segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O critério jornalístico

Logo pela manhã, a SIC Notícias informou que morreu "querido líder" da Coreia do Norte. Mas, para evitar juízos maldosos de quem o pudesse chamar ditador, logo se apressou a referir que se tratava de um " homem que governou o país com mão de ferro".

Sabemos perfeitamente: para a generalidade da "informação", à esquerda não há ditadores, é tudo gente cordata, às vezes apenas um pouco mais musculada. Estaline, Mao, Fidel, Kim Jong-il e tantos outros foram pessoas estimáveis e heroicos defensores da humanidade. Uma questão de critério jornalístico.

Em coerência, espera-se um voto de pesar na redacção da SIC e congéneres com igual critério.

6 comentários:

  1. Caro Pinho Cardão:
    Em que se baseia objectivamente para poder afirmar que a informação na SIC Notícias é (ao menos maioritariamente) de esquerda?
    Nos programas do senhor Mário Crespo (presentes e passados), no programa de Pacheco Pereira, no Eixo do Mal , na Sociedade das Nações (de Nuno Rogeiro e Martim Cabral), etc., etc.?
    E quanto à designação benigna de regime autoritário em vez de regime ditatorial, parece que a origem está noutra sede: na forma como toda a Direita se referiu sempre a Salazar, para fazer o contraponto ao ódio de certa Esquerda.
    Mas quem inaugurou, e vulgarizou, o conceito foi a Direita.
    Se estiver errado corrija-me, por favor.

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  2. Caro António Pedro Pereira:
    Vai por aí um colossal lapso de leitura. Eu não referi, em lado algum, que "a informação na SIC Notícias (ao menos maioritariamente) é de esquerda".
    O que eu disse, e está escrito é que "para a generalidade da "informação", à esquerda não há ditadores, é tudo gente cordata".
    Quanto às considerações, sobre a programção referida da SIC Notícias,abstenho-me. Cada qual que julgue por si. Seria conversa redonda, e penso que nunca o iria convencer do contrário.
    No que respeita aos dois últimos parágrafos, diria o mesmo. Mais, uma prova de que o meu amigo não terá razão é que a generalidade da imprensa de esquerda europeia também trata os ditadores de esquerda da forma mais benigna possível. E não tiveram lá nenhum Salazar para contraponto.

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  3. Caro Pinho Cardão:
    Ainda há pouco ouvi o Pedro Pinto, na TVI, referir-se ao espécimen como Ditador.
    E não foi o primeiro.
    Eu penso que há referências para todos os gostos, mais à Direita ou mais à Esquerda.
    Não vale a pena tanto remoque e preconceito (Esquerda / Direita), ainda bem que os palermas podem dizer o que quiserem dos palermas (era bom que fossem apenas palermas) como o Kim Il Jong e quejandos.
    Cada povo teve o seu Ditador (com raríssimas excepções) e as opiniões sobre cada um eles também são muito diversas.
    As palermices dos «media» são preço que temos que pagar pela Liberdade.

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  4. Quando me disseram que morreu uma figura importante dos comunistas ainda me veio um sorriso aos lábios, mas depois disseram-me que tinha sido o coreano...

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  5. Um bom exemplo da inclinação ideológica da generaldade dos media, é a forma como transformaram o que PPC disse, no seu contexto, acerca da hipótese de emigração dos professores desempregados em " PPC convida professores a emigrar". Isto é uma fraude...

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