quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Miguel Frasquilho

O Miguel Frasquilho não precisa de advogados.
Fiquei muito surpreendido pelo ataque que lhe foi feito e, por este motivo, tive de transcrever neste blogue o seu comunicado que acabei de ler no Facebook. É o mínimo que posso fazer. Trata-se de uma pessoa totalmente transparente, íntegra e respeitadora, ao contrário de muitos que andam por aí.
Este país há muito que anda doente. Se continuar neste registo é muito provável que claudique. E quando um país claudica abre a porta a outras soluções.


Encontrando-me fora de Portugal (numa reunião de um grupo de trabalho do PPE em Bruxelas, em representação do PSD), vi hoje o meu nome envolto em suspeição, tendo sido colocada em causa a minha integridade, bem como a (in)compatibilidade das funções que exerço enquanto Deputado e as funções que desempenho desde 1998 – muito antes de exercer funções políticas – numa instituição financeira privada. Uma notícia que nada tem de novo, muito pelo contrário.

Tratou-se de mais uma lamentável ofensiva do Dr. Paulo Morais que, nos últimos anos, depois da sua passagem pela Câmara do Porto, tem sido pródigo em lançar atoardas e ataques deste tipo, para denegrir a imagem e o bom nome de determinadas pessoas sem qualquer tipo de fundamento e com o único objectivo de ganhar notoriedade. Calhou-me a mim, agora. Muitos outros foram já vítimas deste tipo de iniciativas no passado.

Não pretendo contribuir para a agenda pessoal de notoriedade do Dr. Paulo Morais.

Sobre este assunto, apenas tenho a referir que sempre cumpri todas as minhas obrigações e deveres legais e éticos para com a Assembleia da República, nomeadamente através da Comissão Parlamentar de Ética, e o meu registo de interesses é absolutamente claro e transparente, dele constando todas as actividades que desempenho.

Foi, aliás, devido à total transparência que sempre conduziu a minha vida, nesta como noutras matérias, que o Dr. Paulo Morais pôde, agora, lançar esta suspeição sobre a minha pessoa.

Nada tenho, nem nunca tive, a esconder, e sempre exerci com total independência e lealdade para com quem me elegeu – os eleitores Portugueses – as minhas actividades parlamentares e as matérias e assuntos que são objecto da minha atenção e análise, desprendido de quaisquer outros interesses.

É lamentável que a integridade, a seriedade e a indepedência de uma pessoa sejam colocadas em causa da forma como hoje me aconteceu – e que tanta atenção seja concedida a este tipo de manobras.

Bruxelas, Novembro 07, 2011

Miguel Frasquilho


Um abraço


7 comentários:

  1. Mas não houve até um episódio do Sócrates na AR pegar no relatório do research do BES para dizer que o Miguel Frasquilho concordava com ele? No que é que isso é surpresa agora?

    Quanto ao facto de se estar a condenar um deputado porque trabalha ao mesmo tempo, nem sequer vou comentar mais...

    ResponderEliminar
  2. Esta argumentação tem tanto de objectivo como a acusação do Dr.Paulo Morais.

    Sabendo nós que o BES é uma instituição de caridade e da ecónomia real que produz tanto de válido par o país acho que podemos estar descansados...diria mais, esse garante da estabilidade e da sanidade financeira do Estado que é o Grupo Espirito Santo é uma escola de virtudes e transparência.

    Este caso é um bocado como o da mulher de César...

    ResponderEliminar
  3. Este pais vai longe. Ter mérito e nao estar- apenas!- dependente da política, eh um terrível estigma...
    Lembro que o Deputado Miguel Frasquilho eh, efectivamente, uma mais valia no parlamento e só lamento se seja incomodado com estas coisas, de gente menor.

    ResponderEliminar
  4. Para alguns espíritos, qualquer sujeito que tenha vida para além da função pública, quando a exerce é só para tirar vantagem do exercício. Pelo que gente com profissão liberal ou ligada a empresas deveria ser pura e simplesmente banida da acção política. Para essa gente, em consequência, deveria ser constitucionalmente estabelecido que só funcionário público liofilizado poderia ser Deputado.

    Daqui um abraço ao Miguel Frasquilho.

    ResponderEliminar
  5. Caro Pinho Cardão, subscrevo inteiramente o que escreveu. O nosso País alterna doentiamente entre querer políticos que tenham uma via profissional "cá fora" e entre perseguir e caluniar todo e qualquer um que não corresponda ao politicozinho de secção do Partido.E entre uma e outra vaga, interrogam-se muito adnmirados dos motivos pelos quais a "política está cada vez pior" e outors comentários cínicos. Mas basta um tolo qualquer para conseguir caluniar e causar prejuízo no bom nome seja de quem for, por muitas provas dadas, como é sem dúvida o caso do Miguel Frasquilho.

    ResponderEliminar
  6. Se calhar o Miguel passou-lhe à frente na Meia Maratona como me passou a mim. Confesso que quando me ultrapassou o fez com tal velocidade que me apeteceu ofende-lo. Raios, que ele corre que se desunha...

    ResponderEliminar
  7. Anónimo21:29

    Meus caros, associo-me às V. palavras.
    Como eu odeio a mulher de César, idolatrada neste país onde se acha que é melhor parecer honesto, sério e honrado do que o ser efetivamente!
    Ao Miguel reitero a lembrança do velho e sábio provérbio português...

    ResponderEliminar