domingo, 13 de fevereiro de 2011

Rua!...

Um grupo de "amigos e admiradores" de Carlos Castro vai propor à Câmara de Lisboa que seja dado o nome do cronista social a uma rua da cidade, diz o Expresso.
A propósito da informação sobre Carlos Castro, um artigo de João Caupers, Prof. de Direito da Universidade Nova.
Que raio se ensina nos cursos de comunicação e de jornalismo?
Não se lhe conhecia qualquer actividade social, intelectual, científica, artística ou política meritória ou, sequer, relevante. Era um personagem medíocre, de cujo perfil apenas pude recolher dois traços, que alguma comunicação social considerou merecedores de referência: era homossexual e era "cronista social".
O primeiro traço deveria ser completamente irrelevante, já que emerge da liberdade de orientação sexual, que apenas a cada um diz respeito. Todavia, considerada alguma prosa que a ocasião suscitou, terá tornado a vítima mais digna de dó – vá-se lá saber porquê!
O segundo, considero-o pouco menos que desprezível: significa que a criatura “ganhava” a “vida” a escrevinhar coscuvilhices e a debitar maledicências, chafurdando nos dejectos dos socialites.
A viagem que o levou a Nova Iorque tinha um óbvio móbil “romântico”, que a comunicação social preferiu apenas insinuar, não por pudor, mas porque a insinuação vende melhor do que a afirmação: tratava-se, simplesmente, de seduzir um jovem de 21 anos.
Quanto a este, também os seus motivos parecem evidentes: “pendurou-se” no idoso para, explorando as suas “inclinações”, beneficiar dos seus supostos contactos internacionais, iniciando uma carreira no mundo da moda.
Estavam, pois, bem um para o outro.
Nada me interessam os pormenores abjectos que rodearam o assassinato. Deixo-os aos media, lambendo os beiços com a sordidez da história, muito melhor do que o criador de qualquer reality show poderia inventar.

14 comentários:

  1. uma tristeza, acaso isso aconteça. Nem comento mais nada.

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  2. Caro Pinho Cardão,
    O anuncio do IGCP reza assim:
    "O IGCP irá realizar um leilão de recompra da OT 3.20% Abril 2011 e OT 5.15% Junho 2011 no próximo dia 16 de Fevereiro pelas 9:30 horas, com um montante a determinar em função das condições de mercado.
    O saldo vivo destas Obrigações do Tesouro é de EUR 4,532 mil milhões e EUR 4,958 mil milhões respectivamente".

    Ora acontece que as necessidades de financiamento do Estado para 2011 são de 20 mil milhões de euros, o que significa o Estado ter que vender dívida pública para conseguir dinheiro para esta recompra. Só que os juros são diferentes. Compra a juros de 3,20% e 5,15%, para vender a juros acima de 6,5%, na melhor das hipóteses. De juros a 5,15% pagará juros a no mínimo de 6,5%. Em 4 meses, de Fevereiro a Junho, com uma diferença de juros sempre acima de 1,35% e sobre um montante de 4,958 mil milhões de euros é muito dinheiro. Se adicionarmos igualmente os juros de dois meses, Fevereiro a Abril, da recompra das OT num montante de 4,532 mil milhões de euros, o somatório do prejuízo desta operação deverá ser superior a 30 milhões de euros se o montante for esgotado.
    Será que o IGCP se propõe perder 30 milhões de euros apenas para tentar “convencer” os mercados da “boa saúde” das finanças portuguesas?
    Será possível?
    Gostaria da sua opinião.

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  3. Caro Pinho Cardão,

    Considero uma injustiça, caso aconteça o que é refrido no Post, omitir o nome de R. Seabra da toponímia lisboeta...
    Não fora o acto macabro de Seabra, a toponímia lisboeta não recordaria C. Castro, certamente!

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  4. Às quintas-feiras, no tempo em que andei pela Assembleia da República, antes das votações, havia um período dedicado a votos de pesar pelas pessoas ilustres que, entrementes, iam morrendo. Uma espécie de “obituário”. Os diferentes grupos parlamentares apresentavam os votos e, habitualmente, cada um dos grupos nomeava um deputado para fazer a intervenção.
    Havia alturas em que eram muitos os votos de pesar. Agora, que o Pinho Cardão denunciou esta iniciativa, fiquei com uma curiosidade dos diabos. Será que algum grupo parlamentar apresentou na Assembleia da República voto de pesar pela morte do senhor?

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  5. Ora meus caros amigos... "está na cara" que esta é mais uma maquinação gay, para atinjir objectivos. Ou seja, para atinjir o objectivo primordial... a adopção. Mas até nesta questão da adopção existe um sub-objectivo; a adopção por casais homosexuais masculinos, dado a evidência de por enquanto, não conseguirem parir... procriar sim, mas... parir... hmmm... hmmm... não dá!
    Portanto, esta questão da toponímia, é sobretudo, um galhardete, que deseja ser uma bandeira, o meu medo é que se venha a transformar num estandarte e que acabe por ser decretada a obrigatoriedade de pegar nesse estandarte.
    É que a "coisa" tem um percurso histórico... começou por ser perseguido, depois, proibido, a seguir, de ignorado passou a aceite, por último, um loby e um estatuto social, vamos ver se não se torna obrigatório...

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  6. Mais uma iniciativa básica. Não mais em que pensar, parece, caro PC.

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  7. Caro CS:
    Aqui há uns anos conhecia bem o funcionamento do IGCP, uma instituição prestigiada e com excelente e frutuoso trabalho realizado. Não creio que a situação se tenha alterado, pelo que da minha parte a actuação do IGCP tem, pelo menos, o benefício da dúvida.
    Quanto ao caso que refere, trata-se de "recompra" de dívida a vencer dentro de 2 a 4 meses. O facto pode-se justificar pela eventual liquidez proporcionada pela colocação de Bilhetes do Tesouro a taxas mais favoráveis.
    Ou, também, por liquidez adveniente da colocação de um excesso de OTs, como forma de prevenir dificuldades futuras. Aqui haveria um trade-off entre um sobrecusto para o Estado e a eliminação da possibilidade de uma não colocação, no devido tempo, de toda a dívida necessária.
    Ou pode ser justificado por um misto das duas razões ou por estratégias de negociações com os credores. São apenas pistas que lhe deixo.
    Mas o nosso amigo Tavares Moreira pode aqui dar um contributo inestimável, se assim o entender, claro está!...

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  8. Caro Pinho Cardão
    Há assuntos que o melhor a fazer é mesmo ignorar, com sorte e algum vento de feição, acabam por desaparecer como a poeira ao vento.
    Acho que "esse" assunto, como o alarido mediático é um caso típico.
    Cumprimentos
    joão

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  9. Caro Pinho Cardão,
    Agradeço a sua informação.
    Para mim, que não sou um professional,acho estranho que não havendo dinheiro para recompra, o estado terá que emitir ou ter emitido recentemente OT para ter liquidez para a recompra,se permite desprezar juros a 2 e 4 meses seguramente menores do que aqueles que vai pagar ou pagou recentemente com emissão de OT.

    Aguardo e agradeço que o nosso amigo TM venha esclarecer esta situação.
    Obrigado aos dois.

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  10. Há pouco, ao ler um artigo de um camarada que se confessa reaccionário, deixe-lhe uma sugestão.
    Se a ideia for avante, brindar a autarquia com uma cena.
    Uma manifestação a condizer.
    Com um já basta.

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  11. Caro CS:
    Para avaliar a questão de forma adequada, teríamos ainda de saber o preço de "recompra".

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  12. Caro Pinho Cardão,
    sem dúvida, contudo não poderão ser superiores a
    OT 3.20% (Abril 2011) e OT 5.15% (Junho 20119, creio eu.
    Contudo,os juros da Dívida Pública hoje, em 13.02.2011, a dois anos 5,493%, a cinco anos 6,885% e a dez anos 7,577%.
    Aguarde-se o cometário do TM.

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  13. SInail de amizade era deixarem-no descansar em paz.

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  14. Anónimo09:19

    Nem mais, Suzana.

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