quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Deslocalize-se a greve. Enquanto é tempo!...

É injusta a greve geral do próximo dia 24 contra o Governo e a política de austeridade. Porque o Governo não tem culpa nenhuma da crise. Fez o que pôde, como pôde e quando pôde.
A culpa é dos desgovernos da Grécia, da Irlanda, da Itália e da Espanha, que produziram défices descontrolados e dívida pública excessiva.
A culpa é dos mercados financeiros e dos especuladores internacionais.
A culpa é da União Europeia, que não previu os mecanismos adequados a sanar os problemas da Grécia, Irlanda, Itália e Espanha.
A culpa é da Srª Merkel, que avisou os credores que é seu o risco dos créditos e não quer os contribuintes alemães a pagar os devaneios dos gregos, irlandeses, italianos e espanhóis.
Pelo que a greve e as manifestações do dia 24 deveriam ser feitas em Atenas, Dublin, Roma e Madrid.
E à porta da sede dos Mercados Financeiros e dos Especuladores Internacionais e da União Europeia que os abriga.
E debaixo da janela da residência e das barbas da Srª Merkel, em Berlim.
Assim, e como está planeada, a greve falha o alvo e só prejudica os portugueses.
Pelo que a greve devia ser deslocalizada para os sítios onde estão os verdadeiros responsáveis. E punisse os governos culpados. Deixando em paz o inocente Governo português.
O justo não pode pagar pelo pecador. Deslocalize-se a greve. Enquanto é tempo!...

4 comentários:

  1. Você tem muita graça... iol, iol, iol
    Com que então não podemos reclamar dos péssimos politicos que temos...
    Tirem-nos tudo só não nos tirem o direito à indignação...

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  2. Claro que se pode gritar a indignação!...
    No entanto, acontece que os promotores da greve têm sempre defendido precisamente aquilo que nos levou à desgraça: mais e mais despesa pública e mais e mais intervenção do Estado.
    Quem promove a causa não pode ignorar os efeitos.

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  3. Anónimo15:52

    A despesa pública não é um bicho de sete cabeças. Também não me parece a melhor análise dizer que o que se vai protestar para um aumento da despesa pública. É sim pela melhor distribuição da despesa. Melhor investimento, que promova crescimento económico e emprego.

    Cortes têm de ser feitos devido à situação económica, mas isso não significa que os portugueses não estejam descontentes da maneira que se tem gasto o dinheiro público. E que não tenham consciência do que se passa. É disso que se trata. Essa também foi umas das causas da situação económica em que chegamos. E protestar isso tem legitimidade.

    Eu fiz uma leitura horizontal ao blogue e li algumas críticas aos nossos governantes. Querendo com isto dizer que não se pode apontar o dedo e ignorar os efeitos.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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