1.Acentuam-se os sinais de que a Grécia não vai ter possibilidade de honrar os seus compromisso financeiros, caindo na bancarrota, se medidas drásticas não forem adoptadas...e muito rapidamente.
2.O caminho para evitar tão perturbadora consequência – no BCE havará gente que não dorme há vários dias perante tal perspectiva- é cada vez mais estreito e parece agora passar por uma aceleração de um amplo programa de privatizações que o governo grego se tinha comprometido a iniciar mas que até hoje se mostrou inteiramente incapaz de cumprir tal promessa.
3.Os interesses políticos e corporativos (lá como cá...) parecem estar a sobrepor-se à necessidade de o País assegurar os meios financeiros necessários para honrar os seus compromissos, arriscando uma insolvência de consequências desastrosas.
4.Por isso e também pela relutância com que o BCE tem encarado uma solução de reestruturação da dívida grega – que responsáveis do BCE chegam a apelidar de pesadelo e de poder produzir danos maiores que os da falência do Lehman Brothers – os responsáveis europeus parecem agora inclinados a uma forma original de intervenção no processo de privatizações na Grécia.
5.Concretamente, a ideia será a da criação de uma agência internacional incumbida de conduzir as privatizações, em ordem a por o processo rapidamente em marcha e conseguir as receitas de que o País desesperadamente carece para solver os seus compromissos.
6.Ou seja, as participações nas empresas estatais a privatizar seriam transferidas do Estado grego para um FUNDO gerido pela tal agência internacional, sendo esta por sua vez gerida por “experts” internacionais, incluindo representantes do FMI...
7.Esses activos, uma vez transferidos para o dito FUNDO e enquanto não fossem alienados no mercado, poderiam servir como colateral de empréstimos adicionais que a União Europeia e/ou o FMI venham a ter de conceder à Grécia para evitar o colapso financeiro do País...
8.Enfim, a confusão agrava-se, as taxas de juro não param de subir, a Grécia pelos vistos vai ser posta perante o dilema: ou privatizas, já, ou vais para a falência!
9.Continuemos a seguir os próximos episódios...
10.Por cá, temos a alegria e o privilégio de um PM que, para espanto de muitos - certamente mal informados ou mal intencionados - se prevalece do desconhecimento quase absoluto do documento que assinou com a União Europeia e o FMI, fazendo campanha contra o mesmo quase todos os dias!
Caro Tavares Moreira
ResponderEliminarO que relata/propõe é a segunda fase da gestão da crise. Dito esta Lapalissda de intróito o que se vai discutir com a Grécia e, (eventualmente) com Portugal, será o grau de envolvimento dos parceiros do euro na gestão diária grega (ou portuguesa).
Considerações sobre o benefícios e custos já estão em cima da mesa e a serem bem pesados.
Não é uma situação historicamente nova; o que é hoje o território da Grécia foi, durante bastos anos, uma província otomana. No quadro de uma união "entre iguais" não deixa de ser, no mínimo,peculiar...
Retirando o normal dramatismo e a mais do que óbvia manipulação, nem de propósito que a palavra proibida (default ou reprofilling dá igual), foi proferida pela comissária grega (!!?) que, curiosamente não tem o pelouro, para grande embaraço (!?!) do colega filandês,; os europeus, nós, vamos ter de decidir as regras futuras de intervenção nos negócios dos nossos co membros. Uns estão habituados, outros não...
Para o Zé Povinho a Grécia, mais, uma vez, pode ser o nosso futuro ao vivo, em directo e a cores. Será que, dentro de um ano, estaremos nós a pedir dinheiro suplementar e sem as reformas mais complicadas realizadas (para mencionar apenas duas e neutras: justiça e autarquias); nessa altura já a "solução" grega estará a funcionar em pleno.
(Já ouvi muitos cenários polítcos para daqui a um ano que podem ter como pano de fundo o que aludo; é verdade que aos autores desses cenários a inabilitação de facto e de jure do páis não lhes passa pela cabeça).
Assim, teremos um ano para ver se funciona.
Em tempo, sou daqueles que considera (e ainda considera) como mais provavel a saída dos prevaricadores do euro. Hoje, depois de algumas conversas com outros europeus, já considero que o cenário da intervenção tem pernas para andar. (Ainda que necessite de re formulação, é uma soluçao que vai a contento de todos os que decidem na europa).
Cumprimentos
joão
Dr. TM, eu diria que - de facto - os responsáveis europeus tiveram uma ideia bastante original. Se é uma boa ideia ou não, isso já é outra história.
ResponderEliminarDeixe-me tentar ver aqui as coisas numa óptica de relações internacionais: Não sei até que ponto a criação de uma agência internacional que vai gerir um aspecto fundamental da política interna grega, não viola a soberania do Estado grego e digo isto, porque quer queiramos quer não a UE é constituída por um tratado e os tratados obedecem às regras estipuladas na Convenção de Viena sobre o direito dos tratados. Ora, sendo a Grécia um Estado soberano e consequentemente um Estado de pleno direito, mesmo que o Tratado da UE não preveja nenhum mecanismo de denúncia, a Grécia pode denunciar o tratado da UE através dos mecanismos estabelecidos pela Convenção de Viena, se tal servir os seus interesses nacionais.
Eu se fosse os responsáveis europeus teria muita cautela, não só, com a originalidade das propostas, mas também, com o conteúdo das mesmas porque é nestas alturas que convém conhecer um bocadinho de história e do percurso de cada Estado. Não é preciso recuar até à antiguidade clássica, até porque a história grega não se resume à construção do Partenon, basta recuarmos até ao início do século XIX e analisar a história e as relações gregas a partir daí.
Daquilo que eu conheço dos gregos, posso adiantar que eles são um povo muito orgulhoso do que são e da história que têm e uma manobra política dessas, pode servir os interesses da União, mas pode não servir o interesses nacionais gregos e há coisas que falam muito mais alto do que o dinheiro.
Nós somos um bocado bananas e estamos sempre à espera de ver o que é que acontece, mas os gregos não e estar a sujeitar a Grécia a uma humilhação constante, é estar a fazer a mesma coisa que os aliados fizeram à Alemanha no Tratado de Versailhes e nós já sabemos onde é isso descambou.
Caro Dr. Tavares Moreira,
ResponderEliminarEssa proposta do FUNDO faz lembrar aquelas situações de penhora, na fase inicial, em que só entra o advogado e o solicitador. Entra, textualmente.
Depois, já se sabe como é; caso os penhorados levantem problemas, ou não abram a porta... chama-se a autoridade.
O que eu temo, neste caso em particular, e aplicável a outros possíveis casos futuros, é exactamente esse momento, em que aparece a autoridade, com a arma e o bastão, para nos coagir legalmente.
É certo que a "autoridade" não está bem definido quem seja. No entanto, isso ainda me parece mais preocupante. Veja-se por exemplo a actuação "pro-activa e humanitária" da NATO em vários cenários que, há uns anos atrás, escapariam completamente ao seu âmbito de acção.
Anthrax,
O aspecto fundamental que refere, da "captura" da soberania dos Estados... a mim parece-me que, por cá, a esta altura do campeonato, isso é coisa que já nem chateia, isto é, parece que toda a gente até acha isso normalíssimo. Senão, repare bem na alegria manifestada aquando das primeiras notícias sobre a "vinda" da troika; "finalmente, vem aí uns cámones tomar conta desta m... aravilha, a ver se isto vai prá frente, que com estes de cá é sempre a mesma m...aravilha."
Pois AF... tal como eu também referi, nós somos um bocado bananas. Deixamos andar para ver o que acontece. Nós não agimos, nós reagimos. No entanto cada um de nós nutre o desejo de agir.
ResponderEliminarPenso que o desejo da intervenção do triunvirato representa, acima de tudo, isso dado que nos convencemos que éramos incapazes de párar o descalabro. De certa forma, éramos mesmo.
Caro João Jardine,
ResponderEliminarA Europa do euro ainda tem muito que matutar para encontrar soluções capazes de disciplinar os membros que não conseguem gerir as suas economias e as suas finanças públicas com um mínimo de equilíbrio exigível pelo funcionamento de uma união monetária.
A questão que a nós se coloca é de precisarmos desesperadamente de responsáveis políticos que tenham uma noção mínima do que são as implicações da participação numa zona monetária a nível das opções de política...
Com uma única excepção - M. F. Leite - nenhum responsável polítco entendeu esse problema nos anos que se seguiram à entrada no Euro e isso é uma história lamentável que nos últimos 6 anos adquiriu dimensões catastróficas!
Caros Anthrax e AF,
ResponderEliminarEntão não são defensores ou adeptos da ideia da União Política da Europa como única forma de viabilizar e fazer sobreviver a União Monetária?
E então ao aparecimento do primeiro COTILÉDONE dessa União Política - que pode bem ser este FUNDO que se propõe gerir o sector pública da Grécia e poderá estender a sua acção moralizadora aos SPE de outros países - desatam a manifestar a vossa amargura?
Que europeus são os meus Amigos que se amedroontam aos primeiros sinais de uma União Política?
Sinceramente, deixam-me desapontado!
União política ? E vai ter um presidente ? e ele em que língua falará para o povo ? Checo ? Polaco ? Holandês ? Grego ? Basco ?
ResponderEliminarEsse presidente será eleito por sufrágio direto ?
Um presidente de 25 países totalmente diferentes uns dos outros ...ahaha ahaha kakaka nada me faria rir mais !
A união política na Europa é pura utopia e de uma ingenuidade maior que a criação do euro ..algo impossível sem regras iguais para todos.
União política na europa é utopia em estado ultra puro...!!
Eu imagino um candidato finlandês a fazer um discurso inflamado no alentejo !! ahahahaha kakakakakaak
ahahahahahaah kakakakakaak
Ou a união politica é para ser cozinhada sem eleições ? e o presidente seria eleito pelo parlamento europeu ?
A legitimidade de tal figura seria igual a 0 ou menos.
Caro Caboclo,
ResponderEliminarQuer queira quer não queira - e se não quiser está no seu pleno direito, é evidente - parece cada vez mais evidente que União Monetária sem uma boa "dose" de União Política é um projecto de altíssimo risco, sujeito a turbulências, como a actual, que o poderão deitar por terra...arrasa-lo em definitivo!
Sendo assim, veja se conseguem arranjar um Presidente por outsourcing, que fale fluentemente todas as línguas, em ordem a ultrapassar aquela que me parece ser a grande dificuldade do projecto - ter um finlandês a discursar no Alentejo!
Embora, na minha humilde opinião, um finlandês a discursar no Alentejo talvez fosse mais claro e explícito do que a boa maioria dos políticos nacionais - com o incumbente em 1º lugar, "of course"!
Caríssimo Dr. Tavares Moreira,
ResponderEliminarA mim o que me ... preocupa? chateia? deixa de pé atrás? ... relativamente a este FUNDO, esse possível augúrio duma futura união política, é que ele não será constituído para ajudar os Gregos, antes para os "depenar". Note bem, agora já é possível, quando antes não o era, usar as reservas de ouro como colateral. Quão "facilmente" se alteram regras, afinal. Esse fundo não tem no "coração" o interesse dos Gregos, o desenvolvimento da Grécia; o seu intuito é realizar capital para pagar aos credores.
É certo que podemos ser optimistas e fazer "fé" na resolução pelo melhor do problema Grego (e Irlandês, e nosso, e...). Eu, no entanto, céptico, a raiar o pessimista, não consigo deixar de olhar para este processo todo como um grande choque em cadeia, mas em câmara lenta.
Por fim, se este for efectivamente o início de um processo qualquer do cariz que o Dr. TM refere, não posso deixar de me sentir triste e defraudado pois, ao contrário do que seria desejável, ele surge numa situação de quase chantagem, uma imposição, e não da cooperação aberta, democrática e igualitária que deveria nortear uma verdadeira União Europeia.
Caro Dr TM,
ResponderEliminarEm termos práticos, o Caboclo tem razão.
Sabe, eu nunca mais me vou esquecer do granel que foi numa reunião da Comissão, o facto do representante da CE se ter esquecido de designar a FYRM (Antiga república jugoslava da Macedónia) por FYRM e chamar-lhe só Macedónia.
Havia de ver a Grécia e o Chipre a atirarem-se ao ar e a fazerem uma chinfrineira desgraçada, que acabaram por fazer o homem pedir desculpas pelo terrível lapso. A coitadita da representante da FYRM até estava com os olhos arregalados! Mas levou para casa uma mensagem muito de clara de que enquanto houver gregos e cipriotas, a FYRM nunca se vai chamar Macedónia a menos que o território passe a fazer parte da Grécia. E atenção, isto era apenas uma reunião técnica sobre educação e formação profissional.
Não há União monetária sem União política, mas o problema é que a União política não é um assunto pacífico, caso contrário já tinham tratado disso. Por isso é que os Estados-membros estão divididos entre aqueles que defendem o alargamento e aqueles que defendem o aprofundamento.
Por outro lado, Dr. TM... a "je" aqui nunca disse que era a favor de uma União Política. Muito antes pelo contrário, trata-se de um tema ao qual coloco uma série de reservas a começar logo pelo tipo de organização que querem que seja.
Isto é, que tipo de organização querem que a UE seja? Uma federação? As federações são compostas por estados não-soberanos e essa não é a natureza dos estados-membros. Sinceramente não estou a ver, num futuro próximo, a França, a Alemanha ou o Reino Unido a abdicarem da sua soberania em prol de uma União política de natureza federal.
Há ainda um outro pequeno detalhe, relacionado com a União política, que é ainda mais importante do que a viabilização da União Monetária e que é: A política externa de segurança comum. Enquanto não existir um entendimento consolidado acerca da PESC, não há União política para ninguém, porque é aqui que reside a capacidade da União Europeia de falar a uma só voz na arena internacional e de defender os seus interesses, sempre que seja necessário (o que consequentemente implica o uso de força coerciva se necessário for). Relativamente a isto tenho ouvido umas propostas um tanto ou quanto exóticas, que passam pela "contratação" de "contractors", i.e. mercenários legalizados, bom... esta prática não funcionou grande coisa durante a idade média e o renascimento.
Eu não tenho assim tanta certeza que a criação de um organismo de caracter supranacional, para resolver um problema financeiro, seja uma boa ideia para viabilizar a União monetária e promover a União política. Pode, inclusive, ter o efeito contrário.
Caro Tavares Moreira
ResponderEliminarA falta de homens com alguma grandeza é um dos factores que permite a actual indefinição.é um pouco como fazer pão: sem fermento não cresce.
O Tratado de Westafália e o Congreso de Viena são dois momentos precursores desta união que, agora, vivemos.
A consaguinidade dos monarcas foi substituída pela burocracia; a invenção humana que assegura a continuidade geracional de políticas, costumes, usos, culturas, etç.
A confiança assente na consaguindade real funcionava como o penhor e garante das poíticas comuns acordadas. O Conselho de Ministros Europeu pretendia substituir essa consaguindade ( a regra não escrita que o presidente da comissão deveria ser alguêm que tenha sido membro do Conselho é prova disso mesmo). Por razões várias, já não existe confiança e, na crise em que nos encontramos as soluções são político-económicas e não apenas uma destas vertentes. Na europa em geral e, em Portugal no que nos toca, temos a tendência de esquecer esse "pequeno" detalhe.
Se queremos ficar no euro e não conseguimos realizar aquilo que é necessário, a europa tem uma grande tradição de se substituir nessa tarefa.
Claro que a consanguinidade ajudava e facilitava; com as burocracias é mais complicado e mais instável. Além disso, não consegue "esconder" a intreferência como com as monarquias.
Estamos a chegar a um momento em que se têm de escolher. Em Portugal(e na Grécia) "inventou-se" o sistema da falsa dicotomia: a soluçao vem sempre acompanhada de uma alternativa imbecil.
Exsitem três:
Ou fazemos e seguimos, ou não fazemos e não seguimos, ou pedimos que nos façam por nós.
A europa "à la carte" foi chão que deu uvas e, só vai voltar, quando voltarmos a crescer como no pós guerra.
Porque o que esta geração quer é qualidade, conforto, dinheiro e segurança, alguns dos valores como autonomia, amor próprio, orgulho, serão sacrificados, ou na formúla politicamente correcta: a sua esfera será diminuída, em favor dos primeiros.
O mundo actual, quando chegamos aos finalmentes a mentalidade é de mercearia.
Cumprimentos
joão
Caros Anthrax e AF,
ResponderEliminarVamos, se me permitirem claro, tentar colocar um ponto de ordem nesta nossa tagarela em torno da União Política da Europa...
A União não precisa de ser integral, de compreender todas as políticas, para tornar a União Monetária menos (ou não) vulnerável...
"Bastará" acabar com a autonomia das políticas económicas, maxime as orçamentais...
"Bastará" sujeitar a aprovação dos orçamentos nacionais a aprovação do Conselho Europeu, sob proposta da Comissão e do Ecofin, devendo depois receber a ratificação do Parlamento Europeu...
E, evidentemente, submeter a execução orçamental a exame e escrutínio permanentes da Comissão e do FMI (este em outsourcing, atenta a experiência e competências que detem na matéria).
E ainda, naturalmente, aplicar, sem hesitações as sanções previstas para os desvios "imorais ou excessivos" aos orçamentos aprovados...
Tudo tão simples,tão prático, tão escorreito...
Admito com esta achega ter contribuído para tranquilizar um pouco mais os vossos espíritos, justamente inquietos/angustiados com o pesadelo da União Política...
Caro João JARDINE,
Pensamentos bastante profundos, os deste seu último comentário.
Parece-me que encerram muita sabedoria e as conclusões serão dificilmente atacáveis...
Caro Dr. Tavares Moreira,
ResponderEliminarMais uma vez, devo começar este comentário por declarar que percebo mesmo muito pouco destes assuntos, se comparado com a generalidade dos comentadores, já para não falar dos autores. Se o assunto fossem linguagens de programação, por exemplo, a história já seria outra, eventualmente :) Mas estou aqui exactamente para tentar aprender o mais possível.
Relativamente ao esclarecimento que fez, e à solução que propõe, pergunto:
Mas isso não é o que o Pacto de Estabilidade e Crescimento tenta implementar? Isto é, um limite orçamental, por via do défice, submetido a aprovação e consequentes penalizações pelos parceiros europeus, no caso de incumprimento? Eu, dentro das minhas limitações, até consigo aceitar que um mecanismo como o descrito pelo Dr. T.M. funcione, se implementado em tempos relativamente calmos. Um desviozito aqui, uma correcçãozita ali. Eventualmente, se aceitarmos como eficaz esse funcionamento, podemos assumir que nunca chegaríamos a uma situação como a presente. Mas numa situação de crise sistémica, como a que se verificou e se continua a repercutir das mais variadas formas, eventualmente vinda "de fora", crê que esse mecanismo seria a melhor solução? Pergunto, não só economicamente, mas a nível de democracia e justiça.
Dr. TM,
ResponderEliminarDe facto, nessa perspectiva, práctico e execuível é.
Mas quer queira, quer não, isso é legitimar a humilhação internacional de um Estado, a menos que todos os Estados se submetam às mesmas regras estando ou não em dificuldades financeiras. Se é a bem da viabilização e da sustentabilidade da união monetária, então todos os Estados que pertencem à zona euro devem aceitar submeter-se a tal.
Tudo bem que nem todos padecem de problemas financeiros, mas nesse caso também não têm que se preocupar.
Se não for assim, então é um acto de humilhação e os actos de humilhação são agressões, como tal o Estado tem o direito de se proteger.
Dr. TM, eu sei que está a olhar para a coisa de uma forma prática, funcional para resolver um problema financeiro. Eu estou a olhar para a coisa mais na perspectiva das R.I e do que é o comportamento dos Estados (embora esteja um pouco enferrujada).
Bem sei que em situações de crise ou de emergência, as decisões têm de ser tomadas rapidamente, mas isso não quer dizer que sejam as mais adequadas, ou que não venham a ter consequências ainda mais graves.
É perfeitamente legitimo que as gerações actuais queiram conforto etc.. afinal isso é possível.
ResponderEliminarO problema reside em má administração .
O outro problema é que o que é má administração para uns é boa para outros .
Por isso o nosso amigo disse que o que querem é depenar a Grécia ..quando a Grécia o que quer é depenar os macedónios como diz a miss veneno.
Ora com tanta vontade de depenar os vizinhos todo o mundo anda de olhos arregalados não venha por aí um balde de água fervente para ajudar o processo.
Qd TM diz que a união politica é parcial ..aí a coisa complica de vez .
Teóricamente é possível(?) ..mas na prática o que tem mais é esperto. Aí começam os problemas, A é mais esperto que B ..por sua vez Z é mais esperto que A e segreda no ouvido de Y ..tenho uma fábrica de carros para abrir ..será que é uma boa ideia convidar C?
Num mundo tão diverso como a união euopeia , que sem dúvida é um sonho lindo, parece muito dificil segurar uma união monetária . É como uma roda girando em alta velocidade sendo que cada país está agarrado a essa roda ..com produtividades diferentes ..progressivamente os mais ineficazes vão sendo cuspidos ..antes de serem cuspidos enfrentam uma pressão gigantesca .
A Grécia está quase no auge dessa pressão.Tal e qual como aconteceu na Argentina qd por decreto colaram o peso ao dolar..uma hora estourou.
Depois ..progressivamente vêm os outros ..uma hora a A estará sózinha ..mais ninguém aguenta o ritmo.
Uma união económica é viável e já é muito bom .
Uma união monetária é uma armadilha fatal.
.."A União não precisa de ser integral, de compreender todas as políticas, para tornar a União Monetária menos (ou não) vulnerável...
"Bastará" acabar com a autonomia das políticas económicas, maxime as orçamentais..."
Se acabar com a autonomia das politicas económicas, o que resta ? Nada !
Acaba isso sim com a soberania e por isso óbviamente jamais acontecerá.Porque como TM bem sabe "it's all about money"
União política parcial é o quê ? ..é como um cristão parcial..o que é isso ?É como comunista parcial ..o que é isso ?
Finalmente .."Se queremos ficar no euro e não conseguimos realizar aquilo que é necessário, a europa tem uma grande tradição de se substituir nessa tarefa. .."
Tinha ..não tem mais ..a realidade está a mostrar que isto não é mais verdade ..é insustentável!Porque uma coisa é aconselhar, outra, é pagar contas galáticas para sempre!
Se nessa união política fosse pedido/ordenado a Portugal para cumprir regras ambientais COMUNS e fosse pedido/ordenado para terminar com o assassinato e tortura de animais em praça pública , vulgo tourada, e se sampaio fosse o presidente ? Como ele aceitaria esse pedido/ordem?
ResponderEliminarEle iria argumentar que o boi sente prazer!Aí iria exportar esse magnífico e futurista "espetáculo".
Aí ..o Presidente da União Politica Parcial Europeia , talvez um ex-comediante espanhol, iria dar razão a sampaio alegando que isso se encaixa na tal Parcial .
De Parcial em Parcial ...pode aparecer um Huguito Chavez destravado..lá pela Alemanha..e depois como vai ser ???
O mundo está louco ? União politica parcial ????União politica ?
Para onde nos querem levar ?
É para haver um presidente comum nessa proposta ? Ou não ?
Olha ..os unicos que realmente entendem da poda ..são os ingleses ..Com esses de certeza não podem contar para a união politica, nem parcial nem semisemisemi parcial
"...União Monetária sem uma boa "dose" de União Política é um projecto de altíssimo risco, sujeito a turbulências, como a actual, que o poderão deitar por terra...arrasa-lo em definitivo!..."
ResponderEliminarO custo de várias moedas é menor que o custo de uma moeda só em termos da relação competitividade/poder de compra.
É menor no sentido de ajustar realidades diferentes para evitar o arrastamento de populações inteiras para situações difíceis.
Porque qd entramos no euro o escudo valia 200 paus e agora valeria quanto ? Sem esse ajuste a população acaba sofrendo!
O custo de várias moedas é menor que o custo de uma moeda só da mesma forma que um mais um pode ser mais que dois.