domingo, 28 de novembro de 2010

Cavaco, um homem sério

Cavaco Silva foi meu professor de Finanças. Sério, muito sério, para os tempos de hoje. Dava aulas a sério, vigiava as frequências a sério. Os exames eram exames a sério: quem sabia, passava; quem não sabia, era obrigado seriamente a marcar passo.
Cavaco foi Ministro das Finanças. A sério, num Governo a sério, dirigido por Sá Carneiro. Lamentavelmente, apenas por cerca de 12 meses.
Cavaco foi 1º Ministro a sério. E o povo, que o achou sério depois da primeira eleição, deu-lhe duas sérias maiorias absolutas. E Cavaco governou a sério para o povo. Tão a sério, que tudo fazia para nunca se enganar; porque um engano de um 1º Ministro é coisa séria para o povo.
Por seriedade, deixou de ser 1º Ministro e também por seriedade candidatou-se a Presidente da República e teve uma derrota séria. Tomou a sério a vontade do povo e recomeçou a dar aulas a sério, numa Universidade séria.
Mas tornando-se sérios os problemas do país, pela 2ª vez Cavaco candidatou-se a Presidente. Apresentou as suas ideias de forma séria, fez uma a sua campanha séria. E o povo elegeu-o, porque mais uma vez o achou sério.
Foi um Presidente sério: não como muitos gostariam, mas como, seriamente, julgou que devia ser.
É novamente candidato. Um candidato sério.
De uma seriedade feita de conhecimento, vontade, trabalho, inteligência, coração. Seriedade nas palavras e nos actos. Seriedade feita de muita sensibilidade debaixo de uma capa de aparente frieza. E feita de compaixão sentida. Que faz toda a falta nos dias de hoje. Cavaco Silva, um candidato a sério.

25 comentários:

  1. Mas de que mau gosto este seu post, caro Pinho Cardão! Parece mais uma oração ao Senhor Santo Silva!
    Lá que o seu candidato é sério, disso não há dúvida nenhuma: não me lembro de o ver pregar uma boa gargalhada!
    Mas encher um post com a seriedade do Sr. Silva releva mais de uma louvaminha (neste caso, louvasua) do que de outra coisa!
    Às vezes, os argumentos provam demais e voltam-se para quem os aduz!
    Na sua linha de argumentação, Jorge Sampaio, ao derrotar copiosamente o seu candidato, significará que foi muito mais sério do que o seu antagonista! Logo, Cavaco Silva foi muito menos sério do que Sampaio porque foi o povo que assim escolheu!
    Dizer-se que Cavaco Silva se retirou do Governo por seriedade é uma boa história para adormecer as criancinhas! O sério e célebre tabu de Cavaco! Pergunte ao Fernando Nogueira, pergunte-lhe, que ele logo lhe diz.
    Ao ler o seu post, confesso que que me acudiu à memória o velho "Diário da Manhã", "A Voz" e "A Rua". Com uma simples diferença: é que o incensado de outrora jamais se ligara a quaiquer "interesses". Morreu pobre e pagava a renda das casas de Estado em que habitava! E, que me recorde, nunca fez mais valias em acções de qualquer Banco ou Sociedade.

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  2. Caro Pinho Cardão

    Com todo o respeito, parece-me que exagerou no louvor a Cavaco Silva. Mas enfim, não disse nada que não seja verdade.

    No entanto faltou uma importante referência : a relação de Cavaco Silva com o seu próprio partido. Essa referência é crucial, porque, sem tirar nem pôr, Cavaco Silva deu cabo do PSD ! E isso teve e continua a ter consequências dramáticas no curso da história do país.

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  3. Pois é, caro Fartinho do Silva. À falta de melhor argumentação, lá vem sempre a comparação implícita com o homem do antigamente.
    Critique-se Cavaco pelo que vale ou não vale, sem esse tipo de insinuação.
    Quanto ao mais, escrevo sobre o que quero e que me apetece, como quero e me apetece. Tenho toda a independência e, quando digo toda, é toda, para o fazer. E era o que me faltava que, a propósito de um escrito meu, se pudesse insinuar com a linha editorial dos jornais que mencionou.
    Falemos dos candidatos do presente e não das figuras do passado.

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  4. Caro Jorge Oliveira:
    Obrigado por referir que tudo o que disse é verdade.
    Claro que ficou muito por dizer. Não cabe tudo num post.
    Mas que Cavaco tenha dado cabo do PSD, isso de facto nunca escreveria. Por sentir que, para mim, tal não corresponde à verdade.

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  5. Mais sério não houve. E pior também não. Foi com grande seriedade que fez exactamente aquilo que nunca deveria fazer.

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  6. Recebi hoje de um amigo simpatizante do PS um mail em que dizia: "Voto no Prof. Cavaco Silva, que o tempo não está para poetas". Inteligente, este meu amigo, e lúcido.

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  7. PC,

    tenho para mim que a trapalhada das escutas em belem e as noticias plantadas no Publico por encomenda tambem foram um caso "sério".

    E para que sejamos verdadeiramente Sérios, não o puderemos ignorar.

    Já em relação ás acções do BPN que Cavaco valorizou a sério, tenho uma opinião muito séria, sobre a conhecida seriedade do Sr. Silva.


    (Engraçado, que ainda agora por ocasião da Cimeira da NATO, me questionei porque é que a mesma não se realizou no CCB? Lembro-me de na altura de implantação do mamarracho (vulgo CCB), uma das justificações era : Um centro de congressos e cimeiras de nivel internacional! Afinal ficamos com o bunker, que pouco serve...)

    Sei que as alternativas são de lastimar, mas como diz o ditado:
    "Não é por só ter iscas para o jantar..que lhes chamo caviar!"

    Dos que se apresentam á partida, será o candidato ue julgo seriamente irá ganhar...mas isso não o torna perfeito, nem torna os restantes menos sérios!

    Olha que Deus supostamente só há um...e até esse escreve torto e imperfeito...mesmo a sério!

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  8. Caro Pinho Cardão
    Não se amofine, porque não tem razão para isso. À falta de argumentação? Quem parece padecer deste mal foi o nosso caro Pinho Cardão que fez do seu post uma espécie de canonização de Cavaco.
    "(...) lá vem sempre a comparação implícita com o homem de antigamente". O meu caro amigo não deve ter lido bem o meu comentário pois que a comparação não se refere ao homem de antigamente, como creio que ficou evidente. É que não há comparação possível... caro Pinho Cardão! Cavaco bem poderia eventualmente aspirar a um estatuto comparável ao do homem de antigamente, mas por muito que se esforçasse nunca chegaria lá! Como dizia um amigo meu, antigo líder do PSD, acerca de Cavaco Silva: "Pois é, falta-lhe o sétimo ano de Latim..."
    A comparação que eu fiz não foi entre estas duas personagens; foi, sim, entre o estilo laudatório do seu post e os dos periódicos que referi, o que é uma coisa substancialmente diferente. E mesmo aí, sublinhei mesmo as diferenças etre as personagenes em apreço. Cavaco, realmente, está a anos luz do homem de antigamente.
    O meu caro amigo é livre de escrever o que lhe apetece, como quer e como lhe apetece. Acaso pus isto em causa? Eu disse apenas que o post relevava de mau gosto. É uma preciação minha e,como tal, subjectiva. Gostos não se discutem.
    Mas já que me diz que me falecem argumentos, muito estranho o seu silêncio quanto às acções da SNL/BPN e respectivas mais valias de 140% ao ano! Um silêncio ensurdecedor, caro Pinho Cardão!
    A sua companheira de blog, assessora de Cavaco, aparece na comissão de honra de Cavaco Silva como jurista. Claro que é jurista. Mas é apenas uma meia verdade. Sendo jurista (que não é uma profissão) a Senhora é assessora do Presidente da República. E está felicíssima com o mail do amigo do PS que lhe referiu que vota no Prof Cavaco Silva, que o tempo não está para poetas.

    Suzana Toscano: D. Diniz era poeta e foi um grande Rei. Não vale a pena encher-se o site da candidatura com nomes da cultura. Na primeira oportunidade, achincalham-se os poetas. Falta de lucidez, não acha?

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  10. Caro Pinho Cardão

    Olhe que sim !

    Pouco tempo depois de o PS ter ganho as eleições de Outubro de 1995, filiei-me no PSD para ajudar a combater a seita socialista.

    Procurei integrar-me na vida partidária a todos os níveis. Na secção residencial da minha zona, no Gabinete de Estudos da Distrital de Lisboa e na secção laboral dos TSD na EDP.

    Deixando de lado a secção residencial, onde vigorava um ambiente muito agitado e pouco profícuo, mas que julgo ser comum a outros partidos e não podia imputar à direcção do PSD, a participação no Gabinete de Estudos deixou-me muito desapontado. A desorganização era total. Só mais tarde, na modalidade de Gabinete nacional, sob a direcção de Mira Amaral, é que se vislumbrou um propósito de organização e as coisas funcionaram (para Durão Barroso meter o nosso trabalho todo no lixo, diga-se de passagem).

    A secção laboral foi para mim a maior surpresa e desilusão. Não só na empresa em que trabalhava, mas também noutras em que o Estado tinha participação e que, por obra e graça das nomeações governamentais, se tornavam propícias à luta partidária.

    Num partido como o PSD, que esteve tantos anos no poder, esperava encontrar uma forte organização dos militantes do partido nessas empresas. Puro engano. Não existia nada ! Apenas um simulacro, sob a batuta dos TSD, uma organização fantasma que servia apenas para o seu eterno líder, o Arménio Santos, ser incluído nas listas para a Assembleia da República em lugar elegível.

    Ora aqui a responsabilidade cabia toda à direcção do PSD e ao seu Presidente, Cavaco Silva. Como foi possível ter deixado os militantes das empresas nas mãos de um oportunista sobejamente conhecido no partido, a ponto de lhe chamarem o “trolha” ?

    O que me leva a colocar algumas reservas em relação a Cavaco Silva é que fiquei convencido de que ele próprio preferia que os militantes de base não estivessem organizados nas empresas.

    Em suma, Cavaco Silva pode ser um homem sério, mas não é uma pessoa capaz de estabelecer uma relação humana com os militantes de base do partido. Suponho mesmo que os evita e que só por estrita obrigação eleitoral vai ao encontro deles.

    Isto não é o meu conceito de presidente de todos os portugueses. A rigidez de Cavaco Silva causa-me algum desconforto quando penso que não tenho outro remédio senão votar nele. Para já não falar na forma desastrada como tratou situações recentes.

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  11. Cavaco, qual eucalipto, secou o PSD, em consequência do que, após a sua saída como líder, nunca mais houve estabilidade no partido. E enquanto o PSD não cortar o cordão umblical que o liga a Cavaco Silva, o partido, essencial à democracia, pouco fará na cena política portuguesa. A eleição de Passos Coelho foi uma grande incomodidade para o núcleo duro cavaquista do PSD. Pois é e lá esteve a mãozinha de Catroga, indefectível do Presidente da República, a tirar fotografias pelo telemóvel por ocasião das negociações para o Orçamento de Estado. E há quem garanta que, se Cavaco for reeleito, irá "patrioticamente" aguentar o Sr. Pinto de Sousa até conseguir mudar a actual direcção do PSD. Feito este arranjinho e controlado de novo o PSD a partir de Belém, então Sócrates irá definitivamente à vida...

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  12. Caro Jorge Oliveira, Cavaco Silva deixou de ser lider do PSD há 15 anos. Qual é a sua opinião sobre a organização do Partido neste momento ou em algum momento desde então? Melhor, pior, na mesma? Essa fixação dos militantes em culpar CS de tudo o que aconteceu e não aconteceu ao PSD desde então parece-me um pouco doentia, desculpe a franqueza mas, como militante (entrei a convite do então lider Marques Mendes) é o que sempre me pareceu, nas secções, nos Gabinetes de Estudos e até no Governo.Quando culpamos sempre o mesmo (por acaso o único que manteve o PSD no poder dois mandatos seguidos e deixou obra feita) é porque queremos desculpar todos os outros. parece-me um azedume injusto e demasiado prolongado no tempo.
    Caro Fartissimo,não há meias verdades nenhumas, não tenho nada a esconder e orgulho-me muito de tudo o que acima "revelou" e que certamente viu nos sites de consulta pública.Só não percebi essa do "achincalhar poetas", queria dizer o quê, já agora?

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  13. Pois é, Caro Pinho Cardão, bastou deixar alguns elogios ao Cavaco para que uns e outros lhe saltassem logo em cima pela ousadia de escrever pela sua cabeça. Ficam alguns sensibilizados com a "ladainha", porque talvez prefiram orar em frente do curriculum e foto dos actuais governantes, pela sua saúde e longevidade nos cargos de governação. O que não conseguem esconder é que Cavaco Silva saiu do governo com o País e aproximação à Europa e Portugal o "bom aluno" da Europa, enquanto que os actuais locatários de S. Bento estão a largar o poleiro deixando os portugueses de volta às misérias que já se tinham desabituado e o País como o pior exemplo da UE. Por outro lado, outros estão muito sensibilizados pelo tratamento do candidato ao PSD. Pois o PSD, tendo em conta a qualidade dos lideres dos ultimos 15 anos não precisa que lhe dêem tiros nem que o tratem mal. O fogo neste caso é sempre amigo, e não vem do Professor. O PSD só a si se terá que culpar por ter deixado tanto tempo o actual governo em funções. Não arranjem bodes expiatórios. Façam oposição competente. Sejam um partido competente. Não peçam a Cavaco Silva para fazer o que o PSD não quer ou não consegue fazer. Dito Isto, inspiro-me egoisticamente em Rui Ramos: Deus dê muita saúde ao Professor Cavaco Silva.

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  14. Suzana Toscano
    A meia verdade foi não se assumir na comissão de honra do candidato Cavaco Silva como assessora do Presidente da República.
    Quanto ao achincalhamento de poetas que referi, não podia eu ser mais claro. A sua satisfação e concordância com o e-mail do seu amigo do PS, segundo o qual o "tempo não está para poetas"( por isso que votará no Prof. Cavaco Silva), o que é isso senão "achincalhamento"? É perfeiramente legítima optar por Cavaco em vez de Alegre. Mas preterir este em favor de Cavaco pelo facto de ser poeta, o que é? É lucidez ou o "verniz cultural" a estalar na primeira oportunidade?
    Repito: D. Diniz foi poeta e não deixou de ser um grande Rei.

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  15. Caro fartissimo, não tenho actividades secretas nem nenhum receio de assumir tudo o que faço, quando faço e enquanto faço. Uso a minha liberdade cívica e política onde, como e quando muito bem entendo,espero que a respeitem e espero poder fazê-lo até ao fim da minha vida. Compreenda isto, por favor. E também não tenho o hábito de "achincalhar" ninguém nem, já agora, de levantar suspeições. Compreenda também isso, por favor, não me julgue pelas suas susceptibilidades. As susceptibilidades excessivas parecem-se imenso com intimidação. E creio que estamos conversados.

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  16. Cara Suzana Toscano

    Eu desculpo-lhe a franqueza porque já percebi que não está muito por dentro da questão. Se entrou para o PSD a convite de Marques Mendes, então deixe-me que lhe diga que nem sequer chegou a conhecer um Gabinete de Estudos digno do nome.

    Eu deixei o PSD na sequência de uma carta que enviei duas vezes ao Marques Mendes, a que ele nem sequer se dignou responder. A carta versava exactamente a (des)organização interna do PSD. Aliás, quando ele convidou o António de Sousa para o Gabinete de Estudos, depois do que o António de Sousa fez ao Mira Amaral na CGD, comecei a desconfiar de que o PSD não estava nas mãos certas.

    No PSD existe uma espécie de obsessão em dar relevo a figuras que nem sequer são militantes do partido e que na primeira oportunidade viram as costas a quem lhes deu a mão.

    Mas olhe que eu não tenho qualquer fixação em culpar Cavaco Silva pela desorganização interna do PSD. Qualquer observador atento sabe que ele teve grande responsabilidade no crescente afastamento entre a direcção do partido e as bases.

    A cúpula alargada do PSD, não apenas a direcção, é constituída por um conjunto de barões emproados, alérgicos aos militantes de base, o povão iletrado que só serve para votar. Nas eleições fazem o ridículo papel de popularuchos, mas passada a ocasião refugiam-se num elitismo insuportável.

    Cavaco Silva acentuou essa característica e pôs os militantes de base a milhas da direcção. Em particular nas tais empresas em que o Estado tem participação, os militantes do PSD foram deixados à mercê das organizações do PS, que facilmente tomaram um ascendente nessas empresas que ainda hoje se observa. O que aconteceu aos militantes do PSD, se constitui motivo de aversão à seita socialista, foi (e ainda é) uma vergonha para a direcção do PSD.

    Quer Cavaco Silva, quer os líderes que lhe sucederam, todos eles fecharam os olhos ao que se passava. O oportunista do Arménio Santos fingia que existia uma organização dos militantes e os líderes do partido fingiam que acreditavam. A consequência foi dramática para os militantes do PSD nessas empresas, marginalizados, perseguidos e colocados em prateleitas a apodrecer.

    Hoje em dia, vá à EDP, REN, Galp, CGD e outras e pergunte onde está a célula laboral dos trabalhadores social democratas. Não existe. Os militantes do PSD fazem tudo por passar despercebidos com medo das consequências.

    Cavaco Silva é uma pessoa séria. Sem dúvida. E nos dias que correm isso, só por si, já é muito importante. Mas quando estamos há quase seis anos a ser vítimas de um primeiro ministro a quem o adjectivo sério será o último a aplicar, a falta de um murro na mesa por parte de Cavaco Silva, para não dizer um pontapé no traseiro, constitui um motivo de desilusão. Por muito menos, Jorge Sampaio correu com Santana Lopes...

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  17. Cara Suzana não se canse. "Militantes" desta estirpe são já bem conhecidos. Já tinha ouvido chamar aos "boys" muita coisa mas nunca "nucleo laboral" das empresas do Estado.

    Comprova-se que há gente no PSD profundamente ressentida com o facto de Cavaco "não os ter defendido" do malvado Sócrates. Esta atitude só acentua a mesquinhez de algumas facões do actual PSD, a sua falta de valores e de propósitos à dimensão nacional, a submissão à vontade de "tiranetes" do partido, e o acantonamento das respectivas agendas em redor de interesses pessoais. Gente deste calibre simula entusiasmo com o maior descaramento e hipocrisia, em frente do Lider do Partido e das Cameras, mas por trás, como o bom do cobarde Zé povinho arrasta os pés, deixando ladainhas nos blogs e nos jornais de referência. Já agora, importa que o candidato vença, porque nunca se sabe se o PS ainda pode recuperar popularidade. Mas quanto maior abstenção melhor, para o Cavaco aprender como elas mordem. Com partidos destes não é preciso o Socrates e os seus apaniguados. Que também por aqui andam, pois então. O "Fartissimo", já agora, que não perca tempo e regresse às escrita nos blogs do governo, pois deve ter uns quantos posts em atraso para dactilografar, ditados pela "clique" do Querido Líder. É só pena que seja escriba assalariado pago com os meus impostos. Mas o vento está a mudar. Que vão ambos pró inferno!

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  19. Suzana Toscano
    O seu "comentário" das 02H04 releva de pura retórica, só desculpável pela hora tardia a que postou. Mas alguém insinuou que Suzana Toscano "tem actividades secretas"? A única coisa que não assumiu - no que está no seu pleníssimo direito - foi não figurar na comissão de honra do candidato Cavaco Silva como assessora do Presidente da República. E isto é uma constatção objectiva. Está mo site, ponto final.
    Eu não tenho que compreender nem deixar de compreender o que quer que seja das sua opções políticas.
    E era o que mais faltava pretender limitar a sua liberdade cívica e política. Mas quando adere à postura do seu amigo do PS que vota em Cavaco "pois que o tempo não está para poetas" sujeita-se a que lhe digam o que eu lhe disse e mantenho: desdém pelos poetas. Ou, dito de outra forma: é poeta? Não convém que seja Presidente.

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  20. Caro Paulo
    Vejo que já tem outra vez internet!
    Mas vem muito mal disposto. Atira-se a Sá Carneiro como gato a bofes.
    Pois fique sabendo que foi um político brilhante, de larga visão estratégica que infelizmente pereceu num estúpido "acidente" quando ainda tinha muito para dar ao país. Recordar os nossos mortos , que tanto fizeram por Portugal, é um dever elementar de reconhecimento, quando, para mais, se aproxima a data do 30º anivesário da sua trágica morte. Não é ridículo, Paulo, é um dever de cidadania prestar homenagem a Sá Carneiro. Eu bem sei que há quem queira esquecer o passado e tenha necessidade de matar o pai para se afirmar. São os tempos que correm...
    Diz o Paulo que Fernando Nobre e Cavaco não estão feitos com os partidos.
    Quanto a Nobre, pior do que estar feito com os partidos, está feito com a família Soares, como toda a gente sabe.
    Quanto a Cavaco, é apoiado pelo PSD, CDS e MEP. Mas o maior risco para a República é a dívida soberana cujos juros não param de subir, sob a égide do Sr. Presidente da República.

    Cumprimentos
    Fernando Pobre

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  22. Caro Paulo
    Vejo que continua com uma linguagem inapropriada para ser usada neste forum. Não tenho que me intrometer entre o diálogo estabelecido entre o Fartinho do Silva e a Suzana Toscano.
    Sobre a pergunta que me faz sobre se a poesia não combina com poder, por tão descabelada que é nem resposta merece.
    Quanto a Sá Carneiro, foi aquilo que o Paulo não foi nem alguma vez será: um verdadeiro Homem político, sem dúvida dos mais notáveis desta República e um grande Estadista. Por isso, até é provável que daqui a dez anos ainda se escreva sobre ele. Faz parte da nossa história pátria, que não pode ser apagada por um qualquer parvenue.

    Cumprimentos
    Fernando Pobre

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  24. Que grande malcriado! Que baixeza!

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