Era ainda muito novita, mas lembro-me como se tivesse sido hoje, quando pela primeira vez o homem pousou a superfície da lua. Foi em 1969, que a Nave Espacial Apollo 11 chegou à lua levando a bordo três astronautas, entres eles o conhecido Neil Amstrong. Era pequenita, mas ainda assim entendi que se tratava de um feito extraordinário, acompanhado por milhares de pessoas em todo o mundo. Lembro-me do entusiasmo, mas ao mesmo tempo da ansiedade, dos meus pais e dos meus tios, rodeados dos filhos que não paravam de fazer perguntas estranhas, que marcou a atmosfera daquele dia quente de verão. Eu e os meus irmãos ficámos tão impressionados que afirmávamos a pés juntos que tínhamos visto cá de baixo da terra um homem a andar na lua. Foi uma grande aventura humana, coroada de êxito, outras se lhe haveriam de seguir.
Agora foi o maior robô espacial alguma vez construído e enviado a outro planeta que pousou em Marte. A NASA baptizou-o de Curiosity. É também uma grande epopeia, mobilizou centenas de pessoas, recursos, esforços e vontades. Juntou saberes, conhecimentos e inteligências. O seu nome é bem o espelho da constante e incessante exploração do universo à procura da existência de outras vidas inteligentes, à procura de respostas sobre a "matéria" e sobre a origem e o fim do universo. É uma curiosidade sem limites, que se renova na ambição e na conquista de descobertas difíceis e trabalhosas, mas é também uma necessidade vital de nos conhecermos e de podermos influenciar a nossa existência humana. O que se seguirá!?
O que se seguirá? É fácil, tudo o que o homem pensar...
ResponderEliminarBom... poderá serguir-se, que as sondas que equipam o robô "Curiosity", descubram no sub-solo de Marte, a existência de uma fonte de energia mais valiosa que qualquer uma das conhecidas e utilizadas na Terra.
ResponderEliminarSe assim for, os americanos, os russos, os árabes, os australianos, enviarão imediatamente foguetões para demarcar a superfície do planeta, enquanto cá em baixo os países nomearão delegações para reivindicar e registar as possessões dessas áreas. Em seguida, reflorescerá a indústria de construcção modelar-móvel-isotérmica-auto-suficiente, para albergar os trabalhadores contratados para as explorações da tal energia, empacota-la e envia-la para a Terra.
Ou... não anda todo o mundo empenhado na busca de energias mais baratas, inesgotáveis e capazes de proporcionar altos rendimentos?!
Passaremos a ter "mobilidade" para Marte? A Ciência não se impressiona com a nossa pressa de saber "o futuro", ou a utilidade possível de cada descoberta, o que interessa é cada passo que se dá, que permitirá ou não muitos outros. O que é incrível é que a ida à Lua já parece uma banalidade...
ResponderEliminarCaro Professor Massano Cardoso
ResponderEliminarO pensamento parece ser infinito e quanto mais se pensa e mais se alcança mais longe parece que o pensamento pode ir...
Caro Bartolomeu
Está tudo em aberto. E depois, virá o turismo, porque não? Hoje já há viagens turísticas à lua. Para milionários, é claro.
Suzana
Foi a pensar na banalização que escrevi este apontamento. Onde será necessário chegar para que vivamos a mesma epopeia da ida à Lua.