Andar de comboio dentro de umas grutas nas margens de um rio subterrâneo e ver um animal que pode sobreviver 10 anos com uma única refeição é a experiência marcante de quem visita as Grutas de Postojna, na Eslovénia. A cerca de 30 km da cidade italiana de Trieste.
Grutas compridas e largas ou mais estreitas, quase cerradas, ou mais profundas ou mais superficiais, mais penhascosas ou mais aplanadas eu conhecia. Mais atractivas umas, outras, nem tanto. Mas nada como as Grutas de Postojna.
Compridas, largas e bem abertas, 20 quilómetros de galerias subterrâneas, como é próprio de umas grutas. Profundas, havendo pontos a 200 metros da superfície. Penhascosas, cheias de estalactites e estalagmites, algumas formando graciosas cortinas, elaboradas colunas e esculturas esbeltas. Largas, dando passagem a um pequeno comboio, por vezes em via dupla. Com a sensação indescritível de, nos seus 5 quilómetros, se percorrerem trechos de linha bordejando rios subterrâneos. Mas também com enormes salas planas e abobadadas, uma das quais de acústica impressionante e onde se efectuam concertos de grandes orquestras, creio que mensais.
No interior, um habitante autóctone, único no mundo, o proteu (proteus anguinus), animal esguio, 20 a 30 cm de comprimento, pele branca, parecida com a humana, quatro pequenas pernas, cego, mas de excelente olfacto e ouvido. É possível vê-lo numa armação preparada para o efeito. Feio e algo repugnante. Mas com uma virtude. É que pode guardar comida em grandes depósitos de lípidos e glicogénio no fígado (não sei bem o que é, mas foi o que ouvi…). Quando a comida é pouca, reduz o metabolismo, e pode reabsorver os seus próprios tecidos em casos extremos. Uma refeição chega a dar-lhe para dez, digo, dez anos sem mais comida!…
Nos tempos que correm, devia ser objecto de investigação aturada!...
Grutas compridas e largas ou mais estreitas, quase cerradas, ou mais profundas ou mais superficiais, mais penhascosas ou mais aplanadas eu conhecia. Mais atractivas umas, outras, nem tanto. Mas nada como as Grutas de Postojna.
Compridas, largas e bem abertas, 20 quilómetros de galerias subterrâneas, como é próprio de umas grutas. Profundas, havendo pontos a 200 metros da superfície. Penhascosas, cheias de estalactites e estalagmites, algumas formando graciosas cortinas, elaboradas colunas e esculturas esbeltas. Largas, dando passagem a um pequeno comboio, por vezes em via dupla. Com a sensação indescritível de, nos seus 5 quilómetros, se percorrerem trechos de linha bordejando rios subterrâneos. Mas também com enormes salas planas e abobadadas, uma das quais de acústica impressionante e onde se efectuam concertos de grandes orquestras, creio que mensais.
No interior, um habitante autóctone, único no mundo, o proteu (proteus anguinus), animal esguio, 20 a 30 cm de comprimento, pele branca, parecida com a humana, quatro pequenas pernas, cego, mas de excelente olfacto e ouvido. É possível vê-lo numa armação preparada para o efeito. Feio e algo repugnante. Mas com uma virtude. É que pode guardar comida em grandes depósitos de lípidos e glicogénio no fígado (não sei bem o que é, mas foi o que ouvi…). Quando a comida é pouca, reduz o metabolismo, e pode reabsorver os seus próprios tecidos em casos extremos. Uma refeição chega a dar-lhe para dez, digo, dez anos sem mais comida!…
Nos tempos que correm, devia ser objecto de investigação aturada!...
Caro Dr. Pinho Cradão
ResponderEliminarSe investigam muito o proteu e descobrem a receita ainda acabamos a engolir umas pastilhinhas e lá se vai a arte de saborear e apreciar iguarias...
Diz o ditado popular que; "homem prevenido, vale por dois".
ResponderEliminarGrutas já temos, faltanos importar uns quantos proteus anguinus, para nos ensinar intensivamente, a técnica do armazenamento de lípidos e glicogénicos, cuja, irá ser-nos muito útil, num futuro próximo.
Não, não, é péssima ideia, depois era preciso legislar sobre a dimensão das bolsas de lípidos de cada cidadão,como parte integrante da justiça redistributiva, ui, mas que grande sarilho! Já quanto á viagem de comboio, parece-me uma coisa fascinante, embora prefira, apesar de tudo, recorrer à imaginação, suportada por esta brilhante descrição, do que andar pelas profundezas a ver bichos medonhos...Não há nada como o solzinho à superfície!
ResponderEliminarCara Margarida:
ResponderEliminarDiz muito bem. Já reparou o que era sentarmo-nos à mesa de dez em dez anos? Ou, vá lá, de ano a ano?
No entanto, a adptação à natureza do bicho é impressionante. Cego, porque no local sempre escuro não precisa de ver. Resistente à fome, porque lhe é dificílimo encontrar comida. Penso eu...
Caro Bartolomeu:
Importar esses bichos, não. São horrendos, umas cobras de 30 cm, estreitas e com 4 pernas, pele branca. Horríveis. O que devia ser feito era mandar para lá certas pessoas para investigar os bichos no seu meio ambiente. Todos ganhavam...
Cara Suzana:
Também digo, cara Suzana, não há como o sòlzinho...que andar debaixo da terra, mesmo de combóio, não é lá grande ideia.
O melhor é mesmo deixar a bicharada em paz, pois nem me tinha lembrado dos problemas políticos que traria aos humanos a assimilação ao proteu. Uns a quererem uma bolsa maior, para comerem de cinco em cinco anos, outros uma bolsa minúscula, para saborearem todos os dias. Quem se entenderia?
Proteu a ministro das finanças!(não me venham com histórias, porque também não é nenhuma estampa de homem, acho eu)
ResponderEliminarFora de brincadeiras, isso tem tudo muito bom aspecto!!!
Isso? O Proteu?
ResponderEliminarNão, esses poisos todos da eslávia do sul. Muito bom aspecto.
ResponderEliminarDe facto, aquilo é terra civilizada!...
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