A “Agenda Europa”, publicada anualmente pela Comissão Europeia e destinada a ser gratuitamente distribuída a todas as escolas da EU, teve este ano a extraordinária novidade de não incluir as festas cristãs no seu calendário de festividades. Nem Natal, nem Páscoa, inexplicavelmente eliminados, como se fossem coisa menor, de entre as festividades que se celebram em todos os países da União Europeia e que incluem festas religiosas hindus, muçulmanas, sikhs e judaicas, essas devidamente assinaladas no calendário da agenda.
Esta omissão provocou uma justificada onda de protestos junto da Comissão Europeia a qual veio, segundo hoje se noticia, reconhecer o “lamentável engano” e garantir que fará uma errata que será distribuída com o livrinho.
A Europa de todas as uniões minimiza, pelos vistos, um dos pilares da formação europeia, a religião cristã, que está na sua matriz e que impregna, queira-se ou não, a cultura e a identidade de grande parte desses povos. Um lapso, paciência, e mesmo assim só deram por ele depois de petições e milhares de protestos.
O que não seria se o “lapso” tivesse ignorado outras religiões! O que não seria remeter para uma errata outras festas religiosas centrais, desculpem lá o esquecimento, também não podemos lembrar-nos de tudo! Não será por esse detalhe que os países que ainda teimam nessas festas religiosas deixarão de distribuir zelosamente a preciosa agenda…
A propósito, o responsável da Agenda Europa, Jonh Dalli, declarou que “este episódio é a oportunidade de recordar que não se tolera nenhuma discriminação religiosa na União Europeia”. Há episódios muito tranquilizantes, sem dúvida!
Esta omissão provocou uma justificada onda de protestos junto da Comissão Europeia a qual veio, segundo hoje se noticia, reconhecer o “lamentável engano” e garantir que fará uma errata que será distribuída com o livrinho.
A Europa de todas as uniões minimiza, pelos vistos, um dos pilares da formação europeia, a religião cristã, que está na sua matriz e que impregna, queira-se ou não, a cultura e a identidade de grande parte desses povos. Um lapso, paciência, e mesmo assim só deram por ele depois de petições e milhares de protestos.
O que não seria se o “lapso” tivesse ignorado outras religiões! O que não seria remeter para uma errata outras festas religiosas centrais, desculpem lá o esquecimento, também não podemos lembrar-nos de tudo! Não será por esse detalhe que os países que ainda teimam nessas festas religiosas deixarão de distribuir zelosamente a preciosa agenda…
A propósito, o responsável da Agenda Europa, Jonh Dalli, declarou que “este episódio é a oportunidade de recordar que não se tolera nenhuma discriminação religiosa na União Europeia”. Há episódios muito tranquilizantes, sem dúvida!
Vai-se a ver... essa agenda foi elaborada no mesmo computador onde foram compiladas as listas para o recenseamento eleitoral e que originaram a impossibilidade de alguns cidadãos votarem para a eleição do presidente da república.
ResponderEliminarSuzana
ResponderEliminarÉ a Europa que temos! Não me ocorre mais nada...
Lamentável. Ou a "political correctnesss strikes again", ou confusão entre a necessária laicidade dos estados e o respeito pelas tradições, desde que inócuas e que não haja confusão entre os dois conceitos. Para bem ou mal, a cultura europeia foi profundamente moldada pelas crenças cristãs, nada de mais natural que celebrar as suas festas principais. Respeitar as outras crenças tradicionais, mesmo que minoritárias, certamente. Mas celebrar as suas festas em pé de igualdade? Where to draw the line? Qual o custo em dias de trabalho perdidos, sobretudo neste tempo de crise?
ResponderEliminarBem lembrado, caro bartolomeu, mas nem se deram ao trabalho de encomendar um estudo para avaliar a culpa do computador, lá na Europa são menos sofisticados, fazem erratas...
ResponderEliminarMargarida, pois olhe que eu tive que ler várias notícias na net para acreditar,só quando vi o comunicado sobre a "solução" é que tomei como certa esta vergonha.
Caged Albatross, o que me parece é que começa a haver um perigoso complexo, que não é de laicismo porque não afasta as outras religiões. Um complexo de superioridade, diria mesmo, dos que julgam que os Governos e os ditames da política e dos políticos conseguem dispensar o que marcou a identidade dos povos, de modo a torná-los tão moldáveis quanto seja preciso para suportarem todas as ideias tecnocráticas que dispensam filosofias, crenças e sentimentos. É mais do que desprezo, se fosse só politicamente correcto era cobardia, eu receio que seja pior, por isso me horrorizou a displicência com que foi tratado "o episódio".
Sim, não esquecer de recordar que a formação da Europa foi baseada no genocídio dos judeus e muçulmanos que nela habitavam por parte dos cristãos e na selecção natural que as guerras entre as várias facções do cristianismo provocou.
ResponderEliminarE a comissão europeia foi esquecer a importância da violência e do racismo na construção de Europa??!?!? Que vergonha... E o comunismo e o nazismo??? Não me digam que também se esqueceram destes?!?!?
Cara Suzana: Infelizmente este é o espelho da burocracia que nos governa abdicando da afirmação de princípios básicos do nosso referencial civilizacional e democrático, submetendo-se cordeiramente ao fanatismo extremista que pretende condicionar a nossa liberdade...
ResponderEliminarCaro Tonibler, a Europa não tem que ter complexos nenhuns e a melhor maneira de se defender a liberdade religiosa é não desvalorizar precisamente a religião dominante na Europa, goste-se ou não.Pelo menos aqui não se perseguem nem matam os que tenham outras religiões e podem praticá-la sem constrangimentos, construindo os seus templos.
ResponderEliminarCaro Franklin, concordo contigo, a capa burocrática a esconder a importância das coisas.
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