sábado, 4 de setembro de 2010

Qual é a diferença?


É pena que o Estado não se imponha a si próprio a obrigação de fazer o mesmo em relação aos fornecedores que contrata, fixando e cumprindo os mesmos prazos máximos para pagamento das respectivas facturas.
As dívidas do Estado às empresas são responsáveis pelo seu estrangulamento financeiro, com consequências gravosas para a sua viabilidade económica, contaminando o tecido empresarial ao longo das cadeias de fornecimentos.
É que à semelhança dos grandes distribuidores, também o Estado é um cliente de peso e com uma grande capacidade de impor e ditar preços e prazos de pagamentos. O peso da responsabilidade deveria ser suficiente para não pagar mal e a más horas...

8 comentários:

  1. Por vezes, são os gestores do estado, osverdadeiros responsáveis pelos atrasos nos pagamentos dos bens e serviços contratados.
    Soube de uma entidade, onde as contas estão em atraso, sem prespectiva de virem sequer a ser pagas.
    Soube também que a situação financeira dessa entidade, se fica a dever à gestão alienada da sua Directora de Serviços, a qual, manipulando os saldos orçamentais, faz crer aos orgãos máximos dessa entidade que existe abundância orçamental, quando afinal existe na realidade um déficit difícil de saldar.
    À parte de alguns gestores, portadores de deficiencias mentais que são a meu ver incompatíveis com a responsabilidade de gerir, orçamentos e recursos humanos, existem certamente outros que a sua incapacidade se limita à falta de competência técnica, esses ainda vá... cum raio, podem sempre aprender, aperfeiçoar, melhorar, agora os outros... haja paciência!

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  2. Cara Draª. Margarida Aguiar:

    Não conheço os acordos comerciais entre as grandes superfícies e fornecedores, e muito menos conheço as cláusulas contratuais sobre prazo de pagamento. Mas, segundo dizem, estes chegam a demorar 6 meses!. É óbvio que tanta demora conduz inevitavelmente ao sufoco financeiros de uns e ao aumento de riqueza de outros, pela apropriação imoral do dinheiro de pequenos empresários, que permite rentabilizar de forma exponencial os investimentos. Ganhar dinheiro, muito bem, mas com o dinheiro próprio. Tem portanto razão a CAP quando reclama legislação sobre a matéria.
    Lembro-me que já aqui foi abordado este tema numa perspectiva do quanto é prejudicial para a economia nacional o pagamento a destempo. Mais vale tarde do que nunca: finalmente produziu-se legislação que obriga, também, o estado a comportar-se como pessoa de bem, pagando aos fornecedores a tempo e horas, legislação que só peca por tardia…

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  3. P.S.:
    http://economico.sapo.pt/noticias/financas-nao-sabem-quanto-vao-pagar-a-mais-em-juros-de-mora_97522.html

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. «Tem portanto razão a CAP...»
    Talvez pudesse ter mais razão, com uma opção diferente:
    Mobilizar os fornecedores nacionais*, para uma recusa de fornecimento ás grandes superfícies, durante determinado período.
    Lá estamos nós, à espera de um Estado Salvador. Recorrendo ao DR.
    *E aqui sim, com o Estado a impedir ou penalizar, o recurso a encomendas de substituição vindas do exterior.
    BMonteiro

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  6. Caro jotaC
    A CAP tem razão, assim como têm razão todos os outros fornecedores das cadeias de distribuição cujos prazos de pagamento são constantemente adiados. O principal negócio das distribuidoras está na função financeira, como bem refere o Caro jotaC.
    O Estado deve intervir no mercado quando este tem falhas de funcionamento. São as chamadas "falhas de mercado". A regulação tem essa função.
    Tenho, contudo, dvidas que o Estado tivesse que intervir desta forma e mais dúvidas ainda que o tenha feito discriminando um sector da actividade económica. E já agora é caso para perguntar o que pensa a Autoridade da Concorrência.

    Caro Brovomike
    Compreendo perfeitamente o seu comentário.

    Caro Bartolomeu
    O Estado deveria aprender com as empresas privadas como é que se gerem os recursos. É evidente que em todos os sectores, profissões e actividades há bons e maus profissionais. E no Estado também há gente competente. O problema é que está estabelecido um quadro de actuação que não promove a gestão eficiente. Há uma falta de cultura de mérito e de responsabilização pelos desempenhos. Quando o nivelamento é feito por baixo, os resultados só podem ser maus.

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  7. http://nortesim.blogspot.com/2010/09/estado-centralista-deve-mais-de-1000.html

    "É este o Estado a que este país chegou, um país onde a centralização é absoluta e o Estado é omnipresente, na vida de cidadãos e instituições.


    Mas apesar desta realidade, a propaganda continua e já não há paciência para tanta "ajuda" do governo à economia, tanta "medida anti-crise", as consecutivas linhas de crédito às PME, etc., etc.…Num País onde se fazem estudos por “por tudo e por nada”, seria interessante realizar um que avaliasse os impactos deste Estado devedor. Quantas falências poderiam ter sido evitadas? Quantos empregos poderiam ter-se mantido? Quanta riqueza se destrói e quanta nunca se cria?...

    Isto já para não falar nos malefícios de convivermos com um Estado que não é “pessoa de bem”, que moral tem um estado assim de pedir sacríficios, trabaho e empenho aos seus cidadãos?! Um Estado centralista insaciável que vive à custa de impostos exorbitantes é, simultâneamente, o mesmo Estado incumpridor dos seus compromissos, que saqueia ao contribuinte português.

    Norte Sim, Já!"

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  8. Caro manuel
    São graves as afirmações quer do
    presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário, que diz que "as empresas não têm interesse em aparecer, porque é o Estado que lhes dá trabalho" quer do presidente da Confederação da Indústria Portuguesa quando afirma que "as empresas receiam retaliações do Estado.”
    Estes medos alimentam o Estado insaciável e incumpridor.
    Haja também coragem para não alinhar com esses medos porque quem fala assim também perde a razão.

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