Há muito tempo que já não ia ao Quarto da República, uma espécie de sótão onde o pessoal do 4R armazena textos longos.
Hoje proferi uma conferência intitulada “Fatores de stress num mundo do trabalho em mudança”, mas atendendo à minha capacidade inata de perder o que escrevo - até dentro do meu computador por vezes não consigo encontrar um ou outro texto! -, lembrei-me de o guardar naquele espaço. Sempre é mais seguro e compensa a minha deficiência estrutural em guardar o que quer que seja. Assim, se alguém me pedir uma cópia sempre posso remetê-lo para aquele espaço.
De qualquer modo, sempre posso adiantar que o trabalho, o tipo de trabalho e a falta do mesmo estão na origem de complicações muito sérias em termos de saúde pessoal e coletiva.
No último parágrafo afirmo: “As consequências resultantes da disfunção laboral devido à precariedade do emprego, à crescente mobilidade, ao risco efetivo de desemprego, à tecnologia maciça, à instabilidade, à deficiente remuneração, à falta de suporte social, às elevadas exigências e à diminuição da capacidade de decisão é um caldo muito explosivo em termos de fatores stressantes suscetíveis de causar avultadíssimos prejuízos em termos pessoais e coletivos, o que, num contexto como o qual estamos a passar, irá agravar ainda mais a pobreza, constituindo um entrave ao crescimento e ao bem-estar. Há que politizar estes conceitos, há que chamar para a esfera da ação política a problemática do stresse laboral de modo a combatê-lo e preveni-lo. Só assim é que poderemos dar um salto qualitativo nesta área tão importante”.
Hoje proferi uma conferência intitulada “Fatores de stress num mundo do trabalho em mudança”, mas atendendo à minha capacidade inata de perder o que escrevo - até dentro do meu computador por vezes não consigo encontrar um ou outro texto! -, lembrei-me de o guardar naquele espaço. Sempre é mais seguro e compensa a minha deficiência estrutural em guardar o que quer que seja. Assim, se alguém me pedir uma cópia sempre posso remetê-lo para aquele espaço.
De qualquer modo, sempre posso adiantar que o trabalho, o tipo de trabalho e a falta do mesmo estão na origem de complicações muito sérias em termos de saúde pessoal e coletiva.
No último parágrafo afirmo: “As consequências resultantes da disfunção laboral devido à precariedade do emprego, à crescente mobilidade, ao risco efetivo de desemprego, à tecnologia maciça, à instabilidade, à deficiente remuneração, à falta de suporte social, às elevadas exigências e à diminuição da capacidade de decisão é um caldo muito explosivo em termos de fatores stressantes suscetíveis de causar avultadíssimos prejuízos em termos pessoais e coletivos, o que, num contexto como o qual estamos a passar, irá agravar ainda mais a pobreza, constituindo um entrave ao crescimento e ao bem-estar. Há que politizar estes conceitos, há que chamar para a esfera da ação política a problemática do stresse laboral de modo a combatê-lo e preveni-lo. Só assim é que poderemos dar um salto qualitativo nesta área tão importante”.
Estimado Professor
ResponderEliminarNos tempos que correm esta problemática é um luxo e é só para alguns privilegiados. HOJE as "massas" têm é que estar (pre)ocupadas em ter debaixo de mira os melhores contentores de lixo, cujo recheio quiçá irá fazê-los sobreviver mais uns dias!
Ótimo professor. O Quarto da Republica fica enriquecido com mais um excelente texto.
ResponderEliminarEstou de acordo com o que a cara fénix diz. Contudo, o problema existe e é grave, pode conduzir a médio prazo a situações de depressão e em último caso a estados de loucura...
ResponderEliminarO pequeno resumo que o Ilustre Professor Massano Cardoso aqui faz é da maior importância, pois faz-nos compreender muitas situações do nosso quotidiano.
Vou espreitar o artigo na íntegra.
Eu vou espreitar com o JotaC, assim, não me perco pelo caminho. O stresse de que o caro Prof. refere-se essencialmente à área laboral... a essa juntemos, agora, a resultante de relacionamentos amorosos, familiares, de doenças... e temos uma bomba em vias de explosão!
ResponderEliminarColoque também os efeitos da governação de Portugal. Pum!! Ouviu? Já explodiu...
ResponderEliminarCaro Prof. Massano Cardoso, fez bem em lembrar esse seu artigo, que ilustra bem como a realidade pode fazer regredir as aspirações ao progresso...enfim, esta é uma forma mais subtil de dizer o mesmo que a cara Fenix. Mas isso não retira em nada à verdade do que diz e à gravidade de não estar agendada como urgente.
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