Dado o aumento do preço do leite com chocolate em resultado da subida do IVA de 6 para 23%, comunica-se a todos os pais que têm filhos menores que podem substituir o leite por um pacotinho de vinho que só paga o IVA a 13%.
Haverá espaço disponível nos manicómios para esta gente?
Por acaso esta gente já reparou que Portugal não é uma ilha e como tal o diferencial do IVA comparado com Espanha nos vai custar mais desemprego nas regiões fronteiriças?
A margarina em Portugal tem IVA a 23%? Não há problema, vou às Galerias Gildo e pago a mesma margarina com IVA a 8%...
Esta estória do insane critério de taxação dos produtos essênciais, versus o critério de bens essenciais de consumo, versus "essencial", lembra-me a anedota do estudante, filho de um lavrador das beiras abastado mas austero, quando se foi formar para Coimbra. A partir daqui, peço aqueles mais sensíveis que parem de ler. Voltando à anedota; O pai-lavrador-austero, au despedir-se do filho que partia para Coimbra, após várias recomendações exigiu-lhe uma lista mensal com a discriminação dos gastos que efectuasse. No primeiro mês, chega a carta e o rol de despesas onde constava o discritivo, o valor à frente e o total no fim: Quarto... tanto, alimentação... tanto, propina... tanto, livros... tanto, tantas marteladas... tanto. Ao ler a missiva, o lavrador chama a mulher e comenta; queres tu ver mulher o que o nosso filho aqui diz?! ... tal...tal... tal... marteladas... tanto? Mas que raio de coisa, onde é que já se viu, um estudante de universidade ter gastos com marteladas? A pobre senhora, perante a irritação do marido, tentou apazigua-lo colocando água na fervura; vais ver homem que é alguma disciplina do curso que precisa de martelo, sabe-se lá...?! O lavradou ficou com a pulga atrás da orelha e no mês seguinte, mal recebe a carta do filho vai de imediato conferir a lista dos gastos, verificando que no final, aparacia de novo a parcela das marteladas. Volta a chamar a mulher, lê-lhe a carta e decide reduzir a verba que envia mensalmente ao filho, com uma veemente chamada de atenção, para a necessidade de reduzir os gastos com as marteladas, sob pena de deixar de receber a verba mensal. Na carta do mês seguinte, ao ler a lista de gastos, o lavrador verifica que o filho reduziu para metade os gastos com as marteladas, o que o deixa muito contente pelo efeito que a sua determinação causou. No quarto mês chega a habitual carta do estudante de Coimbra, com a habitual lista dos gastos mensais mas, desta vez com mais uma parcela; Quarto... tanto, alimentação... tanto, propina... tanto, livros... tanto, tantas marteladas... tanto, arranjo do martelo... tanto. Diz o pobõe: por bezes, quando cuidamos que nos benzemos, quebramos o nariz.
Cara Anthrax A Coca-Cola vai integrar a lista dos produtos com IVA a 23%. Não vejo aqui grande problema. O que não é razoável é que os óleos alimentares ou as margarinas sejam tratados da mesma maneira. Lembra-se disto: http://economico.sapo.pt/noticias/ha-familias-que-compram-cocacola-a-taxa-de-5-e-isso-nao-e-justo_89547.html
"Se em Inglaterra eu desse ao meu cão a comida que estamos a dar aqui às crianças, o bicho punha-me um processo no tribunal internacional dos direitos do homem"
Calma Calma, isto tem que ter uma razão... Será que temos mais bêbados que crianças? não não não, será que queremos mais bêbados que crianças? não não não, será que... onde é que eu ia... estou perdido, é que deixei de beber coca-cola e comecei a beber vinho e... hum que raio,comentar... o que isto? vou mas é ver o Benfica ao estádio que esse dá-me alegrias, onde está as chaves do carro?!?!
Caro Vitor Reis, As minhas desculpas pela incorrecção política, mas do ponto de vista da gestão das nossas paisagens e do ponto de vista da gestão da nossa economia e do ponto de vista da sustentabilidade ambiental faz todo o sentido que o leite pague mais impostos que o vinho. Repare, o leite é um produto de baixo valor acrescentado em grande parte dependente da importação de bens (as rações são feitas com cereais produzidos não se sabe onde, mas seguramente fora de Portugal na sua maioria) e pouco exportável. Acresce que a sua produção, mesmo na parte que não depende das rações importadas, é pouco adaptada às nossas condições naturais, sobrevivendo com fortes incorporações de energia importada (nos sistemas de rega e nos fertilizantes). A juzante da produção existe um problema gravíssimo de poluição por nitratos. O vinho, pelo contrário, é um produto muitíssimo bem adaptado às nossas condições naturais, muito menos dependente de importações, de elevado valor acrescentado e exportável. Para além disso corresponde a um instrumento muito relevante na gestão das nossas paisagens. Resumindo, entre um pequeno almoço de produtos lácteos (de leite de vaca), com cereias industriais ou um pequeno almoço constituído por um pão de cereais produzodos em portugal (trigo, milho e mais raramente centeio), uma talhada de queijo de ovelho e um copo de vinho tinto, não tenho a menor dúvida de que este último fará muito mais por Portugal. Dito isto, não sei por que carga de água o chocolate deve ser considerado essencial (se usar cevada no leite, que não tem o problema da cafeína para os miúdos, mais uma vez está a ajudar mais Portugal). Bem sei que isto não é preto e branco, bem sei que antes de beneficiar Portugal temos de pensar em beneficiar as crianças (mais uma vez, a dar-lhes chocolate?) e tenho a absoluta certeza de que nada disto passou pela cabeça do Governo no momento de tomar a decisão. Mas achei por bem chamar a atenção para a responsabilidade que nos cabe, a cada um de nós, por opções tão comezinhas como pôr manteiga no pão em vez de o molhar em azeite. henrique pereira dos santos
Henrique Pereira dos Santos, entendi o seu comment, mas fiquei com umas dúvidas. Entendi que tem lógica esta medida ser aplicada em Portugal por suas qualidades únicas, Mas segundo me lembro o ano passado este pais onde estamos já era Portugal... Fico contente em saber que algo está a ser pensado, e as medidas aplicadas são previamente reflectidas. Mas será que em vez de mandar vir terra da Austrália para os jardins da republica, não podíamos utilizar a nossa terra? poupando nesses aspectos talvez conseguissem dar algumas benesses ao povo, a criança gosta mais de leite com chocolate que leite normal, para uma mãe é feliz agradar um filho e saber que lhe está a fazer bem ao mesmo tempo. A palavra que me surge é Respeito, respeito pelo cidadão. Como sou um mero ignóbil, corrija-me se tiver errado.
Nem a Quarta República escapa à demagogia populista e fácil...
Completamente de acordo com o Henrique Pereira dos Santos. Acrescentaria ainda que o leite com chocolate é um produto residual na indústria dos lacticínios, e como tal a subida do IVA terá implicações mínimas. O mesmo se passará em toda a fileira do sector, o qual, diga-se em abono da verdade, vive um dos seus piores momentos. Quanto ao vinho ele representa hoje um volume de exportações de larguíssimas dezenas de milhões de euros, e como tal qualquer aumento de fiscalidade no sector será sempre contraproducente. Apesar das dificuldades da fileira vitícola, o que é um facto é que a resposta em termos de exportações tem sido assinalável. A eterna alusão a uma muito citada frase de Salazar, demonstra bem a nossa pequenez e a nossa completa falta de bom senso. Temos de facto os políticos que merecemos e que mais não são do que o espelho da rasquice que abunda neste sítio.
Por acaso não sabe se o IVA da coca-cola também aumenta?
ResponderEliminarSó por mera curiosidade.
Cara Anthrax
ResponderEliminarA Coca-Cola tem o mesmo estatuto - IVA à taxa normal de 23% - dos óleos alimentares, margarinas e iogurtes!
Existe uma possibilidade, que é a de o país estar ser gerido por chanfrados.
ResponderEliminarHaverá espaço disponível nos manicómios para esta gente?
ResponderEliminarPor acaso esta gente já reparou que Portugal não é uma ilha e como tal o diferencial do IVA comparado com Espanha nos vai custar mais desemprego nas regiões fronteiriças?
A margarina em Portugal tem IVA a 23%? Não há problema, vou às Galerias Gildo e pago a mesma margarina com IVA a 8%...
E eu que pensava que as sopa de cavalo cansado eram algo dum passado já longinquo e distante...
ResponderEliminarEsta estória do insane critério de taxação dos produtos essênciais, versus o critério de bens essenciais de consumo, versus "essencial", lembra-me a anedota do estudante, filho de um lavrador das beiras abastado mas austero, quando se foi formar para Coimbra.
ResponderEliminarA partir daqui, peço aqueles mais sensíveis que parem de ler.
Voltando à anedota;
O pai-lavrador-austero, au despedir-se do filho que partia para Coimbra, após várias recomendações exigiu-lhe uma lista mensal com a discriminação dos gastos que efectuasse.
No primeiro mês, chega a carta e o rol de despesas onde constava o discritivo, o valor à frente e o total no fim: Quarto... tanto, alimentação... tanto, propina... tanto, livros... tanto, tantas marteladas... tanto.
Ao ler a missiva, o lavrador chama a mulher e comenta; queres tu ver mulher o que o nosso filho aqui diz?! ... tal...tal... tal... marteladas... tanto? Mas que raio de coisa, onde é que já se viu, um estudante de universidade ter gastos com marteladas?
A pobre senhora, perante a irritação do marido, tentou apazigua-lo colocando água na fervura; vais ver homem que é alguma disciplina do curso que precisa de martelo, sabe-se lá...?!
O lavradou ficou com a pulga atrás da orelha e no mês seguinte, mal recebe a carta do filho vai de imediato conferir a lista dos gastos, verificando que no final, aparacia de novo a parcela das marteladas.
Volta a chamar a mulher, lê-lhe a carta e decide reduzir a verba que envia mensalmente ao filho, com uma veemente chamada de atenção, para a necessidade de reduzir os gastos com as marteladas, sob pena de deixar de receber a verba mensal.
Na carta do mês seguinte, ao ler a lista de gastos, o lavrador verifica que o filho reduziu para metade os gastos com as marteladas, o que o deixa muito contente pelo efeito que a sua determinação causou.
No quarto mês chega a habitual carta do estudante de Coimbra, com a habitual lista dos gastos mensais mas, desta vez com mais uma parcela; Quarto... tanto, alimentação... tanto, propina... tanto, livros... tanto, tantas marteladas... tanto, arranjo do martelo... tanto.
Diz o pobõe: por bezes, quando cuidamos que nos benzemos, quebramos o nariz.
Cara Margarida,
ResponderEliminarSó se tiver sido recentemente, porque o IVA da Coca-cola costumava ser bem igual ao das restantes bebidas.
Cara Anthrax
ResponderEliminarA Coca-Cola vai integrar a lista dos produtos com IVA a 23%. Não vejo aqui grande problema. O que não é razoável é que os óleos alimentares ou as margarinas sejam tratados da mesma maneira.
Lembra-se disto:
http://economico.sapo.pt/noticias/ha-familias-que-compram-cocacola-a-taxa-de-5-e-isso-nao-e-justo_89547.html
"Se em Inglaterra eu desse ao meu cão a comida que estamos a dar aqui às crianças, o bicho punha-me um processo no tribunal internacional dos direitos do homem"
ResponderEliminarDito por gente da área do fornecimento a escolas.
Calma Calma, isto tem que ter uma razão... Será que temos mais bêbados que crianças? não não não, será que queremos mais bêbados que crianças? não não não, será que... onde é que eu ia... estou perdido, é que deixei de beber coca-cola e comecei a beber vinho e... hum que raio,comentar... o que isto? vou mas é ver o Benfica ao estádio que esse dá-me alegrias, onde está as chaves do carro?!?!
ResponderEliminarPodem substituir o leite com chocolate por leite simples que é o que deveriam beber.
ResponderEliminarSerá que ainda pessamos que as crianças portugueses são subnutridas?
Por acaso aqui acho que o Governo tem razão.
Caro Vitor Reis,
ResponderEliminarAs minhas desculpas pela incorrecção política, mas do ponto de vista da gestão das nossas paisagens e do ponto de vista da gestão da nossa economia e do ponto de vista da sustentabilidade ambiental faz todo o sentido que o leite pague mais impostos que o vinho.
Repare, o leite é um produto de baixo valor acrescentado em grande parte dependente da importação de bens (as rações são feitas com cereais produzidos não se sabe onde, mas seguramente fora de Portugal na sua maioria) e pouco exportável. Acresce que a sua produção, mesmo na parte que não depende das rações importadas, é pouco adaptada às nossas condições naturais, sobrevivendo com fortes incorporações de energia importada (nos sistemas de rega e nos fertilizantes). A juzante da produção existe um problema gravíssimo de poluição por nitratos. O vinho, pelo contrário, é um produto muitíssimo bem adaptado às nossas condições naturais, muito menos dependente de importações, de elevado valor acrescentado e exportável. Para além disso corresponde a um instrumento muito relevante na gestão das nossas paisagens. Resumindo, entre um pequeno almoço de produtos lácteos (de leite de vaca), com cereias industriais ou um pequeno almoço constituído por um pão de cereais produzodos em portugal (trigo, milho e mais raramente centeio), uma talhada de queijo de ovelho e um copo de vinho tinto, não tenho a menor dúvida de que este último fará muito mais por Portugal.
Dito isto, não sei por que carga de água o chocolate deve ser considerado essencial (se usar cevada no leite, que não tem o problema da cafeína para os miúdos, mais uma vez está a ajudar mais Portugal).
Bem sei que isto não é preto e branco, bem sei que antes de beneficiar Portugal temos de pensar em beneficiar as crianças (mais uma vez, a dar-lhes chocolate?) e tenho a absoluta certeza de que nada disto passou pela cabeça do Governo no momento de tomar a decisão.
Mas achei por bem chamar a atenção para a responsabilidade que nos cabe, a cada um de nós, por opções tão comezinhas como pôr manteiga no pão em vez de o molhar em azeite.
henrique pereira dos santos
Henrique Pereira dos Santos, entendi o seu comment, mas fiquei com umas dúvidas. Entendi que tem lógica esta medida ser aplicada em Portugal por suas qualidades únicas, Mas segundo me lembro o ano passado este pais onde estamos já era Portugal... Fico contente em saber que algo está a ser pensado, e as medidas aplicadas são previamente reflectidas. Mas será que em vez de mandar vir terra da Austrália para os jardins da republica, não podíamos utilizar a nossa terra? poupando nesses aspectos talvez conseguissem dar algumas benesses ao povo, a criança gosta mais de leite com chocolate que leite normal, para uma mãe é feliz agradar um filho e saber que lhe está a fazer bem ao mesmo tempo. A palavra que me surge é Respeito, respeito pelo cidadão. Como sou um mero ignóbil, corrija-me se tiver errado.
ResponderEliminarJá dizia o Salazar - dar de beber á dor é dar de comer a um milhão de Portugueses- hic, hic, urra!
ResponderEliminarsfggewrgegew
ResponderEliminarNem a Quarta República escapa à demagogia populista e fácil...
ResponderEliminarCompletamente de acordo com o Henrique Pereira dos Santos. Acrescentaria ainda que o leite com chocolate é um produto residual na indústria dos lacticínios, e como tal a subida do IVA terá implicações mínimas. O mesmo se passará em toda a fileira do sector, o qual, diga-se em abono da verdade, vive um dos seus piores momentos.
Quanto ao vinho ele representa hoje um volume de exportações de larguíssimas dezenas de milhões de euros, e como tal qualquer aumento de fiscalidade no sector será sempre contraproducente. Apesar das dificuldades da fileira vitícola, o que é um facto é que a resposta em termos de exportações tem sido assinalável.
A eterna alusão a uma muito citada frase de Salazar, demonstra bem a nossa pequenez e a nossa completa falta de bom senso. Temos de facto os políticos que merecemos e que mais não são do que o espelho da rasquice que abunda neste sítio.