FrançoisHollande acaba de anunciar uma subida de 25 mil milhões de euros nos
impostos, sobretudo no IVA, e um corte de 10 mil milhões na despesa pública, de
modo a cumprir o défice de 3% no Orçamento do próximo ano. Austeridade, para
que o PIB possa crescer sustentadamente, a começar por um aumento de 0,8% em
2013 (coisa em que os economistas do costume dizem não acreditar, pelo que mais
cortes orçamentais deverão ser necessários. Lá como cá).
Lá se foi de vez a “aposta”de François Hollande no crescimento através
da despesa pública, dos grandes projectos e dos eurobonds, e outros slogans
quejandos. À la française, solenemente, no grande salão de festas do Eliseu,
rodeado de ministros, ao jeito dos cortesãos da antiga corte.
Passaram apenas 6 meses, mas Hollande aprendeu depressa que demagogia
pacóvia não é maneira responsável de governar um país.
E se Hollande já vinha perdendo popularidade mais depressa do que
qualquer outro político na história moderna, a partir de agora poderá
adivinhar-se o pior. Hollande também mostrou que sabe isso: pediu para ser
julgado, não pelo estado da opinião pública de hoje, mas pelo estado da França
daqui a 5 anos.
Em post aqui publicado aquando da eleição, vaticinei que Hollande
depressa esqueceria as suas promesas e arrepiaria caminho. O que eu não pensava
era que fosse tão depressa. Ainda bem.
Um forte golpe na cultura importada (e colada a cuspo) de Seguro.
Possa Seguro também seguir agora o mestre que tanto venerou.
E não vai ser suficiente.
ResponderEliminarA lógica dos 3% de défice era válida numa perspectiva de crescimento onde os défices de hoje eram pagos pelo crescimento de amanhã.
Ora, como não vai haver crescimento (que se veja) tão cedo a única meta realista para a gestão orçamental só pode ser o défice zero...
http://notaslivres.blogspot.pt/2012/11/erros-da-governacao-actual-i.html
Nada como a realidade...
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão (adoro este vocativo!), tenha calma e espere pelo tombo.
ResponderEliminarEm Portugal e na Grécia, já sabemos como a receita funciona. Agora, a França... ui! ui! é outra conversa.
Quando todos acordarmos, será a própria Alemanha que necessitará de um resgate. «Wait and see!»
Já se sabia há uns tempos que a Espanha seria a nova Grécia e que a França seria a nova Espanha . Just wait and see .
ResponderEliminarQuanto a Hollande ele foi eleito com a promessa de que seria capaz de ser primeira pessoa ,(para glória da França e espanto da Humanidade), a conseguir abrir e fechar uma torneira ao mesmo tempo,
que é o que significa o aumento exponencial de Despesa e a redução simultanea do Déficit.
Há pois já me esquecia que tudo seria pago com o IRS a 75% para os "ricos".Ontem mesmo se soube que Gerard Depardieu acaba de comprar uma bela casa na Belgica onde consta que que sentirá como em casa tal o numero de compatriotas que terá como vizinhos.
manuel.m
Pois é, caro Manuel m, fica sempre bem aumentar impostos, o problema é cobrá-los. A aumentos desmesurados e desproporcionados corresponde sempre uma diminuição de receita.
ResponderEliminarMas, como é politicamente correcto, os políticos gostam.