Jornais ingleses já manifestam nas suas edições de hoje, que este era o sinal esperado, de estabilidade e confiança política em Portugal. Mas... é preciso ter consciência de uma coisa importantíssima: Não é só um homem que fará tudo o que ha para fazer, é preciso que a nação se una e se desloque no mesmo sentido, levando à frente um lídere, ou um corpo coeso de líderes que saibam o que é necessário fazer, com determinação e sobretudo com consciência. Cavaco Silva não pode ficar preso ao resultado alcançado pela abestenção, mas tem obrigação de lhe retirar toda a força que representa.
Cavaco foi eleito chefe do estado cuja produtividade está bem patente nos números. Atendendo que aqueles que não votaram nele são obrigados a dar-lhe o dinheiro, também podemos dizer que são produtivos mas numa actividade menos formal. Mas nem percebo porque é que não funcionam todos em economia fechada, os "produtivos" todos. Sem o meu dinheiro, claro, porque desses produtivos com o meu dinheiro há aí às carradas. CCB's deles!
PS: Uma vez que o Cavaco gasta num ano 21 milhões de euros na presidência que equivale à margem libertada de uma empresa de 2000 pessoas, nada como provar que são produtivos e libertarem essa margem NA presidência da república. Isso sim era trabalho!...
Caro Bartolomeu, a abstenção significa um grande alheamento das pessoas quanto a quem pode decidir a vidinha deles nos cargos políticos. Essa indiferença, oue ssa forma de protestar, se quiser, apenas abre caminho a que os piores dominem cada vez mais o palco político, e a esses a abstenção convém cada vez mais. Basta ver o teor da campanha e basta ver quem foi penalizado por isso. Os derrotados que meditem sobre o assunto, contribuiram sem dúvida para este nível de abstenção. Caro Tonibler, como bem diz o caro Paulo, os que se dão ao trabalho de falar é que são ouvidos, pelo menos enquanto forem os votos nas urnas a decidir e esperemos que seja aí que se formem as decisões enquanto não se inventar outra melhor.
Não é exactamente essa leitura que faço, do sentido da taxa de abstenção que se verificou nesta eleição, cara Drª. Suzana. Para mim, não é líquido que a mesma demonstre a indiferença e o alheamento, relativamente àqueles que se candidatam, pelo contrário. Quanto a mim, esta taxa demonstra uma maior consciência geral, acerca do impasse político em que Portugal tem vivido. Por conseguinte, não considero que esta forma colectiva de expressar descontentamento, não prejudicou a eleição de Cavaco Silva, nem beneficiou. É claro e evidente que a generalidade dos eleitores compreende a importância de Portugal fazer parte da UE e que essa condição exige certas compatibilidades. Por isso referi no final do meu comentário, que em meu entender, compete agora ao presidente eleito, retirar à abstenção, a força do sentido que ela possa representar. Neste momento, é importante que todos pensemos sériamente em mudança, cara Drª. Suzana Toscano e não nos mantenhamos a olhar para o que não foi e que poderia ter sido, a partir de agora, compete-nos criar novas oportunidades para que sej, efectivamente. Como dizia a minha sábia avózinha, «o que lá vai, lá vai, agora é preciso olhar para a frente» sem raiva, nem desprezo, uns pelos outros, acrescento eu!
Fazer nada é uma opção que nos é negada e, por isso, essa opção é-nos imposta, não foi uma escolha da maioria dos portugueses. Cavaco usurpou um lugar que nós decidimos que não deveria ser ocupado.
Caro Paulo, a argumentação com que os políticos candidatos tentam convencer os eleitores, nos seus discursos inflamados de campanha, visa transforma-los precisamente em niilistas, ou seja; visa convencê-los a votar em si, sem questionar, cegamente, prometendo-lhes barriga cheia, sem qualquer custo. Em Portugal, persiste uma certa tendência para o endeusamento, das figuras que se propõem a cargos de governo. Talvêz porque ainda não aprendemos que só quando começarmos verdadeiramente a trabalhar, poderemos começar a exigir.
Não generalize, caro Paulo. É a natureza humana... de alguns (muitos) portugueses, em Portugal. Porque somos pequeninos, porque somos comezinhos, porque somos rancorosos, trauliteiros, invejosos desprovidos de auto-estima e muito pouco cientes daquilo que nos diz respeito, sempre muito mais preocupados em apontar o dedo e criticar, em lugar de dar a mão e ajudar. A contrastar com esta evidência, encontramos espalhados pelo mundo, um grande número de portugueses, com um consciência de cidadania, diametralmente oposta àquela que referi. Em Março de 2009, tive oportunidade de estar em 3 cidades alemãs Berlim, Munique e Osnabruck e de constatar esta realidade, conversando com alemães e com portugueses a viver e a trabalhar na alemanha. Naquele país, os políticos do governo, são vistos como servidores do estado, empenhados e responsáveis, em quem os cidadãos depositam toda a responsabilidade da governação, porque lhes merecem todo o respeito e confiança. Em Osnabruck, tive oportunidade de conversar demoradamente com emigrantes portugueses e com descendentes de emigrantes. No caso dos primeiros, pessoas com origem no interior do nosso país, com pouca escolaridade, notei uma atitude totalmente diferente daquela que conheço no nosso país. Aqueles portugueses, demonstram até orgulho em comportar-se com dignidade, não falam alto, não se apresentam desmazelados, cumprem com rigor os trabalhos que lhes estão destinados. No aeroporto de Berlim, encontrei um natural de Ponte de Lima, chefe do serviço de bagagens, o qual, acompanhado por mais dois portugueses, com uma prontidão e eficiência de espantar, carregaram num ápice as bagagens no avião presidencial, em contraste com o pessoal da ground force no aeroporto de lisboa, onde é possível encontrar na placa, junto ao avião, um exército de gente, desde polícia a carregadores, passando por condutores, por segurança, chefes disto e daquilo, sem que ninguem tome a iniciativa de pegar numa mala. No entanto, assistimos sistemáticamente às reivindicações do pessoal de terra, nos aeroportos portugueses. Uma trapalhada de gente, caro Paulo...
Caro Bartolomeu, eu conheço uma senhora que foi candidata a 1º Ministro e que perdeu as eleições por ter um discurso que não prometia barriga cheia... Não é numa campanha eleitoral que se consegue discutir os assuntos com alguma profundidade, em 15 dias o mais que se consegue é sintetizar, as ideias já têm que ser conhecidas e os candidatos têm uma história pessoal e política, salvo os que se candidatam só para aproveitar a visibilidade desse período. Um bedate na televisão, por exemplo, pode decidir entre quase iguais, mas é ridículo dar-lhes a importância que hoje se dá. Mas tem razão, agora é andar para a frente, o que não impede que se faça um balanço e uma reflexão sobre o que se passou, quanto mais não seja para evitar que se repita.
O que acaba de comentar, reforça aquilo que atrás comentei, cara Drª. Suzana Toscana. Quando um politico candidato, opta por um discurso duro e por apresentar um programa eleitoral que não deixa espaço para fantasias, e se, o partido a que pertence e do qual espera receber apoio, se encontra internamente dividido e por isso, fraco... é esperável que não consiga eleger-se. Contudo, reafirmo, sou inquestionávelmente pro- candidato que se assume conhecedor do estado do país e que está convícto das medidas que pretende por em execução e as coloca clara e inequívocamente aos eleitores. Quanto ao conhecimento prévio que se deve ter das ideias e do percurso pessoal e político do candidato... bom, isso aí já vamos entrar pelo campo da psicologia adentro, o que não nos conduzirá a lado nenhum, de certeza.
No entanto, não deixam de ser portugueses, caro Paulo, impregnados do mesmo espírito de diáspora dos de quinhentos, mas também, feitos da mesma massa dos que ficaram. Tão característicamente portugueses, come il mare salato! ;)
Amanhã os juros vão descer e os indíces da bolsa vão subir...
ResponderEliminarIsso não sei, caro Dr. Pardal, mas estamos de certeza melhor do que estaríamos se o resultado tivesse sido outro.
ResponderEliminarJornais ingleses já manifestam nas suas edições de hoje, que este era o sinal esperado, de estabilidade e confiança política em Portugal.
ResponderEliminarMas... é preciso ter consciência de uma coisa importantíssima: Não é só um homem que fará tudo o que ha para fazer, é preciso que a nação se una e se desloque no mesmo sentido, levando à frente um lídere, ou um corpo coeso de líderes que saibam o que é necessário fazer, com determinação e sobretudo com consciência.
Cavaco Silva não pode ficar preso ao resultado alcançado pela abestenção, mas tem obrigação de lhe retirar toda a força que representa.
Mais do que Cavaco Silva, quem ganhou foi efectivamente Potugal.
ResponderEliminarEstá certa a Suzana: Parabéns, Portugal.
23% da república portuguesa. Foram esses quem votou no Cavaco. Portugal é outra coisa.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarExcelente, caro Paulo!...
ResponderEliminarDesta vez, e com estilo de tanto pendor tonibleriano, o Tonibler vai ficar com dificuldade de resposta...
Ora bolas, respondi lá em cima.
ResponderEliminarCavaco foi eleito chefe do estado cuja produtividade está bem patente nos números. Atendendo que aqueles que não votaram nele são obrigados a dar-lhe o dinheiro, também podemos dizer que são produtivos mas numa actividade menos formal. Mas nem percebo porque é que não funcionam todos em economia fechada, os "produtivos" todos. Sem o meu dinheiro, claro, porque desses produtivos com o meu dinheiro há aí às carradas. CCB's deles!
PS: Uma vez que o Cavaco gasta num ano 21 milhões de euros na presidência que equivale à margem libertada de uma empresa de 2000 pessoas, nada como provar que são produtivos e libertarem essa margem NA presidência da república. Isso sim era trabalho!...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro Bartolomeu, a abstenção significa um grande alheamento das pessoas quanto a quem pode decidir a vidinha deles nos cargos políticos. Essa indiferença, oue ssa forma de protestar, se quiser, apenas abre caminho a que os piores dominem cada vez mais o palco político, e a esses a abstenção convém cada vez mais. Basta ver o teor da campanha e basta ver quem foi penalizado por isso. Os derrotados que meditem sobre o assunto, contribuiram sem dúvida para este nível de abstenção.
ResponderEliminarCaro Tonibler, como bem diz o caro Paulo, os que se dão ao trabalho de falar é que são ouvidos, pelo menos enquanto forem os votos nas urnas a decidir e esperemos que seja aí que se formem as decisões enquanto não se inventar outra melhor.
Não é exactamente essa leitura que faço, do sentido da taxa de abstenção que se verificou nesta eleição, cara Drª. Suzana.
ResponderEliminarPara mim, não é líquido que a mesma demonstre a indiferença e o alheamento, relativamente àqueles que se candidatam, pelo contrário. Quanto a mim, esta taxa demonstra uma maior consciência geral, acerca do impasse político em que Portugal tem vivido. Por conseguinte, não considero que esta forma colectiva de expressar descontentamento, não prejudicou a eleição de Cavaco Silva, nem beneficiou. É claro e evidente que a generalidade dos eleitores compreende a importância de Portugal fazer parte da UE e que essa condição exige certas compatibilidades. Por isso referi no final do meu comentário, que em meu entender, compete agora ao presidente eleito, retirar à abstenção, a força do sentido que ela possa representar.
Neste momento, é importante que todos pensemos sériamente em mudança, cara Drª. Suzana Toscano e não nos mantenhamos a olhar para o que não foi e que poderia ter sido, a partir de agora, compete-nos criar novas oportunidades para que sej, efectivamente.
Como dizia a minha sábia avózinha, «o que lá vai, lá vai, agora é preciso olhar para a frente» sem raiva, nem desprezo, uns pelos outros, acrescento eu!
Cara Suzana,
ResponderEliminarFazer nada é uma opção que nos é negada e, por isso, essa opção é-nos imposta, não foi uma escolha da maioria dos portugueses. Cavaco usurpou um lugar que nós decidimos que não deveria ser ocupado.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro Paulo,
ResponderEliminara argumentação com que os políticos candidatos tentam convencer os eleitores, nos seus discursos inflamados de campanha, visa transforma-los precisamente em niilistas, ou seja; visa convencê-los a votar em si, sem questionar, cegamente, prometendo-lhes barriga cheia, sem qualquer custo.
Em Portugal, persiste uma certa tendência para o endeusamento, das figuras que se propõem a cargos de governo. Talvêz porque ainda não aprendemos que só quando começarmos verdadeiramente a trabalhar, poderemos começar a exigir.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNão generalize, caro Paulo.
ResponderEliminarÉ a natureza humana... de alguns (muitos) portugueses, em Portugal.
Porque somos pequeninos, porque somos comezinhos, porque somos rancorosos, trauliteiros, invejosos desprovidos de auto-estima e muito pouco cientes daquilo que nos diz respeito, sempre muito mais preocupados em apontar o dedo e criticar, em lugar de dar a mão e ajudar.
A contrastar com esta evidência, encontramos espalhados pelo mundo, um grande número de portugueses, com um consciência de cidadania, diametralmente oposta àquela que referi.
Em Março de 2009, tive oportunidade de estar em 3 cidades alemãs Berlim, Munique e Osnabruck e de constatar esta realidade, conversando com alemães e com portugueses a viver e a trabalhar na alemanha. Naquele país, os políticos do governo, são vistos como servidores do estado, empenhados e responsáveis, em quem os cidadãos depositam toda a responsabilidade da governação, porque lhes merecem todo o respeito e confiança. Em Osnabruck, tive oportunidade de conversar demoradamente com emigrantes portugueses e com descendentes de emigrantes. No caso dos primeiros, pessoas com origem no interior do nosso país, com pouca escolaridade, notei uma atitude totalmente diferente daquela que conheço no nosso país. Aqueles portugueses, demonstram até orgulho em comportar-se com dignidade, não falam alto, não se apresentam desmazelados, cumprem com rigor os trabalhos que lhes estão destinados. No aeroporto de Berlim, encontrei um natural de Ponte de Lima, chefe do serviço de bagagens, o qual, acompanhado por mais dois portugueses, com uma prontidão e eficiência de espantar, carregaram num ápice as bagagens no avião presidencial, em contraste com o pessoal da ground force no aeroporto de lisboa, onde é possível encontrar na placa, junto ao avião, um exército de gente, desde polícia a carregadores, passando por condutores, por segurança, chefes disto e daquilo, sem que ninguem tome a iniciativa de pegar numa mala. No entanto, assistimos sistemáticamente às reivindicações do pessoal de terra, nos aeroportos portugueses.
Uma trapalhada de gente, caro Paulo...
Caro Bartolomeu, eu conheço uma senhora que foi candidata a 1º Ministro e que perdeu as eleições por ter um discurso que não prometia barriga cheia... Não é numa campanha eleitoral que se consegue discutir os assuntos com alguma profundidade, em 15 dias o mais que se consegue é sintetizar, as ideias já têm que ser conhecidas e os candidatos têm uma história pessoal e política, salvo os que se candidatam só para aproveitar a visibilidade desse período. Um bedate na televisão, por exemplo, pode decidir entre quase iguais, mas é ridículo dar-lhes a importância que hoje se dá. Mas tem razão, agora é andar para a frente, o que não impede que se faça um balanço e uma reflexão sobre o que se passou, quanto mais não seja para evitar que se repita.
ResponderEliminarO que acaba de comentar, reforça aquilo que atrás comentei, cara Drª. Suzana Toscana.
ResponderEliminarQuando um politico candidato, opta por um discurso duro e por apresentar um programa eleitoral que não deixa espaço para fantasias, e se, o partido a que pertence e do qual espera receber apoio, se encontra internamente dividido e por isso, fraco... é esperável que não consiga eleger-se.
Contudo, reafirmo, sou inquestionávelmente pro- candidato que se assume conhecedor do estado do país e que está convícto das medidas que pretende por em execução e as coloca clara e inequívocamente aos eleitores.
Quanto ao conhecimento prévio que se deve ter das ideias e do percurso pessoal e político do candidato... bom, isso aí já vamos entrar pelo campo da psicologia adentro, o que não nos conduzirá a lado nenhum, de certeza.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNo entanto, não deixam de ser portugueses, caro Paulo, impregnados do mesmo espírito de diáspora dos de quinhentos, mas também, feitos da mesma massa dos que ficaram.
ResponderEliminarTão característicamente portugueses, come il mare salato!
;)