1. O Boletim Económico do Outono, esta semana divulgado pelo BdeP, apresenta, no que se refere às previsões económicas para 2013, três pontos que merecem especial atenção: (i) um cenário mais negativo para o desempenho global da economia, com uma nova contracção do PIB, de 1,6%, quando na anterior edição do Boletim (Verão) a apontava uma estagnação; (ii) apesar da maior negatividade do cenário económico, a previsão de variações positivas do PIB, em cadeia, a partir do 3º trimestre; (iii) e um cenário muito mais positivo no que se refere ao comportamento das contas com o exterior, com a previsão de um superavit das balanças de bens e serviços de 4,5% do PIB (era apenas de 0,8% do PIB no Boletim do Verão) e tb um superavit da balança corrente+ balança de capital, de 4% do PIB.
2. Como não podia deixar de ser, o único destes 3 pontos que mereceu atenção da comunicação social e da generalidade dos analistas – por ser desfavorável, obviamente – foi a previsão mais negativa para o comportamento do PIB, que é mesmo pior do que a previsão subjacente ao OE/2013 (-1%), o que significa que serão maiores os riscos para o cumprimento das metas orçamentais em 2013, do lado da receita e da despesa.
3. Uma vez que esse primeiro ponto já teve a atenção que lhe é devida, justifica-se darmos alguma atenção aos outros dois, praticamente ignorados pelos media & comentadores.
4. Começo por dizer que, em termos de previsões, valem tanto as que se referem ao ponto (i) como as outras duas - estamos como é evidente num terreno sujeito a mudanças frequentes e acentuadas, basta atentar nas significativas diferenças que, apenas em 3 meses, as previsões do BdeP para 2013 sofreram.
5. Mas se a previsão do pior desempenho do PIB foi tomada muito a sério pelos media & comentadores, assiste-nos, apesar das nossas próprias reservas, o direito de atribuir igual credibilidade às outras duas previsões.
6. Neste heróico pressuposto, a ocorrência simultânea de um período de variações positivas do PIB, a partir do 3º trimestre de 2013 repito, e de um significativo superavit das contas com o exterior - significando este último que a economia iniciou um processo consistente de desendividamento em relação ao exterior - constituirá uma viragem de tal monta que poderá funcionar como “driver” da há muito esperada mudança de expectativas em relação à capacidade da economia portuguesa para superar a dificílima situação em que se encontra.
7. Teremos aqui a tal luz verde ao fundo do túnel que o BdeP - apesar das cores bastante negras que utilizou na pintura desse mesmo túnel que nos leva até ao 3º trimestre de 2013- resolveu acender, para guiar aqueles que corajosamente querem prosseguir em tão arriscado trajecto...
8. Num tempo tão carregado de más notícias e de tanto pessimismo nos painéis de comentadores que vão desfilando pelas câmaras de televisão, esta ténue luz aberta pelo BdeP poderá ser uma boa razão de esperança para quem ainda acredita numa saída para esta sufocante crise...
Penso que quando o caro Dr. Tavares Moreira utiliza o termo “driver”, no ponto 6 deste seu interessantíssimo post, se esteja a referir ao taco utilizado pelos golfistas, à saída. Sabe-se que com esse taco, o prticante atinge distâncias mais longas, mas para tal precisa possuir "swing", mais até do que força.
ResponderEliminarQuanto às previsões do BdP e à atenção que elas merecem, sem discordar daquilo que o estimado autor aqui expõe, penso que é muito mais "lógico" acreditar na primeira, que nas restantes duas.
E tenho esta opinião, por um motivo que aceito ser completamente errado; é que, todos os sinais apontam para a contracção prevista do pib mas, não vejo outros que justifiquem as restantes previsões do BdP.
Mas admito que o meu problema seja de míopia...
Ah, as previsões!!!
ResponderEliminarEm pontos, como o postadeiro:
1) Gaspar ainda não acertou uma, mesmo à distância de um par de meses.
2) Agora, há uns criativos que se dedicaram a reformular a criação de siglas. Deve ser do Aborto Ortográfico...
3) Portugal deveria já estar a crescer neste momento. Afinal, o Gaspar já reviu esta coisa e disse que acontecerá nos próximos 5 anos. Foi ambicioso.
4) A luz que o postadeiro vê ao fundo do túnel é obviamente a do comboio (quiçá o TGV) que nos vem esmagar de vez.
5) Deixo aqui a minha, previsão, claro: este governo não chegará ao outono de 2013. Parece que o mundo vai acabar já em dezembro, mas não será daí que... tipo... ya!
6) Seguro já o pressentiu e já começou a preparar o terreno a austeridade não é uma obrigatoriedade, é uma necessidade. Realmente, o país não tem hipóteses com estes dois (o Coelho e o Seguro, obviamente). O melhor é votar na gaja do BE, que sempre é melhor, fisicamente, do que estes dois monstrengos (perdão, Pessoa!).
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarexecelente o seu comentário, pois vem "direitinho" de encontro ao espírito do Post...
O trabalho seletério dos media & opinadores não é em vão, vai moldando as consciências das pessoas, mesmo o seu subconsciente, deformando por completo a sua forma de avaliar factos e hipóteses..
Portanto o meu mui ilustre amigo considera que as mesmíssimas assentes nos mesmos pressupostos) previsões do BdeP só porque são más são credíveis e só porque são menos más ou favoráveis já não são credíveis!
Parabéns aos media & opinadores, conseguem lavar cérebros com uma eficácia outrora impensável!
Senhor Stoudemire,
Não lhe é possível fazer um pequeno esforço e apresentar comentários um "nadinha" menos ilegíveis?
A comunidade agradeceria!
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarestava a correr no ginásio e, portanto, com audição reduzida mas tinha pela frente uma televisão com o prof. Rosas (já que é para correr, que seja nas piores condições!!!), o Santana Lopes, o Assis e a mulher do Pulido Valente que estava a comentar esses números e iam aparecendo escritos os destaques das intervenções de tão distintos ignor..., perdão, especialistas. E comentava com um colega "cada frase que aparece é mais cavalar que a anterior" e ele responde-me "pa, põe-te no lugar deles, daqui a uns meses vão ganhar um terço do que ganham hoje".
A verdade é que toda a gente que comenta números neste país está montada em cima deles. Chegámos à impressionante situação bolchevique de ninguém na comunicação social ser fora do sistema.
Claro que a ninguém na comunicação social interessa os números do comércio externo. Para isso é preciso trabalhar...
Este assunto parece-me demasiado linear, para que seja remetido para a secção da lavagem cerebral, caro Dr. Tavares Moreira.
ResponderEliminarAlém de que, o meu comentário não é uma afirmação, mas somente o meu "acho que".
De qualquer modo, insisto - sem precisar das opiniões dos media - em que: o primeiro adventismo do BdP, quanto a mim, "está na cara" de qualquer pessoa que esteja minimamente informado acerca da situação económica e produtiva do país. Relativamente aos outros dois, nada, nenhum sinal, me indicia que a sua proposição, venha a confirmar-se.
De todo o modo, mantenhamo-nos atentos ao fundo do túnel e à "aparição" dessa tal luminosidade... (opaca?)
Caro Tonibler,
ResponderEliminarÉ o que se pode chamar de comentário perfeito: nem uma vírgula a mais nem a menos!
Só lhe gabo a coragem de acompanhar(ainda por cima em passo de corrida, que refere) esse famosíssimo e extremamente esclarecedor programa de debate político-económico...
Caro Bartolomeu,
Sabe bem quanto o prezo bem como à honestidade intelectual que caracteriza as suas opiniões...
Mas quanto mais insiste nessa tecla, mais o vejo na roupagem de vítima inocente desta horripilante comunicação social que nos avassala, a toda a hora, com considerações tétrico-económicas quando não apocalíptico-económicas...
Julgo que é mesmo um permanente apocalipse, o fluxo de notícias sobre a economia portuguesa que os media vendem a quem lhes dá alguma atenção ou confiança...
Caro Dr. Tavares Moreira,
ResponderEliminarem termos de consideração e de apreço e até de admiração, sabe bem o ilustre autor, quanto lhe dedico.
Quanto à matéria do post e consequentemente dos comentários que coloquei, garanto-lhe que são absolutamente independentes das opiniões mediáticas.
Para mim e estou certo que para toda a gente, o termo pib, abreviatura de produto interno bruto, representa quantitativamente a actividade económica, neste caso do nosso país, e tem por base a soma de todos os bens nele produzidos. Ora, assim sendo, e dado que a produção interna de bens no nosso país tem vindo a decrescer, resultado da falência de muitas fábricas e da falta de investimento em novas tecnologias e criação de núcleos de produtividade, fácilmente se percebe, sem necessidade de adição às opiniões dos media; o primeiro ponto da previsão do BdP, aqui apresentada pelo caro Dr. TM.
Ora, partindo deste dado, confirmado pelo BdP, não consigo compreender em que se baseiam as previsões que compõem os pontos II e III, sem que os enquadre num cenário de extremo optimismo ou até do paranormal.
Caro Drº Tavares Moreira,
ResponderEliminarSendo que as balanças que indica terão saldos positivos e compõem a balança de pagamentos, pergunto:
1.Em que medida é que isso influi para o desenvolvimento económico do país quando o PIB vai baixar?;
2.O fato da balança de pagamentos apresentar saldo positivo significa só por si que que a economia vai crescer, ou apenas que a dívida vai estabilizar libertando recursos financeiros para o seu pagamento;
3.O défice crónico orçamental continuará a ser suportado pelo recurso aos impostos?;
Se tiver paciência gostaria de ser esclarecido, de saber como é que tudo isto joga, pois como sabe o meu conhecimento sobre estas questões é meramente empírico, portanto, desculpar-me-á com certeza...
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarOraa qui estamos no domínio mais interessante da análise dos processos de ajustamento de uma economia...
Quando diz, e é verdade, que a actividade económica vai contrair -a ter por boa a nova previsão do BdeP- isso resulta de uma soma de parcelas, umas positivas e outras negativas, do valor carescentado pela actividade de milhares de empresas por esse País fora...
Nessa soma aritmética, é cada vez mais a parcela correspondente às empresas que exportam bens e serviços e cada vez menor a parcela das empresas que produzem para o mercado interno...
Segundo o BdeP, a parcela (no PIB) das empresas que exportam bens e serviços, será superior a 40% em 2013 quando nos últimos anos tem sido não superior a 30%...
É por isso que não há nenhuma incompatibilidade de princípio entre uma queda no PIB e um aumento (muito) expressivo do superavit das contas com o exterior.
E é exactamente a partir desse novo equilíbrio da economia que esta estaem condições de encetar um processo de crescimento, sem ter de se endividar adicionalmente (a que tb se usa chamar sustentávbel)...
Se me permite, com estas considerações respondo também ao jotaC (igualmente com a benevolência dele).
De acordo, caro Dr. Tavares Moreira.
ResponderEliminarMas, não lhe parece - ao meu estimado Amigo - que seriam muito mais seguras as previsões do BdP se as estimativas de recuperação da economia assentassem no propósito e na prioridade - que considero de interesse nacional - do aumento e consolidação da produção, tendo em vista satisfazer as necessidades do mercado interno, tomando como objectivo principal o primor da qualidade, da genuinidade e da distribuição?
A mim parece-me que descurar o consumo interno, ou, remetendo-o na sua maioria para os produtos importados e pensar quase exclusivamente na produção para exportar, não resultará na estabilidade económica que nos permita crescer.
Mas, isto é somente a minha opinião pessoal... como sempre.
Acima de tudo, cumpre-me agradecer-lhe, caro Dr. Tavares Moreira, a disponibilidade e atenção que dispensa aos meus comentários.
"(...)Segundo o BdeP, a parcela (no PIB) das empresas que exportam bens e serviços, será superior a 40% em 2013 quando nos últimos anos tem sido não superior a 30%...
ResponderEliminarÉ por isso que não há nenhuma incompatibilidade de princípio entre uma queda no PIB e um aumento (muito) expressivo do superavit das contas com o exterior.
E é exactamente a partir desse novo equilíbrio da economia que esta estaem condições de encetar um processo de crescimento, sem ter de se endividar adicionalmente (a que tb se usa chamar sustentávbel)...(...)"
É interessante!. À partida (para um leigo) parece haver contradição entre uma coisa e outra, isto é, ao aumento de produtos a exportar, gerando um superavit, deveria corresponder também um aumento percentual do PIB...
De fato nada é o que parece, muito obrigado, caro Drº Tavares Moreira, pelos eclarecimentos.
"Segundo o BdeP, a parcela (no PIB) das empresas que exportam bens e serviços, será superior a 40% em 2013 quando nos últimos anos tem sido não superior a 30%..."
ResponderEliminarPois...e ainda assim o PIB não aumenta (diminui) porque a subida percentual do peso das exportações no PIB para os 40% tem muito mais a ver com a queda acentuada do consumo interno (empobrecimento) do que com o mérito excepcional do sector exportador.
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarPeço a sua atenção para o facto de, quando fala em produção, incluir toda a actividade económica, como não pode deixar de ser aliás.
Nessa actividade inclui-se muito comércio e serviços que só foram criados ou se expandiram, e susbistiram, enquanto a economia se pode endividar sustentando uma procura que, a partir do momento em que o endividamento parou, entrou em recessão...
Arrastando consigo uma forte contracção desses serviços (restaurantes, cafés, serviços de beleza, ginásios, gabinetes de arquitectura e de advogados,serviços de limpeza, comércio em geral, comércio de automóveis em particular, etc, etc, etc.).
A esse fenómeno há que acrescentar a construção imobiliária que, como também sabe, se expandiu com base no explosivo crescimento do crédito fácil, tanto para a construção como para a compra de habitação/escritórios.
São sobretudo essas actividades que estão em queda, caro Bartolomeu, o que tinha de acontecer mais dia menos dia, quanto mais tarde pior - quanto mais durasse o fenómeno do sobreendividamento maiores e mais dramáticos teriam que ser os efeitos da sua correcção...
O que eu penso é que nós estivemos tempo demais - forma pelo menos 15 anos - a viver artificialmente, suportados num excesso de endividamento que agora ruiu...
Em conclusão, o processo de ajustamento a que estamos a assistir é não só necessário como até tardio, e tem como finalidade criar uma nova estrutura produtiva que seja sustentável no médio/longo prazo.
É evidente que este processo de ajustamento tem aspectos muito dolorosos, sobretudo para quem perde o seu emprego e já não está em situação de se reconverter ou até de emigrar. Mas não há outro processo de fazer o ajustamento, infelizmente, e é isso que os paupérrimos media e muitos comentadores (a grande maioria) não conseguem nem nunca conseguirão perceber ou porque estão ideologicamente condicionados - pensam que o Estado dispõe de recursos ilimitados e tudo deve resolver - ou porque simplesmente não entendem...
Caro António Almeida Felizes,
Nada de mais errado, na sua conclusão... mas tem todo o direito de estar errado, certamente!
Remeto-o, se quiser ter a paciência de ler, para a resposta que acabei de endereçar ao Bartolomeu.
Não sei em que fase da história a derivada do PIB se passou a chamar crescimento económico, mas não é. A derivada do PIB é a derivada do volume de dinheiro circulado e economia não é troca de dinheiro, é troca de trabalho. Se o dinheiro não corresponde a trabalho português, como foi o caso nos últimos 13 anos, a derivada do PIB não tem nada a ver com crescimento económico.
ResponderEliminarA balança comercial positiva revela um crescimento da economia de facto, porque significa que estamos a trocar trabalho português por trabalho estrangeiro, O PIB, tal como é medido, é irrelevante nessas cogitações e até me parece algo absurdo ser metido ao barulho. Mas compreendo que seja mais fácil justificar asneiras chamando à medida do PIB crescimento económico.
Caro Dr. Tavares Moreira, mais uma vez fico-lhe grato pela atenção da resposta ao meu comentário, e ainda, pela explicação dada.,
ResponderEliminarCaro Tonibler,
ResponderEliminarA sua veia matemática acaba sempre por impor a sua autoridade...
A questão é que o PIB mede o valor acrescentado por todas as actividades "produtivas" realizadas numa economia...incluindo aquelas que produzem "muito pouco",que só forma criadas e prosperaram porque existiu uma procura artificialmente alimentada por um excesso de endividamento, como é o caso daquelas que referi na resposta ao Bartolomeu.
Daí que o PIB seja uma medida sujeita a contingências de percurso, autênticas vertigens, como agora estamos a assistir, e que os tontinhos da comunicação social e os comentadores de opereta tratam, por crassa ignorância, como desgraça nacional que seria obrigação do governo evitar...
É uma desgraça para muita gente,infelizmente, mas uma desgraça anunciada...e que estes mediáticos gostariam de ver ampliada até ao infinito...
Caro Bartolomeu,
É sempre um prazer trocar argumentos com o meu amigo, pois tenho por certo que o faz sempre dentro de uma seriedade de propósitos e de análise que apraz registar, por diversos motivos e também por ser hoje pouco frequente.
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ResponderEliminarCaro Asfixiado,
ResponderEliminar"Asneira da grossa", mas também está no seu direito, certamente!
O tornado do Algarve poderá aumentar o "seu" pib, nunca o PIB nacional:acha que a destruição de casas, automóveis, sinais de trânsito e de outras iguarias semelhantes alguma vez gera valor?
Desasfixie-se dessas ideias, pois se assim continua corre o risco de perecer!
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ResponderEliminarSó contam para o PIB DEPOIS da destruição. Contando com a destruição, reduzem o PIB. A questão é se a MEDIDA do PIB vai acusar um crescimento. E aí não faltarão espertalhões que sabem bem que sim, alguns muito bem na vida à minha conta.... Por isso é que falar em PIB e crescimento já não faz sentido nenhum.
ResponderEliminarCaro Tavares Moreira,
ResponderEliminarA explicação que me dá aponta para os méritos da política até agora seguida (austeridade/empobrecimento) mas não me contradiz na afirmação de que grande parte do ajustamento comercial estar a dever-se à queda na procura interna e das importações (menos maquinaria e investimento produtivo). Por outro, Portugal está a pagar muito menos rendimentos ao exterior, em grande parte porque está em recessão, remunerando menos os investimento dos estrangeiro, o que está longe de ser animador.
Cumprimentos,
Caro António Almeida Felizes,
ResponderEliminarNo que respeita aos investimentos do estrangeiro em Portugal, são de 2 tipos: investimento financeiro, em dívida, e investimento directo no sector produtivo.
Quanto ao primeiro, Portugal (República e Empresas) tem cumprido escrupulosamente os seus compromissos, pelo que os investidores não deverão ter a menor razão de queixa.
Quanto ao segundo, como bem saberá a generalidade das empresas de capital estrangeiro instaladas em Portugal não escolheram esta localização por causa do mercado interno, elas têm um projecto dominantemente exportador. Se estão a vender menos, isso não terá a ver com a retracção do mercado interno mas com o abrandamento que se tem verificado, nos últimos meses, nos mercados de exportação em especial os europeus. Não têm, assim, que se queixar pelo facto de estarem instaladas em Portugal.
Por aqui deveremos concluir que isso nem é animador nem desanimador, contrariamente ao que sugere - isto na minha análise, obviamente.
Caro Tonibler,
Julgo que estamos em condições de lançar um abaixo-assinado propondo o abandono do PIB como medida do desempenho da economia portuguesa, passando a utilizar-se o PNB - está disponível? Olhe que temos um importante aliado, o Dr. Vítor Bento já há algum tempo avançou essa sugestão...
Onde é que se assina? Mas sabe que fiz um exercício com vários economistas e não me parece que vá haver muitos a aderir...
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