Mortes tem uma notável indústria de salinas, um incessante movimento de barcos que cruzam o canal até ao Porto em paralelo com um comboio cuja linha se cruza com o trânsito. A conjugação de tudo isto levou-nos quase duas horas a percorrer o pequeno espaço até à praia no meio de uma multidão de veraneantes. Soube-nos bem chegar à Bouche do Rhône e descobrir o local do nosso alojamento, um encantador "Logis" que, seguindo uma velha prática, marcamos pela net e vamos à aventura sem saber bem o que nos espera. Trata-se desta vez de uma quinta familiar, adaptada a hotel rural, com um alpendre enorme, suportado por grossas vigas de Madeira no topo das quais há uma enorme caveira de boi, ao melhor estilo da zona, conhecida pela criação de gado e o elos seus belíssimos cavalos brancos, alguns dos quais pastam pacificamente na pradaria que se estende bem na frente da casa. Tirando os mosquitos, verdadeiros bisontes locais, o sítio é muito agradável e um belo ponto de partida para começarmos a explorar os arredores.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
A caminho da Provença
Este ano resolvemos vir conhecer a Provença, uma das poucas regiões de França que ainda não tínhamos visitado. Viemos de carro desde Toulouse e apartar daí começou o passeio até à Camargue, onde fica o primeiro sítio que escolhemos para ficar os dois primeiros dias.Depois de Carcassonne rumámos para a costa mas tenho que reconhecer que não foi boa ideia viajar a meio de Agosto, o trânsito bloqueava junto às praias e foi praticamente impossível sequer chegar perto do mar. Valeu a pena vir ao longo do Canal do Midi que oferece lindas paisagens e depois entrar em Aigues Mortes, onde o Rei Luis IX fez construir uma cidadela medieval no sex.XII para marcar o seu domínio do Medierrâneo e daí partiu para a cruzada à conquista de Jerusalém. Atravessada a meio por um braço de mar e dominada pelo imponente forte medieval, Aigues
Cara Suzana:
ResponderEliminarDesejo-lhes uma excelente viagem. E já que está por aí, não deixe de ir, é mesmo obrigatório ir, a Baux (ou Beaux) de Provence. Deixo-lhe um excerto do que em 4 de Janeiro de 2010 escrevi no 4R .
Baux de Provence, próximo de Arles. Povoação fantasmagórica, misteriosa, implantada no alto da plataforma de um rochedo de 800 por 200 metros, ao abrigo de um castelo e escondida atrás de imponentes muralhas erguidas directamente sobre a rocha, não se sabendo onde umas e a outra nascem ou desaparecem. Só muito de perto, o castelo e as muralhas se distinguem dos penhascos envolventes cor de cinza, a mesma tonalidade e o mesmo relevo recortado no horizonte. E só mesmo muito no interior das primeiras muralhas se divisa a porta de entrada na povoação, totalmente escondida atrás dos grossos muros. Que ostenta ainda os traços da riqueza e da grandeza passadas: enormes palácios de pedra brazonada, igrejas esplêndidas, casas de habitação de grandes senhores. Sítio inexpugnável, era pertença dos Senhores de Baux, poderosa família medieval possuidora de muitas vilas e castelos na Provença e na Itália e, mais tarde, da família Grimaldi, do Mónaco.
A cidade fortificada chegou a ter cerca de 4000 habitantes e foi diversas vezes destruída, não pela força ou engenho dos sitiantes, mas por traições e desuniões internas que levaram à sua ruína. Num dia de sol, mas frio, sentia-se o mistral a penetrar e a enregelar os ossos. Recuperados para o turismo, magníficos palácios de pedra servem agora de hotéis e de oficinas de produção e comércio de artesanato. Olhada das muralhas, lá bem mais alto, a cidade pareceu-me um sítio mágico, local onde se pressentem bruxas e duendes pairando nas as ruas estreitas, e se adivinham lendas medievais ao virar de cada esquina. Um daqueles raros sítios que se impõem aos sentidos e perduram fixamente na memória, enquanto ela nos puder acompanhar.
Não deixe de ir lá!...
Provença... Provença... ainda por cima os provençais têm um sotaque delicioso... da próxima visite-a na Primavera mas por agora não se esqueça de ir de barco (à vela) até Cassis.
ResponderEliminarDesejo-lhe excelentes férias...e para as terminar em beleza, se calhar, convinha passar também por um hotel com SPA ("Sanitas Per Aquas") para a queima dos excessos que, certamente, a desgustação desses pratos regionais potenciam!
ResponderEliminar:)
Quer-se dizer... a estimada autora, fêz "ouvidos moucos" aos apêlos do governo e do PR, para que os portugueses optassem por Portugal, para fazer férias.
ResponderEliminarAssim, marimbou-se para o "turismo cá dentro" e preferiu deliciar-se com a mais bela e romântica costa do mediterrâneo; gozando as águas cálidas e as esplanadas de onde se avista o horizonte do mar, enquanto é possível degustar um fabuloso vinho e merendar frescos mariscos.
Entretanto, acho-me surpreendido pelo comentário do nosso estimado Dr. Pinho Cardão, aprovando e reforçando, oferecendo até conselhos de prolongamento de uma via´gem com a qual - estando em coerência com a linha dos seus posts em que se assume frontalmente contra as politicas governativas do presidente Holland e interligação insegura de Seguro, aos resultados dessa presidência - deveria discordar, alegando a transferência de divisas que poderiam ter entrado nos cofres das finanças de Portugal, que acabam por engordar os de França.
A minha opinião é de inteira concordância com a escolha da Camargue. Se o nosso governo precisa de dinheiro, que vá plantar batatas, que adira aos novos projectos das hortas comunitárias, pegue numa enxada e que vergue os costados; só lhe vai fazer bem... pá espinha!
Só + 1 coisinha, cara Drª... o título do post... aquilo foi de peopósito?
para apanhar os menos atentos e leva-los a acreditar que o post relatava um passeio... a caminho da província... uma coisa assim ao jeito de Eça e da Cidade e as Serras.
;)))
Realmente, vivemos num mundo estranho e num país onde as contradições vivenciais são assustadoras.
ResponderEliminarUm país a viver a crise que vive, sugestões ao mais alto nível (PR e PM)para que se evite o desvio de divisas, para que sejamos modestos e vivamos com o que temos internamente e, sai um post desta natureza. Drª Suzana, tanto quanto julgo saber (peço desculpa se estou errado) a srª. trabalha e é assessora na PR, não digo do PR porque não sei, nunca ouviu por lá falar disto? Como colaboradora do 4R, bastas vezes tem saído à liça defendendo valores democráticos e sociais e agora, numa altura destas, aparece com um post de puro exibicionismo, alardeando poder fazer aquilo que a grande maioria não consegue e contra tudo o que tem sido recomendado pela casa onde trabalha. Não sabe que é de cima que deve vir o exemplo? E a srª. está em cima. A vida e o dinheiro para gastos são seus e eu não vou ao ponto de lhe dizer que tivesse ficado pela praia de Carcavelos ou por um passeio a Guimarães (muitos há que nem isso podem) mas digo-lhe muito sinceramente que, independentemente do seu passeio, devia ter evitado este post. O 4R não é lido só por "sábios viajantes” endinheirados, mas também por muitos "burros caseiros” pobretanas como eu.
A agravar a situação, surgem comentadores a apoiar e a valorizar o post, exibindo também os seus conhecimentos de viajantes e sugerindo mais umas voltinhas. Só Bartolomeu foi franco e claro, pondo o dedo na ferida e dando um discreto "puxão de orelhas" o que só lhe ficou muito bem e eu subscrevo.
TINO...
Caro Bartolomeu:
ResponderEliminarVeja lá, meu caro amigo, o que nos aconteceria se irlandeses ou ingleses ou franceses ou holandeses deixassem de vir passar férias a Portugal...
Seria trágico, mas nem é isso que está em causa: era o que faltava se quem ganha dinheiro honestamente, não se eximindo aos impostos devidos, contribuindo assim para o bem comum, pudesse ser alvo de constrangimentos sociais pelo facto de se deslocar em férias, ou fora delas, ao estrangeiro, tornando a liberdade de circulação coisa proibida ou objecto de censura.
Claro que não é este o propósito do Bartolomeu. Mas, nesta como noutras matérias, convém pôr logo os pontos nos iis!...
Cara Suzana:
Bom, embora o Bartolomeu não goste, aqui lhe envio mais uma sugestão: estando em Marselha, vá ao Château d`IF, onde se passa uma parte de O Conde de Monte Cristo. Nunca lá consegui desembarcar, por forte agitação marítima. Mas, tendo lido o livro nos meus 12 ou 13 anos, ficou-me sempre a ideia de visitar esse "mítico" local.
Talvez a Suzana me possa descrever agora os labirintos do castelo e o cárcere onde estavam aprisionados Edmundo Dantès e o português Abbée Pierre.
Cá fico à espera!...
Caro SLGS:
ResponderEliminarEscrevia o anterior comentário, quando o meu amigo escrevia o seu. Li agora.
Creio que também se referia a mim. Pois respondo-lhe da mesma maneira que respondi ao nosso comentador Bartolomeu.
Caro Dr. Pinho Cardão:
ResponderEliminarAceito perfeitamente o seu comentário/resposta a Bartolomeu e até concordo quando diz:"...era o que faltava se quem ganha dinheiro honestamente, não se eximindo aos impostos devidos, contribuindo assim para o bem comum, pudesse ser alvo de constrangimentos sociais pelo facto de se deslocar em férias, ou fora delas, ao estrangeiro, tornando a liberdade de circulação coisa proibida ou objecto de censura."
Se bem leu o que escrevi, reparou que a tal direito eu não manifesto oposição. Simplesmente acho muito inoportuna a altura de tais demonstrações, vindo de quem vêm.
Vamos lá ver se percebo o que dizem Bartolomeu e SLGS. A partir de hoje os autores do 4R devem deixar de escrever o que lhes aprouver mas seguir o estrito politicamente correcto. Devem também andar vestidos todos rotos porque enfim isto de ter dinheiro fruto do seu trabalho é crime -- um autêntico insulto aos pobres.
ResponderEliminarEnfim, acho que ainda não chegamos à Coreia do Norte, mas para lá caminhamos... só espero que não seja de passarola ;)
Meus amigos, faz parte da diversidade humana uns terem mais dinheiro que outros. Mas todos os que populam pelo 4R estão muito em cima da pirâmide mundial. Com essa conversa depois queixem-se se forem assaltados por um qualquer verdadeiramente pobre ou mesmo por um macado armado, porque ainda há-de chegar o dia em que a bicharada terá tanto ou mais direitos que os humanos...
Caro Ilustre Mandatário do Rei,
ResponderEliminarEsta do macaco está muito boa, foi vê-los a fugir... :)
Eu acho que a "sugestão" do PM faz todo o sentido quando se trata de gastar dinheiros públicos, e não é certamente o caso. Portanto, já que a troika não impôs aos portugueses mais este jugo, cada qual decide conforme a bolsa. Como diria Jorge Sampaio, há vida para além das boas intenções do PM !
PS: degustar*
Mes cher compagnons de route; estamos a laborar num tremendo erro; o erro de esgrimir em defesa de uma dama chamada fantasia.
ResponderEliminarQuando comentei, não tive a intenção de criticar as opções da Drª Suzana, aliás, considero essa decisão de carácter inteiramente pessoal. Quando comentei, foi mais para, aproveitando a lógica, ilógica do apelo dos orgãos governamentais que considero parentes próximos de Frei Tomáz, aquele que gostava que fizessemos o que ele diz, mas não o que ele faz e, amassando-a com a matéria do post da Dr. Suzana, fazer com eles um "cacete" amistoso para "entrar" com o Dr. Pinho Cardão, perpétuo acirrante do diabólico PS.
Percebi que o Dr. Pinho Cardão entendeu perfeitamente onde quis chegar e o que pretendi atingir, o que me deixou descansado quanto a más intrepretações.
No entanto, considero que a resposta dada, foi francamente fraca em matéria de argumentos.
Responde o caro Dr.: ...o que nos aconteceria se irlandeses ou ingleses ou franceses ou holandeses deixassem de vir passar férias a Portugal...
Em primeiro lugar, devo elucida-lo que não são os turistas desse país que nos visitam em maior número e com melhores condições económicas para que as suas visitas beneficiem o nosso comércio, indústria hoteleira, museus e serviços.
Em segundo lugar, a justificação dada não contrapõe a minha "acusação", sobretudo porque (talvez o caro Dr. ainda não tenha tido oportunidade de notar) os pobretanas nesta estória, somos nós. Nós é que precisamos que gente de outros países, endinheirados, nos visitem, gostem do nosso país, do nosso sol, da nossa simpatia e gastem o seu dinheiro aqui, neste paraíso de Freis Tomáz.
Para terminar, e para colocar mais um ponto no i, estou certo de não ter referido em qualquer parte do meu comentário, não gostar que o caro Dr. Pinho Cardão sugira itinerários turísticos à nossa cara Drª. Suzana.
;)))
Caro Bartolomeu, Nada como uma posta sobre França para ilustrar com a língua é muito traiçoeira. Mas isso de botar cardos ao nosso amigo Pinho Cardão logo hoje olhe que é má política. Juro a pés juntos que nem acreditei quando consultava o estado o tempo via webcam quando o vi passear de cachecol azul e branco sob Sol torrefactor. Consta que o dr. se justificou com a necessidade de perder peso com os abusos das férias. Mas eu cá acho que ainda deve andar a queimar as calorias de um Châteauneuf que outrora lhe caiu no papo.
ResponderEliminarMas picado está e agora vamos todos levar com aquele símbolo com um lagarto flamejante aqui no 4R ;)
Lagarto? Nada de promoções!
ResponderEliminarNem duvide, Ilustre Mandatário do Réu.
ResponderEliminarMas... pegando nessa deixa do lagarto, não resisto a mais uma "picadela", ou... "cardadela".
Sabe porventura o caro Mandatário, que o Fê Qê Pê, é um clube com raízes monárquicas?
Aliás, o brasão, a coroa e o colar, são simbolos inteira monárquicos, doados por um fundador do club, irmão de um rei de Portugal.
Isto seria o bastante para que um Repúblicano dos 4 costados, renunciasse as cores azul e branco e optasse.. sei lá... pelo vermelho e branco... por exemplo...
;)))
Caro pinho Cardão, infelizmente não tive tempo de ir à ilha de ir, também ia com essa ideia mas a volta por Marselha levou tempo demais e o calor era imenso, lá ficará para a próxima a menos que, como vejo pelos comentários, também passe a ser imoral dar uns passeios fora da fronteira, tal como consumir ou ter alguma tentação que seja interpretada como menos frugal. Não deixa de ser curioso como se equipara "viajar" a um exibicionismo de riqueza, como aqui refere um dos comentadores, como se não fosse possível gastar muito menos do que algumas das férias por cá. De qualquer modo, o que não deixo de dizer é que ainda não me considero tutelada seja por quem for, podem dar conselhos, sim senhor, mas a decisão final é minha e era só o que me faltava receber orientações seja de quem for, o que me surpreende é que haja tanta gente disponível para deixar que os outros pensem pelas suas cabeças. Acontece que sempre passei as minhas férias em Portugal quando era muito moda ir para bem longe, quando todas as rotas para o Brasil, México e destinos exóticos de toda a espécie estavam esgotados. agora temos moralistas de serviço? Era só o que me faltava. E já agora vale bem a pena visitar Arls, Avinhão, descer até aos belos portos do Sul e depois ir parando nas lindíssimas aldeias e vilas provençais, a caminho de Aix EN Provence. Aqui também se aprende a conhece essa Europa a que pertencemos, as nossas raízes e as nossas diferenças, um passeio por aqui - e não é preciso ser rico, basta saber gostar do que se pode ter - vale mais do que muitas horas de debates sobre a Europa e as suas dificuldades. Boas férias a todos!
ResponderEliminarBom passeio, Suzana. Como diz, e muito bem, era só faltava levar à conta de imoralidade passar férias como e onde bem se entende. O nosso atraso é muito feito destas parolices, mas enfim, foram muitos anos voltados para dentro...
ResponderEliminarEsperam-se as crónicas como já é tradição neste espaço, fundamentais para despertar o apetite para uma das formas mais gostosas de obter conhecimento.
Caro Bartolomeu:
ResponderEliminar1.Não sou acirrante do PS, e muito menos perpétuo, mas perpétuo é coisa que talvez gostasse de ser, em boas condições, claro está!...Mas aborrece-me, e digo-o frontalmente, que a argumentação do PS seja tão primária e contraditória. Não tenha dúvida que ajudava o país se o PS se deixasse da demagogia pura e tratasse os portugueses com inteligência. Gostasse-se ou não das propostas. Assim, não é nada, é pura perda de tempo. Por mim, gostava que a conversa do PS elevasse e não rebaixasse.
2. Os exemplos de turistas que dei foram meros exemplos. Não gastam cá dinheiro? E se não viessem, porque alguém os persuadisse a não vir, deixavam cá algum? Resposta fracota a sua, caro Bartolomeu.
Caro Ilustre Mandatário:
Agora a coisa melhorou. Não há como algum humor para deitar água na fervura. Viu-me então passear de cachecol azul e branco debaixo de um sol torrefactor...
Mas olhe que os cachecois que uso são estritamente de acordo com a temperatura ambiente. O cachecol de 30º não tem nada a ver com o cachecol de 10º, nem este com o de 35º e este com o de 0º.
Aliás, hoje até usei vários. Um, que o meu amigo diz que viu, era de um material refrigerante, difundia frescura e tinha ar condicionado incorporado. À noite, até usei três para ver o Benfica: um, roto e miserável, apropriado para quando o Benfica estava a ganhar, outro para quando o Benfica estava a empatar, e um terceiro, finíssimo de seda especial, quando o Benfica estava a perder.
Bom, mas a partir de agora, vou deixar de comprar mais cachecois, e terei mesmo que cancelar as minhas viagens de Lisboa ao Dragão para ocasiões especiais, não vão os amigos comentadores verem nisso um atentado à moral pública. Mesmo que a deslocação dê dinheiro a ganhar a restaurantes e cafés, a empregados de gasolineiras, a arrumadores de automóveis, etc, etc.
Caro Ilustre Mandatário:
ResponderEliminarQuanto ao Chateauneuf, o meu amigo revela uma prodigiosa memória e eu fico muito honrado pelo facto citado. Mas não se desmoem calorias por se ter bebido um bom vinho; um bom vinho,isso sim, esse é que desmói as calorias. Até os médicos o receitam para desentupir as artérias... Mas tem que ser tinto e taninoso!...
Cara Suzana:
Boa continuação de passeio. E vá a Beaux de Provence. Vale a pena!
Caro Dr. Pinho Cardão,
ResponderEliminarcomo declaração de interesses, devo afirmar-lhe que me é totalmente indiferente o facto de o estimado (abuli o adj. amigo, desde que me disse que não passava de uma filosofia) Dr. ser ou não acirrante do PS, ou defensor de outro qualquer partido, com outro actor político. Sim, na minha concepção, a política no nosso país transformou-se numa peça de teatro em que fracos actores levam à boca de cena, fracas estórias, pelo que, só paga bilhete para assistir, quem realmente possuir uma vida tão ou mais vazia que o argumento das peças que avulsamente se representam por esses palcos fora.
Assim sendo, perceberá fácilmente o caríssimo Dr. que se faço uso do termo, isso deve-se únicamente à constatação de nos últimos posts que escreveu, claramente a ter evidenciado.
Contrapõe o estimado Dr., qualificando a argumentação do PS, primária e contraditória; sem discordar em absoluto da sua opinião, perguntar-lhe-ia: e quando PSD foi o maior partido da oposição e o país escorregava a olhos visto para o abísmo, quando todos começaram a não acreditar no PS e no primeiro ministro José Socrates, quando inclusivamente eu e outros comentadores, aqui, no 4R, opinavamos que o governo devia ser demitido... nessa altura, na altura em que inclusivamente se discutia na assembleia o pedido de ajuda à UE e os PEC's, na altura em que o PSD correu com o deputado - a quem o ministro dos "corninhos" disse que precisava de comer mais papa maizena - para Bruxelas - dizem as más línguas, que por influência da Drª Manuela Ferreira Leite; nessa altura em que ao PSD competia a responsabilidade, como maior partido da oposição e melhor posicionado para ganhar eleições legislativas, com um ex- líder a presidir o Conselho Europeu; nessa altura, caro Dr. Pinho Cardão, o principal partido da oposição foi mais coerente, mais definido, mais empenhado em encontrar soluções que fizessem inverter o sentido da marcha que o governo imprimia ao país doque está agora a ser o principal partido da oposição, o PS?
Não, pois não?!
Mas competia-lhe, não competia?!
E que esperava o PSD obter com essa atitude, caro Dr.?
O desgaste do primeiro ministro e do PS; o esgotamento da "figura" para que as inevitáveis eleições seguintes fossem "canja da perna" para o PSD, não é verdade?!
E o caro Dr. Pinho Cardão considera que essa é a forma ideal de fazer política?
Acha o caro Dr. Pinho Cardão que temos na política nacional, partidos e lideres em quem possamos depositar confiança porque demonstram ser coerentes e defendam elevadamente os interesses reais do país e se demonstrem empenhados em governar e não somente em ser eleitos?!
;)
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarNão sabia que o meu amigo vinha cá cima com tanta frequência... A descendência já me avisou que afinal o dia D é hoje. Não sei se leu no Correio da Manhã o artigo "Maldição ataca pela esquerda" que descreve a última década $ociali$ta...
Caro Bartolomeu,
Sabe que vermelhos e brancos já somos todos por dentro. Há quem aprecie mais o Juste Milieu do céu pouco nublado...
Suzana
ResponderEliminarBom passeio, por cá nada de novo. Já lá vão uns anos que visitei a Provence. Vale imenso a pena. É tudo bonito. Esperamos as suas crónicas.