1.Foi hoje notícia a subida da taxa de desemprego em Portugal para uns inquietantes 15% em Fevereiro...
2.Num cenário de acentuada contracção da actividade económica – tornada inevitável por força da semi-insolvência financeira do País activamente promovida por responsáveis políticos findos – que incide com especial intensidade nos sectores do comércio e serviços (ainda hoje foi tb divulgada uma quebra homóloga de + de 50% na venda de veículos automóveis em Março), não é possível esperar outra coisa que não seja a continuação da subida do desemprego nos próximos tempos.
3.Não deixo de notar que ainda há bem pouco temo o Governo antecipava um aumento da taxa de desemprego para 14,5% este ano e para 15% em 2013...como se fosse possível fazer abrandar o agravamento desta variável no quadro de acentuada perda de ritmo da actividade.
4.Hoje mesmo encontrei declarações de vários responsáveis sindicais e empresariais lamentando esta situação e proclamando a necessidade de “tomar medidas” para combater esta evolução (das declarações de partidos políticoa nem vale a pena falar)...
5.Existe em Portugal uma ilusão “óptica” bastante generalizada em relação a este problema do desemprego: como se fosse possível, sem dinheiro como estamos, tomar as tais medidas (não sei quais) para travar o aumento do desemprego independentemente do que se passa na economia...
6.O problema do desemprego é referido nas intervenções que aqui mencionei como se fosse tratável “ceteris paribus”, como se estivesse na nossa mão reduzir este flagelo independentemente do andamento da actividade económica...o Governo tiraria uns empregos da cartola e remediaria a situação...
7.Não nos iludamos: enquanto a actividade económica não tiver condições para crescer a ritmo próximo de 2% ao ano - e durante 2 anos pelo menos não terá - o desemprego não poderá baixar; e continuará a subir, ultrapassando largamente este ano o número que o Governo tinha avançado para 2013, se o cenário de contracção se confirmar como parece muito provável.
8.Estou agora a recordar-me de uma intervenção que fiz na AR, em 2003 salvo erro, na qual afirmei que a continuação da política económica dos últimos anos, a não ser urgente e radicalmente alterada, levaria o desemprego para níveis de 2 dígitos - essa declaração foi recebida com sorrisos de troça por parte de algumas bancadas, estávamos então com uma taxa de desemprego da ordem de 6%...
2.Num cenário de acentuada contracção da actividade económica – tornada inevitável por força da semi-insolvência financeira do País activamente promovida por responsáveis políticos findos – que incide com especial intensidade nos sectores do comércio e serviços (ainda hoje foi tb divulgada uma quebra homóloga de + de 50% na venda de veículos automóveis em Março), não é possível esperar outra coisa que não seja a continuação da subida do desemprego nos próximos tempos.
3.Não deixo de notar que ainda há bem pouco temo o Governo antecipava um aumento da taxa de desemprego para 14,5% este ano e para 15% em 2013...como se fosse possível fazer abrandar o agravamento desta variável no quadro de acentuada perda de ritmo da actividade.
4.Hoje mesmo encontrei declarações de vários responsáveis sindicais e empresariais lamentando esta situação e proclamando a necessidade de “tomar medidas” para combater esta evolução (das declarações de partidos políticoa nem vale a pena falar)...
5.Existe em Portugal uma ilusão “óptica” bastante generalizada em relação a este problema do desemprego: como se fosse possível, sem dinheiro como estamos, tomar as tais medidas (não sei quais) para travar o aumento do desemprego independentemente do que se passa na economia...
6.O problema do desemprego é referido nas intervenções que aqui mencionei como se fosse tratável “ceteris paribus”, como se estivesse na nossa mão reduzir este flagelo independentemente do andamento da actividade económica...o Governo tiraria uns empregos da cartola e remediaria a situação...
7.Não nos iludamos: enquanto a actividade económica não tiver condições para crescer a ritmo próximo de 2% ao ano - e durante 2 anos pelo menos não terá - o desemprego não poderá baixar; e continuará a subir, ultrapassando largamente este ano o número que o Governo tinha avançado para 2013, se o cenário de contracção se confirmar como parece muito provável.
8.Estou agora a recordar-me de uma intervenção que fiz na AR, em 2003 salvo erro, na qual afirmei que a continuação da política económica dos últimos anos, a não ser urgente e radicalmente alterada, levaria o desemprego para níveis de 2 dígitos - essa declaração foi recebida com sorrisos de troça por parte de algumas bancadas, estávamos então com uma taxa de desemprego da ordem de 6%...
Dr. Tavares Moreira
ResponderEliminarO número de desempregados é superior, uma vez que há muitas pessoas que desistiram de se apresentar no IEFP porque perderam o subsídio de desemprego e muitos jovens que não estão inscritos, uns porque não tendo direiTo a qualquer subsídio não se inscrevem e outros porque imigraram.
Cara Margarida,
ResponderEliminarTem toda a razão, mas até já desconto essa realidade do desemprego oculto...que deve ser hoje bem elevado, se atentarmos nomeadamente no número elevadíssimo de pessoas em idade activa que estão procurando refúgio na emigração.
Como diz a Margarida não tenho dúvidas que o desemprego é muito superior ao formalmente anunciado. Ainda hoje recebemos este enunciado: «A porta-voz da Dow Chemical explicou que o encerramento da fábrica em Portugal e também na Hungria se deve às "condições de mercado muito pobres e às desfavoráveis perspectivas económicas".
ResponderEliminarÉ que o empobrecimento trás empobrecimento, o fecho de empresas trás novos fechos.
Agora, que não podemos ficar de braços caídos à espera dos resultados de um ajustamento à bruta e de um enunciar diário de más notícias e de verdades não inconvenientes mas inconsequentes, não podemos.
A criação de emprego não se legisla, mas o apontar de caminhos e confiança não acrescenta, antes pelo contrário, nada à dívida.
E neste aspecto particular, infelizmente depois dos delírios anteriores, este governo revela-se um pequeno deserto arrastado de ideias, de imaginação, de comunicação,demasiado crente nas virtudes da destruição criativa, incapaz de medidas simultâneas de sentidos antagónicos - se calhar faltam mais mulheres neste governo, com a sua capacidade mais prática, ubíqua e terrena (Foi de facto um fartote ver hoje o Mota Soares a tentar explicar as virtudes dos cortes no subsídio de maternidade num país cujo principal problema é a natalidade com a fraude nas suas prestações, o corte no valor do subsídio de doença... em vez de assumir claramente que não há dinheiro, ponto).
Afinal fui muito injusto na apreciação anterior. É que acabei de receber esta notícia: «Cidadãos querem EMEL em Pedrouços, Restelo, Belém, Ajuda e Alcântara»
ResponderEliminarCriar emprego sustentável para uns e insustentável para quase todos, para além de criador de falta de mobilidade é um dos esteios de sustentabilidade e criação de emprego de alguns "eleitos" deste povo.
Uma notícia estrategicamente colocada, calcula-se por quem, esta que diz que cidadãos querem EMEL.
A EMEL responde-nos solícita: já tal está pensado.
É que é preciso equilibrar as contas da EMEL, pensamos nós, como quem equilibra o deficit e a balança comercial desta grande empresa do transaccionável Português - que cria valor ao importar equipamentos made in EU, que sugam os poucos cabedais dos Portugueses.
Alguma coisa muda com os inimigos e amigos do despesismo para além do corte no mais fácil?
Esta taxa de desemprego não é "a taxa de desemprego". A que interessa é a que sai daqui a uns tempos, emitida pelo INE. E é a essa que o governo costuma fazer referência.
ResponderEliminarQuanto à "criação de emprego" tenho uma pergunta para os economistas que, curiosamente, não tenho obtido muitas respostas correctas:
- Resolvo construir outra A1 paralela à existente a 5 metros de distância;
- Destruo a anterior;
- Monto um project finance com tudo, a importância da A1 garante que os "revenues" cobrem completamente a dívida;
. PIB sobe!;
- desemprego desce;
- impostos cobrados sobem.
Onde está o erro?
Na resposta a este singelo problema, onde está o erro, está toda a matemática que destrói o keynesianismo lusitano e não só. Espantosamente, ainda não encontrei um economista que lhe desse resposta....
Caro Tavares Moreira, a quantidade de coisas que suscitaram sorrisos e mesmo gritos indignados e, agora, vê-se!Mas voltaria a ser assim, como se diz naquele documentário do Inside Job, quando todos estão a ganhar quem é que os convence a parar?
ResponderEliminarEntão ..este é o resultado da longa noite socialista de quase 40 anos ..( não esquecer que o psd aprovou a nossa constituição socialista )
ResponderEliminarVolatilizaram rápida e inexoravelmente o tecido produtivo com uma chusma de leis, regras e orientações contra natura ..
Durante quase 40 anos prometeram o impossível ..agora no fim do caminho tem um muro gigante ..há que voltar tudo para trás ...recomeçar de novo..só que o retorno não é viável !!
É preciso derrubar o muro ..mas para isso são precisas facas...
Caro Pedro de Almeida Sande,
ResponderEliminarNão me tinha ocorrido que a disseminação de EMEL's por todo o território e não apenas nas localidades que referiu, pode constituir um excelente antídoto para a correcção dos altos níveis de desemprego.
Teremos um País mais justo, solidário e competitivo, não faltarão turistas aos milhares, montados em buses sightseeing para admirar as indizíveis belezas dos parques EMEL...com isso até conciliamos a criação de emprego e o desagravamento do desequilíbrio externo.
Caro Tonibler,
O exercício que propõe é um deafio que os responsáveis políticos portugueses vão agarrar com as duas mãos, destruindo todas e cada uma das AE em actividade para construir outras tantas gémeas, a distância não superior a 5 kms da anterior...
E tenho de admitir que a Troika poderá considerar a aprovação de uma adenda ao PAEF, incluindo verba adicional para financiar esses projectos que tb contarão, como é óbvio, com a prestimosa ajuda dos fundos estruturais (QREN).
Escusado será dizer que a verba adicional do PAEF consignada para este fim será integralmente reembolsada com os proveitos (cash-flows) gerados pela exploração das novas concessões AE.
Quanto às dívidas que até aqui se encontravam garantidas pela exploração das AE a destruir, o digníssimo Presidente da ANMP se encarregará de explicar (bem) que não têm grande significado e os respectivos contratos poderão ser arquivados na Torre do Tombo.
Cara Suzana,
Que voltaria a ser assim, não tenho qq duvida...faz parte da vocação suicidária desta classe política, que não é regenerável...enquanto não virem tudo reduzido a cinzas, sentem que ainda têm uma missão a cumprir...
Caro Cabloco,
Embora ainda não convergindo, já estivemos mais afastados em matéria de opinião economico-política, tenho de reconhecer...