A revelação da verdadeira situação financeira da Madeira mereceu de Pedro Passos Coelho a palavra que se exigia do Primeiro-Ministro de Portugal. Depois do esforço que tem feito para mostrar que somos diferentes dos gregos, espera-se agora que todo PSD não se acobarde, não se desonre, seja coerente com o discurso político do passado recente que teve como alvo a governação socialista. Há dias considerava aqui no 4R que o dano causado ao País pelo governo regional da Madeira não poderia deixar de ter consequências políticas porque absolutamente intolerável. Anotava aí ser necessário ter a coragem de dizer basta. Infelizmente a situação era bem pior que o suposto no apontamento que sobre o assunto deixei aqui registado. Pessoalmente, espero que as outras contas que em Outubro vão ser feitas na Madeira, não deixem de reflectir a gravidade da situação que o ministro das finanças já tinha considerado ser insustentável.
José Mário
ResponderEliminarÉ uma machada no esforço de credibilidade que estamos a fazer e terrível para a imagem do país. É uma quebra muito injusta no ciclo de reputação que está em curso. Quem é que vai pagar este buraco?
Os mesmos de sempre, Margarida. O preço adicional que vai ter ser pago - para além da machadada na reputação que não pode ser avaliado - é sobretudo injusto para quem sempre condenou as contas marteladas e as práticas desonestas em política.
ResponderEliminar«espera-se agora que todo PSD não se acobarde, não se desonre, seja coerente com o discurso político do passado recente que teve como alvo a governação socialista.»
ResponderEliminarConcretamente, na opinião do caro Dr. José Mário, qual deverá ser a atitude de todo o PSD, perante as "contas" do presidente da Madeira?
Tomando em conta, aquilo que Passos Coelho disse no congresso de Mafra, que espelha claramente o desentendimento entre ambos e as diferentes reações ao seu discurso?
É o que dá terem deixado passar o Sócrates e o Teixeira dos Santos. Com que moral agora vão acusar o AJJ de ter feito a mesma coisa que os outros?
ResponderEliminarUm País em que os políticos, de modo geral, com responsabilidades ao mais alto nível se demitiram das suas funções mais nobres, privilegiando a futilidade, a incompetência, o desrespeito pelos concidadãos, o chegar primeiro mas de modo errado, o tomar a coisa pública como sendo sua, só podia acabar assim: descredibilizado e na miséria…
ResponderEliminarE então! Sendo o Drº Jardim o produto de toda a irresponsabilidade que vivemos nos últimos tempos, merecerá ser crucificado!?
As semelhanças entre o buraco do BPN e o buraco da Madeira são mais do que muitas. Até no ar de caso do Primeiro-ministro, a dizer o que todos sabemos, que o caso é gravíssimo, mas sem retirar a confiança política ao autor. Os militantes do PSD bem podem arrancar os cabelos. Ou os pintelhos...
ResponderEliminarSó há uma diferença grande entre a Madeira e o BPN: o buraco da Madeira vai ser pago pelos madeirenses. O do BPN, das empresas públicas (de transportes regionais de Lisboa e Porto), as imparidades dos empréstimos da CGD, essas e outras sim: vão ser pagos por todos...
ResponderEliminarAssim, prefiro sempre a dívida da Madeira que vai ser paga pela Madeira.
A questão do buraco da Madeira é um problema de reporte (ou de não reporte) de despesas que estarão orçamentadas e até visadas pelo tribunal de contas. Não é um problema de se ter de pagar por outro que se endividou. Não é mesmo.
Tal como ninguém espera que a troika assuma o que nos emprestou.
A dívida da Madeira vai ser paga pela Madeira?! Santa ignorância!!!!
ResponderEliminarGostava de recordar algo sobre supresas orçamentais. Há tempos, numa situação semelhante, em que o défice orçamental do ano anterior também teve de ser corrigido (e nunca eh para menos...), o que comentou o então Ministro da Economia (e economista) Vieira da Silva? Apenas isto: "nao tem qualquer relevância, pois traduz-se numa operação meramente contabilistica"!
ResponderEliminarA dívida da Madeira não vai ser paga pela Madeira, tal como a dívida portuguesa vai ser paga pela troika...
ResponderEliminarO ideal era que a Madeira não estivesse na mesma situação do País. Os factos recentes, infelizmente, traduzem o contrário.
O que torna pouco menos que ridícula a posição do PS revelando-se escandalizado...