1.Acabei de ler e custa-me acreditar...mas a fonte é pública e oficial: o montante das garantias emitidas pelo Estado, ao abrigo da Lei nº 62-A/2008, a favor da CGD, para esta conceder financiamentos (operações de assistência de liquidez) ao BPN, terá atingido ou mesmo ultrapassado, entre o 4º trimestre de 2008 e o final do 1º semestre de 2011, a “módica” quantia de € 8 mil milhões, mais de 4,5% do PIB actual!
2.Esta conclusão extrai-se do gráfico de barras publicado a páginas 103 do Relatório da Proposta de OE/2012.
3.Não é explicitado, deste montante, o que o BPN possa ter entretanto reembolsado a CGD, abatendo à responsabilidade do Estado...mas, a avaliar pela capacidade de gerar fundos do dito Banco, esse valor deve ter sido muito modesto...
4.Assim sendo, o peso financeiro que o Estado acaba por suportar com a patriótica decisão de nacionalizar o BPN pode vir a atingir montantes até agora impensáveis...
5.E não se publica um livro negro sobre esta história absolutamente deplorável? Peçam ao Dr. Miguel Cadilhe para se encarregar desse trabalho; estou convencido de que ele apresentaria em pouco tempo e (quase) sem custos para o Estado um documento completo e esclarecedor!
6.“The mind boggles”!
Caro Dr. Tavares Moreira,
ResponderEliminarThe mind BOILS!
Facto inquestionável:
ResponderEliminarA administração que está a ser julgada perdeu 1/12 daquilo que a administração nomeada pela CGD perdeu.
Conclusão:
Ser gerido por um empregado do estado é doze vezes mais lesivo que ser roubado.
PS: Não encontro nada sobre a evolução da dívida de 2011...Posso estar a ver mal...
ResponderEliminarDe que serve a publicação de um livro negro?!
ResponderEliminarTudo o que é feito à posterióri já não resolve nada.
Porque será que os governos fazem e desfazem a seu bel-prazer perante o desconhecimento ou conivência dos restantes deputados da oposição?!
Onde fica a suposta "representatividade" do povo no Parlamento?!
Depois há quem fique muito escandalizado por se querer exigir responsabilidades aos políticos! Mas afinal de que forma se pode actuar em tempo e travar tudo isto?
Caro AF,
ResponderEliminar"Boggles and boils", é isso mesmo!
Caro Tonibler,
Sobre a evolução da dívida de 2011 e da evolução esperada em 2012 o relatório é totalmente explícito e claro, páginas 96 a 102!
Direi mesmo que surpreendentemente explícito e claro...
Espero editar Post sobre o tema, ganhei a aposta, mas faço questão que o previsto convívio de "acerto de contas", lá para o final de Novembro conforme sugeri ao amigo Bartolomeu, decorra em moldes estritamente democráticos e participativos (no plano da distribuição do esforço financeiro), que são os mais recomendáveis...
Para a data sugiro o jantar de 19 de Novembro. Mas a vitória não está clara. Parece-me justo (para além de que tenho carradas de coisas para ler :) para além desta tristeza) que se nomeie um conjunto de auditores de elevada competência e imaculada imparcialidade para olharem para o photo finish e determinarem se existe de facto uma justificação.
ResponderEliminarEu não sei se concorda, mas entre autores e comentadores do 4R penso que seremos capazes de reunir um conjunto de auditores com essas características e que, simultaneamente, sejam capazes de se juntarem no jantar.
Absolutamente de acordo quanto ao método, caro Tonibler!
ResponderEliminarTemos matéria-prima Humana em quantidade e sobretudo em qualidade para realizar essa delicada auditoria e de forma original, à mesa de jantar!
Só não pode ser a 19, pois espero encontrar-me noutro Continente que não a Europa (fugindo ao auge da crise do Euro) nesse dia, sugiro a 26 se a comunidade bloguista - sobretudo Bartolomeu, Pinho Cardão, Anthrax, JotaC (?) e outros notáveis - puder dar a sua adesão!
O direito mínimo dos contribuintes que vão pagar por tudo isto é saber para onde foi todo esse dinheiro.
ResponderEliminarUma lista clara dos créditos não reembolsados do BPN, desde à 15 anos para cá, superiores a 5 milhões de euros (1 milhão de contos). Para quem (e não valem nomes soturnos de empresas veículo), para quê e concedidos por quem.
8 mil milhões de euros? Isso cobre-se com o banco tóxico do Pinho Cardão!
ResponderEliminarJá lá estão 12 mil milhões para o que der e vier.
E se não chegarem não há problema! É só rentabilizar o sangue patriótico para a amamentação (manutenção) dos centros de decisão. O Instituto do Sangue será o grande exportador -- uma autêntica mina mais choruda que o petróleo Líbio.
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarAcho que podemos fechar o dia. O local já estava combinado, agora é só angariar os auditores.
Caro Gonçalo,
ResponderEliminarAbsolutamente de acordo e daí a minha sugestão de um Livro Negro, que ponha a nú todas as situações que contribuiram para esta gigantesca factura que estamos a pagar!
E ninguém melhor que Miguel Cadilhe, na minha opinião, por já conhecer o dossier, por saber bem o que faz e por ser equdistante dos antigos e actuais gestores da instituição!
Caro Pedro,
Isso é humor negro! A minha sugestão é de um Livro Negro onde creio haverá muito pouco lugar para humor, mesmo que dessa mesma cor...
Caro Tonibler,
Pela minha parte ok, temos agora de aguardar o pronunciamento de S. Excelências!
Dr. Tavares Moreira
ResponderEliminarComo não tive o "privilégio" de ser contemplada com uma resposta às perguntas formuladas no meu comentário acima (ao contrário dos outros comentadores), deduzo que V.Exª se encontre num patamar social e intelectual para mim inatingível, pelo que peço perdão pela minha ousadia.
No entanto, devo dizer que em minha opinião, em termos de liberdade democrática, V.Exª não faz jus a este blogue - 4R - Quarta República!
Oh, cara Fenix, 1.000 desculpas pelo lapso cometido!
ResponderEliminarCreia ter-se mesmo tratado de um lapso, que de resto não é a 1ª vez que sucede...
Não tem por isso que se zangar, não houve intenção qq nem juízo de superioridade que esse seria inteiramente descabido e absurdo!
A sua conclusão final é por isso extemporânea...e mesmo injusta!
Referindo-me à sua questão, reafirmo a opinião de que a elaboração de um Livro Negro sobre esta deplorável história seria um elemento essencial para que os cidadãos sejam devidamente informados sobre uma gigantesca factura que vão ter (já estão, aliás) de pagar sem saberem como nem porquê...
E, como terá reparado, a generalidade dos comentadores entende que este assunto carece de ser esclarecido, e já vai sendo tarde!
Dr. Tavares Moreira
ResponderEliminarPeço desculpa se me precipitei no meu julgamento. Contudo, sabendo eu o que significa um livro negro, não me apazigua o espírito a sua publicação, dado que a sua função será a de divulgação de factos os quais já lesaram outrem, neste caso o erário público.
Sendo assim, continuam as minhas questões sem resposta:
- Porque será que os governos fazem e desfazem a seu bel-prazer perante o desconhecimento ou conivência dos restantes deputados da oposição?!
- Onde fica a suposta "representatividade" do povo no Parlamento?!
- Mas afinal de que forma se pode actuar em tempo e travar tudo isto?
As minhas questões são genuínas sem qualquer ponta de ironia, pois todos nós somos Povo e por isso prejudicados com os desmandos dos governantes, embora uns sejam mais que outros...
Cara Fenix,
ResponderEliminarÀs suas pertinentes perguntas, agora situadas mais no plano político ou da filosofia política, responderão melhor as pessoas que se dedicam a esse tipo de análise...
Trata-se de matéria que, sem prejuízo de reconhecer a sua importância, não tenho por hábito tratar e, caso tentasse,iria certamente tropeçar em inúmeros obstáculos!