terça-feira, 24 de maio de 2011

AJUDA EXTERNA: depois do BdeP, FMI desmente também a tese do PM...e agora?

1.Em Post editado no final da semana passada, procurei mostrar como o BdeP, no seu Relatório Anual, divulgado no dia 19, desmentia em definitivo a peregrina tese do PM segundo a qual a necessidade de recurso à ajuda externa foi motivada pela crise política e pelo chumbo do lamentável PEC 4...
2.O desmentido do BdeP foi claro e bem fundamentado, explicando com rigor e de forma objectiva, como lhe competia, as verdadeiras razões que determinaram o recurso à ajuda externa e que, como se vai tornando cada vez mais claro, não tiveram nada que ver com o PEC 4 chumbado...muito menos com a chamada “crise política” que se lhe seguiu!
3.É agora a vez do FMI confirmar a explicação dada pelo BdeP, num documento em que noticia a aprovação pelo seu Board do “€ 26 Billion Extended Arrangement” para Portugal.
4.Em anexo a esse documento é feita uma breve resenha dos factos que conduziram até ao pedido de ajuda externa, em lado nenhum se encontrando a mais ínfima referência ao chumbo do PEC 4 ou à crise política...esses episódios carnavalescos, aliás muito mal encenados pelo PM apesar da ajuda preciosa do Luís, não fazem parte deste assunto, em definitivo!
5.Citando o texto, para ser mais exacto, “Problemas estruturais persistentes – incluindo baixa produtividade, fraca competitividade e alto endividamento – prejudicaram o crescimento e deram origem a elevados défices externo e das contas públicas”...
6.Continuando, “A melhoria orçamental em 2010 foi marginal, com medidas correctivas adiadas, em parte reflectindo uma fraca capacidade de gestão orçamental. Como resultado, o défice global das Adm. Públicas reduziu-se apenas de 10,1% do PIB em 2009 para 9,1% do PIB em 2010”; “Adicionalmente, o ambicioso objectivo de 4,6% do PIB para 2011 estava também posto em causa”...
7.Concluindo, “Efeitos de contágio e riscos orçamentais provocaram dificuldades de financiamento para a República e para os bancos”...”Neste cenário, as preocupações sobre as perspectivas de crescimento do País e a sustentabilidade da sua dívida externa intensificaram-se nos últimos meses, culminando num pedido de ajuda financeira externa”.
8.Chumbo do PEC 4? Crise política? Nem uma palavra...essas matérias são para o PM e para os seus “yes men” tentarem vender em campanha, ao jeito de “banha de cobra”...não são assuntos que mereçam qualquer tipo de apreciação tanto do BdeP como do FMI.
9. E agora? Cicuta para o FMI como recomendaria o P. Cardão?

23 comentários:

  1. Caro Dr. Tavares Moreira, permita-me que coloque neste comentário, uma pergunta, que sem lhe ser dirigida expecíficamente, penso que constitui uma dúvida para muita gente; Se o resultado das próximas eleições der ao PSD uma maioria absoluta que lhe permita governar o país sem necessidade de coligação com outro partido, estará disposto Pedro Passos Coelhos e os ministros que farão parte desse governo a apurar responsabilidades pela crise que durante estes últimos 6 anos de governação arrasou o país e... a prender os responsáveis, como reclama abertamente o nosso caríssimo Tonibler, ou... após os festejos da vitória retumbante, continuam todos a sorrir amávelmente uns aos outros e fica esquecida toda a querela, esperando-se que o povo pague a crise e os empréstimos, como tem sido desde sempre?

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  2. Isso é uma pergunta "retórica", não, Bartolomeu? :D

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  3. Nada de respostas evasivas, caro AF.
    ;)
    Se considera a pergunta de retórica, e uma vez que não a coloquei exclusivamente ao Sr. Dr. T Moreira, não quer o caro AF apresentar-nos o que se lhe oferece acerca da mesma?!
    Pessoalmente, penso que, dado a veemência que é posta nos posts que denunciam os desgovernos de José Socrates e dos seus ministros, especialmente de Teixeira dos Santos, publicados aqui no "quarta", caso os autores dos mesmos, vindo a verificar-se a vitória que mencionei, vierem a ser nomeados para cargos nesse governo, tudo farão para que os culpados venham a ser julgados e condenados.
    Mas eu acredito piamente na força das convicções da ética e da moral.

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  4. Caro Bartolomeu,

    Confesso-lhe que não sei responder à questão que coloca...
    Por outro lado eu estou desde já excluído do cenário hipotético que sugeriu ao comentador AF a propósito de possíveis nomeações de colaboradores do 4R para cargos de responsabilidade...
    O meu reino não é deste mundo - ouso utilizar esta profética palavra...para querer dizer que já não estou na política efectiva, acompanho os assuntos da res-publica meramente como cidadão interessado...
    A experiência passada não é muito abonatória em relação ao tipo de responsabilizações que o Bartolomeu refere ou sugere, tem sido normal ficar tudo em águas mornas...
    Reconheço que, desta vez, a enormidade dos erros cometidos e a extrema gravidade das suas consequências justificariam um procedimento novo...
    Aguardemos...

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  5. Caro Bartolomeu,

    As responsabilidades serão, como sempre, políticas. E nada mais.

    Os responsáveis permanecerão de alguma forma na actividade política, ou transitarão para lugares aconchegados numa qualquer empresa "amiga".

    Os vencedores transitarão e, a seu tempo, ocuparão os cargos deixados vagos pelos "culpados" da última rodada.

    Enquanto for possível, o status quo vai ser prolongado.

    Aliás, não me ouça a mim, ouça o mote já deixado pelo actual Presidente em conjunto com os ex-presidentes, nesse local tão propício de nome Pátio dos Bichos: é preciso passar uma esponja no passado, e todos juntos, de mãos dadas, proceder ao esforço patriótico de enfrentar a crise.

    Sabe, e correndo o risco de ser mal entendido, digo-lhe que cada vez percebo melhor a frase de Samuel Johnson: "O patriotismo é o último refúgio dos canalhas".

    Caro Bartolomeu, eu procuro dirigir a minha vida assente nesses valores de que fala, éticos e morais. Quanto a mim, tenho a consciência perfeitamente tranquila.

    E até acredito existirem pessoas de bem, que se guiam pelos mesmos princípios, que estarão dispostas a dar o seu melhor. Infelizmente, serão uma minoria. E serão invariavelmente submergidas pelos outros "valores" que, mais alto, se hão-de levantar.

    Tenho muita pena que assim seja. Pode dar-se o caso de eu estar errado. Mas por muita pena que eu tenha, não posso em consciência passar também uma esponja sobre a realidade.

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  6. Caro AF,

    Que palavras tão deprimentes :S... ainda por cima são verdadeiras... verdadeiras porque concordo com elas, note-se.

    Depois desta vou precisar de terapia.

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  7. Caro Dr. T. Moreira, tem o meu amigo utilizado a expressão «honestidade intelectual» quando refere aquilo que entende serem as minhas qualidades pessoais.
    Chegou o momento de lhe retribuir, com toda a justiça, o epíteto que me dirige (epíteto no bom sentido, entenda-se). Aguardemos; concordo, caro Professor, mas entretanto, sejamos verticais e objectivos.

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  8. Boa, cara Anthrax!!!
    ;)))

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  9. Caro AF, é isso, sem tirar nem colocar uma vírgula, excepto naquilo que à citação "O patriotismo é o último refúgio dos canalhas" diz respeito.
    Quando um fulano é canalha, refugia-se no patriotismo, e não o contrário!
    ;))

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  10. Bartolomeu,

    Eu bem disse que corria o risco de ser mal entendido :)

    Da leitura da frase não vem "Um patriota é um canalha". Longe disso.

    Canalhice é o agitar das bandeirinhas verde-rubras e o soltar baba e ranho enquanto se jura defender a Nação, quando tanto se fez pelo descalabro da mesma.

    Mas canalhice é também esse outro apelo patriótico à união e ao "todos-juntos-em-defesa-da-Pátria", quando o preço calculado é mais uma vez o lavar das responsabilidades que o meu amigo tão bem refere no seu comentário.

    Canalhice é apelar ao patriotismo das gentes para que aceitem ainda mais austeridade, ainda mais sacrifícios, enquanto se está seguro acima dessas mesmas dificuldades. Canalhice é empenhar o futuro de Portugal, enquanto se pede patriotismo as outros.

    E não é só o apelo ao patriotismo que me mexe com as entranhas ultimamente: a constante "pessoalização" do Estado, com apelos à "honra" e analogias com o cumprimento das prestações do crédito pessoal... Deixa-me mal disposto, por várias ordens de razões. Mas isso fica pra outra altura, que mais uma vez o comentário já vai longo :)

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  11. Quer dizer, eu aqui a pagar para me ensinarem técnicas que me permitam controlar os picos de ansiedade cujos quais me podem conduzir à manifestação de impulsos violentos e o AF faz-me um comentário desses?!

    Você quer ver-me a respirar para dentro de um saquinho de papel, não?

    Em relação ao post do DR. TM, eu continuo a achar que cianeto era mais eficaz.

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  12. Cara Anthrax,

    Witch Elf que se preza não respira pra dentro de saquinhos... a não ser para os encher, e depois aproximar-se sorrateiramente por trás de alguém e PÁS!!!! arrebentar o saquinho e rir às bandeiras despregadas :D
    Isso sim, é terapia!

    Quanto ao veneno pro FMI, olhem, cicuta, cianeto ... não lhes dêem é viagra, por favor!

    (ehehehe cheap shot, eu sei) :D

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  13. Anónimo01:23

    Troika reduz salários dos funcionários públicos



    O press release divulgado ontem pelo FMI (20 de Maio) fala em cortes nos salários dos funcionários públicos (e numa compensação dos salários mais baixos).

    Confesso que não me tinha apercebido… Tinha lido apenas que havia congelamento: “1.9. Freeze wages in the government sector in nominal terms in 2012 and 2013 and constrain promotions” e cortes nas pensões públicas.

    IMF Executive Board Approves an €26 Billion Extended Arrangement for Portugal – press release: 20 de Maio de 2011

    http://www.imf.org/external/np/sec/pr/2011/pr11190.htm

    (tb há (uma má) tradução para português)

    “A substancial ajuda financeira contribuirá para minimizar os custos sociais do ajustamento.
    O programa também inclui uma poderosa rede de protecção social, ao isentar das reduções nos salários e pensões públicos aqueles nos escalões mais baixos de rendimentos e ao garantir a protecção dos mais vulneráveis.

    “The substantial financial support will help minimize the social costs of the adjustment. The program also includes a strong social safety net, by exempting lower categories of public wages and pensions from reduction, and by ensuring protection to the most vulnerable.

    PUB:http://gonnacrash.blogspot.com/

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  14. Anónimo02:15

    Caros amigos, permitam-me que partilhe duas coisinhas, uma que recebi num feed de noticias que subscrevo, a outra precisamente o que me ocorreu após ler a notícia.

    http://www.reuters.com/article/2011/05/24/us-eurozone-idUSTRE74M2KT20110524

    E a segunda.

    http://www.youtube.com/watch?v=28sdV_DXSrU

    Só ainda não decidi se a segunda é dedicada apenas à moeda única ou à UE por inteiro...

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  15. Caro AF, essa imagética, embora bi-dimensional, está muito bem vista sim senhor :)) Olhe, era o que o FMI precisava! De um exército de witch elves lá dentro para ver se se atinavam, acabava-se com a tensão entre géneros num instantinho. Bandinho de tarados.

    Zuricher, sabe o que é que isso me faz lembrar? Do pessoal que deixou (e vai deixar) de pagar as casas aos bancos. Em boa verdade é uma pescadinha de rabo na boca. Se o Estado deixar de pagar salários e afins, também não tem receitas. Além disso, uma coisa dessas descamba inevitavelmente em motins e pilhagens, e bens pilhados normalmente não pagam IVA.

    No caso da situação portuguesa, tal como o FCA diz, o documento do triunvirato refere os cortes salariais na FP. Não sei se é inevitável ou não mas,também não sou contra a ideia, desde que acompanhada por uma redução do horário de trabalho proporcional ao corte e acompanhada pelo fim da exclusividade, porque as pessoas têm o direito de procurar fontes alternativas de rendimento e nestas circunstâncias não se lhes pode exigir que tenham de pedir autorização para o fazer.

    Agora, se aplicação desses cortes é uma boa ideia ou não, pois isso agora dependerá do tamanho dos ditos de quem for PM e se tem capacidade, ou não, de lidar com as consequências que daí advenham, sendo que o risco de ocorrerem acções violentas será muito mais elevado.

    Se a isto juntarmos o facto de que as forças de segurança, as forças militares e para-militares são, de algum modo, funcionários públicos (mas com armas) e podem entrar numa espiral de descontentamento, então o cenário pode ficar bastante negro. É claro que na presente fase em que nos encontramos, isto ainda não se coloca mas os cenários vão mudando conforme as variáveis.

    Se virmos isto a uma escala maior, na génese da União Europeia está o princípio de evitar conflitos armados em território europeu, assim sendo não sei até que ponto estarão, os diversos actores, dispostos a colocar esse principio em causa. O que é certo é que se o colocarem em causa, existe uma possibilidade real de desagregação da U.E, que passará a constar da história como mais uma experiência falhada.

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  16. Cara Anthrax,

    Já agora, e se virmos isto a uma escala ainda maior?

    O que é que vai acontecer quando esta sucessão ridícula de bolhas inflaccionárias estourar toda? É que não me parece que haja bolhas maiores para encher, acima dos estados soberanos, não tou a ver, end of the line, game over!

    O que é que vai acontecer quando nem a UE nem os EUA forem capazes de continuar a chutar o problema prá frente?

    O que é que vai ser feito quando finalmente já não for mais possível esconder o descalabro?

    Quando os castelos de notas de papel ruírem?

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  17. Anónimo13:31

    Cara Anthrax, concordo plenamente consigo que tudo isto pode descambar em fortissimas e violentissimas convulsões sociais... E que incomodar os senhores das pistolas é sempre má ideia. Pode ocorrer-lhes usa-las! Realmente neste momento a existencia da UE placa quaisquer tentações desse cariz (e em Espanha o risco é até muito maior do que em Portugal) mas a UE tem prazo de validade.

    No que toca à União Europeia, sempre a vi como utopia de sonhadores. O principio do fim foi aquando da invasão do Iraque pelos Estados Unidos. Neste momento estamos a assistir a mais um forte empurrão nessa direcção embora me pareça que o fim da UE vai ser como foi o da Sociedade das Nações que já tinha morrido mas ninguém lhe passava o certificado de óbito, o que veio a acontecer apenas já após a guerra. Apenas espero que desta coisada toda não fiquem anticorpos suficientes para impedir até o que foi a antiga CEE. A ver vamos.

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  18. Cara Anthrax,

    Tem razão, cianeto será bem mais eficaz do que cicuta...
    A minha tendência para recomendar cicuta - que peço me releve - decorre em 1º lugar da douta sugestão do P. Cardão e em 2º lugar de constituir uma prática muito querida dos gregos antigos e nós estarmos a viver, com intensidade crescente, uma tragédia à grega!
    Tragédia essa ainda por cima (i) personificada, (ii) fortemente impulsionada, (iii) alimentada,(iv) acarinhada, (v) propulsionada, (vi) incentivada,(viii) mimada, etc,etc por uma criatura que usa (ou abusa?) um nome célebre da antiga Grécia!

    Caros Zuricher e AF,

    Com essas visões ou premonições apocalíticas já me estragaram o dia...e até a semana, quem sabe!

    Caro FCA,

    Admito que esse ponto venha a ser suscitado...só para lhe dar um exemplo, a medida de redução da despesa pública em pelo menos € 500 milhões em 2012 e novamente em 2013, obtida com a aplicação de medidas de racionalização nos serviços integrados do Estado, que consta do Acordo - assinado entre a União Europeia e o FMI, de um lado, e o governo português de olhos vendados do outro - não percebo como possa ser executada sem cortes salariais, confesso...

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  19. Caro AF,

    Honestamente, não conheço o suficiente sobre a situação Americana que me permita aventar qualquer cenário.

    Caro Zuricher,

    Ao contrário da UE, não acho se possa dizer que a SDN alguma vez tenha funcionado. Melhor ou pior, a UE ainda vai funcionando, agora que tenho uma curiosidade mórbida em ver se vai ou ar, ou não, com actual presidente, lá isso tenho... até porque sei - de fontes seguras - que as estruturas técnicas das DG's não morrem de amores pelo homem. Aliás, como eu disse a um colega meu em Bruxelas "Já que estamos na União Europeia há que dividir os males pelas aldeias, porque é que Portugal havia de ficar com os cromos todos?"

    Dr. TM, eu logo vi que haviam de haver semelhanças à tragédia grega. Ainda assim, no nosso episódio trágico é melhor o cianeto.

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  20. Venha lá o cianeto, cara Anthrax, mas peço-lhe que eslareça (i) quem é que vai ficar encarregado de o ministrar (sugiro, para facilitar, uma nova Fundação pública, que pode ser denominada Fundação Anthrax, se achar bem) e, mais importante, (ii) quem serão as criaturas seleccionadas para o tratamento - assunto que deixo inteiramente à sua consideração...
    A menos que queira deixar a escolha dos seleccionados para o P. Bento...

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  21. Dr. TM,

    Honestamente, a operacionalização da coisa até nem é um grande problema. O que constitui um obstáculo é a aquisição do bem, em si.

    Prescrição médica não dá, porque os médicos não prescrevem esses comprimidos e as farmácias também não o vendem (com ou sem prescrição médica). Penso que talvez seja possível adquiri-los online, mas depois lá vinha o INFARMED protestar. Isto, já para não falar na alfândega e nos direitos aduaneiros, caso a encomenda venha de fora da U.E.

    Quando se encomenda qualquer coisa, fora da UE, tem de ser em pequenas quantidades e com valores baixos, senão lá vêm os caramelos cobrar os direitos aduaneiros e convenhamos, com esta crise instalada, não dá para andar a pagar direitos aduaneiros. Já custa pagar a exorbitância que é a conta da luz, quanto mais os direitos aduaneiros.

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  22. Eu sugiro, humildemente, uma outra solução: matem-se os tipos com ANTHRAX! :D

    Calma, calma, não é com "A" Anthrax, nem mesmo com o Bacillus anthracis...

    não, é mesmo com Anthrax, a banda de thrash metal, em altos berros directamente aos ouvidos, 24/7...

    Podíamos obrigar os indivíduos a ouvir constantemente "You're anti ... you're anti-social!!!"

    Claro, podia também não ficar barata a conta da luz, mas era outra limpeza! :D

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  23. Cara Anthrax,

    A solução proposta por AF, de usar a banda de thrash metal (ou letal?) como instrumento de tortura, até nem me parece mal, com vantagem adicional de não desfazer as entranhas como o "seu" cianeto...
    Não lhe parece melhor?

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