segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Actualização de Estado

No Facebook o meu Amigo e ilustre fiscalista, Dr. João Espanha, publica o post que aqui reproduzo: 

"De acordo com a proposta de alteração ao artº 168º, nº 4, do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social: "É fixada em 34,75 % a taxa contributiva a cargo dos empresários em nome individual e dos titulares de estabelecimento individual de responsabilidade limitada". Vamos supor que, por absurdo, um destes empresários em nome individual tem um rendimento tributável em sede de IRS que excede os € 80.000. Ser-lhe-á aplicado, ao rendimento marginal, uma taxa de IRS de 48%, a que acresce a sobretaxa de 4% e a taxa de solidariedade de 2,5%. Ou seja, um total de 54,5%. Se somarmos 54,5% a 34,75%, temos uma taxa global de 89,25%. O que quer dizer que, acima dos € 80.000, este indivíduo, por cada € 100 que ganhar, entrega ao Estado € 89,25 - sobram-lhe € 10,75. Dará para um café e um maço de tabaco? Se isto não é confisco, não sei o que é...".

Uma nota, somente. O João somente esqueceu de à soma juntar o imposto sobre o tabaco e o IVA sobre o café. 

Portugal, 15 de outubro, de 2012

7 comentários:

  1. José Mário
    O mesmo acontece com os trabalhadores independentes - recibos verdes. É o absurdo. Não é suposto os empresários e os trabalhadores independentes serem "ricos", devem abster-se de receber ou facturar nos escalões mais elevados, não se devem esforçar por acrescentar mais valor ao resultado do seu negócio ou do seu trabalho.
    No caso dos trabalhadores por conta de outrem a diferença é que 23,75% da TSU é suportada pela entidade patronal, pelo que a taxa global de tributação sobre o trabalho é a mesma. Melhora em 11% o rendimento disponível para o trabalhador após a tributação.

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  2. Pois é, estas invasões fiscais o dão é cada vez maiores evasões fiscais.
    Isto da justiça social dá para tudo.

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  3. Anónimo00:07

    A ser assim, meus caros Amigos, não se trata de invasão fiscal. É insanidade.

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  4. Acho que cortar nos funcionários públicos era inconstitucional. Qualquer coisa de igualdade... Assim não, assim estamos todos iguais.


    Tempo de por as poupanças ao fresco...

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  5. Mas eu não percebo... cortaram nos funcionários, as contas de 2011 têm o corte nos FP's e mesmo assim as contas derraparam.

    É estranho.

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  6. A despesa desceu. Não desceu o suficiente, tem que descer mais. A não ser que queiras pagar, situação que eu aplaudo com vigor e que nos pouparia os previsíveis incómodos que a falência definitiva do estado irá trazer lá mais para o Verão.

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  7. A despesa desceu porque cortaram ordenados. Se não pagassem ordenados de todo, ainda descia mais. olha que conversa de treta.

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