de fraudes...que alguma coisa aprendamos do desvario dos últimos anos.

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  2. Caro Dr. Pinho Cardão
    Se não fosse o Tribunal de Contas aí estavam 575 milhões de euros de impostos para pagar rendas afinal de contas evitáveis. Muito preocupante.
    Mais um alerta para a necessidade de a gestão pública ser efectivamente avaliada e responsabilizada, para o bem e para o mal, pelos actos que pratica.

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  3. Anónimo16:18

    O tempo dirá se a intervenção do Tribunal de Contas permitiu "poupar", como se tem dito, 575 milhões de euros...

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  4. Eu ia fazer o mesmo comentário que o Ferreira d'Almeida. Aguardemos pelo fim da história.

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  5. Caros Ferreira de Almeida e Suzana:

    De facto, o tempo o dirá, ou talvez não, porque depois não se torna possível reproduzir condicionalismos anteriores para efectuar os cáculos.
    Esta questão sempre apareceu mal explicada. No princípio, foi referido que o diferencial de preços se devia à alteração das condições de financiamento. Achei a razão plausível, mas não percebi como é que o aumento das taxas de juro era automaticamente repercutida no preço e dava um valor tão elevado. Depois, as explicações do Ministério dos Transportes e Comunicações trouxeram ainda mais confusão. Por último, e passando etapas intermédias, como que por milagre se chega a um novo contrato, em que todos estão de acordo com um preço substancialmente mais baixo.
    Trata-se apenas de aparência, porque há cláusulas confidenciais constantes de side-letters que, à partida, repõem o preço? Mas isso seria enganar, de forma primária, o cidadão.
    Pensam as empresas compensar o diferencial através dos métodos tradicionais de obras a mais, alteração de condições, etc, etc?
    Ou chegou-se mesmo à conclusão de que os preços não tinham justificação?
    Nós, cidadãos, merecíamos uma explicação que, desconfio, nunca será dada.
    Assim sendo, talvez todos fiquemos mesmo a ganhar se eventuais alterações de preço se vierem a verificar-se. É que partem logo de uma base mais baixa.

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  6. Anónimo21:28

    Meu caro Pinho Cardão,
    Só há uma fonte onde o meu Amigo não pode ir beber porque não lhe mata a sede: o Ministério das Obras Públicas.
    Nas suas interrogações estão mais respostas do que aquelas que alguma vez colherá das explicações do Ministério...

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  7. Caro Ferreira de Almeida:
    Já desconfiva!...

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