Ontem comemorou-se o dia mundial da luta contra a sida. Pela primeira vez, desde que surgiu há quase trinta anos, os responsáveis pela luta contra esta praga estão optimistas, não só porque as novas infeções diminuíram drasticamente, como pelas perspetivas e estratégias em curso que poderão ter um impacto muito significativo nos próximos anos.
A razão principal da redução significativa da incidência tem a ver com a utilização de medicamentos que impedem a transmissão do vírus.
A procura de uma vacina contra este vírus não tem tido sucesso. Os princípios clássicos que presidem à produção de uma vacina não são aplicáveis a um vírus em permanente alteração. Agora abre-se uma perspetiva nova que é fazer com que os músculos se transformem em fábricas produtoras de anticorpos, através de engenharia genética. Neste momento as experiências animais revelam ser possível atingir este desiderato, ou seja, fazer com que os músculos passem a produzir anticorpos, e como os músculos não são alvo de atenção do vírus talvez se consiga encontrar a solução para combater esta doença. Em termos gerais, se os seres humanos reagirem como acontece com os ratinhos, então caminharemos a passos largos para que num futuro não muito longínquo consigamos vencer algo que até há pouco tempo era sinal de morte.
Os seres humanos são capazes de conquistas extraordinárias. Evidentemente que já estou a antever discussões e dificuldades de natureza ética e coisas parecidas ao redor deste tipo de iniciativa, mas nada nos pára, e ainda bem. Afinal sempre é uma prova de que vale a pena ter esperança, combatendo uma doença que tanta miséria e sofrimento tem causado ao mundo.
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ResponderEliminarQuando a ciência avança no sentido do bem, de erradicar ou mesmo minorar o sofrimento humano, as questões de ética deveriam ser relevadas para segundo plano, sob pena do conhecimento retardar...
ResponderEliminarHaja esperança!
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