segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Os deputados das ilhas

Por altura de cada Orçamento de Estado apresentado por Governos do PSD, lá vem a chantagem dos deputados do PSD dos Açores e da Madeira. Não lhes interessa o país, interessa-lhes o arquipélago. Não são deputados da nação, são deputados das ilhas. Não foram eleitos nas listas do PSD, foram eleitos nas listas, pelos vistos, não se sabe de quem.
A questão é que fazem isso desde sempre, e a prática lhes tem rendido. Já em 1980, governava Sá Carneiro, os deputados dos Açores e da Madeira eram necessários para fazer a maioria no Parlamento. Votava-se a Lei da Televisão, que não lhes agradava. Como sinal, uns dias antes, faltaram a uma sessão em que se votavam diversos diplomas, preferindo uma festividade na Casa dos Açores ou da Madeira, já não me lembro. O Governo perderia as votações, caso toda a Oposição estivesse presente.
A Lei da Televisão veio a ser alterada nos últimos instantes, a contento de S.Excias. 
Caiu-lhes no hábito e a história vem-se repetindo. Provavelmente, ganharão mais uma vez. Perde o país, mas que interesse tem isso? Eles não são deputados da nação, são deputados das ilhas.

5 comentários:

  1. Mas quem tem razão são eles, caro Pinho Cardão. Independentemente daquilo que a constituição da república soviética de Portugal diz. Se todos os deputados fossem assim, se cada um defendesse os interesses de alguns, certamente estaríamos todos melhor.

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  2. É uma opinião...
    Mas eles não foram eleitos com base nesses princípios. Nem se candidataram como independentes. Nem se tornaram independentes do Grupo Parlamentar em que foram eleitos. Querem sempre o melhor dos mundos: encosto para serem eleitos, autonomia depois de lá estarem. Não é ético.
    Mas como a política é cada vez mais acção não ética, tudo vale.

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  3. Sim,mas ética no parlamento...

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  4. Ora aí está, caro Tonibler!

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  5. Imaginem Portugal sem os ilhéus, é para pensar.
    A Madeira tem lá uma espécie de Hugo Cháves, domina desde o 25 de Abril, ou será desde a criação da zona franca, não sei, mas compreende-se a longetividade da "ditadura". Bem, agora, por exigencia da U.E aquilo é para fechar e até já apareceu candidato com coragem de enfrentar a besta, um do PSD.
    Os Açores, esses gajos e as manias de independência, FLA, teorias malucas dignas de um filme de espionagem, com Alemães, Ingleses, Americanos e Franceses interessados naquilo, so faltam mesmo E.T's. Imgaginem Portugal sem a sua zona franca e sem os Açores.

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