Mario Vargas Llosa recebeu o Prémio Nobel da Literatura. Dos livros, outros farão. Mas não poderei deixar de destacar as crónicas que escreveu para os jornais, cujo conteúdo, mas também o traço, o estilo e a beleza descritiva só por si lhe dariam jus a um lugar do mais alto relevo na literatura mundial.
Mas Vargas Losa, para além de um literato, sempre se bateu por princípios. Relevo dois: o princípio da liberdade individual, que foi um dos pilares do seu pensamento, e a visão liberal que tinha da política e da economia.
Um prémio bem merecido. Mas muito pouco entusiasmante para muita da comunicação social portuguesa, que se limitou a cumprir os serviços mínimos. Não havia esquerdas para promover...e as ideias de Vargas Llosa são muito inconvenientes...
Merece o prémio, sem qualquer espécie de dúvida, um verdadeiro príncipe das letras. Há muito que o leio e há muito que me delicio com as suas obras e crónicas.
ResponderEliminarQuanto à divulgação por parte da comunicação social é o habitual.
Este ano, dois dos prémios Nobel, o da medicina e o da literatura, encheram-me as medidas. São os que eu conheço melhor. Ainda bem.
É com muita satisfação que recebi a notícia da atribuição do Nobel da Literatura a Vargas Llosa. Quer de um ponto de vista literário, mas também filosófico e político, aspectos talvez menos conhecidos do autor. Para ajudar a colmatá-los, deixo aqui o link (via A arte da fuga) para o belo texto do discurso que Vargas Llosa proferiu, em 2005, aquando da recepção do prémio Irving Kristol. Intitula-se Confissões de um liberal.
ResponderEliminarCaro Eduardo F:
ResponderEliminarObrigado pelo link. O excerto, tão bem escrito, é uma síntese do pensamento do autor.