Em 2010, a RTP custa aos portugueses cerca de 1 milhão de euros por dia, mais precisamente 298 milhões de euros (121 milhões de indemnizações compensatórias, 64 milhões de aumento de capital, 113 milhões de taxa audiovisual), não se vendo, em termos de qualidade de programação, benefício equivalente. Preservados alguns serviços de natureza pública que poderão ser assegurados pelo mecanismo da concessão, tudo recomenda a sua privatização.
Claro que tal opção em nada agrada aos accionistas da SIC e da TVI, que argumentam não haver mercado de publicidade que aguente mais uma estação. Como se a RTP também não tivesse já uma importante quota nas receitas publicitárias.
Mas o que mais me espanta é que se venha agora repetir o argumento utilizado aquando da abertura da televisão à iniciativa privada, de que o mercado publicitário não aguentava mais canais televisivos. Argumento contra toda a razão e lógica. Como a realidade acabou por confirmar. A SIC e a TVI encontraram o seu rumo e são economicamente viáveis. Como outros operadores que entrem no mercado e nesse contexto as estações sejam geridas.
Claro que tal opção em nada agrada aos accionistas da SIC e da TVI, que argumentam não haver mercado de publicidade que aguente mais uma estação. Como se a RTP também não tivesse já uma importante quota nas receitas publicitárias.
Mas o que mais me espanta é que se venha agora repetir o argumento utilizado aquando da abertura da televisão à iniciativa privada, de que o mercado publicitário não aguentava mais canais televisivos. Argumento contra toda a razão e lógica. Como a realidade acabou por confirmar. A SIC e a TVI encontraram o seu rumo e são economicamente viáveis. Como outros operadores que entrem no mercado e nesse contexto as estações sejam geridas.
Mais uma vez, os liberais de ontem são os conservadores de hoje: obtido o mercado, vá de fechá-lo aos restantes. Ontem, como hoje!...
Esta matéria é decisiva para a credibilidade, ou falta dela, do governo.
ResponderEliminar298 milhões?!
ResponderEliminarOra bem, façamos contas; se a dedução ao décimo terceiro mês anúnciada ontem pelo novo primeiro ministro, vai "render" às finanças de Portugal, 800 milhões de euros... a malta faz mais um esforçozito e metem-se os 298 milhões no mesmo pacote.
Assim, como assim, de uma maneira ou de outra, é sempre o mesmo que paga.
Este é o retrato do liberalismo luso:
ResponderEliminaro valor do subsídio que o Estado paga à RTP é de cerca de 250 milhões de euros/ano
- como contrapartida a RTP abdica de uma receita potencial em publicidade de cerca de 100 milhões de euros/ano
Na prática, o subsídio público à televisão divide-se assim: 150 milhões para a RTP, 50 milhões para a TVI e 50 milhões para a SIC. Paes do Amaral e o Pinto Balsemão querem manter o subsídio que indirectamente recebem.
De modos que:
Imposto extraordinário: 800 milhões de euros
Custo da RTP ao fim de 4 anos: 1000 milhões de euros
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarO que me espanta é que haja uma porcaria de um primeiro-ministro que tem a lata de me vir pedir mais impostos sem dizer o dia em que põe a RTP no lixo. Como sempre disse, venha o Sr. do FMI que este também já deu para ver ao que vem.
;))))
ResponderEliminarTonibler "O Radical"!
;))))
Mas então, como é que se faz? Tal como os Gregos, o regime que nos governa é uma oligarquia...
;))))
Aliás, Pessoa advertiu-nos... a nós e aos Gregos « Não tenhas nada nas mãos. Nem uma memória na alma,
Que quando te puserem nas mãos o óbolo último,ao abrirem-te as mãos
nada te cairá. Que trono te querem dar que Átropos to não tire?
Que louros que não fanem nos arbítrios de Minos?
Que horas que te não tornem da estatura da sombra. Que serás quando fores na noite e ao fim da estrada.
Colhe as flores mas larga-as das mãos mal as olhaste.
Senta-te ao sol.
Abdica e sê rei de ti próprio.»
Mas a malta não! A malta quer sol na eira e chuva no nabal!
Assim não dá... assim, nunca seremos reis de nós próprios...
;)))
Radical, caro Bartolomeu?? Se fosse um desgraçado de um empregado de mesa a fazer-lhe uma coisa destas estava tramado. Sendo um primeiro-ministro, há todo um conjunto de condicionantes... Ora, que vá defecar! Metam o empregado de mesa primeiro-ministro que pode ser que tenha mais respeito por quem paga.
ResponderEliminarEmigrar é o caminho e deixá-los a sangrarem-se uns aos outros. Para a grande maioria dos Portugueses já chega. E PPC, fale com Lula, que ele explica-lhe!
ResponderEliminarNão estou a ver a ligação, mas ok, isso pró caso é irrelevante.
ResponderEliminarNo entanto diga-me lá Tonibler, face à conjuntura, que alternativas tem este 1º ministro, ou tería o empregado de mesa, para resolver a questão com os troicos?
Sim, já nem falo na RTP, isso no meio da confusão, acaba por ser "peanuts".
Cem por cento de acordo.
ResponderEliminarForam os troicos, caro Bartolomeu, que impuseram o que quer que fosse tirando a redução da dívida? Foram eles que disseram "eh pá, RTP não!"
ResponderEliminarHa coisas que os troicos não precisam dizer, caro Tonibler. Basta que digam outras mais imperativas, e que, inevitávelmente conduzem a outras.
ResponderEliminarOu seja; aquilo que os troicos dizem, é que o défice tem de chegar a tal ponto até ao final do ano... o mesmo que dizem à Grécia.
Se não chegar a esse ponto, temos o caldo entornado, que é o mesmo que dizer, deixam de nos mandar o guito que o governo precisa para manter o Estado. Mas dizem também ao governo, que o estado e as empresas pertencentes ao mesmo, precisam reduzir custos para atingir esse tal ponto. Ora bem, se o governo tem em mãos um défice que é excessivo e tem a obrigação de o reduzir num curto espaço de tempo, só lhe resta olhar para os dedos e pensar que aneis é que vai meter no prego. E o critério de escolha é simples; nos dedos estão aneis que apesar de serem de oiro, requerem uma manutenção superior (quase) ao que podem render.
É claro que a subjectividade do critério se prende em primeira análise, com a forma como essa manutenção do brilho dos aneis está a ser feita. Mas a condicionante, é o tempo... tem de ser antes do fim do ano... faltam menos de 6 meses e... "Tempus Fugit" caro Tonibler...
;)))
E isso impede a privatização da RTP porque...?...
ResponderEliminarAh!!!
ResponderEliminarEspera lá, Tonibler... afinal estamos a meio de uma conversa de surdos!
É que eu não estava a dizer o contrário...
Comprova-se que a falta de imágem pode ser prejudicial ao entendimento do diálogo.
Admito sem reservas que a falta seja minha.
;)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro PC,
ResponderEliminarHá mais uma achega em comentário:
http://espectadorinteressado.blogspot.com/2011/07/quero-o-meu-dinheiro-de-volta.html
Estou a morrer de curiosidade quando é que sai um post dos meus ilustres Amigos do 4-R sobre a minha metade do subsidio de Natal (sim, continuo a ler-vos)
ResponderEliminarO que o cmonteiro quer dizer, é; um poste sobre a "sua" metade daquilo que excede os 500 euros do "seu" subsídio? ou, o que é que o governo vai fazer com a metade que vai poupar e receber, daquilo que excede o "seu" subsídio em 500 euros?
ResponderEliminarA mim, preocupa-me menos aquilo que vou deixar de receber, que aquilo que o governo não vai conseguir deixar de gastar, assim como, aquelas reformas acumuladas, aqueles vencimentos principescos dos administradores das empresas públicas, as subvenções, os prémios, as verbas que saem do orçamento para as fundações, etc.
Alternativa à privatizaçao da RTP (temporária):
ResponderEliminarSalário máximo na empresa (bruto):
5 mil euros;
Passeatas aos casamentos reais: zero:
À grécia: zero.
Após seis meses à experiencia, se verá.
Caro CMonteiro:
ResponderEliminarTemos que ser precisos. O meu amigo não vai ficar sem metade do subsídio de Natal. Vai ficar, sim, sem o equivalente a metade do subsídio de Natal! O que faz a sua diferença...
Portanto...nada de confusões!...
Abraço e bem-vindo..ou, melhor, bem-revindo!...
Não sou contra a RTP publica ..
ResponderEliminarSou contra TUDO o que é público !
O Estado não sabe fazer NADA bem !Antes pelo contrário tudo (sem excepção ) é ruim ..mau ..ou péssimo.
O Estado é ..para usar a palavra do ilustrérrimo tonybler a defecação da mosca da defecação do cavalo do bandido !
FIM AO ESTADO SANGUESSUGA E TODOS OS SEUS ABUTRES !! VIVA O POVO !
Por exemplo..emissão de moeda ..deveriam entregar a privados como por exemplo eu ...cof ..cof..
A ideia é pensar Estado como coisa ruim ..má ..e que ele se deve reduzir ao extremo ..
Quanto menos estado ..mais sobra para o povo.
Ora muito bom dia a todos :)
ResponderEliminarPois na minha óptica é uma boa ideia privatizar a RTP, pode ser que assim a EDP deixe de cobrar a taxa de audiovisuais e de fazer concertos idiotas com o nosso dinheiro... se bem que ainda há a RTP2 :S
O argumento de que não há mercado publicitário que aguente é, como dizer... parvo. Se assim fosse, não haveria interessados em criar mais canais de televisão. Além disso, um bocadinho de concorrência nunca faz mal a ninguém.
No que respeita à metade do subsídio de natal... Dr. PC, ficar sem metade do subsídio de natal ou sem o equivalente a metade do subsídio de natal pode ser, tecnicamente diferente, mas em termos práticos é a mesma coisa. Creio que na empresa onde o meu marido está a trabalhar os tipos até foram inteligentes; 1 dia depois dessa medida ter sido anunciada começaram a chamar os trabalhadores e a propor-lhes uma alternativa para os salários deles.
A proposta é: ficarem com o salário tal como ele está agora, ou então, passam a receber mais por mês, ou seja, o equivalente ao subsídio de natal mas diluído. Passam a pagar mais um bocadinho de irs por mês, mas não é muito significativo.
Cara Anthrax:
ResponderEliminarConvirá saber que eu estava a brincar...
Ó meu caro Dr. PC,
ResponderEliminar"Du nóte uôri"! :)
De uma maneira ou de outra a questão do subsídio de natal é, para mim, uma questão pacífica. Até podem ficar com ele todo desde que se alcancem resultados visiveis.
Agora... se a "ceninha" não servir para nada, aí é que teremos a burra nas couves.
Depois de ter lido uma noticiazinha no "i" do fim-de-semana, que dizia que a Empresa Parque Escolar tinha contribuído para o défice com 411 milhões de euros, ninguém me consegue arrancar este sorrizinho parvo que tenho na cara só de imaginá-los a dizer "adeus" aos Lexus (sim, plural, são vários). :D... e talvez a mais qualquer coisita.
Não, não estou a desejar o mal de ninguém, só que os Lexus e as criaturinhas de fatinho com os sapatitos todos enlameados é que não pode ser nada... fico doida com a cena dos sapatos, a sério que fico.