Nunca apreciei as pessoas que se autointitulam independentes. Independentes de quê e de quem? Nem os livres-pensadores podem considerar-se como tais, já que à medida que aprofundam o pensamento acabam por concluir que estão longe, muito longe da utópica pretensão. Não há ninguém independente. Até quando se invoca Deus, por dá aquela palha, se pode ver o conceito de independência. “Foi graças a Deus que ganhámos o desafio”. Se Deus quiser vamos ganhar as eleições, o jogo, o campeonato, a batalha, o totoloto, e sei lá que mais!
Não pertencer a um partido é uma coisa, mas autoproclamar-se como independente é uma treta. Não vejo problema nenhum, antes pelo contrário, que uma pessoa se identifique com uma determinada ideologia, uma doutrina ou corrente filosófica e atue em conformidade, desde que respeite princípios éticos. Quanto maior a diversidade ideológica e doutrinária mais fácil se consegue resolver os problemas, encontrar soluções, crescer e humanizar. O problema não está nos partidos, o problema está, sempre esteve, e continuará a estar dentro das pessoas, na conduta ética. Conquistar o espaço do poder pelos mais capazes é um imperativo. Em termos práticos, o problema é mais de ecologia política do que outra coisa.
Há espécies daninhas, há espécies belas, mas com tendência a tomar conta do espaço, eliminando outras, há espécies que prometem beleza, mas emitem cheiros desagraveis, e outras, simples, belas e capazes de emitirem notáveis fragrâncias. São frágeis, sem dúvida.
Ando muito confuso. Sei que sou um pretensioso livre-pensador, que tem consciência de que é impossível ser-se livre, mas, por favor, não me roubem o pouco que me resta de esperança. Digo isto, porque tenho dificuldade em compreender muitas coisas, por mais que as tentem justificar, tal como a seguinte frase: “Se não for eleito presidente da AR renuncio de imediato”.
Já fui deputado. Considero este período como a mais importante experiência da minha vida. Empenhei-me ao máximo, porque sentia um estranho e confortante orgulho de que estava a contribuir para o bem-estar da nação portuguesa. Talvez não tenha sido um retórico brilhante, ou tenha tomado iniciativas de vulto, mas respeitei, fui respeitado e trabalhei com satisfação para a causa pública. Não consigo entender a “exigência” do ex-candidato à Presidência da República. O que posso afirmar é o seguinte: se fizesse parte de uma lista de deputados à Assembleia da República, pelo PSD, claro, e fosse eleito, não votaria em Fernando Nobre para Presidente. O voto é secreto, o meu, neste caso virtual, está dado. Os eleitos têm de respeitar quem os elege e praticar a humildade política. Eu sei que esta última não deverá soar muito bem, mas é o meu entendimento.
Não pertencer a um partido é uma coisa, mas autoproclamar-se como independente é uma treta. Não vejo problema nenhum, antes pelo contrário, que uma pessoa se identifique com uma determinada ideologia, uma doutrina ou corrente filosófica e atue em conformidade, desde que respeite princípios éticos. Quanto maior a diversidade ideológica e doutrinária mais fácil se consegue resolver os problemas, encontrar soluções, crescer e humanizar. O problema não está nos partidos, o problema está, sempre esteve, e continuará a estar dentro das pessoas, na conduta ética. Conquistar o espaço do poder pelos mais capazes é um imperativo. Em termos práticos, o problema é mais de ecologia política do que outra coisa.
Há espécies daninhas, há espécies belas, mas com tendência a tomar conta do espaço, eliminando outras, há espécies que prometem beleza, mas emitem cheiros desagraveis, e outras, simples, belas e capazes de emitirem notáveis fragrâncias. São frágeis, sem dúvida.
Ando muito confuso. Sei que sou um pretensioso livre-pensador, que tem consciência de que é impossível ser-se livre, mas, por favor, não me roubem o pouco que me resta de esperança. Digo isto, porque tenho dificuldade em compreender muitas coisas, por mais que as tentem justificar, tal como a seguinte frase: “Se não for eleito presidente da AR renuncio de imediato”.
Já fui deputado. Considero este período como a mais importante experiência da minha vida. Empenhei-me ao máximo, porque sentia um estranho e confortante orgulho de que estava a contribuir para o bem-estar da nação portuguesa. Talvez não tenha sido um retórico brilhante, ou tenha tomado iniciativas de vulto, mas respeitei, fui respeitado e trabalhei com satisfação para a causa pública. Não consigo entender a “exigência” do ex-candidato à Presidência da República. O que posso afirmar é o seguinte: se fizesse parte de uma lista de deputados à Assembleia da República, pelo PSD, claro, e fosse eleito, não votaria em Fernando Nobre para Presidente. O voto é secreto, o meu, neste caso virtual, está dado. Os eleitos têm de respeitar quem os elege e praticar a humildade política. Eu sei que esta última não deverá soar muito bem, mas é o meu entendimento.
A postura do autor do post é a correcta. Correcta e corajosa.
ResponderEliminarSe a escolha de Fernando Nobre foi um erro do PSD (melhor, do seu actual líder) e do próprio Fernando Nobre, a renúncia, como há dias disse Marques Mendes, essa é "grave, gravíssima".
É caso de dizer que foi pior a emenda que o soneto. Afinal, a vaidade também se mercadeja...
Cumprimentos
Fernando Pobre
Estou consigo, caro Professor.
ResponderEliminarE foi lá, na AR, onde o conheci,que o comecei a admirar pela sua postura, rigor de análise e de argumentação, seriedade e enorme sensibilidade para o que deve ser o serviço público. De forma competente, mas discreta, e sem nunca se colocar em bicos de pés, como é próprio dos grandes homens.
Tinha que lhe dizer isto, aqui no Blog. Foi a oportunidade.
Não percebi nada dessa arrengada das plantas... 8)
ResponderEliminarArengada? É muito provável. Aqui está um bom exemplo de que nunca deveria enveredar pela botânica, foi sempre o meu ponto fraco, mas prometo estudar mais e "metaforizar " na área da saúde, onde me sinto mais à vontade, sempre é melhor do que estar calado!
ResponderEliminarNão, meu caro Professor, não está sozinho. Eu faria o mesmo. Pelas razões que tão bem expôs e que eu subscrevo de pleno.
ResponderEliminarSubscrevo inteiramente, não há hierarquias nenhumas quando se pedem votos aos eleitores, não há ses nem meio ses, é uma questão de respeito, como diz o massano Cardoso, que fala com a autoridade de quem soube cumprir exemplarmente a sua missão como deputado. Muito bem, caro Pinho Cardão, faço minhas as suas palavras, também foi no Parlamento que conheci o nosso Professor, e aí aprendi a admirá-lo e a estimá-lo pelas muitas qualidades que, felizmente, também aqui no 4r todos pudemos confirmar.
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