segunda-feira, 20 de junho de 2011

Versão germânica de "com a verdade me enganas"?


Esta a capa do Der Spiegel anunciando por antecipação a morte do euro, devidamente amortalhado pela bandeira grega. Há quem diga que o Der Spiegel, para além da tradição de não ser politicamente correto, costuma exprimir o que o poder umas vezes, a sociedade alemã outras, não exterioriza mas sente. E pelos vistos não falta quem por lá pense (mas não diga) que o euro, na Alemanha e para a Alemanha, já deu o que tinha a dar. As próximas eleições para o parlamento federal e para a chancelaria tornarão a coisa clarinha, clarinha.
Por ora será especular demais se considerarmos que a capa traduz para os restantes europeus a versão teutónica do portuguesíssimo com a verdade m´enganas?

4 comentários:

  1. Estranho, ou esquisito, é constatarmos que as opiniões de 5 pessoas estranhas, têm mais força decisória, que um governo e um Estado.
    Se o Der Spiegel estiver certo nas suas previsões, quer dizer que a partir do momento da morte do euro, a dívida portuguesa extingue-se ou, os herdeiros do defunto continuarão a reclamá-la?
    Ou a responsabilidade do pagamento passará a ser dos eminentes técnicos da troika?!

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  2. Anónimo21:59

    Sair no Der Spiegel é realmente um aviso a não ignorar.

    Caro Bartolomeu, posso acrescentar mais uma sugestão para a responsabilidade da dívida? Ou duas até? Uma, os criadores da moeda única. Duas, os politicos que não souberam governar com uma moeda forte.

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  3. Duas sugestões muito válidas, caro Zuricher!
    Já agora...incluamos no "pacote" os fortes bancos da UE que cobram taxas de juro exorbitantes e, as agências de ratting que fertilizaram oa campos em que esses bancos semearam...

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  4. E agora um momento "Kit Kat", ou "teoria da conspiração" (e não "constipação" embora o termo também fosse apropriado).

    Quem é que sai beneficiado com a morte do euro? A quem interessa tal situação e o que é que se pode fazer para impedir?

    Estas são as perguntas que me assombram há algum tempo, tudo o resto são questões internas de mera gestão financeira. Isto dava uma excelente temática para um "roleplay" com os alunos das universidades (além de que poderia encontrar-se uma solução inovadora para o problema). É assim que se joga, antecipando as jogadas dos adversários.

    Seria um exercício brilhante.

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