The world is in a danger zone. In 2008, many people said they did not see the turbulence coming. Leaders have no such excuse now. And dangerous times call for courageous people.
I still think that a double-dip recession for the world’s major economies is unlikely. But my confidence in that belief is being eroded daily by the steady drip of difficult economic news.
(ZOELLICK, Presidente do Banco Mundial)
Ontem ouvi o Ministro das Finanças grego dizer que o que se está a viver ainda não é a crise, o que se está a fazer é apenas a tentar evitar a crise. Os gregos, por sua vez, queixam-se de que só falta por os mortos a pagar impostos.
Depois, na conferência de abertura do encontro anual do Banco Mundial, o Presidente do Banco praticamente confirmou esse terrível vaticínio do político grego. Disse que os países desenvolvidos do ocidente estão mergulhados numa recessão económica tal que poderá afectar todos os países em desenvolvimento, que o desemprego, a falta de crédito e a ausência de crescimento implicam lideres corajosos e que não vê quem esteja a tomar as decisões que se impõem (não disse quais), apesar de, desta vez, não haver a desculpa que houve em 2008, de que não se tinha dado pela crise a chegar. Afirmou ainda que, durante muito tempo, acreditou que uma nova e muito mais grave recessão não chegaria a surgir, mas que cada dia esmorece mais nessa convicção.
As bolsas abrem e fecham todos os dias em queda livre, o FED comprou 4 mil milhões de dólares de dívida americana e as agências de rating vão desclassificando tudo o que podem. O mundo, segundo Zoellick, está perigoso, e não há forma de o ignorar. O pior é saber o que fazer…
I still think that a double-dip recession for the world’s major economies is unlikely. But my confidence in that belief is being eroded daily by the steady drip of difficult economic news.
(ZOELLICK, Presidente do Banco Mundial)
Ontem ouvi o Ministro das Finanças grego dizer que o que se está a viver ainda não é a crise, o que se está a fazer é apenas a tentar evitar a crise. Os gregos, por sua vez, queixam-se de que só falta por os mortos a pagar impostos.
Depois, na conferência de abertura do encontro anual do Banco Mundial, o Presidente do Banco praticamente confirmou esse terrível vaticínio do político grego. Disse que os países desenvolvidos do ocidente estão mergulhados numa recessão económica tal que poderá afectar todos os países em desenvolvimento, que o desemprego, a falta de crédito e a ausência de crescimento implicam lideres corajosos e que não vê quem esteja a tomar as decisões que se impõem (não disse quais), apesar de, desta vez, não haver a desculpa que houve em 2008, de que não se tinha dado pela crise a chegar. Afirmou ainda que, durante muito tempo, acreditou que uma nova e muito mais grave recessão não chegaria a surgir, mas que cada dia esmorece mais nessa convicção.
As bolsas abrem e fecham todos os dias em queda livre, o FED comprou 4 mil milhões de dólares de dívida americana e as agências de rating vão desclassificando tudo o que podem. O mundo, segundo Zoellick, está perigoso, e não há forma de o ignorar. O pior é saber o que fazer…
O mundo está efectivamente a ficar um lugar perigoso, está... Na dúvida e para não ficar dependente de haver gente de coragem (sinceramente não sei se altera alguma coisa neste momento mas assumamos que sim) nos lugares-chave do mundo se calhar o melhor é cada um pensar antes de mais em ter um plano B para si e para os seus e logo se vê o resto.
ResponderEliminarAfinal, dizer-se que o mundo está a ficar um lugar perigoso não é sinónimo que todos os sitios debaixo do Sol o sejam, não é verdade?
Cortar os salários no estado.
ResponderEliminarYah Tonibler!!!
ResponderEliminarE cortar o resto dos pinheiros de Leiria, antes que o nemátudo acabe de uma vez com todos, construir naus para fazer o transporte de mercadorias, e... colocar os funcionários públicos aos remos... essa corja de madraços, que sugam do estado como carraças em orelha de cão. Corruptos, analfabetos, oportunistas, incompetentes.
Chicotada no lombo e grilhões, é tudo o que essa alcateia de lobos raivosos, merece.
Despedimento com justa-causa?
Horas extraordinárias pagas a 50%?
Isso, é estar-lhes a oferecer mel...
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarNão há outra hipótese. Nenhuma.
Eu penso que sim, que existem várias hipoteses, Tonibler.
ResponderEliminarDesde que os Srs. Ministros Álvaro Santos Pereira e Vitor Gaspar, se encham de vontade.
É evidente que muitas decisões terão de ser tomadas e muito provávelmente, nenhuma delas deverá beneficiar os "empregados do estado". Mas, uma coisa é mudar sem beneficiar e a outra, é mudar prejudicando. Para que sejam eliminadas as hipoteses de as decisões trazerem prejuizos para os visados, é importante que sejam encontradas alternativas-escape, às mesmas. E não me refiro somente a alternativas que remetam os funcionários públicos para situações de parasitismo.
Ao Estado, cabe o dever de salvaguardar os direitos dos seus cidadãos e dos seus funcionários mas, compete-lhe também, valorizar-lhes as capacidades. Só assim será possível a exigência da excelência, só assim, fará sentido reduzir o número de "empregados do estado".
Tonibler:
ResponderEliminarEm vez de destilar ódio irracionalmente sobre os funcionários públicos permanentemente, porque não lê primeiro o Governance at a Glance 2011?
http://www.oecd.org/document/3/0,3746,en_2649_33735_43714657_1_1_1_1,00.html
Tavez o poupasse a algum ridículo.
Caro António Pedro Pereira,
ResponderEliminarSe há coisa que eu faço é pensar pela minha cabeça e não cair no ridículo de o fazer com base na opinião dos outros. Mesmo que essa opinião tenha um logótipo "grande" como o da OCDE. Não é uma questão de ódio, é uma leitura simples e anos de estudo próprio dos fenómenos económicos. Aliás, se todos fizessem o mesmo chegariam à mesma conclusão porque é tanto uma questão de opinião como eu ter a opinião de que o Terra anda à volta do Sol.
Certamente está a pensar que o seu trabalho para o estado é tão valioso que o resto dos cidadãos deveriam continuar a encher-lhe o bolso. Lamento, não vale. O défice mostra isso.
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminaro papel de valorizar os funcionários até pode caber ao estado, mas não é isso que está em causa. O que está em causa é que os funcionários recebem mais que o valor daquilo que produzem. Portanto, reduzem-se os salários, valorizam-se os funcionários e, quando e se tiverem valor, então que sejam pagos de acordo com o seu valor.
Estou a falar em termos genéricos e em média. Se tiver dois, em que um é mau e o outro razoável, o resultado são dois maus e contra isso batatas, têm que receber os dois como maus.
Tonibler:
ResponderEliminarEu também penso pela minha cabeça, sem o pensamento tolhido por preconceitos ideológicos.
Veja o seu preconceito a funcionar: «Certamente está a pensar que o seu trabalho para o Estado é tão valioso que o resto dos cidadãos deveriam continuar a encher-lhe o bolso. Lamento, não vale.»
Ora eu não sou funcionário público.
«O défice mostra isso.»
O maior contributo para o défice decorre da falta de receita por inexistência de crescimento económico (agravado com o euro) e só depois vem a despesa (de que os funcionários públicos representam apenas cerca de 10%, o pior tem sido o deboche do investimento não reprodutivo).
Eu não me deixo impressionar pelo logótipo da OCDE, mas consulto os gráficos que têm dados comparativos essenciais entre os países.
E os dados são indiscutíveis, a interpretação dos dados é que se discute.
Veja se rompe os preconceitos.
Caro António Pedro Pereira,
ResponderEliminarDepois de tão interessante interpretação de que o défice decorre da falta de receita, deixa-me completamente sem palavras. Não imaginava tal coisa, afinal é fácil, é só vender mais barris de petróleo.
Tonibler... meu AMIGO Tonibler.
ResponderEliminarTrato-o por AMIGO, porque o admiro. Admirava-o antes de o conhecer pessoalmente. Reforcei a admiração que tinha por si porque quando se está frente-a-frente com alguem ha sempre a tendência para se confirmar os motivos porque se simpatiza ou antipatiza com esse alguém.
Naturalmente, não antipatizo com quem defende opiniões diferentes das minhas, isso não tem nada a ver com o reconhecimento de outras qualidades. E eu, aprecio o seu radicalismo e o seu modo científico de enquadrar as situações.
Eu, sou mais pelo enquadramento histórico.
Sento-me naquele alpendre que você viu, olho para a lonjura e entendo que o percurso da humanidade como uma fatalidade. como algo que é imperativo, e que não é possível evitar, apesar de que, sempre pensamos que o destino nos pertence e até que temos na mão a chave da formula que nos permite altera-lo.
Eu também já fui como si.
;)
Houve um tempo em que pensei poder mudar o rumo dos acontecimentos, ou do sucedimento dos mesmos.
Fantasia minha.
Hoje penso, estou convicto, posso assegurar-lhe, que o futuro, que a solução para os problemas actuais, que a forma como o "nosso" mundo, o nosso mundinho, pequenino, vai prosseguir no seu indefectível rumozinho, não tem nada a ver com autocracia.
Não foi à toa que Fernando Pessoa e antes dele Alexandre o Grande, perceberam que afinal o cósmos é micro... e não macro. E que tudo se reduz à sua mínima expressão e não, nunca, à máxima.
Caro, Amigo Tonibler, o mundo é um só, a humanidade é UMA, a solução, nunca passará por corta-la ao meio.
;)
Um ABRAÇO!
Tonibler:
ResponderEliminarO défice é a diferença entre o que o Estado recebe e o que gasta.
Se o Estado gastar muito e mal, mas tiver uma economia pujante, até pode ter um défice abaixo do autorizado, de 3%, e uma dívida pública aceitável, de 60% do PIB.
Se o Estado não gastar muito nem mal mas quase não tiver agricultura (actualmente importamos 85% do que comemos), tiver umas Pescas anímicas (resultado do abate dos barcos antiquados mas que não foram substituídos), tiver uma Indústria tradicional em pantanas e a parte tecnologicamente competitiva for insuficiente, se apenas tiver algum sector de serviços como o Turismo (que nestas condições não consegue reter as divisas, pois o que os turistas consomem é importado), certamente não haverá receitas geradas pela economia que cubram as despesas.
Nós, infelizmente, juntámos o mal de dois mundos, gastámos muito e produzimos pouco.
Diga-me por favor o que está errado no meu raciocínio, pois, ao contrário de si, que é sempre definitivo nas suas afirmações, eu estou sempre disposto a reconhecer os meus raciocínios errados e a aprender com os outros.
É neste contexto que o ódio que manifesta pelos funcionários públicos é perfeitamente incompreensível, como se todo o nosso mal residisse apenas neles.
Tomáramos nós ter uma administração ajustada na dimensão, competente e dedicada, pois o exemplo grego mostra-nos os efeitos do contrário.
Tonibler:
ResponderEliminarO meu filho (Manuel Pedro Pereira) tinha a conta do seu e-mail aberta e eu não reparei.
Saiu o meu comentário em resposta ao seu anterior (das 00:33) com o nome dele.
Deveria ter saído com António Pedro Pereira.
Do lapso peço desculpa, embora o que conte é o conteúdo da minha argumentação.
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarretribuindo o abraço e as amáveis palavras, não consigo encontrar nas suas nada que possa discordar.;) Até a minha vida científica se baseia toda no princípio de que não há macro, apenas uma agregação de muitos micros que é aquilo que cada um de nós faz. É por isso que cada vez que vejo defender o estado, um pretendente macro, me torno radical:).
Caro António Pedro Pereira,
Se tirar das suas palavras aquilo que já passou e do qual não há nada a fazer e todos os "se"'s que nunca se verificaram, não lhe resta muito mais que concordar comigo. Mais, tudo aquilo que aponta como destruído só pode ser reconstruído se os recursos não estiverem ocupados pelo estado, sejam eles financeiros, sejam eles humanos. É por isso que cortar nos gastos do estado é fundamental. E, ao contrário do que diz, são uns 50% de salários (o resto são medicamentos, serviço de dívida, etc. coisas que não dependem de nós).
Caro Tonibler, talvez não haja mesmo outro remédio senão ir reduzindo os salários dos que trabalham para o Estado,tal como os outros se vão também reduzindo ou perdendo com o fecho de empresas, pela simples razão de que não há outro remédio senão irmos todos perdendo o nível que vida que tínhamos. mas que isso seja uma "solução", acho que não é,vamos sofrer todos bastante com a perda de qualidade dos serviços públicos que temos, em vez de melhorarmos vamos piorar, não tenha dúvidas disso.
ResponderEliminarCara Suzana,
ResponderEliminarNão sou da opinião de que o nível de qualidade dos serviços públicos caia só porque se corte nos salários. Primeiro, porque dificilmente a sua qualidade pode ser mais baixa. Estamos a falar do pior sistema de educação do hemisfério norte, da pior saúde da Europa, da mais miserável e ridícula justiça do mundo, dificilmente as coisas serão piores. Depois, há sempre formas mais radicais de baixar os salários, substituindo quem não quer por quem quer, à semelhança do que acontece em qualquer posto de trabalho do mundo.
Caro Tonibleresperemos que os profissionais que têm a consciência da importância do serviço público que prestam não deixem de cumprir a sua missão o melhor que podem, mas é óbvio que, tal como em qualquer empresa, a remuneração e a perspectiva de progredir são fundamentais. Não concordo com a sua perspectiva tão crítica, temos serviços muito beom, na saúde e na educação, também noutras áreas, o que não quer dizer que esteja tudo bem e que não hjaja muitos serviços inúteis ou pouco produtivos. Mas como o seu comentário era genérico, eu respondo-lhe com generalidade: vamos sentir muito a perda de qualidade de muitos dos serviços de que necessitamos e de que teremos que prescindir.
ResponderEliminarO post é engraçado (e neste campo partilho da opinião do Zuricher) e os comentários são "buéééé" engraçados também. :)
ResponderEliminarNão acho que devam ficar todos "ouriçados" com o ódiozinho de estimação do camarada Tóni. Ele tem a opinião que tem e fundamenta-a. Não está certo, não está errado. Simplesmente é o que é. Isto não quer dizer que eu concordo com ele, até porque não acredito que ele seja capaz de validar a afirmação de que os funcionários públicos recebem mais do que o valor que produzem.
Quanto ao reduzirem ainda mais os salários da função pública, é uma ideia tão interessante como outra qualquer embora não me pareça, extraordinariamente, inteligente. Aliás, não só não é inteligente, como é bestialmente estúpida pois darão às pessoas os motivos para procurarem fontes alternativas - e não declaradas - de financiamento. E acreditem, é muito fácil arranjá-las sem que um centavo passe por Portugal. Inclusive, ouso dizer que é tão fácil que qualquer miúdo de 13 anos consegue fazê-lo.
Mais austeridade significa; promover a evasão fiscal, promover a economia paralela e promover (algo que eu acho lindo) as trocas directas. Mas se é isso que querem, na boa. Quem sou eu para contrariar mentes tão astutas e brilhantes :)
Claro que consigo, camarada Anthrax. Chama-se défice do estado, existe há décadas ininterruptamente e formou uma dívida pública brutal ao mesmo tempo que a taxa de desemprego subiu.
ResponderEliminarHá 8 alunos por professor e 22 por sala. Ainda hoje saiu a notícia que 70 mil professores (em cerca de 140 mil) que meteram baixa desde o principio do ano. Estive a comparar com a minha empresa e houve 1 em 64, por maternidade. E aquilo que se vê com os professores vê-se em todos os sectores do estado. Todos.
O PR foi à ilha das Flores com dois aviões de gente. Dois aviões. Havia mais gente naqueles aviões que na ilha:) No fim do ano, gastamos com o PR 21 milhões de euros, o equivalente à margem libertada por uma empresa com 4 mil pessoas, gasto por um cargo público de utilidade questionável. Faltam os outros 699 999 mil que o exemplo deste dá para imaginar...
Um professor universitário português ganha sensivelmente o mesmo que um alemão. Um político português ganha muito mais que um alemão. Um professor português ou um médico ganha muito mais que a média da UE. E o seu produto é incomparavelmente pior, conseguindo ocupar mesmo os últimos lugares em todo o hemisfério norte.
Não consigo validar?????
Camarada Tóni... "amori"... nos Açores, o que há mais por metro quadrado são vacas e não aviões com gente (que mesmo estando cheios, jamais conseguem bater o recorde do número de vacas).
ResponderEliminarE não, o seu argumento não validou nada apenas revela um ataque à classe docente no sector da educação e consequente extrapolação para outros sectores. Deixe-me dar-lhe outra perspectiva:
1º Se há 8 alunos por professor e metem 22 numa sala, então a sala está sobrelotada não é verdade?
2º Se em 140 mil professores, 70 mil meteram baixa - diz o princípio da boa fé - que devem estar doentes e se há dúvidas, vai-se inspeccionar (resta saber se têm pessoas e dinheiro para o fazer).
3º Espero que a sua empresa produza qualquer coisa no âmbito da educação, caso contrário parece-me pouco prático estar a comparar duas coisas diferentes, com objectivos diferentes, com resultados diferentes e impactos diferentes num período temporal, igualmente, diferente.
4º "(...) gasto por um cargo público de utilidade questionável." é um juízo de valor e juízos de valor, habitualmente, não servem para validar nada. Se no final do ano gastamos 21 milhões de euros, mas se da acção do PR resultar um investimento de terceiros superior a essa quantia, então estaremos a ganhar não é verdade?
5º Quanto aos restantes 699 999 mil, não imagino nada. Não porque não seja criativa, mas porque - por defeito - não posso colocar tudo dentro do mesmo saco.
6º Comparar um professor com um médico parece-me algo bastante exótico, mais uma vez coisas completamente diferentes. No entanto, está enganado. Um professor no fim de carreira, efectivamente, ganha bem. Detalhe, a grande maioria nem sequer está perto do fim da carreira e acresce o facto das progressões estarem todas congeladas há algum tempo, por isso não, os professores não ganham acima da média da UE. Relativamente aos médicos,não me posso pronunciar mas, se estivesse doente, detestaria encontrar pela frente um, com excesso de horas de trabalho e mal pago.
7º "E o seu produto é incomparavelmente pior,(...)" - Estamos a falar dos médicos ou dos professores? Se estamos a falar de médicos, tal não é verdade. Se estamos a falar dos professores, a culpa é dos professores ou é do sistema monolítico que temos? Sabia que, em termos de resultados do PISA por exemplo, os países que ocupam a dianteira são aqueles em que a classe docente é bem vista pela sociedade? Os professores são vistos como uma peça chave no desenvolvimento da sociedade e do país. Aqui, são apenas um alvo a abater e as escolinhas são um local de despejo de criancinhas por parte de pais, que não têm tempo para desempenharem a sua função no que toca ao desenvolvimento educativo dos seus rebentos.
Nope... não me parece que tenha conseguido validar alguma coisa.
Camarada Anthrax...:)
ResponderEliminar1º significa que há dois professores que não servem para dar aulas por cada um que dá aulas...
2º "vai-se?". Quem? Eu? Onde é que estão os outros sectores que não o da educação que eu ataco? Afinal, é o da educação e o da inspecção, já não é só o da educação...
3º O que estou a comparar são trabalhadores. Ou se calhar o problema é esse, é que só um dos termos de comparação é que tem trabalhadores, os outro tem empregados...
4º Sim, e o outro faz estradas para gerar postos de trabalho, o outro fazia um aeroporto para gerar postos de trabalho e, no fim, só se perdem. Ele que não se incomode e deixe de gastar dinheiro onde faz falta para gerar postos de trabalho de facto.
5º Eu não colocaria, se o resultado não correspondesse ao colocar todos no mesmo saco...E, na realidade, é a Anthrax que os está a meter no mesmo saco quando os defende todos por igual, eu só quero pagar o serviço que tenho, se é com 10, se é com 100, problema de cozinha... Já sei, além da educação, da inspecção, temos a coordenação. Isto é uma chatice porque ainda não apanhámos uma que funcione...
6º São trabalhadores. Pagamos-lhes por trabalho. E não são só os do topo da carreira. Como deve imaginar, a Alemanha tb tem topos de carreira... Camarada Anthrax, já ouvi essas todas, não são verdade.
7º Logo vi que a culpa era minha...Relativamente à saúde, é verdade porque nós fazemos o mesmo com o dobro das pessoas dos outros. Quanto à educação, ir pelo argumento de que a culpa é do cliente nunca me pareceu a melhor forma de defender o serviço.
Mas já reparou, camarada Anthrax, que as coisas não têm que ser justas? Há quem pague e quem receba. Se quem paga não ganha o suficiente, quem recebe tem que ganhar menos. Senão temos "deficit"... Isto valida em si mesmo a coisa. Ninguém lhe diz que tem que aumentar a sua mulher-a-dias porque é a melhor do mundo quando a camarada perde o emprego, certo? Quando isso acontecer a mulher-a-dias também se lixa, por muito injusto que isso seja para ela. E o estado é um conjunto de 700 mil mulheres-a-dias, mesmo aquelas que possam achar que mandam.
Desculpas dessas, camarada Anthrax? Se valessem dinheiro já tínhamos comprado a Alemanha...
"Se quem paga não ganha o suficiente, quem recebe tem que ganhar menos. Senão temos "deficit"... " - Camarada Tóni, que pena que eu tenho que o amigo não seja o presidente da EDP! É que dava mesmo jeitinho implementar essa ideia nos tempos vindouros. :D
ResponderEliminarEstá a ver porque é que discordamos :) Você acha que há 2 professores a mais por cada turma e eu acho que há 14 alunos a mais por cada turma, principalmente, quando se sabe que as turmas mais pequenas obtêm melhores rendimentos escolares. Eu vejo a educação como um instrumento cujo objectivo é transformar a matéria bruta em futuros cidadãos úteis à sociedade e ao seu desenvolvimento, você vê a educação como se esta cena fosse a fábrica da auto-europa, tipo linha de montagem. O problema da sua visão é que, normalmente, o resultado final é uma data de papagaios que se limitam a repetir informação. E muitos deles, nem isso conseguem porque a capacidade de memorização varia de pessoa para pessoa.
Nessa perspectiva, sem dúvida que produzir um papagaio ou produzir um parafuso é praticamente igual (o papagaio tem só mais penas).
Relativamente às mulheres-a-dias do Estado, é tudo uma questão de opção. Ou pagam por ter alguém a produzir (independentemente de produzir muito ou produzir pouco), ou pagam por ter alguém a não produzir, mas pagam na mesma. Ou sai do bolso esquerdo, ou sai do bolso direito, mas sai sempre.
No que respeita à questão do cliente, sabe que essa ideia de que o cliente tem sempre razão está um bocado sobrevalorizada.
Cara Anthrax,
ResponderEliminarRelativamente ao número de alunos, esse aspecto é irrelevante. Se me dissesse que tinha 8 alunos por sala, eu não tocava sequer no assunto. Mas não, tem 22 o que significa que o dinheiro gasto nesses dois professores não é para educação, é para outra coisa qualquer. O discurso da importância da educação serve para um dos 3 professores que estão alocados aos 22 alunos.
quanto à mulher-a-dias, não tome como certo que seja preciso pagar, camarada Anthrax. Nós já temos três estados hoje, um no município, um em Lisboa outro em Bruxelas. O de Lisboa pode-se deitar para o lixo amanhã. portanto não é líquido que se tenha que pagar. De qualquer forma, faz-se assim, baixam-se os salários, quem ficar ficou.
Ainda bem que acha que a ideia do cliente ter sempre razao está sobrevalorizada. Pode ser que me tirem a obrigação de ser cliente.
Meu caro Tóni,
ResponderEliminarPois o grande problema da redução dos salários é, exactamente, o quem ficar, ficou. Como diria o J.C. Neves, não há almoços grátis. Tudo tem um preço e todas as causas têm consequências. Só resta saber se o Estado tem capacidade aguentar as consequências sendo que, como está também não pode ficar.
Candidate-se a um posto de trabalho numa instituição Europeia e as suas obrigações fiscais para com o Estado Português deixam, praticamente, de existir. Nem imposto sobre a gasolina paga, veja lá.
Cara Anthrax,
ResponderEliminarEu também acho que deveria ter um Porche 911 Carrera Turbo que me levaria com a qualidade e dignidade que me é devida de um lado para o outro. Infelizmente, não tenho essa capacidade financeira. é luxo a que não me posso dar. Portanto, tenho que ficar com aquilo que posso pagar.
Ainda assim, com 40 mil professores à espera de entrar, 20 mil macacos a querer entrar para escriturário das finanças, 4000 à espera de uma posição semi-permanente numa universidade portuguesa, etc... não me parece que que tenhamos de prescindir de nada de especial. Até arriscava passar todos para metade e não me parece que saísse muita gente.
Olá bom dia camarada Tóni,
ResponderEliminarTenho a certeza que ficaria muito jeitoso a conduzir um porsche 911, desde que não adoptasse aquele arzinho de indústrial do calçado que tanta urticária me causa. Aliás, carros desportivos desse género causam-me urticária, de um modo geral, porque não são carros com estilo (a não ser que já tenham adquirido o estatuto de antiguidade), são apenas um simbolo de novo-riquismo e isso é intragável. Portanto, fico muito contente que não possa ter um, é para o seu próprio bem. :)
Relativamente, aos 40 mil daqui, aos 20 mil dali, etc. Eu até arriscaria a passar todos a zero, mas isso tem custos. Tem consequências, vai fazer entrar em colapso muitos serviços. Agora, se o Estado tem capacidade para arcar com os custos inerentes aos colapsos, então que assim seja. Se não tem, então tem um problema.
Olhe, sabe qual é uma boa maneira de treinar a capacidade de decisão? Agarrar nos políticos e metê-los num cockpit de um avião. Agarrar nas pessoas que referiu e metê-las dentro do avião, conduzido pelos políticos. Quando a aeronave estiver em pleno vôo, provocar uma situação de crise na qual os "pilotos" têm poucos segundos para decidir se conseguem salvar o avião (e todas as almas a bordo), ou se o despenham (com todas as almas a bordo). Isto sim, era um excelente teste e bastante igualitário note-se, porque este tipo de crises não faz a distinção entre quem viaja em classe excutiva ou em classe turística.