domingo, 2 de outubro de 2011

Irlanda e Grécia caminham em sentidos opostos -.e Portugal?

1.Na edição da última 6ª Feira do F. Times consta uma notícia/artigo intitulada “Pharma Sales begin to cure Irish ills” na qual, a propósito do significado que a industria farmacêutica tem vindo a assumir na economia do País, são apresentados alguns indicadores que evidenciam uma evolução muito favorável, mesmo surpreendente, da economia irlandesa em 2011.
2.Entre esses indicadores, relevo os seguintes:
- Crescimento da economia de 1,6% entre o 2º e o 1º trimestres do corrente ano, o ritmo mais forte na zona Euro a seguir à Estónia;
- Aumento de 23,9% das exportações de bens no 1º semestre deste ano, em termos homólogos, sendo que as exportações excedem 100% do PIB contra 30% em Portugal e 20% na Grécia;
- No 1º semestre de 2011 só o investimento directo com origem nos USA atingiu USD 17,7 mil milhões, o que segundo o artigo em causa se explica não apenas pelo baixo nível de tributação dos lucros das empresas (12,5%) mas também pela facilidade com que se pode iniciar uma nova actividade económica na Irlanda e pelos custos de produção relativamente baixos;
- As taxas de juro da dívida irlandesa têm vindo a baixar no mercado (esse tenebroso mercado), sendo actualmente, no “benchmark dos 10 anos, inferiores às da dívida portuguesa em 3,5% e da dívida grega em 15%...
3.Em total contraste com o caso irlandês, a edição do fim-de-semana do mesmo jornal dá honras de 1ª página à enorme confusão que se vive na Grécia, onde “greves selvagens” têm estado a bloquear o trabalho de elaboração do OE/2012 que assim corre o risco de não poder ser apresentado em tempo…
4....e ao mesmo tempo impedem os trabalhos de avaliação do cumprimento dos objectivos traçados para o corrente ano que os elementos da troika, juntamente com as autoridades gregas tentam concluir à pressão, por causa da necessidade aflitiva da libertação de uma nova tranche (€ 8 mil milhões) da ajuda internacional…
5.É muito difícil, neste contexto, antecipar o que poderá vir a passar-se nos dias mais próximos na Grécia, sendo certo que sem a próxima tranche da ajuda externa a Grécia entrará em incumprimento da sua dívida já a 22 do corrente…
6. No pelotão dos “aflitos” da zona Euro estamos pois a assistir à clara descolagem da Irlanda, que tem vindo a fazer o "trabalho de casa" do acordo de ajustamento de forma convincente, enquanto que a Grécia parece mostrar uma firme vontade de ficar para trás…
7. Resta perguntar: e Portugal por que modelo pretende optar, pelo grego ou pelo irlandês? Com o anterior governo a opção era claríssima, bastava atentar no nome por que o seu timoneiro era conhecido…com o novo governo pareceu que a opção pelo modelo irlandês não oferecia inicialmente dúvidas…
8….mas começam a aparecer escolhos muito sérios – uma contestação social mais organizada e contando com um apoio quase “ostensivo” de parte relevante da comunicação social (o caso da SIC é mesmo impressionante, a ver pela cobertura/apoio promocional que deu às manifestações de ontem)…
9….e também começam a notar-se algumas hesitações dificilmente compreensíveis – de que a infeliz novela dos ENVC constitui um bom exemplo - que não constituem propriamente um bom augúrio…
10. Assim a resposta à questão acima colocada, que esperamos seja claramente no sentido de que o modelo irlandês é o escolhido, sem mais hesitações, fica por ora sujeita a confirmação...

42 comentários:

  1. É verdade, caro Dr. Tavares Moreira.
    A sensação que se tem, é realmente que existe gente empenhada em incentivar os portugueses a praticar actos de extrema contestação e revolta social. E não aparece ninguém com voz, motivar ao entendimento e à cooperação.
    Esta gente confunde as situações de extrema dificuldade, que exigem consciência e sentido de responsabilidade, com folclore reivindicativo.
    Se assim continuarmos, vamos arrepender-nos amargamente, pois a hipoteses de nos aguentarmos nesta refrega, são cada vez mais, diminutas.

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  2. Dr. TM,

    Nós nunca fomos como a Irlanda, nem quando não estávamos em crise. Nessa altura, sou da opinião que deviam ter ouvido o Dr. Miguel Frasquilho para conseguirem dinamizar o tecido empresarial português. Mas não, foram gananciosos (como de resto são sempre), preferem apostar sempre nas grandes empresas (que são as primeiras a dar de frosques, quando as coisas começam a correr mal) e não nos esqueçamos das medidas interessantíssimas da Dra. MFL que - praticamente - assinou o atestado de óbito da economia Portuguesa.

    Por isso, agora espero que o "folclore reinvindicativo" continue e que isto pegue fogo. Até porque o fogo tem duas vantagens:

    1- destrói
    2- purifica

    Por isso, se calhar até é uma boa ideia.

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  3. Não, não é nada, cara Anthrax.
    É nas situações mais difíceis que se exige maior capacidade de entendimento e de bom senso.
    Repare minha Amiga, a sociedade encontra-se desesperada e desorientada. Precisa mais do que tudo de decisões sensatas, decisões que melhorem o sentimento de segurança, que incentivem, que estabilizem.
    Aquilo que é imperativo neste momento, é manter a ordem, é afastar os fantasmas que geram instabilidade. Servindo-me um bocado da imagem de estilo no filme Mr. Chance, com o Peter Sellers, diria que é fundamental, limpar o solo de infestantes, ara-lo e prepara-lo para uma boa sementeira.
    Agora, se quisermos semear num terreno cheio de ervas daninhas...

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  4. PS.
    A propósito da frase com que a cara Amiga Anthrax inicia o seu comentário, lembrei-me de uma interpretação do Demis Russos, o Grego que nasceu em Alexandria; até parece que a letra foi escrita à medida para a Senhora Dona Ângela.
    Mas, tem razão cara Anthrax, nós nunca fomos como a Irlanda, nem nunca seremos, também nunca fomos como os Grego, nem nunca seremos. Agora, é fundamental que percebamos que somos como os Portugueses e, para que consigamos sê-lo de pleno direito, teremos de saber cumprir-nos na nossa natural lusitaniedade.
    http://www.youtube.com/watch?v=0UZjZP11WDw
    ;)))

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  5. Meu querido amigo Bartolomeu :))

    É assim, eu sei que tem razão. Mas hoje são as minhas "paixões" e as minhas "emoções" que estão a funcionar, daí o desejo de ver as coisas a pegar fogo.

    Há alturas em que diplomacia, negociação e entendimento, não conduzem a sítio algum, servindo apenas para empatar.

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  6. É verdade que é preciso fazer um ajustamento e que o modelo Irlandês parece o que mais frutos dará. Mas será que esse modelo se ajusta a Portugal?
    Antes do 25 de abril o modelo nacional mostrava uma enorme concentração de riqueza e os mesmos defeitos do pós 25 de Abril: empresários demasiado dependentes do estado. Depois do 25 de abril as nacionalizações funcionaram no sentido de dividir mais irmamente, mesmo com enormes perdas de eficácia e de produtividade. A chamada à competitividade parece agora reverter para um modelo que poderá novamente descambar num país mais desigual e com a percepção de que muitos irão ficar para trás.

    Entre Bartolomeu e Anthrax vai entretanto a distância da ilusão de um caminho que teima em dar os mesmos resultados e da inevitabilidade de um novo recomeço.

    Bartolomeu ainda tem esperança, Anthrax já a perdeu.

    O problema caro Bartolomeu é que mesmo uma parte da classe média já perdeu a esperança, o cinto e está naquela atitude do perdido por um, perdido por mil.

    Por mim a esperança morreu numa elite erva daninha que nos acena com uma luz ao fundo do túnel à trinta anos, que espezinha a ética chafurdando no orçamento geral do estado, no estado miserável da justiça que liberta Isaltinos e quejandos com artifícios jurídicos que enojam, numa classe política aonde não nos reconhecemos, num sistema político fora de prazo. Eu que sou um adepto da iniciativa à iniciativa privada (a atomizada não a monopólica) vejo (como 82% dos Portugueses) com descrença a privatização de empresas como a TAP, a REN... Infelizmente estas grandes empresas se em monopólio privado criarão e distribuirão riqueza apenas para uns poucos. Em Portugal infelizmente nem a iniciativa privada funciona na distribuição sendo, por efeito de reguladores adormecidos, quase verdadeiros oligopólios muito danosos para a pequena produção nacional. Entre distribuir a uns poucos muito, ou pouco a muitos qual parece ser a melhor solução num país sem ética e valores?

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  7. Caro Bartolomeu,

    Palavras de bom senso, reveladoras de espírito colectivo e de sentido da responsabilidade, como são manifestamente as suas, estão infelizmente fore de moda...
    Hoje o que move esta gente, nomeadamente os media que mencinei, são os ajustes de contas, os ódios e invejas, as más vontades pessoais...
    Tudo sentimentos negativos, DESTRUTIVOS, em contraponto à grandeza dos seus pensamentos e intenções...

    Cara Anthrax,

    Hoje, curiosamente, identifico-me um pouco - não direi a 100% mas aí a uns 75% - com as suas pérfidas intenções e votos...
    Em ambiente de águas cálidas parece-me que nunca mais lá chegaremos...
    Serão estas nossas péssimas manifestações cívicas produto do sindroma de 2ª Feira?

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  8. ;)
    Só espero que os azedumes segunda-feirenses, não impeçam a nossa Amiga Anthrax de pensar no almoço-prespectiva que se aguarda.
    E se me permitirem, sugiro outro restaurante, não longe do Fuso, onde, se não me engano, o almocinho, poderá revelar-se uma surpreza muito positiva.
    ;)

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  9. Caro Bartolomeu,

    Será que nos está a sugerir um aprazível espaço gastronómico, com sotaque espanhol, algures entre Arruda e Alhandra (se não estou em erro)?
    Já me falaram num rest bem interessante, com excelente confecção, mas ainda não tive oportunidade de experimentar...

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  10. No momento actual, caro (c), não me parece imperativo, que o governo ocupe o seu tempo a pensar na fórmula de distribuir o que não existe, por ricos ou por pobres.
    A missão, nesta altura dos acontecimentos e do meu ponto de vista, deve concentrar-se em criar condições, sérias e concretas, mesmo que modestas, para que os Portugueses readquiram a vontade perdida, que eu, muito sinceramente, acredito que esteja somente adormecida.
    Para isso o governo, repito, do meu ponto de vista, tem de olhar globalmente para o país, mas ao mesmo tempo, separadamente.
    É preciso identificar e ordenar, estabelecer prioridades e desfazer impedimentos, para que se recriem, retomem a actividade.
    Estou mesmo convencido que este processo, a partir do momento em que retome a marcha, ganhará balanço e estender-se-à aos restantes sectores da sociedade.
    Para que isso suceda e que se atinjam resultados benéficos, é importante que surjam sinais evidentes do empenho do governo nessa tarefa, e que esse sinais sejam tão claramente sérios nos seus propósitos e fins a atinjir que a sociedade em geral se sinta motivada e o espírito que ao longo dos séculos conduziu os Portugueses a concretizar grandes feitos, possa renascer.
    Para mim, resume tudo, básicamente, a reconhecer em quem manda, sinais que conduzam à confiança. A partir daí... tudo se torna possível.
    ;)

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  11. Ahhh!!!
    Olhe, por acaso, não tinha pensado nesse, caro Dr. Tavares Moreira. Mas tem o meu crédito total e completo!
    ;))

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  12. PS.
    Penso que o caro Dr. Tavares Moreira se está a referir ao Chafariz em Calhandriz?!

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  13. Caro (c)PAS,

    Eu sei que parece que já perdi a esperança, mas hoje estou de rastos depois de ter passado 3 dias a carregar com coisas de um lado para o outro... já ia de férias :S

    No entanto, é falso alarme. Na realidade não perdi a esperança porque tenho uma grande capacidade de me auto-motivar e de encontrar apsectos positivos na adversidade... Não me pergunte porquê, porque não lhe saberia responder. Apenas sei que há coisas das quais nunca se pode desistir, nem que para isso seja preciso andar à castanhada.

    O meu princípio é o de que há sempre uma alternativa, mesmo que num determinado momento não se veja qual é. Só que para isso tem de se estar disposto a percorrer qualquer caminho, consciente de que imprevistos podem ocorrer e que para qualquer acção há sempre uma reacção.

    Caro Dr. TM, pois... no meu caso é, não só, o facto de ser 2ª feira, mas também, as últimas mudanças do fim-de-semana. Estas coisas acabam com uma pessoa.

    Amigo Bartolomeu, mas o menino só pensa em comidinha? :) Eu aqui, quase em estado vegetal, e o amigo "mmm, 'tou aqui com um ratito". :D

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  14. Não, caro Bartolomeu, não é esse, se me disser o nome certo recordo-me com certeza...
    É uma palavra mais curta, aí com umas 5 letras, chafariz tem 8!
    Até já me ofereceram um cartão com o nome e o roteiro, mas confesso que não sei o que lhe fiz...

    Cara Anthrax,

    Ser governante na Grécia é que está a dar...que inveja!
    Parece que em reacção quase imediata a este Post (...), o governo grego aprovou ontem, em reunião de emergência, novas medidas de austeridade, incluindo o despedimento, com efeitos imediatos, de milhares de funcionários públicos...
    Será que a Senhora esteve envolvida nessa reunião, quando refere,eufemísticamente, "mudanças de fim-de-semana"?
    Fiquei com a noção de que algo desse tipo se terá passado...

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  15. Com 5 letras apenas, caro Dr. Tavares Moreira, só conheço "O Rampa".
    Bom... conheço, de nome. Acerca desse, ainda não me posso pernunciar na 1ª pessoa, somente conheço opiniões de terceiros, as quais não são especialmente abonatórias.
    O restaurante que sugeri lá atrás, é o Val Verde. Tem uma cozinha bem apurada, assim como uma garrafeira... honesta.

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  16. Pois cara Amiga Anthrax, apesar de não me considerar um comilão, aprecio bastante os paladares.
    E sigo à risca o ditado popular «quem não é para comer, não é para trabalhar».
    No tempo presente, temos de comer bem, para trabalharmos bem, também.
    E a cara Amiga, mais que ninguém, por forma a repor as energias que as mudanças lhe gastaram.
    Não se esqueça que se aproxima a época de Inverno e o corpinho precisa estar bem alimentado, para fazer frente aos viros das gripes, e etc.
    ;)

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  17. Caro Dr. TM,

    Nope, não senhor, não tive nada a ver com isso. Aliás, tendo em conta as últimas informações, a chefinha-a-prazo aqui do burgo, proíbiu as deslocações a toda a gente, mesmo aquelas que não são pagas pelos serviços. Por isso, de momento não posso ir para Grécia.

    Depois, o PM Grego deve estar mesmo a ver-se grego. Essas medidas tão radicais, apenas vão colocar os ex-funcionários públicos do outro lado. Deixam de fazer greve e passam a ocupar o tempo com manifestações e a fazer sabe-se lá o quê.

    Olhe, espero que não destruam a Acrópole, isso é que era chato.

    Caro Bartolomeu,

    Estou tão cansadita que nem fome tenho... mas isto lá para 4ª-feira já deve estar normalizado :)

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  18. Nós somos como a Gŕecia. Pronto, já comentei. Tenho direito ao almoço ou não?

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  19. Nós somos a Grécia sem violência, a Impresa continua o seu trabalho e quanto mais manifestações melhor, porque têm o dom de esvaziar o balão! Nisto a CGTP é ótima... convoca manifestações antes mesmo dos potenciais manifestantes terem tido a oportunidade de se chatearem :)

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  20. Caro Fartinho,

    Em Portugal há dois tipos de notícia. A do pai que mata a filha e viola o cão e, as mais escabrosas, aquelas que são ditadas dos centros de poder. Portanto, enquanto não vir o ministro das finanças em cenas estranhas com um bobi, garanto-lhe que a comunicação social fará exactamente aquilo que lhe mandarem.

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  21. Caro Bartolomeu,

    Encontrei! O nome que eu tinha no meu memorizador distante era "Horse Club", mas tem mais, "Kottada, de Galopin", nas Cachoeiras, concelho de Arruda dos Vinhos!
    Com este nome e a quase certeza de um serviço de alta qualidade a um preço que me dizem imbatível, duma coisa estou certo: Anthrax desta vez não vai resistir, até porque terá oportunidade para ensaiar um trote antes do almoço, ajudando a esquecer as mágoas funcionais e criando apetite para o repasto!
    Quem não falhará é o Tonibler, para não falar no JotaC e no Pinho Cardão!

    Caro Tonibler,

    Apesar das reservas e dúvidas que para aqui tenho expressado, continuo a aguardar pela proposta de OE/2012, que para mim será a verdadeira prova dos 9, um duro "acid test"...já falta muito pouco...
    Mas o seu almoço está mais do que garantido, não se apoquente!

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  22. Não somos como a Grécia (eles já vão na 6ª tranche, nós ainda na primeira) mas também não temos os irlandeses/americanos a investir em força na nossa economia. Pronto, também já comentei, há mais um lugar no almoço? Desta vez não perco!

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  23. Ahhhh!!!
    Conheço perfeitamente o complexo hípico, caro Dr. Tavares Moreira.
    Acerca do restaurante ainda não me encontro capacitado a emitir opinião, mas acredito piamente que vá ser uma experiência muito agradável.
    E pelo que estou a perceber, desta vez vamos poder contar com a presença de mais comensais, o que irá apaladar a conversa e por conseguinte, o repasto.
    Pelo sim, pelo não, o melhor é prepararmos as botas e as esporas, pode ser que algum simpático cavalinho, se disponha a levar-nos a passear pelos montes, ao som deste clássico dos anos 40.
    http://www.youtube.com/watch?v=S9p561K2eGU

    ;))))

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  24. Cara Suzana,

    Os gregos vão na 6ª tranche...ainda veremos, pois parece que o forno não consegue aquecer o suficiente para essa tranche estar pronta a ser servida...
    Quanto ao almoço em Arruda, é óbvio que não poderemos prescindir da sua presença!

    Caro Bartolomeu,

    Amigo sportinguista (dos bons) aí da zona disse-me que esse restaurante não fica a dever nada ao FUSO em qualidade de confecção, embora com uma ementa diferente e apesar de a factura final (com IVA, sem IVA?) ser mais módica...
    Com estes argumentos, ademais trazidos por um leão, creio que não deveremos hesitar!

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  25. Hesitar, nunca, caro Dr. Tavares Moreira.
    Os confrades quartarepublicanos, caracterizam-se pela forma denodada e intrépida como desenvolvem as suas acções; gastronómicas inclusivé.
    Quanto à factura e ao seu valor...
    Não será esse o motivo para desistências, se não, criamos já um fundo de apoio mutuo autónomo.
    O FAMA!
    ;))

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  26. Eu tenho uma sugestão adicional em termos de horário. Um almoço desses têm enormes consequências em termos de contas nacionais, sempre evitáveis nesta altura de austeridade em que vivemos. Não só devido ao tempo que se tem que alocar ao repasto em si, mas também ao período de recuperação necessário que se pode estender por muitas horas e garrafas de Águas d'as Pedras. Se der para passar para outro tipo de refeição, seria óptimo.

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  27. No Kottada não servem jantares, caro Tonibler, excepto por encomenda e, pequenos almoço também não...
    ;))))
    Desculpe lá a minha boçalidade, estou a brincar.
    Por mim, decidam, qualquer horário me serve. Se quiserem organizar um fim de semana gastronómico, alinho, também.
    Temos de aproveitar antes que rebente a guerra civil que a PSP profetiza...

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  28. Bolinhas! Quando V.Exas. começam a botar discurso, o resto da malta fica perdida.

    Mas vamos por partes:

    1º O camarada Tóni, tem direito a almoço mas não come halloumi que é para não estar para aí a dizer disparates... bom, se bem que o halloumi é cipriota, mas agora também não interessa nada.

    2º ... mas será que ninguém pensa em quem trabalha?... e não é dirigente?... e não está desempregado... ainda. Eu sei que o meu nariz é um bocado empinado, ou antes, arrebitado, mas eu pertenço à classe operária e sofro horrores com a ditadura do cartão de ponto... horrores é como quem diz, não são bem horrores, para mim é muito importante ser cumpridora. É uma espécie de auto-limitação moral consubstanciada na figura de um pequeno cartão verde.

    Já estou mesmo a imaginar as palavras do camarada capitalista Tóni: "andamos aqui a pagar 40% do ordenado desta criatura para vir aqui - para os almoços - arejar a peruca!"... sim 40% (ou assim) o resto é contribuição da C.E.

    Adiante rocinante!

    3º Espero que os mercados financeiros ardam e implodam (não necessariamente por esta ordem). Já não há paciência para ouvir falar nessas aves necrofagas. Nada dura para sempre e a "cumbersinha" dos mercados financeiros faz-me lembrar os "chicos-espertos" que andam sempre à procura de enganar o próximo.

    Pessoalmente não consigo sentir nenhuma empatia ou simpatia por aqueles que amam - acima de tudo - um objecto inanimado e que exigem que em 3 anos se pague o que, irresponsavelmente (é certo), se "consumiu" em duas ou três décadas. A irresponsabilidade da situação é tanto de quem emprestou como de quem pediu emprestado, por isso a ter que perder devem perder todos.

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  29. Caro Tonibler,

    Subscrevo por inteiro a sua sugestão, almoços em Arruda seja no FUSO ou no HORSE/Kottada,em "business days" são garantia de tardes quase perdidas...
    Assim, ou combinamos o almoço a uma 6ª Feira, considerando que aí começa o fim-de-semana, ou deixamos para um sábado...
    Que lhes parece?
    Fica à consideração do Secretário-Geral Bartolomeu...

    Cara Anthrax,

    Essa de exigir que paguem em 3 anos é de morrer a rir, desculpe-me esta reacção!
    Ninguém está a pedir a ninguém para pagar o que deve, muito menos em 3 anos, mas apenas que parem - que parem, por favor - de aumentar o endividamento, que eliminem as absurdas gorduras do Estado, as ineficiências insuportáveis da máquina administrativa, as superfluidades processuais que só servem para alimentar burocracia e gerar gastos inúteis, os desperdícios gigantescos que fazem com que os impostos e as dividas nacionais nunca mais parem de crescer!
    E a questão é bem simples: ou isso acontece ou vamos mesmo para a implosão!
    Caríssima, não vamos nós fazer papel de inocentes num assunto em que a inocência está totalmente ausente!
    Já viu a reacção dos horrendos (na sua perspectiva) mercados ao que está a passar-se na Irlanda?
    Isso não lhe sugere nada?

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  30. Dr. TM :)))

    Nós não somos os Irlandeses, por um lado, e pelo outro também não somos os Gregos (independentemente do que o camarada Tóni diga, porque se fossemos os Gregos já tinhamos começado a partir o tasco todo).

    Mmmm, deixem-me cá ver como devo dar-vos a notícia... Vá, nós somos um bocado bananas. Tanto os Irlandeses como os Gregos, ainda que em extremos opostos, são mais próactivos, têm mais iniciativa. Nós é mais o deixa andar para ver onde é que isto vai parar. Tipo, preferimos fazer de mortos que é para ver se ninguém repara em nós e nos deixam seguir com a nossa vidinha.

    Eu não quero induzir ninguém em erro, mas creio que a única vez que fomos próactivos foi na época dos Descobrimentos e por acaso o empreendimento até correu bem. Andávamos bastante animados e éramos bons no que fazíamos, embora muito ao nosso próprio estilo, na onda do "'bora lá desenrascar isto". É claro que esta época também evidenciou uma grande falta de queda para a gestão financeira - tal como agora, está-nos no sangue - e favorecemos muito o péssimo hábito do "chapa ganha, chapa gasta".

    Logo a seguir, entrámos num período de bananice que perdura até aos dias de hoje. Não querendo transformar isto numa discussão de géneros, parece-me - sinceramente - que está na altura da sociedade portuguesa portuguesa passar a assentar numa estrutura matriarcal.

    Bom, confesso que sábados parece-me bem. ;)

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  31. No exercício das funções inerentes ao alto cargo de Secretário-Geral, de que recentemente me acho indigitado(apesar de a cerimónia de tomada de posse não ter ainda ocorrido) fruto benevolente vontade do meu caro patrono, Dr. Tavares Moreira; e porque foi apresentada à mesa (e já lavrada em acta) a proposta de alteração de calendário, pelo confrade-honorário, Tonibler, cumpre-me sugerir o seguinte:
    Dado que a pretensão requer a mudança de actividades gastronómicas para um horário pós-laboral e porque em meu entender, será um desperdício de tempo e de à-vontade ambiental, utilizar para esse fim, um espaço de restauração, sugiro e disponho-me a fazer um almoço informal-ambiental, composto de grelhados e outras iguarias que a minha inspiração espontânea consigam criar, e que o apreciemos juntamente com as(os) respectivas(os) conjuges, no meu petit Xangri-la.
    Avaliem a proposta, e façam o favor de a comentar.

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  32. Bom, dadas as limitações que se me impõem por não pertencer à classe patronal (...ao contrário de outros), a mim parece-me bem.

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  33. Caro Bartolomeu,

    Não se preocupe que a sua posse não está esquecida e será devidamente (com o devido protocolo, leia-se) conferida por ocasião do próximo evento!
    Quanto à sugestão que faz, parece-me mais própria de um Príncipe do que de um Secretário-Geral, revelando generosidade e hospitalidade em grau altíssimo!
    Simplesmente irrecusável, tal como Anthrax já deixou entender!

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  34. Caro Bartolomeu,
    "...Comer bem para trabalharmos bem..".
    Não percebo em que medida o comer bem, é sinónimo de produtividade para o Pais!!!

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  35. Caríssimo "borboleta" nem sempre possuímos a visão suficiente que nos permita ver, neste caso, entender.
    Já Immanuel Kant, chamou a nossa atenção para a necessidade da experienciação, inerente à condição humana.
    O meu conselho, se o quiser tomar, é que, antes de se tornar lagarta, de se transformar em crisálida e voltar a metamorfosear-se borboleta... experiencie. Alimente-se meu caro borboleta, consuma produtos saudáveis, livres de manipulações genéticas e renasça, uma borboleta linda, de um colorido luminoso, esfusiante... e conquiste os céus.
    Não se esqueça; o espaço pertence-lhe, conquiste-o!
    ;))

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  36. Vejo com satisfação que a proposta apresentada pelo Secretário-Geral, está a conquistar anuências.
    ;)))

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  37. Olhe o estilo, Sr. Bartolomeu!!

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  38. Refere-se certamente ao estilo literário que exibo, caro "borboleta", o qual, no meu caso, é manifesta e evidentemente barroco, na medida em que assenta em comparativismos. Afinal, o embrião de todo o conhecimento e desenvolvimento da Humanidade.
    Discorda?!

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  39. Caro Bartolomeu,

    não estando em causa o apreço que tenho pela companhia, não leve a mal que escolha outra para o pequeno-almoço...

    Cara Anthrax,

    Trata-se de fazer um stop loss. Atendendo que como funcionário público não vai fazer nada de jeito durante o resto do dia :) mais vale não fazer nada na nossa companhia!

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  40. A resposta à pergunta em equação equivale a saber se, no atual quadro político, Portugal tem viabilidade como país independente e como. Em quase 40 anos, a dialética política não produziu significativos progressos na retórica partidária; porque? Meio a brincar, meio a sério, a cara Antrax tocou na ferida; talvez o confronto seja inevitável face à incapacidade referida. Aproveito para perguntar a que se deve o título deste blogue. Alguém me poderá responder?


    Cara Antrax; quanto aos descobrimentos, que eu julgava épicos, fiquei desanimado com a versão do Alçada Batista - chegávamos e íamo-nos misturando, assim como quem não quer a coisa. Relativamente à sociedade matriarcal - que Engels identificou nas sociedades primitivas -,não desespere; já faltou mais.

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  41. Camarada Tóni,

    Deixe-me dizer-lhe só uma coisinha... eu não sei bem o que é que sou (e os tipos da AP também não é o que vale), mas teoricamente não sou funcionária pública... é complicado e os novos moços que andam a mexer na colmeia vão descobrir isso rapidamente.

    De qualquer forma, tem razão numa coisa actualmente não temos feito grande coisa :P estamos á espera.

    Caro António Barreto,

    Engels?...
    Tínhamos mesmo que falar em Engels?
    Falam-me em Engels e eu lembro-me logo das aulas de sociologia do meu 10º ano. Um pesadelo. É verdade que mais tarde, as cadeiras de sociologia que tive na Universidade, até foram engraçadas, mas a sociologia do 10º ano... Deuses, que trauma.

    Seja como for os Descobrimentos foram épicos. Sim, havia alguma mistura mas nós sempre tivemos um ligeiro problema demográfico e o facto de sermos dados á multiculturalidade, acabou por resolver a falta de recursos humanos á época.

    E quem sou eu para desdizer Alçada Baptista, mas não tenho tanta certeza que nos misturávamos assim como quem não quer a coisa. Agora não posso precisar e também não quero estar a dizer nenhuma asneira, mas estou em crer que havia uma política nesse sentido.

    Finalmente, claro que não desespero :) Primitiva ou não, a verdade é que em Madagáscar ainda ninguém se queixou e essa estrutura é matriarcal, logo é um bom indício.

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  42. A "politica" que existia naquele tempo, cara Anthrax, era a ditada pela igreja, época em que, no topo da pirâmide reinava o Papa e a seguir o Rei, se fosse dos tesos.
    Por isso é que o Sr. Cardeal à dias se saiu com aquela dos políticos de mãos sujas.

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