quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pela terras da Eslávia do Sul-III




A Dalmácia é a faixa litoral da Croácia, correndo junto ao Adriático por largas centenas de quilómetros e numa largura à volta dos 50 quilómetros. Ao longo de grande parte da costa não se depara mar aberto, já que centenas de ilhas se sucedem de forma ininterrupta.
A região encontra-se habitada desde o primeiro milénio antes de Cristo. No século III a.C. chegaram os romanos, a região foi romanizada, tornando-se a província romana da Dalmácia no ano 33 a. C. Com a queda do Império Romano do Ocidente, a Dalmácia foi tomada pelos Godos, mas reconquistada logo após por Bizâncio, ficando a fazer parte do Império Romano do Oriente.
Tomasda por invasores eslavos por alturas do século VII, a Dalmácia tornou-se posteriormente domínio dos húngaros até ser vendida à República de Veneza por 100.000 ducados, Ilhas incluídas. Os Venezianos governaram a Dalmácia por 377 anos, de 1420 a 1797, data da queda da República de Veneza. Parte da Dalmácia passou então para as mãos de Napoleão, seguindo-se vicissitudes várias, como a cedência, também parcial, à Áustria, retorno à França, passagem para o Império dos Habsburgos. Anos após a 1ª Grande Guerra Mundial, a Dalmácia incorporou a Croácia no novo país Jugoslávia, que significa Eslávia do Sul.
Dado tal passado histórico, muita é a riqueza monumental deixada pelos vários povos e diferenciadas civilizações que passaram pela Dalmácia, que bem soube conservar esse valioso legado histórico. Ele está bem presente nas magnificentes cidades antigas de Zadar, Sibenik, Trogir, Split ou Dubrovnik.

Na foto, a Catedral de S. Dómnio, em Split, construída no interior do Palácio de Diocleciano, sobre o Mausoléu do Imperador.

1 comentário:

  1. As vicissitudes por que já pssou esse territíro e essas gentes! A riqueza e as atribulações da História da "nossa Europa" devem fazer parte do conhecimento de tantos que tão facilmente fazem juízos e ditam leis e apreciações sobre os diferentes povos!Realmente, viajar é isto mesmo, aprender a "ler" as diferentes regiões e assim alargar a nossa compreensão delas. Muito origada, caro Pinho Cardão, por nos mostrar muito mais do que magníficas paisagens.

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