1.A frase em título terá sido hoje proferida pelo PM ainda em funções, em Bruxelas.
2.E eu concordo, EM ABSOLUTO.
3.De facto, decorridos 6 anos de uma governação no decurso da qual:
- Tantas vezes foi cantado sucesso nas mais diversas frentes da política económica;
- Destacados porta-vozes do Governo chegaram ao ponto de afirmar alto e bom som que o País ficaria imune à crise financeira internacional;
- Nos foi prometido vezes sem conta que o desemprego iria baixar;
- Nos foi prometido, também vezes sem conta, que “desta vez é que era”, no que respeita à decantada consolidação orçamental;
- Nos foi garantido que não seriam necessários mais sacrifícios quando começamos a perceber que sem sacrifícios não chegaríamos a lado nenhum;
- Nos foi garantido que num breve prazo iríamos entrar num processo de retoma da convergência para o nível de rendimento médio da União Europeia, nos vários formatos desta;
- Nos foi dito que os grandes projectos de obras públicas entretanto realizados iriam induzir um ritmo de crescimento cada vez mais elevado;
- Nos foi assegurado que o endividamento externo era um assunto de somenos importância numa união monetária como a zona do Euro;
- Etc, Etc, Etc...
4....Termos chegado a esta lamentável situação em que (i) no exterior já quase ninguém está disponível para nos conceder crédito, (ii) os ratings da República se aproximam do nível “junk”, (iii) precisamos como “pão para a boca” da ajuda financeira da União Europeia (para já do BCE, o resto esperemos para ver...) para sobreviver, (iv) perdemos a confiança e o respeito dos nossos credores externos e (v) perdemos toda a margem de liberdade para decidir do nosso futuro...(v) continuamos a afastar-nos, pela negativa, do nível médio de rendimento da União Europeia...
5....É mais do que motivo para exclamar, em voz indignada, “COMO FOI POSSÍVEL TEREM FEITO ISTO AO PAÍS?!!
A resposta parece-me lógica, caro Dr. Tavares Moreira; porque TODA a gente deixou (isto para não referir, que muita "gente" colaborou).
ResponderEliminarMeu caro Dr. TM, pois eu estou de acordo com o Bartolomeu.
ResponderEliminarPorque todos deixámos e muita gente colaborou. Pessoalmente, já estou numa de perdido por cem, perdido por mil e acho que devíamos mesmo chegar à bancarrota, porque parece que é a única forma de aprendermos alguma coisa.
Caros Bartolomeu e Anthrax,
ResponderEliminarFar-me-ão a justiça de reconhecer que eu não deixei...
Ou melhor, tentei não deixar remando contra a maré do desvario financeiro desde muito cedo (1999).
Por isso tentaram massacrar-me da forma que oportunamente denunciei...
Desculpar-me-ão, mas esse barrete não cabe na minha cabeça...
Até admito que tenham razão na generalidade, mas têm que considerar a existência de excepções...
Assim,a expressão TODOS não é a mais apropriada, i'm sorry...
Eu também não!
ResponderEliminarO Cavaco foi, de certeza. O Guterres também.
ResponderEliminarVamos fazer uma lista para depois lhes pedir o dinheiro? Boa?
Oh Dr. TM!
ResponderEliminarClaro que estava a generalizar e é claro que, há pelo menos 11 anos, que existia quem alertasse para o caminho que estava a ser seguido. Mas era o que eu dizia no outro post ao Dr. JMFA, todos querem ser o Rei Sol!
A classe política parece que sofre do síndrome de Ícaro! Tudo quer chegar ao sol com asitas de cera. Não admira que o trambolhão seja grande.
E o trambolhão ainda é como o outro, o problema é que depois somos nós levamos com o Ícaro, com o que sobra das asas, com o arnês e com as sandálias nos... na cabeça (eh eh eh apanhei-vos!)
DEMISSÃO DO GOVERNO PS/SOCRATES
ResponderEliminar24/03/2011
...e ao fim do primeiro dia... a comunicação do partido soçobrou, neutralizada, completamente destroçada, revelando amadorismo, falta de estratégia, de comando unificado... perante o flanco desguarnecido por um MRelvas, incontinente verbal, cheio de inoportunidade e desapropriado no conteúdo e na forma/imagem, o adversário avançou com três vedetas rápidas: SPereira/SSilva/Jlello, apoiadas por um Medina, recorrendo ao arsenal de armas de destruição anti-credibilidade, utilizando torpedos vários – imaturidade, infantilidade, incapacidade, incompetência, sofreguidão, e outros -, com apoio de uma pseudo-constitucionalista Meireles, saída ninguém sabe de onde, como franco atiradora contra o PR , revelando uma máquina altamente profissional, eficaz e cheia de poder ainda intacto... só faltam os intelectuais de serviço Marcelos e Pachecos para se morrer na praia...
Não, não, não!
ResponderEliminarCaro Dr. Tavares Moreira, o Senhor conhece bem o significado do termo "injustiçado". Infelizmente, já passou pela terrível sensação de o sentir na pele.
No caso em apreço, os nossos comentários, não apontam a sua pessoa, como é obvio. No caso vertente, somos todos, todos, os visados pela atitude passiva, permissiva que culminou na crise presente.
Os seus posts, caro Dr., apesar de oportunos, esclarecedores e até pedagógicos, como muitas vezes fiz questão de assinalar, não dissolvem a culpa dessa permissividade, a qual, em minha opinião, não constitui matéria de crime acusatório. Do mesmo modo, os comentários que a nós,foi dada oportunidade de lhes colocar, não nos inibem também da mesma culpa de permissividade. Aqueles que com responsabilidades políticas, colaboraram para que fosse possível o país ter chegado ao estado em que se encontra... esses sim, merecem a nossa indignação.
Mas agora, aquilo que importa, é unir esforços e vontades, no sentido de, com consistência, iniciar a reconstrucção deste país que é nosso, de todos, maioritários e minoritários, ricos e pobres, magros e gordos.
Nas cúpulas dos pp,
ResponderEliminar'adolescentes retardados' bem visto num editorial do Público.
Ou como Filomena Mónica s/Sócrates PM, um 'delinquente político'.
Poderiam os resultados ter sido diferentes?
Non.
Caros Anthrax e Bartolomeu,
ResponderEliminarSinto-me reconfortado pela vossa imensa generosidade, quando aceitam excluir-me da"extensíssima "black-list" dos que, por acção ou omissão, contribuiram para que o tal País chegasse aonde chegou...
Assim já me sinto legitimado a acompanhar o providencial PM quando exclama, com a mais justa indignação, "Como foi possível terem feito isto ao País"!
Caro Tonibler,
Não comece a elaborar essa lista, olhe que nunca mais acaba e o Senhor deve ter mais que fazer...
caro Amigo de Peniche,
Embora considere o seu juízo muito mas muito inclinado,muito temporão até, não deixo de lhe atribuir uma pontinha de razão...
E nestas coisas mais vale prevenir que remediar...espero bem que previnam...
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarNão é preciso assim tanto. Afinal, sempre foi recusado um referendo sobre as "nossas" opções europeias, o que responsabiliza individualmente quem as fez por nós.
Lembro-me aliás de uma discussão aqui sobre o último referendo que nos foi sonegado por esta presidência onde me lembro de ter dito numa discussão entre os caros D. Justino e JMFA que, quando as coisas correm bem os referendos não servem para nada, mas quando correm mal dão jeito para dizer que o povo escolheu.
Não querendo dizer que foi o seu caso (de JMFA não foi de certeza porque me lembro desta discussão), agora todos temos a legitimidade de dizer "eu não fui". Todos, excepto aqueles que estavam em posição de tomar essas opções e o fizeram. Ora, adesão, Mastrich, Euro, Lisboa, é pegar nos nomes que os propuseram e os aprovaram e "mete-los no Campo Pequeno" como sugeriria o outro. A lista é grande mas não é enorme.
A falta que não fazem agora esses referendos...E esperemos que as coisas não corram tão mal que as aspas do Campo Pequeno caiam...
Caro Tonibler, por esse caminho pode ir preparando a Cidade Proibida, onde crescerão os políticos que ninguém poderá "culpar" de nada...desde que nunca saiam de lá e nunca decidam nada.
ResponderEliminarCara Suzana,
ResponderEliminarNão é preciso. Os políticos que sonegaram o referendo sabiam bem o que estavam a fazer e porque o estavam a fazer. Qualquer um deles sabe onde a sua actuação está balizada, onde pode ir e onde não pode ir e sabe perfeitamente que recusou um referendo a um assunto onde não poderia ir. Agora é assumir as responsabilidades de acordo com as consequências. Num país que deixou o PCP livre isso não deve ser particularmente grave, mas há quem seja responsável do estado do estado e quem não seja. As votações estão registadas no parlamento e sabe-se quem matou a república portuguesa.
Caro Tonibler,
ResponderEliminarTenho muita pena de não poder subscrever o seu raciocínio - deveras nihilista, permita-me acrescentar, sem que isto deva ser interpretado em sentido depreciativo, mas sim de simples avaliação objectiva...
Na minha opinião o facto de os Trtados que refere não terem sido referendados é irrelevante para a explicação da via de desgraça que percorremos até aqui conduzidos por cegos e surdos iluminados...
Isto não tem que ver com Tratados, mais ou menos referendados, tem a ver com incompetência e irresponsabilidade aos montes, às carradas...
Aquela de um iluminado ter convencido esta gente de que o endividamento externo erra assunto irrelevante numa união como a do Euro é de pasmar...mas a verdade é que influenciou, decisivamente, a opção pelo caminho de degsraça que percorremos animadamente até aqui...
E olhe que continuam convictos e absolutamente crentes nas virtudes do erro crasso, basta ouvir os discursos com alguma atenção...
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarEsses iluminados todos, alguns deles convencidos de que tinham razão e, quase de certeza, alguns ainda estão convencidos (particularmente esse) são os nossos eleitos. Mas os mecanismos que nos protegiam da concentração dessa estupidez num cargo de poder foram erodidos pelos tratados. Antes destes iluminados haviam outros que acreditavam nas virtudes da propriedade colectiva e antes dele outro que acreditava que se fossemos pobres e ignorantes seríamos felizes. A diferença é que a estupidez desses não era tão definitiva.
Caro Tonibler,
ResponderEliminarContinuando a não poder subscrever o essencial da sua tese, num ponto tenho de dar-lhe razão: com os mecanismos da fase anterior ao Euro, a acumulação de erros e disparates a que temos assistido desde há pelo menos 12 anos teria sido travada há muito mais tempo (se é que vai ser travada agora...)...
A falta de divisas para fazer pagamentos ao exterior funcionaria como travão eficaz dos erros crassos, o FMI já cá estaria há muito a repor o equilíbrio económico e financeiro, os actores principais teriam sido despedidos bem mais cedo...
E, last but not the least, teríamos sido poupados à tristemente célebre "leitura" em que os Senhores do regime foram ensinados, por alta e incontestada individualidade, a "perceber" que o endividamento externo deixou de ser assunto relevante...
Nisso o meu amigo tem razão, carradas de razão!