sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Bacoradas



Uma bacorada era o termo usado para definir o palavreado sem tino nem senso, asneira grosseira e primária, ou desbocadas palavras a que não se dava qualquer crédito.

Mas os tempos mudaram.
Quanto maior a bacorada, mais a comunicação social acorre a dar tempo de antena e a promover o autor. E a filmá-lo em atitude triunfante.
E os autores das bacoradas já têm voz no Parlamento, que logo lhes concede a palavra para melhor espalhar a porcaria.

A bacorada criou o dom de se multiplicar. Dos autores passou às instituições. Os autores, que antes eram deixados a refocilar sozinhos no esterco, passam a reverenciadas personalidades e assumem-se como elites e proeminentes titulares de lideranças parlamentares.

O país está como está!...

4 comentários:

  1. Anónimo22:20

    Quer o meu Amigo apostar que o autor da mais recente bacorada iniciou com ela uma meteórica ascensão no partido? Já vi esse filme mais de uma vez...

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  2. Claro, caro Ferreira de Almeida.
    E a sua douta opinião começou já a ser ouvida pela comunicação social.
    Tornou-se uma vedeta. E todo o partido socialista e alegrista correu a defendê-lo. Garimpará pela certa no Partido e num governo socialista.

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  3. Os autores destas tiradas não são bacocos, são muito espertos e sabem como atingir o estrelato, usando, isso sim, os "bácoros" da comunicação social. Nada melhor do que esfregar na lama, parece que tira a comichão, eles sabem como tratar pruridos, pelo menos deixam de os ter!

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  4. Bácoros ou javardos? :)

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