1.Vai por aí uma vozearia desabrida, na sequência de declarações do PM que simplesmente admitiu a existência nos PALOP’s de uma boa oportunidade de trabalho para os professores que não conseguem em Portugal encontrar um emprego pago pelo Estado – e muito menos pelo sector do ensino privado que, além de estar em declínio, será naturalmente mais selectivo nas contratações que faz.
2.Sucedem-se as declarações dos habituais donos do megafone – com notável saliência para o indomável M. Alegre e para o ubíquo (em termos comunicacionais) Sec. Geral da CGTP, um clamando a “cabeça” do PM e outro acusando-o de crime (supostamente de “genocídio”, embora não tenha esclarecido o tipo exacto de crime)...
3....e até um famosíssimo comentador de TV, sempre infalível nas suas apreciações, acusou o PM de ter dito algo que não devia...
4.Na minha perspectiva, estamos a assistir a uma típica manifestação do que apelidarei de” hipocrisia sistémica ou de regime” – uma prática que consiste em não admitir que se reconheçam e expressem em público as fragilidades do regime político vigente para dar resposta aos problemas que afligem cada vez mais a sociedade portuguesa ou que se desfaçam os mitos de que esse regime tudo pode resolver...
5....e quem, sobretudo a nível oficial, tiver a ousadia de o fazer, é imediatamente apodado de todos os defeitos, quando não mesmo de “criminoso”, como acima referi...
6.O que o PM disse é da mais elementar razoabilidade, partindo da óbvia constatação de que o Estado não pode – nem poderá num horizonte de tempo razoável - assegurar emprego a todos os professores, pelo que estes deverão, quanto antes, procurar alternativas de trabalho, sendo os PALOP’s uma solução natural e até positiva para muitos deles...
7.Mas o que o homem foi dizer! Reconhecer que o Estado está incapacitado para albergar todos os professores no seu diáfano manto orçamental, mas que iconoclasta! O Estado pode estar momentaneamente incapaz, pela óbvia razão de que não tem dinheiro (isso ainda se pode tolerar), mas não pode é deixar de admitir que, mais ano menos ano, todos os professores voltarão, tranquilamente, a sentar-se à mesa do Orçamento!
8.Para qualquer outro português – trabalhador da construção civil, dos serviços de restauração, empregado do comércio, motorista, electricista, canalizador, advogado, engenheiro, contabilista, etc, etc – a emigração é uma óbvia alternativa, pode ou deve mesmo emigrar - e fazem-no aos milhares por mês, desde há muitos meses a esta parte!
9.Mas os senhores professores nem pensar, era o que faltava! Esses constituem uma casta superior, têm lugar cativo na mesa do Orçamento, se momentaneamente o lugar que ocupavam ficou impedido, por falta de verba, é apenas uma questão de tempo: o PM e demais responsáveis não deverão descansar enquanto não suprirem tal impedimento!
10.Que hipocrisia generalizada e que comunicação social tão estranhamente subordinada à formosa decadência do País, sempre disponível para acolher as mais medíocres aplicações do sacrossanto princípio do politicamente correcto...que tristeza, em suma!
Carta aberta ao Senhor Primeiro Ministropor Myriam Zaluar a Segunda-feira, 19 de Dezembro de 2011 às 12:35
ResponderEliminarhttps://www.facebook.com/#!/notes/myriam-zaluar/carta-aberta-ao-senhor-primeiro-ministro/10150442400907144
Passos Coelho, Victor Gaspar e todo o séquito de politólogos, economistas e comentadores que aparecem nas televisões, apoiantes das políticas de austeridade que nos são impostas, não deixam de ter razão quando afirmam “a necessidade imperiosa dos portugueses apertarem o cinto”.
ResponderEliminarNa verdade, na nova ordem social neoliberal que perfilham, exigem-se transformações profundas e radicais nas condições de vida dos trabalhadores e na generalidade dos trabalhadores por conta de outrem, quanto à protecção social, leis laborais, redução de salário, património e funções sociais do Estado.
Exige-se um empobrecimento “ajustado” de modo que toda a riqueza deste modo subtraída aos trabalhadores, seja canalisada para as instituições financeiras através do pagamento dos juros da dívida pública (em 2012, prevê-se em orçamento do Estado o pagamento de 9.363 milhões de euros, só em juros).
Uma nova ordem social, sonhada de há muito pelas instituições e oligarquias financeiras europeias e dos EEUU e que agora, depois da crise financeira que elas próprias originaram e de que são as únicas responsáveis, num claro aproveitamento dos desequilíbrios orçamentais dos países da UE (desequilíbrios por ironia ampliados pelos apoios financeiros às próprias instituições financeiras descapitalizadas) de que resultou um intempestivo e acelerado aumento da dívida pública (no nosso caso a dívida pública que era de 68,3% do PIB em 2007 passou para 100,8% em 2011).
Aproveitando-se da debilidade financeira em que caíram os países, passam de devedores a credores, exigindo agora aos estados que precisam de empréstimos, juros altíssimos e, mais do que isso, programas de austeridade que outra coisa não são que a aplicação da nova ordem social neoliberal que ambicionavam há décadas.
De apertarem o cinto ou mesmo de emigrarem. Que grandiosa e inteligente medida para se atingir o tal anunciado empobrecimento "ajustado"!
Não compreendo como o Tavares Moreira pode concordar com um anuncio destes.
Caro Cralos Sério,
ResponderEliminarTenho de lhe dizer, com toda a sinceridade, que ainda não passei mandato a ninguém - nem mesmo ao ilustre comentador - para escolherem aquilo com que concordo ou com que não concordo...
Não existem "grandiosas ou inteligentes medidas que mereçam ou deixem de mereder o meu acordo.
Aquilo que eu apreciei, neste Post, foi uma declaração do PM que me parece absolutamente normal e razoável, no contexto em que nos encontramos e um alarido absurdo e hipócrita, na minha opinião, que essa declaração suscitou!
Caro Tavares Moreira
ResponderEliminarSempre me considerei um social democrata. Mas custa-me fazer parte de uma geração desumanizada, seguidista, responsável em geral pelas asneiras, pela corrupção instalada, pela rapina do Estado, incapaz de um grito de alma e de empatia com o seu povo de que tentam mesquinhamente muitos não fazer parte (como se olhassem o povo como um corpo exterior só passível de confisco a bem da refeição do orçamento).
A carta que o comentador anterior aqui trás é um libelo acusatório a uma elite (pseudo, muitas vezes com menos formação do que aqueles que sofrem, incapaz de humildade e que vive numa lógica de contínuo confronto partidário e cinzentismo acrítico partidário).
Por mais que se queria amenizar, PASSOS foi de uma total inconveniência e de uma infelicidade tamanha. O problema que aqui se coloca não é o da dimensão do Estado, mas a da criação de condições para a não exclusão dos nacionais do seu território de nascença e o direito à habitabilidade no seu território (e que não se confunda a criação dessas condições com o Estado, que deve ser um facilitador indirecto e não um promotor directo).
Fosse Passos um "menino" formado na realidade das empresas não detidas pelos amigos partidários e perceberia a verdadeira realidade do país (os monopólios que se querem privatizar, não abrir à concorrência) e o papel mais importante de um PM: o de motivar e tornar includente os cidadãos que lhe emprestaram a legitimidade com base em afirmações infelizmente contrárias à realidade (o que indicia, seja Passos , seja o senhor anterior, seja um outro qualquer representante, uma democracia totalmente viciada e medíocre).
Não dá um daqueles empregos das juventudes partidárias elevados a assessores e especialistas aos 25 anos, dizer uma coisa destas? Não dá, com certeza! Mas dará para pelo menos não ter de fazer migrar e alienar a nossa dignidade! Um luxo para os tempos que correm!
Compreende-se a compreensão de Tavares Moreira, um reformado prescrito, enfim, uma gordura do Estado.
ResponderEliminarP.S.: uma última consideração.
ResponderEliminarPorque não se constitucionaliza que quem for eleito com base em mentiras (ou nas hipócritas e suavizadas "inverdades")deve ser imediatamente destituído?
Porque não se constitucionaliza que os ex - governantes depois de o serem devem ser sujeitos a vistoria de ganhos e perdas?
Isso, sim, seria verdadeira democracia e não hipocrisia partidária, de instituições que nunca seriam confundidas com associações privadas de confisco dos bens públicos ou agências de emprego para filiados!
Caro Pedro de almeida Sande,
ResponderEliminarCompreendo bem o seu "grito de alma" e a incomodidade que sente perante uma classe política insolentemente incapaz de responder às exigências e aspirações dos cidadãos...
Todavia, discordo em absoluto da apreciação que faz sobre as declarações do PM neste caso específico: ele limitou-se a constatar uma evidência, a impossibilidade do Estado, porque não tem dinheiro, para dar emprego a todos os prefessores; e a lembrar que os PALOP's precisam da colaboração de pessoas com as qualificações que muitos destes professores detêm, pelo que existe aí uma real oportunidade que estes mesmos professores podem aproveitar...
Onde é que está a infelicidade e a exclusão de nacionais?!
Sinto-me no direito de lhe perguntar, bem como a todos os indignados com este episódio, porque razão não se lembraram de invectivar este governo - e mais ainda o anterior - e não se indignaram, quando milhares de outros portugueses, ao longo dos últimos anos, foram forçados a procurar trabalho noutros países, trabalho que não puderam encontrar em Portugal pelas razões que sabemos?
Porquê esse silêncio então? Esses portugueses não foram empurrados para o estrangeiro? E não lhes mereceram uma palavra de solidariedade?
Ou será que o Estado tem em relação aos professores uma obrigação a dobrar ou a triplicar em relação à obrigação que tem para com os demais cidadãos?
Esta reacção do país a uma afirmação que, olhe-se por onde se olhar, é correcta e óbvia mostra bem da viabilidade do estado português. É óbvio que os custos de educação portugueses estão várias vezes acima do valor produzido e ainda assim é esta a reacção. Se não quiserem emigrar, não emigrem, agora não fiquem a pensar que vão andar a viver à conta do contribuinte, que não vão.
ResponderEliminarPS: Peço desculpa pela frase republicana que produzi. Não foi o país que reagiu, foi o estado...
ResponderEliminarOportuna correcção, caro Tonibler, muito oportuna mesmo...
ResponderEliminarJá agora, onde está "viabilidade" não quereria dizer "inviabilidade"?
Inviabilidade, claro...
ResponderEliminarCaro Tavares Moreira,
ResponderEliminarUm dos mais graves problemas de que sofre o Partido Socialista (como aconteceu quando remendaram o texto no site do partido em que se anunciava o "Relatório da OCDE", de modo a cobrir a mentira de Sócrates no parlamento, na forma de negação do dito e escrito), é que eles esquecem-se dos registos.
Veja-se este, por exemplo:
"We interviewed the Minister of Labor, Maria Helena Andre’, and she told us her suggestion for young people looking for work here was to be “open and flexible.” She admits that this includes emigrating, as the Portuguese have been doing for decades."
Na altura ninguén se indignou, pelo menos com uma das caras.
http://liveshots.blogs.foxnews.com/2010/12/07/portugal-and-other-european-pigs/
(Link retirado do 31 da Armada)
Caro Tavares Moreira
ResponderEliminarNão fiz outra coisa que não invectivar o governo anterior pelas continuadas e criminosas asneiras que replicam o modelo de um país que não gere nem se deixa gerir. Só que a responsabilidade maior é das pseudo elites (partidárias) que teima em não perceber algo que o serralheiro Lula percebeu: é preciso fazer o óbvio (até a bem da natalidade!). Um país mais justo onde a classe média ascenda e não descenda. De outro modo seremos seremos uma plataforma logística de trânsito e nunca um país acabado. Não queira saber a quantidade de gente jovem e menos jovem (com muita qualidade e formação que se está a pôr na "alheta". É que o jovem Passos podia ter diminuído drasticamente a despesa como prometeu para ser eleito, não podia é ter aumentado os impostos e os custo que nos fazem menos competitivos. Estranha desvalorização pelos custos que os aumenta e torna o Eetado cada vez mais omnipresente. Afinal queremos menos Estado e melhor Estado, ou não?
Entretanto não respondeu às múltiplas perguntas que coloquei, evidenciando um dos maiores tiques que a nossa sociedade partidária adquiriu: o quem não concorda connosco é contra nós. É por isso que com costela social democrata nunca fui para a política: "é que nem tudo (ou quase nada) o que é luz nos partidos, é ouro!".
Caro Tavares Moreira, se por um lado é perfeitamente razoável que o Estado assuma (caso ainda fosse preciso) que já não há expansão do sistema de ensino e que não será possível continuar a contratar professores, por outro tenho a maior dificuldade em compreender o modo como o tema foi abordado publicamente. Emigrar é difícil, é mesmo muito difícil, ao contrário do que pode parecer pelo que se ouve por aí. Não se vai daqui para outro lado qualquer com uma mala de cartão, como há 50 anos, ou então se vai é para passar miséria e fome e se calhar vir de volta pouco tempo depois. Não acredito que fosse a isso que o PM se referia. E, se se referia a ir ganhar a vida exercendo a profissão noutro lado, então é preciso que se saiba como e com que apoios, sobretudo se for nos PALOP, vai daqui um jovem para Luanda bater à porta das escolas oficiais até encontrar uma que o aceite? Ou para a fila de inscrições no Ministério da educação de cada país, para Timor ou para Moçambique? Ganhar o vencimento oficial de lá? Como é que um jovem desempregado, sem contactos nem apoios nenhuns, vai daqui para África dizer que é professor desempregado em Portugal e que quer ensinar lá? Os que estão em Angola (e, mesmo assim, com as dificuldades dos vistos) vão a partir de empresas que os contratam, não vão lá oferecer-se à toa. Para o Brasil não sei, mas também não estou a ver que possam desembarcar um dia e ter lugar numa escola no dia seguinte num ponto do mapa à escolha, ou há algum acordo entre os Estados em causa para a contratação de professores? Posso dizer, por experiência própria na minha família, que emigrar por conta própria, mesmo para Londres ou para a Holanda, é uma decisão muito arriscada, exige investimento e tempo de espera e as hipóteses de sucesso são escassas.Quando um Primeiro Ministro fala em emigrar, supõe-se que esteja a falar de oportunidades, de alguma coisa que ele sabe que dará resultado e que tem como ajudar a abrir caminho. O que gerou a onda de críticas, facilmente compreensíveis, foi o modo como a questão foi apresentada, omitindo dificuldades e parecendo que o el dourado está ali ao alcance da mão. Não está. Por mim, que sou mãe de "emigrantes" para a Europa, chamada mobilidade, sei bem o que custa a quem vai e a quem fica. É preciso apoio,incluindo financeiro,durante meses,coragem e sorte, além do talento ou da competência.E qualquer pessoa que conheça minimamente o assunto pode dizer o mesmo.
ResponderEliminarCaro Pedro de Almeida Sande,
ResponderEliminarMas que questões colocou o senhor a que eu não tenha respondido?
Confesso que, tendo relido o seu comentário, não fico com nenhuma ideia de ter fugido a qq das suas questões...
O senhor fez um conjunto de afirmações e eu até lhe repondi dizendo que compreendia perfeitamente o seu "grito de alma"...
E agora vem dizer que não respondi a questões?
Mas que confusão, assim ninguém se entende!
E ainda me atira esse aparte malvado dos "tiques da nossa sociedade partidária" como se eu pertencesse a alguma sociedade partidária, quando há mais de 8 anos deixei de ter - e se tive foi fugazmente - esse tipo de intervenção...
Mas que confusão, repito! Já nada me surpreende, por esta amostra, a enorme trapalhada que por aí vai nas reacções à declaração do PM...
Cara Suzana,
ResponderEliminarCom toda a amizade, confesso-lhe alguma dificuldade em entender a sua expressâo final "qualquer pessoa que conheça minimamente o assunto pode dizer o mesmo"...
Poeque sabe, tão bem ou melhor do que eu, que para se trabalhar num dos países que cita é necessário conseguir um visto de trabalho.
E que para conseguir um visto de trabalho é necessário que exista no país de destino uma entidade, pública ou privada, devidamente credenciada, que assegure a contratação da pessoa que requer o visto...
Sendo assim, como configura a possibilidade dos (professores ou outros), mais ou menos jovens, irem por aí à aventura, chegarem a Angola ou Moçambique e baterem as portas à procura de emprego?
De facto, esse cenário está à partida arredado desta apreciação, por manifesta impossibilidade da sua ocorrência...
E não nos adianta, releve-me este aparte, atirar para a discussão com cenários que simplesmente não podem verificar-se...mesmo que seja só como figura de retórica...
Com toda a consideração e amizade, estas sim, bem reais!
Obrigada Suzana Toscano pelas suas palavras.Também tenho um filho que procura trabalho na "estranja".Há muito quem fale de barriga cheia.
ResponderEliminarBom Natal e que 2012 lhe traga as maiores felicidades para os seus "emigrantes"
Dear Wegie
Bom Natal e tudo de bom.
maria
Dear Maria,
ResponderEliminarUm Santo Natal para si e respectiva prole: Menino e Menina. Um 2012 que possa ser um sweet hereafter.
PS. O outro sítio onde nos cruzamos anda a cheirar muito mal....
O facto do primeiro ministro saber que o país não pode pagar 2/3 dos professores porque estes não têm alunos não chega?
ResponderEliminarA solução era deixa-los no desemprego porque dizer "que podem emigrar" não é politicamente correcto ou, como diz o outro(mas sem dizer que podem usar os 20 milhões de euros que custa), "há que dar esperança aos jovens"??
Como dizem os americanos, parece-me urgente que as pessoas comecem a pôr a carteira onde metem a boca.
Eu continuo abismado com a forma como as pessoas encaram o facto de não haver dinheiro.
2/3!!??? Enfim aqui o Toni gosta de atirar uns números à lagardere e fazer figura de idiota útil. O que se entende num dos países da Europa com menores níveis de escolarização da população, segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano de 2011, publicado no mês passado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
ResponderEliminarCara Suzana Toscana,
ResponderEliminarBem haja por não ter perdido a sensibilidade social que nestes últimos tempos anda tão arredada das nossas élites.
Caro Dr. Tavares Moreira,
ResponderEliminarQuando diz que o cenário levantado pela Dra Suzana Toscano está fora de questão, parece-me que está a entrar numa lógica de país rico... ie. os nossos emigrantes são de luxo e partirão com "vistos, autorizações de residência e contratos de trabalho".
Quando penso nos cidadãos de Leste que demandaram Portugal há 10-15 anos à procura de trabalho, eram quadros qualificados que tiveram de aceitar ir para as limpezas ou para oficinas, porque as suas licenciaturas não eram simplesmente reconhecidas...
Se é verdade que não há mais espaço para contratar professores, e a hipótese de trabalho nos PALOPs merece, pelo menos, ser avaliada, o Governo mais do que dizer "façam-se à vida, que apesar de serem cidadãos portigueses e de pagarem impostos nada vos devo", não deveria, por exemplo, tomar a iniciativa de buscar acordos bilaterais para facilitar a acreditação profissional?
Ou "diplomacia económica" é apenas compra de submarinos e recepções com Vinho do Porto para empresários?
Depois de ler alguns comentários, posso concluir que o 1º Ministro mostrou não ter qualquer ponta de sensibilidade social.
ResponderEliminarPorque se não está nas suas mãos assegurar emprego a quem foi ou pretende vir a ser professor, estaria nas suas mãos prometer um futuro radioso de trabalho e emprego. E, se prometesse esse radioso futuro de trabalho e emprego, certamente que revelaria enorme sensibilidade social. Porque a verdadeira sensibilidade social não está em fazer, mas, pelos vistos, em prometer.
De facto, o politicamente correcto campeia e desgraça este país.
Os dois governos anteriores, que nos levaram a esta situação, eram cheios de sensibilidade social...
Então como é que se pode prometer empregos como professor num país com uma taxa de natalidade fraquíssima, com um nº médio de alunos por turma perfeitamente comparável com os países da UE e o mesmo com o nº de professores por aluno?
Não têm muitos professores e candidatos a professores que procurar outra actividade?
E aconselhar a procurar outra actividade é não ter sensibilidade social?
Caro Tavares Moreira
ResponderEliminarHoje tenho de me admirar porque, entre outras razões pelo seu comentário, li e reli a entrevista do Senhor PM e, no que a esta parte da mesma se refere, estamos em presença dos primeiros estretores do fim da era da politica politiqueira em Portugal.
A crise vai, quanto mais não seja porque os lugares não abundam, obrigar a uma limpeza de cerca de metade da classe política.
No contexto da entrevista e no contexto da pergunta, a resposta do Senhor PM é, exactamente a única com algum senso. Outra resposta, que não esta, não faria qualquer sentido.
Está na altura de encontrar um flautista de Hamlin que "encante" a maioria dos roedores a irem, permanentemente, tomar banho.
Cumprimentos
joão
Caro Wegie,
ResponderEliminarNúmero de alunos por sala: 22
Número de alunos por professor:8
Excesso de professores ~2/3.
Se o relatório fala em escolarização baixa não é por termos professores a menos. É por termos professores maus. Aquilo que está a dizer é que temos 3/3 de professores a mais...
Mas não deixe que a crueza dos números lhe estrague os relatórios com que gosta de moldar o seu pensamento. Eu, como gosto de pensar com a minha cabeça, tiro as minhas próprias conclusões. Fim de papo!
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarExcelente síntese: a sensibilidade social tem pelos vistos, entre nós, a peculiar natureza da oralidade. Quer dizer que não precisa de se manifestar em actos - os actos até podem ser exactamente ao invés - tem, para merecer rótulo de verdadeira e digna dos maiores encómios, de se expressar por palavras!
E quantas mais as palavras e mais enternecedoras forem...oh, que magnífica sensibilidade social!
E se alguém vier reconhecer que a realidade é bem outra e que é preciso fazer alguma coisa para que a realidade social possa mudar para melhor, embora isso implique algum sacrifício sobretudo daqueles que têm estado sentados à mesa do Orçamento...àqui d'el rei que não têm sensibilidade social!
Caro Flash Gordo,
Muito bem lembrado, mas, como já percebeu, o problema é mesmo não se poder tocar, nem com um dedo e ao de leve, nas cadieras orçamentais dos professores! Sacrilégio irremível!
Caro Jorge Lúcio,
Desculpe insistir mas acontece que as coisas são mesmo assim na prática, são essas as regras da emigração para esses países hoje - e isso nada tem a ver com sermos um país rico ou pobre!
Sabe, quando não se quer discutir as coisas numa base objectiva, e se prefere uma base emotiva, a confusão torna-se inevitável...
Caro Dr. Tavares Moreira,
ResponderEliminarOnde vê "emoção" eu vejo "racionalidade": penso ser objectivamente uma obrigação do meu Governo tentar facilitar a vida dos meus compatriotas que se vêm forçados a emigrar. O exemplo que dei - reconhecimento de Licenciaturas nos países mais óbvios de destino para Professores - parece-me evidente; em contrapartida o encerramento de Embaixadas ou Consulados parece-me bastante contraditório.
Dizer "emigrem!" é a solução fácil para reduzir os "supranumerários". E este Governo, infelizmente, tem optado fundamentalmente por medidas fáceis e de curto alcance, quando não perfeitamente incoerentes: talvez o aumento das Taxas Moderadoras da Saúde seja inevitável, mas ainda não foi capaz de juntar os 3 Hospitais Militares...
Bom Dia!
ResponderEliminarQueria participar um pouco nesta discussão. Para isso vou deixar algumas reflexões, na terceira pessoa, de modo a "estimular" e a melhorar qualitativamente os comentários dos demais participantes.
Faço, desde de já, o meu registo de intenção, estou de acordo com o essencial do que é defendido pelo autor do POST.
1.ª Farpa
"Um país de meninos
O Primeiro-Ministro, respondendo a uma pergunta de um jornalista, disse aquilo que é evidente para qualquer pessoa com mais do que uma sinapse funcional e sem sintomas do sindroma mui latino “nascer, viver e morrer no mesmo bairro”: que, num mercado a definhar, a maioria dos candidatos a professores só pode emigrar ou mudar de negócio. As reacções, são as habituais: gritos, olhos esbugalhados e mãos nos cabelos. Enfim, birrinhas de crianças histéricas e mimadas. Meio Portugal é um bando de meninos e meninas que não quer (e não sabe) sair do regaço da mãe.
by Carlos M. Fernandes
Um país de meninos
by Carlos M. Fernandes
O Primeiro-Ministro, respondendo a uma pergunta de um jornalista, disse aquilo que é evidente para qualquer pessoa com mais do que uma sinapse funcional e sem sintomas do sindroma mui latino “nascer, viver e morrer no mesmo bairro”: que, num mercado a definhar, a maioria dos candidatos a professores só pode emigrar ou mudar de negócio. As reacções, são as habituais: gritos, olhos esbugalhados e mãos nos cabelos. Enfim, birrinhas de crianças histéricas e mimadas. Meio Portugal é um bando de meninos e meninas que não quer (e não sabe) sair do regaço da mãe."
Carlos M. Fernandes
2.ª FARPA
ResponderEliminar"Injusto e imoral
Os dois grandes educadores em Portugal, a escola pública e os media, foram passando a mensagem ao longo dos anos de que os jovens devem seguir a carreira que mais gostam e para a qual se sintam dotados. Na medida em que o direito ao emprego está garantido pela constituição, o corolário óbvio é de que é função do estado (ou seja, dos contribuintes) garantir que essas pessoas terão um emprego. Cresceu assim uma geração de auto-proclamados artistas, professores, académicos e intelectuais de toda a espécie. Enquanto houve dinheiro criaram-se bolsas, subsídios e posições na função pública que foram compensando o facto de que mais ninguém estar disposto a pagar-lhes pelo seu trabalho. Enquanto isso, empresas tiveram que deslocar-se por falta de profissionais qualificados e talentosos.
Entretanto, como sempre acontece com experiências socialistas, acabou-se o dinheiro dos outros. Nos próximos anos alguns irão perder as, cada vez mais escassas, benesses que o estado lhes foi dando. A pessoas como a Myryam permitam-me que dê um conselho: façam-se úteis à sociedade, adaptem-se e façam algo que os outros estejam dispostos a pagar, sem ser por intermédio da coerção do estado. Se mesmo assim insistirem em fazer aquilo que gostam, emigrem, procurem um local em que haja pessoas dispostas a pagar pelo vosso talento. Se não há crianças suficientes para lhes garantir um emprego, os professores que o queiram continuar a ser, devem deslocar-se para países lusófonos onde existem milhares de crianças sem professor. Não é obrigação dos restantes portugueses subsidiar os vossos sonhos, nem financiar más decisões de carreira. É injusto pedir a pessoas, que na sua maioria não têm as suas profissões de sonho, que continuem a abdicar dos seus subsídios de Natal para que vocês possam continuar a fazer um trabalho que não satisfaz nenhuma outra necessidade para além da vossa própria realização pessoal. Não é só injusto, é imoral."
by Carlos Guimarães Pinto
3.ª FARPA
ResponderEliminar"Da presunção e da ignorância
Não faço ideia quem é o Paulo Guinote. Depreendo que é professor e que está apreensivo quanto ao futuro do sector onde trabalha. Não tendo gostado das declarações do primeiro-ministro sobre possível emigração de professores, resolveu disparar causticamente contra quem observou que as ditas declarações não eram de todo irrazoáveis e que as críticas de que foram alvo não tinham razão de ser. Fê-lo de forma escusada, presumindo coisas sobre pessoas que não conhece, distorcendo os seus argumentos e preferindo um ataque ad hominem (ainda por cima atirando ao lado) em vez de sequer tentar contra-argumentar. Só um idiota, um mal-intencionado ou um ignorante me classificaria de jovem e me acusaria de depender do PSD ou do CDS para o que quer que seja. Como não sou o Paulo Guinote e prefiro não assumir coisas sobre pessoas que não conheço, parto do princípio que se trata do último destes casos.
Não me compete a mim comentar a forma abjecta como ele trata o post do Carlos Fernandes, mas não deixo passar em branco o que escreveu sobre o meu:
O gráfico apresentado é o relativo à distribuição da população em função dos grupos demográficos. Mostra claramente uma diminuição da população em idade escolar. É falso que já existam dados posteriores, pois a fonte são os censos do INE e os resultados por grupo dos censos de 2011 ainda não foram publicados, só os dados globais. De qualquer modo, não tenho dúvidas de que a tendência de diminuição será reforçada em 2011.
Não confundo nascimentos com crianças em idade escolar. Essa acusação é perfeitamente descabida. É evidente que os nascimentos são o principal driver da população em idade escolar. A imigração e a emigração também têm influência, naturalmente, mas face ao peso dos fluxos migratórios o efeito não é de todo suficiente para alterar a tendência.
É um facto conhecido que o número de alunos no ensino básico é cerca de metade do que era há 30 anos, quando atingiu o pico. Esse pico contribuiu para picos nos 2º e 3º ciclos durante o início da década de 90, mas desde 1995 que também esses ciclos têm visto o número de alunos diminuir (apesar da maior cobertura do sistema por via de maior rigor no cumprimento da escolaridade obrigatória). O aumento artificial em 2009 por causa das Novas Oportunidades não conta, como é óbvio.
É evidente que a emigração não ajuda à resolução do problema demográfico. Mas isso não é relevante para o assunto em causa: Um professor que queira impreterivelmente continuar a sua carreira com tal, à falta de oportunidades de trabalho no país, não tem grande alternativa a emigrar. Não se trata de uma obrigação, mas de um direito. Se ele quiser emigrar, e se muitos outros quiserem, o problema demográfico agravado não serve de desculpa para impedir esse fluxo. De igual modo, a criação de programas com dinheiros públicos para assegurar postos de trabalho desnecessários constituiria uma má política económica, pois alocaria recursos de sectores produtivos a sectores improdutivos, resultando num empobrecimento geral.
Não faço juízos sobre as sinapses do Paulo Guinote. Mas se ele não percebe estes factos ou está de má-fé ou tem outras limitações.
Não faço juízos sobre as sinapses do Paulo Guinote. Mas se ele não percebe estes factos ou está de má-fé ou tem outras limitações."
by Miguel Botelho Moniz
Caro Tavares Moreira, a sua resposta completa muito lucidamente o meu comentário. Não basta ter vontade de partir, é preciso que haja quem queira levar e quem queira receber, não é fácil nem simples. Tal como eu disse e o meu amigo confirmou, há cenários que, quando imaginados, não são viáveis, falta portanto falar sobre a realidade. E essa realidade, como diz e tão bem ilustra, é bem mais complexa do que parece. Quando digo que qualquer pessoa minimanente informada chega à mesma conclusão é a isso que me refiro, falar em teoria é uma coisa e tentar fazê-la assentar no concreto é outra muito diferente, é a diferença entre a possibilidade e a frustração.
ResponderEliminar4.ª FARPA
ResponderEliminar"A demografia e os professores a mais
O Paulo Guinote respondeu ao post do Miguel Botelho Moniz com a evolução do número de alunos nos diversos níveis de ensino num período de 4 anos, para tentar negar o argumento de que as alterações demográficas resultarão numa menor necessidade de professores. Como o próprio admitiu numa caixa de comentários abaixo, é necessária uma análise de séries mais longas para entender o verdadeiro impacto da demografia.
No gráfico em baixo podemos vêr a evolução do número de alunos matriculados nos diversos níveis de educação. A fonte é este relatório do Ministério da Educação.
Como se pode vêr pelo gráfico o número de alunos em todos os níveis de ensino, excepto o pré-escolar, baixou substancialmente nos últimos anos. No caso do 1º ciclo, o pico ocorreu no princípio dos anos 80 e desde aí o número de alunos caiu para metade. Uns anos mais tarde, mais precisamente em 1986/1987, ocorreu o pico no número de alunos do 2º ciclo. Desde aí o número de alunos inscritos no 2º ciclo baixou 33%. Oito anos mais tarde ocorreu o pico no 3º ciclo e ensino secundário. Desde esse pico, o número de alunos matriculados caiu 16% e 27% respectivamente. A demografia, como se pode verificar, não engana. O único crescimento ocorreu no pré-escolar, não por efeito demográfico, mas pelo alargamento da rede. Desde o início dos anos 90, a rede pré-escolar alargou-se a mais 95 mil alunos (+55%), mas que não chegou para compensar os 300 mil que se perderam no ensino básico.
Fica assim, mais uma vez, provado o argumento do Miguel Botelho Moniz sobre o efeito da evolução demográfica no sector do ensino. Nem o aumento conjuntural devido ao programa Novas Oportunidades pode alterar a tendência de longo prazo: menos crianças, menos alunos.
Mas podemos ir mais longe. comparemos os números anteriores com a evolução do número de docentes. Os valores abaixo são retirados deste relatório, onde os o 2º e 3º ciclos e secundário são agregados.
Comecemos pelo pré-escolar. Vimos anteriormente que o número de alunos na rede pré-escolar pública cresceu 55% desde o ano lectivo 90/91. Nesse mesmo período, o número de docentes na rede pré-escolar cresceu 89%, muito mais do que o crescimento no número de alunos.
No caso do 1º ciclo, enquanto o número de alunos matriculados baixou 45% desde o pico, o número de docentes baixou apenas 19%.
Mas a maior diferença ocorre nos níveis de ensino do 2º/3º ciclos e secundário. Enquanto o número de alunos nestes níveis baixou 19% desde o pico de 1994/95, o número de docentes não só não desceu, como aumentou 15%.
Claro que se pode sempre argumentar que estas diferenças se devem a uma necessidade de melhoria da qualidade do ensino por via de um rácio Alunos/professor mais baixo. Também não parece que tenha sido esse o caso. O actual rácio para Portugal é de 11.6 que não fica mal quando pensamos que a Espanha tem 12.6, a Alemanha 13.0 e a França 18.7. (dados do World Bank). Em suma, não só a demografia irá continuar a pressionar a oferta de lugares no ensino no futuro, como existe algum caminho para recuperar do passado."
by Carlos Guimarães Pinto
5.ª FARPA
ResponderEliminar"Um país de meninos (2)
A culpa, segundo Milan Kundera, é de Homero, quando glorificou a nostalgia por meio de uma coroa de louros e estipulou assim uma hierarquia moral dos sentimentos. Isto é, Ulisses preferiu voltar ao conhecido (Ítaca, Penélope) e deixar a exploração apaixonada do desconhecido (Calipso). E assim nasce uma cultura mediterrânica colada à terra: partir com a volta em aberto é apenas o último recurso de um desesperado. Chora-se a distância do pastel de nata e do pastel de bacalhau, do sol e do mar. E a terra, a família ou os filhos servem de escusa, ou mesmo argumento de autoridade, para a imobilidade e passividade — como na patética e arrogante carta ao Primeiro-Ministro que anda por aí, onde se pede que todos paguem opções pessoais de alguns, como se estas opções fossem inerentemente acertadas, uma “estrada real” que leva à glória e aos “direitos adquiridos. Os filhos, coitadinhos, não podem ser afastados dos seus amigos, das suas raízes, da sua escola, e se calhar o melhor é procurar já uma casinha para o petiz, no mesmo bairro e, de preferência, no mesmo prédio dos papás, não vá ele um dia sentir a falta do calor das coisas familiares. É um cenário muito ternurento, sem dúvida. Mas há um problema. A tragédia, para toda esta gente, é que o mundo não pára e ao nível das sociedades e das culturas também há uma co-evolução darwinista e um efeito Rainha Vermelha. E uma cultura, ou se adapta, ou morre. Por muito que gritem e esperneiem os meninos mimados."
by Carlos M. Fernandes
Cara Bibónorte, também para si e para o seu corajoso "emigrante" desejo as maiores felicidades, temos todos que fazer o melhor que saber e podemos, apesar das dúvidas e das dificuldades, mas se não tentarmos nunca saberemos, não é? Felicidades.
ResponderEliminarCaro almaiacorreia,
ResponderEliminarAs suas 5 farpas oferecem um excelente contributo para o esclarecimento da origem do desequilíbrio que força a inactividade de tantos (cada vez mais?) professores.
A questão aqui colocada até é bem mais simples, tem a ver com a irracionalidade ou o vício sistémico, que informam (em minha opinião, claro) as reacções, totalmente desproporcionadas, a uma declaração normalíssima e até de bom senso proferida pelo PM quando admitiu a existência de oportunidades de trabalho, nos PALOP's, para os professores que não encontrem emprego em Portugal...
Como se os professores fossem a única classe profissional para quem a emigração constitui tabú...
Caro João Jardine,
Muito bem vista a sua observação (diria que é quase rotina, essa qualidade de análise)...
Portugal sempre foi um país de emigrantes, há colónias de portugueses em todos os cantos do mundo. Não há praticamente nenhuma família portuguesa que não tenha parentes e amigos nascidos em África ou que lá tenham vivido. Milhares de jovens portugueses emigraram já nesta geração,para a Europa, para o Brasil, para Macau, para a América Latina ou para a Austrália e há cerca de 100 mil portugueses em Angola, ao que li há tempos. Não vejo onde esteja o comodismo ou o conformismo. Mas é natural, e saudável, que não desistam de esperar alguma coisa do seu próprio País.
ResponderEliminarCara Suzana Toscano
ResponderEliminarDesculpe mas, agora em jeito de desabafo segue o seguinte:
Nós europeus somos o resultado de uma enorme emigração, pelo que nos está no sangue emigrar.
Agora, se a geração portuguesa que se prepara para a reforma quer que, esta, seja adequada, então, tem "arranjar" mais contribuintes, sejam eles (contribuintes) locais ou externos.
Cumprimentos
joão