terça-feira, 2 de outubro de 2012

AUSTERIDADE FALHOU! Tempo de chamar à liça famoso advogado?

1. AUSTERIDADE FALHOU! É uma das mensagens mais sugestivas que se encontra em muitos outdoors espalhados por Lisboa e outros recantos do País, uma mensagem muito actual e prenhe de significado reivindicativo: se a AUSTERIDADE FALHOU, vamos acabar com a AUSTERIDADE e vamos substitui-la pelo CRESCIMENTO e pelo DESENVOLVIMENTO!
2. Que a AUSTERIDADE FALHOU, é intuitivo, uma vez que (i) a produção tem vindo a cair há mais de 2 anos (variações negativas do PIB); (ii) os défices públicos, se bem que em retracção significativa, continuam muito elevados em parte por força da AUSTERIDADE que não deixa as receitas fiscais crescerem; (iii) a dívida pública continua a crescer, apesar da AUSTERIDADE, aproximando-se rapidamente da honrosa fasquia de 120% do PIB; (iv) o número de desempregados registados não para de aumentar, estando quase a tanger os 16% da população activa; (v) o número de insolvências de empresas e de famílias continua a bater novos recordes, mês após mês; (vi) o crédito mal-parado tanto a empresas como a particulares aumenta incessantemente, atingindo já (sobretudo no caso das empresas) um valor muito próximo de 10%; (vii) a carga fiscal não para de subir, apesar de ter já atingido, segundo alguns especialistas, um nível de ruptura; etc, etc, etc.
3. Para os esclarecidos autores desta mensagem, uma opção política correcta deve proporcionar aumentos da produção, diminuição dos défices orçamentais e da dívida pública, aumentos do poder de compra das famílias, redução de impostos, aumento do emprego e diminuição do desemprego, mais investimento, mais bem-estar em suma...o que, obviamente, pressupõe o abandono da AUSTERIDADE e a opção pelo CRESCIMENTO...
4. A esta luz, é inexplicável e inaceitável que o Governo não faça esta opção pelo CRESCIMENTO, que está ali mesmo à mão, é só mudar a agulha e já está...não se entende esta teimosia numa política de AUSTERIDADE cujo falhanço é por demais evidente!
5. É isto, nem mais nem menos, que tem mobilizado centenas de milhares de pessoas a manifestar, compreensivelmente, o seu desagrado pelo momento que se vive...
6. Como e com que meios se faria essa mudança de política – que terapia aplicar - é assunto que ninguém se preocupa em explicar, ou melhor, não convém tampouco abordar uma vez que isso não serve os propósitos da ilusão que se pretende vender: uma mensagem destas, para ser eficaz, tem de ser extremamente simples, não tem que cuidar de logísticas!
7. Nesta festa têm embarcado a generalidade dos “media”, oferecendo um valiosíssimo e militante suporte às manifestações anti-AUSTERIDADE, e muitos comentadores encartados, que resolveram passar a acreditar nas virtudes de uma política de CRESCIMENTO sem meios, execrando a AUSTERIDADE.
8. Ressalvo aqui o facto de o sempre clarividente Bloco ter avançado um pouco mais na indicação da terapia optativa referida em 5, propondo, como 1º passo, o repúdio da dívida pública, a começar pela dívida externa, impondo aos credores as nossas próprias condições de perdão dessa dívida e exigindo-lhes, em simultâneo, a concessão de novas e mais vantajosas (para nós) facilidades de crédito...
9. Seguindo na esteira desta patriótica proposta do Bloco, parece chegado o momento de chamar à liça o famoso advogado Valle e Azevedo que, segundo as informações que têm sido divulgadas, será das pessoas mais apetrechadas para convencer os nossos credores da bondade (para eles, claro) do perdão da nossa dívida e da concessão de novas facilidades de crédito desejavelmente em termos concessionais...
10. O próximo passo nesta cavalgada colectiva rumo a um estádio de demência colectiva (relembro o Extrordinary Popular Delusions and the Madness of Crowds que aqui referi há dias) pode ser pois o alistamento do famoso advogado nas hostes do Bloco, empunhando freneticamente a bandeira do repúdio da dívida!
11. Seria um momento da maior exaltação patriótica, quem sabe se do renascer da esperança!

19 comentários:

  1. Caro Tavares Moreira,

    A mim o que mais me preocupa é ver a falta de coragem para atacar a despesa pública porque enquanto este nível de despesa se mantiver, serão necessário os nossos impostos elevados para fazer frente a essa despesa. E enquanto não se cortar esse eucalípto que é a despesa publica para níveis comportáveis de financiamento do ponto de vista fiscal, ou seja, que a receita do E. seja suficiente para cobrir a despesa, nem blocos, nem coisa nenhuma. Apenas estaremos mais próximos da Grécia do que aquilo que julgamos....

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  2. Mas eu concordo com o fim da austeridade. Deixa-se de pagar impostos. O problema é que a ideia de fim da austeridade propagada é "fim da austeridade para nós, porque tu palerma ainda vais pagar mais".

    Agora, se a proposta for acabar com os impostos e, com isso, fechar o estado português, é uma questão de falarmos melhor nisso que me parece positivo. Afinal, o que é que estamos a defender dentro de muralhas? A justiça? As patrulhas em Kabul? A república?

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  3. Dr. Tavares Moreira
    A cavalgada populista contra a austeridade pode levar-nos por caminhos gregos. Ontem no programa Prós e Contras ouvi vários jovens gritarem pela queda do governo, por uma política contra a austeridade e pela luta contra o capitalismo. Estamos numa deriva de irracionalidade e irresponsabilidade. Há uns meses atrás não era visível este tipo de manifestações e incitações. Devemo-nos interrogar sobre o que é que mudou de lá para cá. O que é que fez transbordar a água do copo?
    Estamos num momento em que governo, responsáveis políticos, sindicatos e patrões, empresários e personalidades com influência na vida pública deveriam recatar-se de incendiar um fogo que já está a arder e unirem esforços para garantir a coesão política e social. O pior que nos pode acontecer é a irracionalidade tomar conta do país.

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  4. Uma simples nota: estes incitamentos à anarquia (só servirão a quem quer o fim da sociedade democrática) estão a ter todo o eco possível por parte das televisões (todas incluindo a RTP - serviço público).
    É este o verdadeiro perigo. Pois são esses canais que tornam uma manifestação irrelevante num caso nacional e, gradualmente, repetindo esse procedimento até à exaustão, conseguem tornar relevantes as manifestações.
    E tem toda a razão. A ideia que há duas opções, a austeridade e o crescimento é perigosíssima. E essa mensagem está a passar.
    A liberdade de expressão (será o argumento das televisões para continuarem a fazer o que vêm fazendo) pode ser a coveira da democracia. Pois, com a rua a decidir, tudo ficará em causa. E, acaba a austeridade. Mas, o crescimento? Estão a brincar... com coisas sérias.

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  5. 1.A questão põe-se em saber se eles têm ou não razão (ponto 1 a 4);
    2.Se têm razão o caminho a seguir é sempre frente, até ao precipício?!;
    3.Sabemos todos que não há soluções mágicas, mas com o mundo em rebuliço à procura do caminho certo serão as receitas "velhas" (as receitas de crises passadas) a terapia adequada para esta crise moderna, provocada pelo próprio capital!?



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  6. O nosso país está povoado de avestruzes a todos nos níveis, desde as figuras mais altas do estado até aos cidadãos mais modestos e anónimos.
    Temos que perceber que não vale a pena negar as evidências.
    1. O nosso modelo social não é compatível com o nosso modo de sermos sociedade.
    Não temos a produtividade nem a mentalidade necessárias à sua manutenção.
    2. Somos um país de velhos!
    Durante 900 anos conseguimos aguentar esta nobre nação apesar dos muitos desvarios que nos levaram a desbaratar um imenso património de um império. Passámos já por muitas crises e sempre conseguimos ultrapassá-las. Mas sempre contámos com uma população vigorosa!
    Hoje estamos velhos... Somos o 2º país do mundo com maior envelhecimento e temos uma natalidade mínima!
    E só não somos mais velhos ainda graças à contribuição da grande imigração dos últimos 20 anos!
    Mas Portugal cada vez menos é atractivo para imigrantes. Pelo contrário! O aumento da emigração é por demais evidente e cresceu exponencialmente nos ultimos 4 anos.
    A crise instalada para os próximos 10 ou 20 anos (vamos ser optimistas) também não augura o aumento da natalidade ou da imigração.
    Continuamos a promover o aborto em detrimento da natalidade...
    3. Em resultado de 1 e de 2 temos que há uma pequena multidão (cada vez mais pequena, é certo) de trabalhadores no activo que são obrigados a contribuir para um sistema em falência. Não há forma de garantir as regalias dos reformados actuais aos trabalhadores no activo, que sustentam o sistema.
    4. Este é um país de mentiras! Não há direitos adquiridos, não há educação nem saúde grátis! Tudo é pago a peso de ouro, sobretudo pela classe dita média (em risco de extinção). Num salário bruto de 1000 euros, cerca de 600 são entregues ao estado sob a forma mais variada de impostos, do IRS ao IVA.
    5. Temos uma dívida impagável!!!!
    6. Temos uma constituição obsoleta! Temos uma constituição que apenas admite o modelo socialista de sociedade!
    7. Em resultado de 6 (e de outras coisas), não temos alternativas políticas!
    8. Em consequência de 7 nao temos DEMOCRACIA!
    Por tudo o descrito acima lamento informar que:
    9. Não temos futuro enquanto país.
    RIP Portugal...

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  7. Caro Tavares Moreira

    Sob pena de me repetir, dado que o teor deste comentário é semelhante ao que realizei há uns tempos para um post do Pinho Cardão, estamos, em Portugal no meio de um "Episódio Costa Concórdia".
    Como sabe o "Episódio Costa Concórdia" divide-se em três momentos, no primeiro cometemos uma borrada sem nome, no segundo (o do meio e onde estamos) tentamos safar das responsabilidades; aguardemos pelo terceiro momento em que, finalmente se fará o que tem de ser feito e não o nosso melhor como até aqui.
    Resta saber se, quando fizermos o que tem de ser feito, possamos sair todos ilesos e sem as vítimas que, infelizmente, o navio que dá o nome ao episódio sofreu.
    Cumprimentos
    joão

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  8. Este tipo de raciocínio é tão demagogo como os protestos do BE, que me perdoe, meu caro Tavares Moreira. Bater no BE é fácil. Difícil é fazer bem, e só por má fé é que alguém pode dizer que este governo está a fazer bem.

    Sugeria que o debate se centrasse aqui, e não em bater no BE. Para isso até eu posso dar uma ajuda.

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  9. Caro Carlos Monteiro,

    Desculpe lá, mas porquê essa de dizer que eu estoua bater no Bloco?! O Senhor não deve ser cego e já viu com certeza, os cartazes do Bloco incitando ao repúdio da dívida - olhe está um aqui perto, na Av.A.A. Aguiar que vejo quase todos os dias!
    Então por me referir a peças que são da autoria, publicamente confessada, do dito Bloco, eu estou a bater no Bloco?
    O Bloco é assim tão intocável e insusceptível de crítica para o Senhor, uma espécie de vaca sagrada?
    Pode-se bater livremente nos outros todos e quanto ao Blco nem uma referência objectiva e neutra que, aqui d'el Rei que estão a bater no Bloco? Como se fosse uma vaca sagrada?

    Caro Unknown,

    Mas essa é a receita da AUSTERIDADE, reduzir a despesa pública...nós precisamos é de CRESCIMENTO, de desenvolvimento, essa da redução da despesa já deu o que tinha a dar, meu Caro!
    Há pois que aumentar a despesa, se isso for pressuposto do CRESCIMENTO como estas mensagens subliminarmente confessam!
    Mais dívida ainda, pois, rumo à total e irrecuperável insolvência, é agora o novo caminho de esperança que nos aguarda e que os media não se cansam de proclamar, a toda a hora!

    Caro Tonibler,

    Muito mas muito sugestivos mesmo os seus apontamentos de comentário...mas para o perito V. e Azevedo nem uma palavra? Já se esqueceu de que se trata de um grande benquifista?

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  10. Ao ler este post, parece que não se passou nada até chegarmos aqui.
    Quem nos colocou nesta situação? Como foi possível chegarmos aonde chegamos. Onde estão os responsáveis políticos, que desde o 25 de Abril nos conduziram até ao precipicio?

    Que democracia é esta, onde os culpados nunca são encontrados, onde nimguém presta contas.
    Fogem como o tal advogado. Estão agora com medo dos credores e das manifestações, querem o povo amordaçado, calado, resignado, manso, para continuarem com as experiencias, convencidos que são os salvadores da pátria, que são os iluminados. Ficam admirados como o Passos, que não sabe como foi possível chegar aos resultados desastrosos com as opções políticas que tomou. Querem convencer-nos que são estas as politicas que nos vão tirar da lama. Gozam connosco e espremem-nos nos salários, impostos conduze-nos ao precipicio a bem da nação (dos bolsos deles e do tacho futuro). Esses politicos não têm ideias ou soluções para o país, estão apenas preocupados com o seu umbigo, refugiam-se atrás de seguranças musculados e saem pela porta dos fundos. Com ar arrogante como quem diz "eu sou o salvador da pátria", sou importante, um gajo iluminado.
    Estes políticos metem-me nojo...


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  11. Caro Tavares Moreira,

    Pode bater no Bloco à vontade, é um desporto salutar, até. Mas perde-se o ponto da questão...

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  12. Caro Tavares Moreira,

    Na segunda vez que o Dr. João Vale e Azevedo se dirigiu à Boa Hora, desta vez para ser julgado pelo crime capital, nas duas leis, de ter roubado o Sport Lisboa e Benfica, tinha à porta um grupo alargado de pessoas que chamavam pelo seu nome e lembro-me de ouvir um a dizer "faltam homens como o ShôTor!". Como vê, o povo português não podia andar mais enganado, o que não faltam são homens como ele.

    E concordo com o camarada Monteiro, em fase de eleição por unanimidade da liderança bicéfala e bisexuada do bloco, chamar-lhe vaca sagrada pode trazer interpretações menos elegantes. Isto apesar de comungar da desilusão geral que foi ver o partido da Joana Amaral Dias, da Ana Drago e daquela senhora que parece a Lucy Lawless, nomear uma figura menos notável da luta proletária da Kapital.

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  13. Caro Gonçalo,

    Subscrevo o seu comentário na íntegra, parecendo-me que tem toda a razão ao apontar o dedo à tremenda irresponsabilidade que tem vindo a ser demonstrada pela genralidade dos "media".
    E parece-me tb justa a especial referência à RTP que neste particular tem prestado um serviço de prejuízo público manifesto, funcionando como agente mobilizador de multidões que correm atrás de ilusões!
    Simplesmente imperdoável essa deriva anarquista militante da RTP!

    Caro Sandro Nóbrega,

    As suas considerações parecem-me de um modo geral justas e oportunas...estamos a viver um tempo de enormes ilusões quanto ao futuro, ilusões vendidas por falsos profetas da verdade...depois de termos vido na ilusão de uma falsa abundância durante anos a fio!

    Caro João Jardine,

    Essa comparação ao episódio do Costa Concórdia tem graça e muito de fundamento na minha opinião...estamos claramente a adornar, em termos políticos e sociais, só espero que ainda seja possível fazer o resgate de todos os passageiros entretanto e salvar a embarcação nos últimos instantes!

    Cara Margarida C. Aguiar,

    Estou de acordo consigo quando diz que o pior que nos pode acontecer é a irracinalidade tomar conta do País.
    Mas olhe que é isso que está a acontecer mesmo, já estivemos mais longe de um estádio de histeria colectiva...
    Vamos ver se os ânimos serenam, mas para isso tb é necessário que a classe política, de uma forma geral, mostre uma postura de maior responsabilidade e aceite uma partilha maior dos custos da austeridade, o que ainda não se viu com suficiente evidência...

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  14. Parece que já é oficial, essa da irracionalidade...

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  15. é um processo indecente.
    o mal que fazem aos empreendedores como tavares moreira e ora ao zeca diabo...

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  16. La política económica, tal como indica el orden de las palabras, es primero política y después económica. No hay nada más falso que las cantinelas más repetidas por casi todos los gobernantes europeos: "son las medidas que el país necesita", "son necesarios estos sacrificios para salir pronto de la crisis", "la situación económica impone estas desagradables medidas", "todos debemos sacrificarnos para salir adelante", etc., etc. Ni una medida de política económica mínimamente importante es neutral en un sentido preciso: que perjudica o beneficia a toda la población. Toda medida de política económica perjudica a unos sectores sociales y beneficia a otros. Ejemplos, meros ejemplos: bajar los impuestos a los más ricos, congelar o bajar las pensiones, facilitar y abaratar los despidos laborales, gravar con aranceles productos extranjeros, bajar el sueldo de los trabajadores del sector público, destinar menos recursos a la educación pública, introducir el copago sanitario, idear unos presupuestos públicos de austeridad en plena recesión… ¿Es difícil descubrir quien gana y quien pierde en cada uno de estos casos? Cosa bien distinta es la (supuesta) justificación que se da en cada caso por parte de los responsables gubernamentales. Primero se decide a qué sectores sociales va a favorecerse y después se instrumentan los medios económicos que hará posible lo primero. En palabras de Joseph Stiglitz: "El gobierno tiene la potestad de trasladar el dinero de la parte superior a la inferior y a la intermedia y viceversa"

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  17. Caro jotaC,

    Compreendo perfeitamente a angústia que ressalta do seu comentário.
    Lembro-lhe apenas que ter razão é muito respeitável mas não basta, é preciso ter soluções quando não o ter razão passa, num ápice, a um estado de desespero em que todos os excessos são possíveis...
    Quanto à respoonsabilididade do capital nesta crise estarei de acordo consigo se disser, de forma mais esclarecedora, "do desperdício de capital"...
    O desperdício de capital assumiu proprções gigantescas na crise do "sub-prime", por exemplo, à nossa escala o desperdício de capital está mais visível no dispêndio de milhares de milhões de Euros em obras totalmente inúteis, de pura fachada, de que são exemplos um grande número de estádios de futebol, o autódromo do Algarve, o aeroporto de Beja, um número significativo de AE reservadas às moscas, centenas de auditórios e museus de mil e um temas que quase ninguém utiliza ou visita,milhares de rotundas perfeitamente superfluas na regulação do tráfego etc, etc, etc.
    Esse capital fixo - e são milhares de milhões de Euros, repito - não só não rende nada, como tem custos de manutenção elevadíssimos, como ainda estamos a pagar a peso de ouro o capital financeiro que teve de ser mobilizado para realizar tais empreendimentos!
    É esse o capital responsável pela nossa desgraça, meu Caro!

    caro Tonibler,

    Os seus 2º e 3º comentários são simplesmente deliciosos...só espero que o 2º comentário não tenha dado a volta ao estomago ao nosso Caro C. Monteiro que já percebi pode ficar algo "touché" quando se fazem referências - nem que seja no plano da "pilhéria", como no Post - ao esclarecido Bloco...

    "Senhor" jjoyce (N.S.?)

    Bem-aventurados os que lançam pedras ao abrigo do anonimato, porque lhes pertencerá glória perene...

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  18. Caro JotaC,

    À minha lista de desperdício de capital deve ser acrescentado o BPN, e em lugar de honra...peço desculpa pela omissão!

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  19. Bem-aventurados os que lançam pedras ao abrigo do anonimato, porque lhes pertencerá glória perene..
    anonimato?
    não sou anónimo!
    recomendo-lhe a leitura do livro «O Banqueiro de Rapina, crónica secreta de Mário Conde», de Ernesto Ekaiser.

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