quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Muito para lá dos limites...

... da decência, da honra, da verdade, da boa governança e dos mais básicos valores democráticos.
O Portugal que comemora o centenário da implantação da República é um país onde o Primeiro-Ministro foge às suas responsabilidades, anunciando que o mundo mudou em 15 dias, depois ter estado sentado no Governo durante os últimos 15 anos.
Neste país, na hora de aplicar medidas difícies, fala-se mais do principal partido da oposição, do que dos responsáveis que nos continuam a arruinar.
Chegámos ao ponto em que um Governo tem a lata de exigir o apoio da oposição para aprovar o orçamento, antes mesmo de o ter apresentado.
Os sucessivos PEC's, as progressivas medidas de austeridade, o repetido anúncio de reformas que nunca se concretizam, a permanente fraseologia do crescimento que afinal não se verifica, o crescente desemprego, o endividamento esmagador, são resultados incontornáveis e incontestáveis de uma governação que já "não sabe às quantas anda"...
As últimas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo são mais um capítulo de uma crise em que se diz ao povo que tem que mudar de vida, quando o Governo é o primeiro a deixar tudo como dantes: o TGV, o novo aeroporto, as PPP's, as isenções das SCUT's, os constantes gastos com publicidade e propaganda e as exibições serôdias de modernidade tecnológica.
Agora querem que o PSD viabilize o orçamento para 2011.
Para quê ?
Será que aqueles que nos colocaram nesta situação, conseguirão tirar-nos dela ?
É óbvio que não.
Então porque havemos de continuar a tolerar esta podridão ?

3 comentários:

  1. http://nortesim.blogspot.com/2010/10/esta-na-hora.html

    Está na hora!

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  2. Anónimo12:05

    Portugal está na maior miséria, incapaz de enfrentar o problema, de sacudir, de dizer não, de dizer basta. Ajoelha-se perante a realidade da incompetência e o calendário das presidenciais como se a política e a gestão do país fossem mutuamente exclusivas em relação a uma eleição. Como se houvesse apenas o caminho José Sócrates ou a calamidade. Como se não houvesse por cá gente capaz de dar confiança aos mercados. É a maior das misérias.

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  3. O século passado, pariu em França, um filósofo que ficou na história pelas suas afirmações contorversas.
    Jean-Paul Sartre!
    Esse gajo teve a veleidade de afirmar, que o homem está condenado à liberdade...
    Apetecia-me escrever aqui mais um molho de outras contradições.
    Basta esta; temos aquilo que livremente escolhemos!
    Mas...
    Vamos voltar a ter liberdade de escolha...!

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