1.Os dados sobre a dívida pública até final de Junho, divulgados pelo IGCP há poucos dias revelam uma evolução apavorante:nos primeiros 6 meses deste ano a dívida pública directa do Estado aumentou € 20.618 milhões,de € 151.775 milhões no final de 2010 para € 172.393 milhões em 30 de Junho.
2.Sabendo-se que no mesmo período de 2010 o aumento da dívida havia sido de € 9.868 milhões (€ 142.614M - € 132.746M), resulta que nos primeiros 6 meses do corrente ano o aumento da dívida é mais do dobro do aumento de 2010.
3.Ao mesmo tempo também sabemos que o défice das Administrações Centrais até Junho diminuiu 33,8% - já não a “diminuição rosa”, embora falsa, de 89,3% reportada pelo anterior governo até Maio - o que significa que terá sido outro que não o défice público o “driver” desta espectacular aceleração do crescimento da dívida até Junho...
4.Admite-se que por trás deste brutal agravamento da dívida possam estar, por exemplo: (i) pagamentos de dívidas de empresas públicas a que o Estado tenha dado o seu aval, (ii) empréstimos por operações de tesouraria a essas empresas para cumprirem outras obrigações inadiáveis, (iii) pagamento de dívidas em atraso a fornecedores do Estado, (iv) pagamento de despesas que estavam “escondidas” como é o caso dos descontos de IRS e de contribuições para a CGA – de que o anterior executivo se tinha “esquecido” – e ainda (v) outros encargos que tenha sido necessário regularizar...
5. Mas, não havendo informação, todas as especulações são possíveis, nomeadamente de que o agravamento do défice público possa ser ainda pior do que já foi admitido pelo actual executivo...
6.O crescimento da dívida é tão brutal que se torna realmente difícil acreditar que a explicação resida apenas nos factores apontados em 5...
7.Haveria por isso toda a vantagem em esclarecer devidamente este assunto, para que se possa perceber como é que a dívida pública – e apenas a dívida directa do Estado, note-se – caminha aceleradamente para a barreira emblemática de 100% do PIB.
8.Aos 99% já chegou...
Bem, uma das exigências da troika era a da consolidação da dívida pública. Tudo o que pudesse ser dinheiro devido pelo estado deveria aparecer nos números.
ResponderEliminarSe é isso, menos mal, toda a gente atirava para os 120% ou 150%. Se está em 99% e está certo (nunca esquecer que estamos a falar do estado e não de gente séria), então estamos relativamente bem, a menos dos extrapatrimoniais todos, claro.
Agora, eu continuo sem ver nada que me diga a "despesa vai ser cortada". Nadinha. Só uns ministros a mandar números ao ar como se eu não levasse já com 45 anos de ministros desses...
Pergunta ingénua, que como tal não merecerá resposta da vossa parte:
ResponderEliminar- Este senhor Tavares Moreira é o tal do BdP, que mais tarde foi condenado por infracções às práticas bancárias?
É que se foi, estamos conversados, se não foi, digam-me pois gostaria de comentar o Post.
Não estando aqui para defender ninguém posso revelar que o Tavares Moreira é aquele que NÃO foi condenado. Na verdade foi ilibado de todas as acusações. Como isto são factos públicos e bastante publicitados, achei que não deveria deixar de comentar o post, Manuel. embora me pareça que a correlação que faz entre uma coisa e outra me parece bastante absurda, nem vejo porque é que uma eventual condenação no que quer que seja retirasse a validade de argumento a quem quer que seja. Parece-me estúpido.
ResponderEliminarCaro Tonibler,
ResponderEliminarÉ o velhinho argumento ad hominem.
Os cães ladram mas a caravana passa...
Cumprimentos,
Paulo
Manuel, ao menos, poderia ter-se dado ao incómodo de pesquisar no google, por exemplo, notícias acerca do caso Tavares Moreira, antes de passar pelo ridículo de vir afirmar asneiras.
ResponderEliminarCaros Tonibler, Paulo e Bartolomeu:
ResponderEliminarPelo facto de os factos serem incómodos não devemos perder o sentido crítico. A estúpida solidariedade de tribo tem-nos arruinado e continuará se persistirmos. Os nossos são sempre bons, ou outros sempre maus, independentemente do que uns ou outros fizerem.
Ao Sr. Tavares Moreira foi-lhe aplicada uma sanção pelo BdP, confirmada pelo Tribunal de 1.ª Instância; perante o recurso, o Tribunal da Relação mandou repetir o julgamento. Entretanto, o pretenso crime financeiro prescreveu.
Portanto, o Sr. Tavares Moreira não foi condenado nem ilibado pela justiça.
O azar do Madoff foi ter sido julgado nos EUA, onde, após 6 meses e um processo do tamanho de 8 folhas A4 foi posto atrás das grades. Se fosse cá estaria até à prescrição dos crimes à espera de julgamento e a opinar sobre o descalabro das finanças públicas, para o qual, directa ou indirectamente, ele teria sido um contribuinte líquido.
É evidente que um condenado pode emitir um juízo acertado sobre um dado assunto, falta saber se tem moralidade para o fazer.
Ainda haveremos de ver os senhores Oliveira e Costa, Dias Loureiro e companhia a opinarem sobre a dívida pública, para a qual deram o seu contributozito (de apenas 2 mil milhões).
Singularidades da vida portuguesa.
Singularidades da vida portuguesa são as atoardas, normal e cobardemente atiradas a coberto do anonimato. Não pertenço a qualquer tribo e por isso em defesa de Tavares Moreira só me move o instinto de me colocar ao lado de homens honrados, vítimas frequentes de uma justiça que ao consentir prescrições permite as acusações ignominiosas como as trazidas aqui por este senhor Manuel,
ResponderEliminarManuel,
ResponderEliminarPor várias razões, a minha vida cruzou-se com os episódios dos quais a administração da CCCAM foi acusada, apesar de nunca me ter cruzado com as pessoas em causa, e sei o suficiente. Ainda que não soubesse, sabia que não sabia.
No dia em que o José Oliveira e Costa decidir opinar sobre dívida pública, ouça o que ele tem para dizer porque ele sabe muito mais dívida pública que eu. E eu sei. Como no dia em que o João Vale e Azevedo falar de contratação de dívida, ouça o que ele tem para dizer. Só mesmo quem não sabe pensar pela sua própria cabeça é que precisa do pedigree da opinião para aferir da sua validade. Infelizmente, os meus concidadãos são como o Manuel e não prescindem do seu direito de voto, o que sai muito caro às pessoas como eu que sabem e têm que sofrer a injustiça ter ter o mesmo número de votos que o meu caro.
Caro Tonibler:
ResponderEliminarComeçaram por desmentir-me formalmente, vejo que mudaram de estratégia, agora já me desmentem apenas com base na crença.
Por mim pode retirar-me o voto que não me importo, há muito que o meu é ecológico, não me dou ao luxo de gastar tinta. Quando ao passeio higiénico até à Assembleia de Voto, posso substituí-lo pela ida ao Jardim.
Veja também que está satisfeito com o conhecimento de Finanças Públicas do Oliveira e Costa, por isso ele fez o que fez, sabe muito daquilo não é? Mas eu que há muito não voto, nem na canalha da Direita nem na da Esquerda, vou pagar o mesmo que o meu caro. Veja como os custos da ladroagem se democratizaram.
Manuel,
ResponderEliminarMais uma vez está a falar de cor. Primeiro porque não sabe aquilo que Oliveira e Costa fez e depois porque aquilo que fez não tem nada a ver com finanças públicas.
Eu não o desmenti com base em crenças.
Continue sem votar que faz bem. Mais houvesse como o Manuel...
Custa muito passar por este blog e ler comentários como o deste Manuel que,cobardemente,ataca o dr.Tavares Moreira,sem que tenha a hombridade de se identificar,mas fala pelo que "ouve"dizer a outros tantos cobardes que campeiam pelos meios de com.social,como os monhés do Expresso e da SIC!
ResponderEliminarSe tivesse tido a honra de trabalhar lado a lado com o dr.Tavares Moreira,se conhecesse não só a sua capacidade técnica como a sua honestidade,com certeza que teria muito mais cuidado com as afirmações torpes que aqui vomita!
Engraçado como só dirige as suas críticas aleivosas a pessoas mais ou menos conotadas com o PSD,se bem que na altura dos factos já não estivessem em funções partidárias!E fico espantado como não refere as ligações socialistas a Macau,no casos Melancia,Soares,Vitorino,Canas,JCoelho,a ligação do Vara à CGD,ao BCP,as de sócrates aos freeports,aterro da cova da beira,à licenciatura por fax ao domingo,às secretas,agora tanto em voga e tantas situações que não vale a pena continuar!
Pois é,snr.Manuel,devia envergonhar-se de,anonimamente,tentar emporcalhar o nome de pessoas honradas,coisas que o snr.pelos vistos nem sabe o que é!
Caro senhor Alberico Lopes:
ResponderEliminarOs comentários anónimos vêm encimados pela palavra Anónimo.
O meu traz o nome. Não me diga que quer o n.º do BI, do CIF, a morada, os nomes da minha mulher do meu filho, os do meu pai e da minha mãe?
E o senhor, que certeza tenho eu de que se chama Alberico Lopes?
E mesmo que se chame, não sei quem é, nem isso me interessa.
O que conta são as opiniões, e essas, sendo verdadeiras ou falsas, combatem-se com opiniões e argumentos, não com insinuações ou insultos, muito menos com a defesa cega do partido a que pertencemos, a não ser que consideremos que os seus membros estão acima de qualquer crítica ou dúvida.
Diga-me, por favor, para além de considerar que a minha pergunta está errada (limitei-me a fazer uma pergunta que apelidei de ingénua), em que é que ofendi o senhor Tavares Moreira.
Perguntei se era o mesmo que tinha sido condenado (termo errado) pelo BdP? Responderam-me que tinha sido ilibado pela justiça. Eu contrapus que não foi ilibado nem condenado definitivamente, mas sancionado (termo correcto) pelo BdP por infracção às práticas bancárias e condenado pelo Tribunal de 1.ª Instância. Após recurso, o Tribunal da Relação mandou repetir o julgamento e o processo prescreveu (graças ao excelso sistema judicial que as nossas elites poderosas criaram, cujos garantismos são ilimitados, e graças à acção dos bons advogados que podem pagar, os quais conseguem arrastar os processos até à prescrição).
O senhor não contrapõe com factos verdadeiros que invalidem os meus mas com a lista dos «boys» e corruptos do PS, iguais à lista dos «boys» e corruptos do PSD, ambas iguais às dos restantes partidos, embora estas menores em escala.
Que grande argumentação a sua.
Dou-lhe os parabéns.
Assim iremos longe na higienização da nossa vida pública.
Caro Tavares Moreira, pela pessoa que é, pela sua contribuição neste espaço, pelas explicações que nos vem dando, a minha solidariedade para consigo e contra estes ataques levianos. Ataques que infelizmente sucedem e não consegue o visado desfazer-se deles porque a justiça funciona a passo de caracol e permite que a névoa se mantenha em cima da cabeça dos homens de bem.
ResponderEliminarUm grande bem-haja! :-)
Caro Zuricher:
ResponderEliminarÉ a primeira vez que venho a este Blog. Não conhecia, não posso conhecer tudo, fui para aqui remetido através de outro que consultava; mas com esta recepção, com este nível de contra-argumentação, que varia entre o insulto e a solidariedade fraterna para com o pretensamente ofendido por mim, Tavares Moreira, será a última certamente.
Fico perplexo pela natureza das vossas reacções, afinal, estão muito longe do limiar da utopia e muito perto da anarquia mansa que vos tolhe; o que vos interessa é, presumo eu, o elogio mútuo e a transformação deste espaço num posto avançado de ataque/defesa da vossa dama (governo e partido), não um fórum de discussão aberta.
Ora eu (para além da incorrecção técnica de ter afirmado que Tavares Moreira tinha sido condenado pelo BdP, quando deveria ter dito sancionado, pois o BdP não é um tribunal, não condena ninguém, é uma entidade fiscalizadora, sanciona) nada disse que ofendesse o vosso amigo e defendido; limitei-me a perguntar se se tratava da pessoa que tinha sido sancionada pelo BdP para poder comentar o Post.
Se era a mesma, limitar-me-ia a dizer que entre nós é muito usual os infractores condenados, e também os pretensos infractores não condenados nem ilibados devido, tantas vezes, à sua acção obstrutiva da justiça, outras devido aos mecanismos kafkianos dessa justiça, dizia eu que era usual fazerem uma travessia no deserto e regressarem, quais virgens puras, pronunciar-se sobre situações negativas ou dificuldades por que o país passa e para as quais deram o seu contributo, tantas vezes objectivo e substancial (veja-se o principal promotor das SCUT, e facilitador da corrupção via contratos das SCUT, todos os dias a falar da luta anti-corrupção: João Cravinho, quem haveria de ser); tratando-se de outra pessoa, comentaria então o conteúdo do Post.
Eis que se abateu sobre mim uma tempestade de impropérios e de argumentos de desconversa. Como não desejam a discussão entre contrários, que fiquem em paz no vosso clube de amigos, muito longe do limiar da utopia e muito perto da anarquia mansa que vos tolhe; não conto regressar a mais comentários noutros Posts (só continuarei neste se as circunstâncias o justificarem
Lamentavel isto tudo! Em vez de comentarios à opinião lava-se roupa suja. Devo dizer que não sendo próximo das opiniões políticas deste blogue, agrada-me de sobremaneira ler os posts do Tavares Moreira ( já os da Guida e da Suzie têm demasiado vento para mim...). Portanto espero continuar a contar com a presença de TM.
ResponderEliminarEu tenha apreço pelo Dr. Tavares Moreira (TM), gosto de ler os textos que aqui publica e não me pareceu louvável a entrada violenta do leitor Manuel, referindo-se a TM de uma forma tão hostil que parecia movido por alguma animosidade partidária, ou mesmo pessoal.
ResponderEliminarNão conheço e por isso não quero pronunciar-me sobre o caso judicial em que o Dr. Tavares Moreira terá estado envolvido. Mas se o processo foi instaurado pelo então Governador do BdP, Dr. Vítor Constâncio, o leitor Manuel terá de compreender que qualquer outro comentador se permita recorrer ao seu critério de avaliação para dizer que uma sanção do Dr. Vitor Constâncio não tem qualquer credibilidade.
Pois não foi o Dr. Vitor Constâncio o Governador do BdP que deixou passar debaixo dos olhos, sem nada fazer, as trapalhadas, para dizer o mínimo, do BPN e do BPP?
Pois não foi o Dr. Vitor Constâncio o Governador do BdP que deu a maior prova de ignorância e incompetência quando, no seu discurso de tomada de posse, em 23/02/2000, (vide link
http://www.bportugal.pt/pt-PT/OBancoeoEurosistema/IntervencoesPublicas/Paginas/intervpub20000223.aspx )
proferiu as seguintes palavras :
“Sem moeda própria não voltaremos a ter problemas de balança de pagamentos iguais aos do passado. Não existe um problema monetário macroeconómico e não há que tomar medidas restritivas por causa da balança de pagamentos. Ninguém analisa a dimensão macro da balança externa do Mississipi ou de qualquer outra região de uma grande união monetária”.
Claro que, à distância de dez anos e perante a crise que estamos a viver, torna-se mais fácil criticar, mas na altura não deveria ter ocorrido ao Dr. Vitor Constâncio que a zona euro não era propriamente os Estados Unidos da Europa? Pior : ao mencionar a desobrigação de medidas restritivas, aquela asserção do Dr. Vítor Constâncio não terá sido um convite ao regabofe...?
Claro que nada disto constitui prova de que TM não tenha cometido alguma irregularidade mas, tanto quanto se observa, TM não teve a super sorte do Dr. Vitor Constâncio, o qual, espantosamente, depois do mal que fez ao sistema bancário nacional, ainda conseguiu ser colocado como vice-governador do Banco Central Europeu. Não será caso para nos interrogarmos se o Dr. Vitor Constâncio não fará parte de alguma agremiação internacional com demasiada influência?
Snr.Jorge Oliveira:Nem mais!
ResponderEliminarCaro Jorge Oliveira:
ResponderEliminarSirvo-me da frase de Wegie: «Em vez de comentários à opinião lava-se roupa suja», que tomo apenas pelo seu valor «facial».
Não quero entrar no sentido em que o autor a usou.
Pense nesta frase e leia todos os meus comentários com atenção, faça um esforço de isenção e veja a falta de sentido do seu comentário em relação a tudo o que eu disse.
Meus Caros,
ResponderEliminarEste personagem "Manuel" tem o seu interesse.
1) Começa por fazer um ataque ad hominem sob a forma de pergunta (autêntica rasteirta sibilina) como condição para emitir opinião:
É que se foi, estamos conversados, se não foi, digam-me pois gostaria de comentar o Post.
2) Posteriormente, face ao espanto dos habituais, faz a afirmação:
É evidente que um condenado pode emitir um juízo acertado sobre um dado assunto, falta saber se tem moralidade para o fazer.
Depois do ataque ad hominem que implicitamente visa coartar a liberdade de opinião do autor do post, eis que explicitamente, para os que não o perceberam bem, afirma às claras os seus objectivos.
3) Quando lhe é apontada a falta de coerência: faz um ataque ad hominem a coberto do anonimato, eis que se sai com esta:
O que conta são as opiniões, e essas, sendo verdadeiras ou falsas, combatem-se com opiniões e argumentos [...]
Na mais completa contradição com 1) e 2).
Face ao exposto podemos estar face a um caso de pura cretinice ou de um troll que por mero acaso aqui passou. Outra hipótese, mais rebuscada, é que querem calar o Tavares Moreira, sobretudo agora...
É certo que já o tramaram várias vezes, mais ainda não o levaram ao tapete, ele lá aguenta qual oliveira no meio da seara.
Cumprimentos,
Paulo
Caros Tonibler, Paulo, Bartolomeu, Zuricher, Jorge Oliveira, Alberico, F. Almeida e Wegie,
ResponderEliminarRegisto sensibilizado as provas de consideração e de amizade que acabam de me testemunhar, a propósito desta ignóbil e covarde insinuação de um Justiceiro de Face Oculta cujo nome não refiro porque nem sequer tem nome...
E permito-me remeter para o livro que publiquei há precisamente 2 anos, intitulado PROCESSO INDECENTE, que depois de ter esgotado vária vezes foi retirado à pressa dos escaparates, não se sabendo como nem porquê...
Nesse livro, como alguns dos meus Amigos estarão recordados, relatei, com absoluta veracidade, as prinicipais incidências do miserável processo que por razões ainda hoje não esclarecidas completamente, o então Conselho de Administração do BdeP - presidido, como bem lembra Jorge Oliveira, pelo afamado dr. Constâncio a quem o País tanto deve...
E já agora conto-lhes que, por estraordinário que pareça, fui confrontado, quase no final de 2009, com uma queixa-crime do mesmo CA do BdeP, por ter supostamente ofendido a pessoa colectiva BdeP com a publicação desse livro...
Essa queixa-crime era um verdadeiro manifesto de ódio pessoal, um festival de "espuma de raiva" em cada folha da peça acusatória...
Pedida a abertura de instrução, o Juiz do Tribunal de Instrução Criminal deu-me inteira razão, mandando arquivar a queixa, numa lapidar sentença de Setembro de 2010...
Inconformado, o Min. Público recorreu dessa sentença para a Relação...
Um acórdão da Relação de Lisboa, de Maio do corrente ano, confirmou a sentença do Juiz de Instrução, mandando definitivamente "às malvas" a queixa-crime protagonizada pelo dito dr. Constâncio e Cª...
E para que fiquem na posse da informação mais actualizada, encontro-me neste momento no normal e pleno desempenho de funções de administrador bancário...felizmente ao serviço de um banco estrangeiro onde sempre me trataram bem...
Terei o maior gosto em enviar um exemplar do PROCESSO INDECENTE aqueles dos comentadores amigos que por alguma razão não tenham podido adquiri-lo...se me enviarem um endereço para o qual o possa remeter, claro.
Caro Paulo:
ResponderEliminarPaulo sem aspas, todos sabem que se trata do Paulo, todos o conhecem. Eu, intruso fortuito neste «remanso muito longe do limiar da utopia e muito perto da anarquia mansa que vos tolhe» a capacidade de aceitarem qualquer tipo de crítica, sou «Manuel», com aspas, eventualmente um sócia do Sócrates (de triste memória e não menos tristes consequências), senão mesmo o dito travestido de «Manuel», a cumprir um tenebroso papel de silenciador de vozes incómodas para o nosso passado recente das Finanças Públicas.
Como funcionam em circuito ideológico-partidário fechado, não concebem que um cidadão possa ser livre de peias e teias ideológico-partidárias e possa emitir uma opinião sobre uma dada pessoa a partir do que se conhece publicamente do seu passado. E nada mais. Para o ajudar no seu raciocínio, imagine o Sócrates daqui a uns meses (se o governo não der conta das contas públicas ou se fizer uma asneirada, e oxalá que não) a pronunciar-se sobre isso. Ele que tem o passado que conhecemos. Pode fazê-lo e até acertadamente? Pode. E deve? Para mim não, deve é estar muito caladinho.
Este é o meu raciocínio em relação a Cravinhos (luta anti-corrupção), Sócrates (contas públicas, economia, emprego, etc.), Oliveiras e Costas (economia, finanças, bancos), Dias Loureiros (economia, finanças, bancos), Melancias (obras públicas), Isaltinos (cidades, autarquias, planeamento urbano), Abílios Curtos (cidades, autarquias, planeamento urbano), e muitos, muitos mais, infelizmente, e de outros partidos, com a diferença de escala apenas (porque não têm tido tantas ou mesmo nenhumas responsabilidades governativas).
Quanto à contradição que me aponta, entre 1) e 2), as opiniões de que eu falava, respondendo a Alberico Lopes, eram as do confronto com ele (eu apresento a minha opinião, ele riposta com a sua, não com um arrazoado fora da discussão), e não das opiniões em sentido geral, conceptual, o direito que cada um tem de opinar sobre um assunto; o Paulo percebeu esta diferença, mal ela estragava-lhe a narrativa, torceu as coisas.
Quanto às três categorias em que me quer classificar (cretino / troll / «silenciador de Tavares Moreira», acho-o muito pouco assertivo: em relação à primeira, não me fica bem ser eu a classificar-me; em relação à segunda, expliquei anteriormente como apareci aqui e afirmei que não voltarei mais (mas já que cá estou, e só em relação a este Post, só sairei quando considerar que está tudo esclarecido e respondido); em relação à terceira, não conheço pessoalmente Tavares Moreira, nunca me prejudicou pessoal e directamente, sei dele o que é publico, tal como de Isaltino, Abílio, Melancia, Loureiro, Oliveira e Costa, Cravinho, Sócrates, uns mais do que outros, apenas me prejudicaram indirectamente porque prejudicaram o país.
Que fiquem em paz, não quero perturbar a harmonia do vosso clube de amigos de ideologia e de partido, continuem a elogiar-se mutuamente, a pactuar com todo o tipo de comportamentos, fiquem no «remanso muito longe do limiar da utopia e muito perto da anarquia mansa que vos tolhe» as mentes.
Caros Comentadores e Amigos,
ResponderEliminarO correr da pena traiu-me, peço-lhes desculpa: no 4º parágrafo do meu anterior comentário, a seguir a "...o País tanto deve", faltou acrescentar o seguinte "...resolveu mover contra a minha e mais algumas pessoas pela suposta prática (nunca demonstrada, de resto) de infracções ao regime geral das instituições de crédito".
A crescento que, sem prejuízo da sua total falta de fundamento que no referido livro detalhadamente expliquei, teve natureza contraordenacional, não tendo nada a ver com "crime financeiro" como o referido Justiceiro de Face Oculta insinuou.
E já agora uma ultima nota para salientar que o Tonibler disse com toda a propriedade ter eu sido ILIBADO de todas as acusações - foi isso mesmo que acabou por acontecer, após as diversas fases que o processo judicial cumpriu.
Caro TM
ResponderEliminarNão perca tempo com isto. Pelos vistos o Manel não comentou o seu post. Eu naquilo que me diz respeito também não gostaria de ver aqui comentada a minha profissão (sou manobrador de retro-escavadoras em assaltos a multibancos). Não é para isso que servem os blogues . Servem para debater ideias.
Para quem quiser ler:
ResponderEliminarCom esta transcrição das palavras de Tavares Moreira ao Jornal de Negócios, em 01/07/2009, encerro a minha participação fortuita neste Blog; vim aqui parar por acaso, através de um link de outro Blog.
A forma estranha como me receberam, qual meteorito de Marte, mostra bem os ambientes de compadrio e de troca de galhardetes em que se transformou a discussão em certos Blogs, se não for para bajular e branquear, não interessa.
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Tavares Moreira diz que o Banco de Portugal não o tratou de "forma decente"
Tavares Moreira diz que a instituição liderada por Vítor Constâncio não ligou às provas que apresentou no processo em que foi acusado de alegada ocultação de verbas em sociedades offshore.
O Central Banco de Investimento, de que Tavares Moreira foi presidente, foi investigado pelo Banco de Portugal. O supervisor proibiu-o de exercer funções na banca, por sete anos, e aplicou-lhe uma multa de 180 mil euros. Tavares Moreira recorreu da decisão, mas em Julho de 2008 o Tribunal de Primeira Instância de Lisboa confirmaria a condenação. Volta a recorrer, agora, para a Relação, que já este ano anulou o acórdão proferido em primeira instância e manda repetir o julgamento. Mas o prazo está a terminar e a prescrição é o cenário mais provável.
JN – Por que decidiu falar agora?
TM – Sempre entendi que só devia falar publicamente quando o processo judicial estivesse encerrado ou em vias de o ser. Neste momento tenho a informação de que se encontra praticamente prescrito e pode mesmo ter acontecido que o prazo de prescrição tenha já decorrido. Falta ao tribunal declarar formalmente a prescrição. A situação é para mim inevitável. Chegou-se a um ponto em que não há decisão, porque há duas sentenças que se anulam.
JN – Pode explicar?
TM – Há uma sentença do tribunal de primeira instância que teve o resultado que é conhecido, a qual absolveu cinco acusados/recorrentes e manteve a decisão em relação aos restantes quatro. Penso que o critério da decisão teve a ver com a importância das pessoas e consideraram-me uma das mais importantes. É discutível, mas tenho que respeitar. Recorri da sentença para o Tribunal da Relação, que a anulou e mandou repetir o julgamento. Estamos sem sentença e sem tempo para um novo julgamento, que poderia dar lugar a uma nova sentença. Chegou o momento de dar público testemunho dos factos.
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Portanto, incomodei mas não inventei nada. Houve sanção do BdP, houve condenação em Primeira Instância, Houve anulação dessa decisão na Relação, houve prescrição.
O processo de que fala TM no comentário anterior é o da queixa por difamação apresentada pelo BdP, posterior ao que motivou a sanção e as três decisões dos tribunais (condenação, anulação, prescrição).
É o próprio que o confirma.
Aufidersen.
Caro Amigo Dr.Tavares Moreira:
ResponderEliminarJá perdeu muito do seu tempo a responder a este tal "Manuel"que,porventura,será mais uma Maria,sabe-se lá!
Eu nunca pugnei para que os blogs fossem de acesso restrito. Mas,neste caso,quando num espaço como este,em que é suposto pronunciar-se gente que queira discutir ideias e assumir-se com argumentos úteis,dada a qualidade intelectual dos seus autores,bem demonstrada pelos colaboradores que dele fazem parte,talvez não fosse pedir muito se a Drª.Suzana Toscano,se aparecerem por aqui "Manueis"como este, cuja intenção mais não é do que ofender aleivosamente quem aqui escreve,dizia eu,a Drª.Suzana não devia permitir a sua entrada.Há muitos blogs que o fazem e,como digo,eu que não sou adepto de tal método,acho que para personagens como este energúmeno,mais valia não lhes dar sequer oportunidade de vomitar o seu veneno.Até porque,no seu anonimato,sabe-se lá se não se trata de alguma encomenda,por exemplo,do tal Constâncio de má memória e que tanto prejudicou não só a si,como também o País,pela sua mediocridade,a ponto de ter sido "premiado"com o "desterro"dourado em França,para onde também foi o outro a tirar filosofia,porventura ao domingo,por fax,se lá houver um Arruda ou um Morais!Pois o Carrilho não faria tal!
Quanto ao livro que refere,gostava mesmo de ter um exemplar.
Se lhe for possivel,faça-me lá essa gentileza:
Albérico Lopes
Rua Cor.Melo Antunes,lote 66-2º.C
Urb.Qta.das Flores
2745-881 MASSAMÁ
Aproveito para lhe enviar aquele abraço!
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarPermita-me a sugestão de editar o livro em ebook a baixo preço (5€ no máximo). O trabalho já está feito e aumentava ainda mais a circulação. Sobretudo agora com o iPad e outros tablets que são uma autêntica mina para quem vai para férias e não tem de carregar com a biblioteca às costas... Por outro lado um ebook é a garantia que o livro não sai de circulação...
Cumprimentos,
Paulo
Caro TM,
ResponderEliminarComo esclareci, por acaso eu nunca me cruzei consigo (tirando uma vez no paredão do Estoril onde já levava 15 km de corrida e não parei porque ainda me faltavam 6km porque se parasse não teria força para os fazer...). Nunca li o livro. Se calhar dava-lhe jeito mais essa venda, mas não li. Confesso que na minha fila de espera de leitura há tanto trabalho e ciência que não me apetece meter mais nada, muito menos aqueles episódios para os quais os portugueses parecem particularmente dotados.
Eu defendi-o porque sei o suficiente para o defender (o que não sei, perguntarei um dia pessoalmente porque não é de interesse público). Isto para esclarecer "as pessoas" que se o defendi não foi porque o tribunal me disse, porque li no livro, porque o jornal me contou, porque o SIS me mandou um mail ou porque sou um seu primo.
;)))
ResponderEliminarBoa Tonibler!!!
Fico contente por ver que no meu país ainda ha gajos com "G" grande!
Temos de combinar uma corrida no paredão, não sei se vou aguentar 21 km... ha uns anos, fazia mais do dobro, quando corri pelo Belenenses e pelo clube de atletismo de Oeiras, depois rebentei com um joelho... mas não ha problema, no percurso existem boas esplanadas que podem funcionar como "boxes".
;)
Pelos vistos temo-nos cruzado em lugares nada virtuais...
ResponderEliminarÉ isso, caro Dr. José Mário... passamos a vida a cruzar-nos. E mesmo assim, apesar de tantos cruzamentos, temos dificuldade em nos vermos e em nos entendermos. Talvez porque ensimesmados na diferença, não nos cheguemos a aperceber da igualdade...
ResponderEliminarCaro Tonibler,
ResponderEliminarEncerrado este episódio funesto do J.F.O. - que fez questão de ser falsário até ao adeus - podemos voltar ao "expediente corrente".
Em relação ao seu primeiro comentário,pode bem ser que as operações de chamada à dívida pública de muita dívida que andava por aí à solta - ou debaixo dos tapetes como aqui alvitramos várias vezes - expliquem alguma subida da dívida pública.
Mas repare que o crescimento da dívida até Junho excede em mais de € 10 mil milhõeso verificado no mesmo período de 2010 quando, em função da execução orçamental, deveria ter sido emitido um montante inferior.
Isto não tem uma explicação simples, por isso digo que se torna indispensável um esclarecimento que nos diga exactamente quais os factores que contribuiram para esta evolução da dívida.
Para mim é uma questão de elementar transparência, que no executivo anterior nem valia a pena suscitar uma vez que a opacidade era a regra de ouro!
Meus Caros,
ResponderEliminarSobre o ponto 4. (iii) "pagamento de dívidas em atraso a fornecedores do Estado" aqui um caso da vida real: soube durante a tarde que um amigo meu, ficou sem subsídio de férias porque a empresa onde trabalha tem uma enorme calote do estado.
Este facto deverá ser contrastado com a postura do STE em relação à ADSE que simplesmente tomou por lorpa todos os que pagam um seguro de saúde privado.
Cumprimentos,
Paulo
Caro Albérico Lopes,
ResponderEliminarEspero ainda hoje poder remeter-lhe, oferecido com todo o gosto, um exemplar do PROCESSO INDECENTE.
Caro Paulo,
Obrigado pela sugestão da edição em e-book, vou falar com o meu Editor...
Quanto ao episódio que cita, julgo que teremos hoje muita gente nessa triste condição de perda de emprego por causa dos atrasos de pagamento do Estado...
É a perfeita inversão/perversão do famoso Estado Social, em resultado da falência financeira do Estado.
Por isso é que digo que arrastar o Estado para esta situação constituiu o maior ataque ao Estado social de que há memória.
É por isso tristemente irónico assistir ao cinismo dos discursos em defesa do Estado social por parte dos principais responsáveis por essa falência...
E ainda há quem dê crédito a tal oratória...
Caro TM,
ResponderEliminarSe no ano passado ninguém escreveu a dívida escondida e estão a escrevê-la este ano, só pode ser devido isso o aumento da dívida. Não conhecendo os senhores do FMI, não me parece que haja grandes margens para trambiquices contabilísticas nesta fase e mais vale meter tudo.
Agora, concordo que haveria que dar uma explicação, mas dá-la nos jornais parece-me inconsequente. As trafulhices contabilísticas estão todas categorizadas no quadro legal português e continuo sem entender porque é que o governo continua a tratar este assunto como "cosa nostra".
Dr.Tavares Moreira:
ResponderEliminarObrigado pela sua amável oferta!
Os meus melhores cumprimentos
Albérico
Caro Tonibler,
ResponderEliminarRepare que o crescimento da dívida só no 1º semestre - € 20.618 milhões - representa quase 12% do PIB...
Isto num ano em que se projecta um défice das Administrações Públicas - Centrais, Regionais e Autárquicas - de 5,9% do mesmo PIB...
E estamos a considerar apenas a dívida até final do 1º semestre, como será no final do ano - 15%, 18%, 20%?
Isto não pode passar sem uma explicação meu caro, estou convencido que essa explicação será dada, se não for antes, com a proposta do 2º OE Rectificativo ou do OE/2012.
Essa da "cosa nostra" é mesmo "cum grano salis"...
Vai uma aposta como o governo não diz e a oposição não pergunta?
ResponderEliminarApostado, caro Tonibler, e desta vez é mesmo para valer: jantar em Nafarros (Adega do Saraiva), logo a seguir à apresentação das propostas de lei do 2º OE/Rectificativo e do OE/2012...Jantar pago por mim caso esses dois documentos sejam omissos quanto aos factores explicativos da evolução da dívida pública directa do Estado.
ResponderEliminarSe algum dos documentos não for omisso, "quid juris"?
E desta vez não ficarei à espera da adesão de outros 4Republicanos, se quiserem aparecer muito bem, se mais ninguém quiser aderir proponho-me estar presente "anyway"...
Aposta fechada, então?
Fechadíssima!
ResponderEliminarOk, irei tb "falar" ao Bartolomeu, ao Paulo e ao Zuricher, pelo menos...promete ser animado!
ResponderEliminarSe é para apostar, caro Dr. Tavares Moreira, vou pelo palpite do caro Tonibler.
ResponderEliminarComeço a notar que alguns misteriosos silêncios, povoam esta coligação.
Já não vou ao Saraiva, ha uns bons 7 ou 8 anos, mas ainda não esqueci o sabor do cabritinho no forno, do bacalhauzinho e das coteletas de cabrito na grelha, assim como do vinho do produtor.
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarJunte-se aos bons, neste caso até vem melhorar a média!
Não sendo agora muito assíduo do Saraiva, não deixo de lá ir uma 1/2dúzia de vezes/ano pelas razões que o Bartolomeu enuncia e tb por velha amizade com os titulares do estabelecimento.
Está visto que este blog é só para amigos.
ResponderEliminarXiXi para todos, então!
Caro Pi-Erre,
ResponderEliminarO que diz até nem é verdade, fica mesmo muito longe da verdade - mas que fosse, via algum mal nisso?
"...via algum mal nisso?"
ResponderEliminar.
Claro que via. Vê algum mal nisso?
Este "Pi-Erre" é o máximo, não só lhe falta o 2 como não aparente ser mais arguto que uma pedra. Ainda p'ra mais sofre de incontinência...
ResponderEliminarAparece cada um...
Caro Paulo,
ResponderEliminarOu me engano muito ou este pi-erre é o J.de F.O. a tentar mais uma incursão, com novo disfarce...
Despediu-se, para não mais voltar, mas voltou mais depressa do que uma tartaruga...