Com os acontecimentos de Londres, o Público de ontem (e, com o Público, outros conspícuos media que se têm como de referência), não perdeu a oportunidade de colocar outra vez em alto som a sua “cassete” predilecta para explicar actos de vandalismo: a culpa é da polícia. Trata-se de uma “cassete” cuidadosamente guardada para a científica explicação das causas que levam grupos de vândalos a partir montras, roubar, agredir, incendiar e, agora, a pôr ruas e bairros inteiros a ferro e fogo, lançando as chamas e o caos na cidade.
A culpa é da polícia, sobretudo se esses tumultos se dão em Paris, Londres, ou em qualquer país do mundo ocidental. A culpa é da polícia.
A culpa é da polícia, porque, actuando em zona de risco e tumulto, não consegue evitar uma vítima. Por isso, e também especialmente pelo ambiente propício que cria, ao interpelar " oito vezes mais os negros do que o resto da população", no dizer de um científico “think thank” certamente muito dado a estatísticas prontas a sair em momentos oportunos.
A culpa é da polícia, sobretudo se esses tumultos se dão em Paris, Londres, ou em qualquer país do mundo ocidental. A culpa é da polícia.
A culpa é da polícia, porque, actuando em zona de risco e tumulto, não consegue evitar uma vítima. Por isso, e também especialmente pelo ambiente propício que cria, ao interpelar " oito vezes mais os negros do que o resto da população", no dizer de um científico “think thank” certamente muito dado a estatísticas prontas a sair em momentos oportunos.
A culpa é da polícia, afirma-se no Público.
E, digo eu, dos governantes politicamente correctos que mandam polícias desarmados para as ruas e parecem mais apostados em punir polícias do que a prender vândalos à solta. Assim se vai cavando a democracia.
Na Inglaterra ou em qualquer país da Europa democrática. Porque o povo deixa de ter voz, subjugada ao poder dos energúmenos de ocasião. A culpa é da polícia. Entregue-se a cidade aos vândalos.
E, digo eu, dos governantes politicamente correctos que mandam polícias desarmados para as ruas e parecem mais apostados em punir polícias do que a prender vândalos à solta. Assim se vai cavando a democracia.
Na Inglaterra ou em qualquer país da Europa democrática. Porque o povo deixa de ter voz, subjugada ao poder dos energúmenos de ocasião. A culpa é da polícia. Entregue-se a cidade aos vândalos.
Um dia destes ainda vamos ter aborrecimentos de monta. Estes episódios revelam a "nobreza" dos seres humanos! sempre prontos a manifestar o que tem de pior. A polícia, as leis e as punições servem, a par de outras medidas políticas, destinadas a permitir que os seres humanos possam viver bem e com dignidade, para reprimir certas tendências, por isso tem de acionadas em força.
ResponderEliminarExcelente texto. Juntou-se o politicamente correcto, com a história do coitadinho. Pagamos os subsidios, para esta malta, e ainda, nos roubam. Vergonha para os politicos, que nos conduziram a esta situação, se é, que ainda têm vergonha.
ResponderEliminarExcelente comentário, Caro Pinho Cardão. Esta conversa mole de desresponsabilizar os vândalos e ladrões é o habitual na nossa praça. A culpa é dos polícias, dos juízes, dos políticos, da sociedade, de Marte, de Júpiter, enfim... santa paciência!
ResponderEliminarEsta noite (dia 9) anunciou-se como uma coisa extraordinária que se houver novos tumultos a polícia inglesa "admite" usar balas de borracha. De que estavam à espera? Não vi nem gás lacrimogéneo nem carros de água. A prisão de 400 dos vândalos (os Vândalos da história que me perdoem) não serve de desincentivo já que, sendo milhares os desordeiros, a probabilidade de enfrentarem a justiça é mínima. Perante a violência extrema são necessárias medidas extremas.
ResponderEliminarSim, concordo; a culpa é da polícia.
ResponderEliminarMas não só, é também do Ministério da Administração Interna, da diplomacia e das políticas de imigração, do cinismo das políticas que providenciam mão-de-obra barata, para não dizer, escrava, às grandes empresas, ao grande capital.
Se tudo isto não se desse, se as leis de imigração e laborais, fossem justas, talvez estas manifestações não atingissem o ponto de ser necessário a intervenção polícial cega e de fundo.
Se conseguirmos imaginar o mesmo tipo de reacções sociais no nosso país, fácilmente perceberemos que os seus efeitos extrapolarão. E que as nossas polícias de intervenção que hoje efectuam raides de intimidação aos guetos mapeados e que cercam a cidade, serão aniquiladas em três tempos.
E não vale a pena atirarmos serradura para os olhos uns dos outros, porque aquilo que tem feito com que algo do género ainda não tenha sucedido, tem sido o constante "baixar das calças" da assistência social, das câmaras municipais e da brandura com que a polícia e a justiça, têm tratado a marginalidade.
Realmente os media são pródigos em atribuir culpas. Já li artigos onde, primeiro, a culpa era das redes sociais, depois, afinal já não usavam redes sociais, mas uma rede de comunicações exclusiva da Blackberry, e por fim, um outro artigo a concluir que, afinal, as ditas redes não teriam um papel assim tão fundamental.
ResponderEliminarMas, em certa medida, concordo com o caro Bartolomeu. Estes tristes acontecimentos mais não são que as tempestades que agora se colhem, por antes ter semeado ventos.
No entanto, a questão da emigração não é simples; os primeiros emigrantes construiram as suas vidas e comunidades, e vivem em paz... o problema são as segundas e terceiras gerações... e, note-se, os emigrantes são apenas parte do problema ... a quantidade e "qualidade" de jovens "nativos" não é de desprezar.
Nada é de desprezar, caro AF.
ResponderEliminarNo entanto, as autoridades competentes desprezam ou desvalorizam os efeitos, as reprecurssões que a falta de actuação atempada e na medida necessária se verifica.
Basta reconhecermos que a polícia entra nos bairros mais problemáticos, anunciando a sua chegada com alarido, fica a faltar unicamente o megafone instalado em cima do tejadilho, como fazem os carros do circo que chega à vila do interior e depois, passa pelos moinantes que ostensivamente se encontram nas esquinas, envergando roupas de marca, caras, usando peças de ouro e telemóveis ultima geração e se declaram desempregados, quando intrepelados acerca do que fazem ali àquela hora do dia.
Neste país de sol, passa-se a vida a tapa-lo com a peneira...
Como está bem patente, caro Bartolomeu, não é só por cá.
ResponderEliminarAgora vamos ver qual o resultado disto. Porque mesmo as sociedades se regem normalmente pelos princípios de acção/reacção. E normalmente a reacção é sempre de força superior.
E originará, se não houver cuidado, uma nova reacção/acção de força ainda superior, numa tendência que só tende a agravar. Tipo bola de neve.
Muito bem, caro Pinho Cardão, andamos sempre a procurar as "culpas" onde seja mais difícil de encontrar solução, e enquanto se discutem as "políticas" e os "erros" de várias gerações, e se desculpabilizam as "vítimas" que vandalizam tudo, as pessoas sentem-se indefesas e já começam a procurar defender-se pelos seus próprios meios. Ouvi hoje nas notícias que a compra, pela internet, de tacos de basebol em alumínio aumentou 7000%, à custa das encomendas dos ingleses nos últimos dias. Talvez o autor do editorial do Público também pudesse pensar nisto...
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão,
ResponderEliminarA culpa é sua que paga para ler isso.
Bom proveito à bolsa e ao peito!
Cumprimentos,
Paulo
É verdade, caro Paulo. Mas o euro que pago pelo jornal dá-me o direito de desabafar!
ResponderEliminarMeus Caros,
ResponderEliminarSó há uma coisa que eu não percebo. Existe uma certa classe de crimes que deveria dar direito a perda de nacionalidade e expulsão do país.
Sendo os bifes um povo pragmático ainda tenho esperança que inovem nessa área.
Cumprimentos,
Paulo