domingo, 24 de julho de 2011

Os especialistas perseguidos

A PSP vai pedir uma investigação à Ordem dos Médicos sobre a conduta de um clínico que passou 24 das 35 baixas da PSP, dizia ontem o DN.

Intolerável tal atitude, incompreensível e contraproducente, sobretudo num tempo de enorme especialização. Um médico especializado em baixas dá enorme segurança, porque sabe tudo sobre esse segmento de saúde. O seu olho clínico, experiente e certeiro, observa a postura do candidato, analisa a descrição dos males, silencia as contradições, descobre as manhas, analisa os truques, distingue as queixas, perscruta a verdade e a mentira, esquadrinha o paciente, devassa o físico, ausculta, apalpa, diagnostica e passa a baixa, quando se justifica.
Num país normal, um médico especialista em baixas é um tesouro precioso. Em Portugal, onde o profissionalismo não conta, mandam-se os especialistas para Tribunal e entrega-se a especialidade a clínicos sem qualquer formação na matéria, indefesos perante as ofensivas malévolas dos "doentes".
A Nação está, ela mesma, a precisar de baixa. E, a propósito, se o Juiz precisa de uma baixa, não vai ele recorrer a um médico especialista? De baixas, claro!

4 comentários:

  1. Neste caso, e numa análise muito superficial, diria que os efectivos da esquadra Do Bairro Alto, estão com uma taxa de produtividade... pouco alta, a menos que aqueles que "baixaram" o tenham feito, por excesso de trabalho. Se for esse o caso, estarão os efectivos que não baixaram (ainda) a braços com uma acumulação de "trabalho" que se for desempenhado com brio e muito empenho, poderá valer-lhes uma promução e uma entrada directa para o "guiness".
    Nobless, oblige!!!

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  2. se o código do trabalho vigorasse na psp, o médico até podia dar baixa à malta toda dquela esquadra, que não faria mal nenhum!!!...

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  3. Caro Pinho Cardão,

    Espanta-me mais o pedido da PSP à Ordem. É a vulgata a pôr-se em bicos de pés.

    Se o assunto fosse relevante a própria Ordem teria tomado a iniciativa!...

    Cumprimentos,
    Paulo

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  4. Considerando as condições de trabalho dos agentes da PSP e os riscos que correm, o que me espanta é não haver mais doentes.

    Por outro lado, não estou a ver porque é que o médico deve ser investigado, até porque em última análise o médico é que sabe se a pessoa está ou não doente e se o senhor passou passou muitas baixas na esquadra A, B ou C, não poderá isso querer dizer que há qualquer coisa na esquadra (A, B ou C) que está a pôr em causa a saúde dos agentes?

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