quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mais uma história...

As histórias repetem-se. Um sem-abrigo apropriou-se indevidamente em Maio de 2010 de uns chocolates num supermercado. Eram 14,34 euros que poderiam ter escapado à máquina registadora. Foi apanhado pelo segurança da loja que recuperou os ditos chocolates.
O supermercado desistiu da queixa e o julgamento que tinha início marcado para ontem não se realizou. Os contribuintes foram assim poupados a despender a "módica" quantia de 2.000 euros.
Rádios, jornais e televisões destacaram repórteres para a cobertura do julgamento, ainda filmaram qualquer coisa, mas ficaram de mãos a abanar. Lá se foram as reportagens televisivas em directo para encher os telejornais...

7 comentários:

  1. Também tomei conhecimento, há que encontrar maneira de não entupir os tribunais, haverá certamente outras formas de conter estes pequenos delitos...

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  2. ...em vez de "conter" punir, claro, mas na justa medida.

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  3. Não sei se os contribuintes foram poupados, depende de que órgãos de comunicação se deslocaram com esse aparato...

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  4. Não me parece mal que estas situações sejam badaladas pelos media. Um dia, de tanto badalar, alguma coisa terá de acontecer.
    Acredito que um dia, só não sei quando, a justiça funcionará razoavelmente neste país.

    O que é lamentável é que pelos grandes roubos impunes não estejam permanentemente os media a badalar.

    Só BPN custa aos contribuintes cerca de 5% do PIB. E ninguém vai preso nem ninguém é obrigado a regurgitar o que abocanhou. A factura é de nossa conta, de muitos daqueles que nunca entraram uma vez sequer nas portas do mostrengo.

    Onde param todos esses processos que, de um modo ou de outro nos vão cair em cima? Dormem o sono dos coniventes. É bom que os media badalem. Pena é que badalem tão pouco.

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  5. Tem razão, caro Rui Fonesca, esses e também os outros, são bem penosos para todos...

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  6. Anónimo23:58

    Lá fizeram a despesa da reportagem com o advogado que, de resto, a despeito de violar o Estatuto da Ordem a que pertence falando do processo (coisa que é o mais comum na classe), até se referiu sensatamente ao caso.
    Não se perdeu tudo, pois um jovem advogado teve alguma promoção mediática. Merece, é filho de Deus, e como as coisas estão toda a ajuda será decerto bem vinda...

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  7. Caro jotaC
    Sim, é preciso criar outras instâncias para tratar estes pequenos delitos. O processo destes chocolates tem mais de dois anos, o sem-abrigo nunca mais ninguém o viu, o supermercado deixou o processo arrastar-se e desistiu à porta do tribunal e muitos recursos foram gastos à custa do contribuinte sem que se vislumbre para quê. No final, o resultado é uma mão cheia de nada!
    Suzana
    A televisão pública também anda atrás destes casos...
    Caro Rui Fonseca
    Melhor seria que badalassem em relação aos grandes crimes. Não acontece nada. É um absurdo, uma factura pesadíssima para o país.
    José Mário
    E o que é que acontece a um advogado que viola o Estatuto da Ordem? Palpita-me que sei qual é a resposta...

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