Está visto. Os "novos" dirigentes do PS não têm vergonha na cara. Herdeiros de Sócrates e dos desmandos da governação dos últimos anos, recomendaria a decência política uma atitude de humildade e de moderação na condenação do governo regional da Madeira. É verdade que a memória dos portugueses tende a ser, para estas coisas, muito curta. É verdade que o povo já está tão habituado às incongruências dos políticos que encara com desprezo declarações de quem há poucos meses era um dos esteios das práticas que agora condena com absoluto á-vontade e chocante descaramento. Mas engana-se António José Seguro e a actual direcção do PS se julgam que a memória é assim tão curta ou que o povo é tão ignaro ou estúpido como o seu actual discurso quer dar a entender. Alberto João Jardim merece censura, sim senhor. Mas mereça-a porque a sua conduta política se assemelha ao que de mais condenável teve a governação que Seguro não renega: a do PS.
Estou curiosa para ouvir, agora, o comentario do ex-Ministro Vieira da Silva. Espero que venha dizer, tambem, que a situação-surpresa da Madeira nao tem problema nenhum, pois tratar-se-a de uma mera operação contabilistica para a correcção do défice...
ResponderEliminarObviamente que Alberto João Jardim merece ser censurado e o desenvolvimento da ilha não justifica a falta de solidariedade com o Continente ...mas pelo ritmo dos companheiros de Sócrates provavelmente a Grécia não estava só...já agora é preciso lembrar o Sr. Seguro que quando se defendeu o regime democrático e autonomia na Madeira,o PS estava ao lado da União do Povo da Madeira, PCP e da FEC-ML, isso os madeirenses que lá vivem não esquecem...o resto é conversa de café...
ResponderEliminarÉ de facto surpreendente esta capacidade que o PS tem de virar 180º o seu discurso quando fala dos dislates que, no continente, o "honram" e que na Madeira lhe merecem uma indignação total. A exigência de "retirada da confiança política a AJJ", vinda do PS, ainda para mais na sequência do congresso em que nem uma palavra de crítica se ouviu ao anterior governo, é surrealista.Só visto.
ResponderEliminarÉ de reprovar a incongruência do PS. Mas a incongruência do PSD, de sinal contrário, também o é, e é esta que está em causa. Se não condenar firmemente em AJJ o que condenava em Sócrates, o PSD revela também hipocresia, mais perigosa, porque corporativa. Pelo andar da carruagem: "Isto não se deve repetir , para a próxima ..." - não passam todos de uma cambada, como dizia o Medina Carreira.
ResponderEliminarChama-lhe o Ferreira de Almeida descaramento. E diz a Suzana que é surpreendente esta capacidade que o PS tem de virar 180º o seu discurso.
ResponderEliminarE eu acho que o descaramento nada tem de surpreendente. O PS sempre foi assim. Desde Soares até ao presente. Aliás, proclamando o socialismo, até já o meteu na gaveta. Se até se contradiz a si próprio, nada de admirar que se contradiga quando se trata de outrém.
É verdade, caro Pinho Cardão, mas ainda assim vai refinando no grau, adaptando o seu discurso contorcionista mesmo às situações mais difíceis.
ResponderEliminarConcordo em absoluto com Pinho Cardão quando diz :
ResponderEliminar"Eu acho que o descaramento nada tem de surpreendente. O PS sempre foi assim. Desde Soares até ao presente".
Julgo até que não haverá xuxa mais descarado do que o Soares. Nem o Sócrates. Porque o Sócrates nunca conseguiria ir à Universidade de Verão do PSD arrancar aqueles aplausos dos jovens presentes.
Jovens é maneira de dizer, porque para fazerem o que fizeram aqueles patetas já nasceram velhos...