No final do ano é costume
formularmos votos de Bom Ano Novo. É normal que as pessoas desejem umas às
outras o melhor para as suas vidas no ano que vai entrar, que tudo aconteça de
acordo com as melhores expectativas, que os seus desejos se realizem, não
faltam os votos de saúde e de muitas alegrias e felicidades.
Sabemos como são especialmente importantes
as palavras de alento e de esperança de mudança para as pessoas apanhadas pelo desemprego,
muitas delas sem disporem de qualquer rendimento, que procuram trabalho mas não
encontram resposta positiva, e que se confrontam diariamente com dificuldades
financeiras para resolver necessidades tão essenciais como a habitação ou a
escola dos filhos. O agravamento dos sacrifícios em 2013 vai especialmente
pesar sobre todos aqueles que estão no desemprego e que vivem com carências
económicas significativas.
Tenho esperança que em 2013 o
país cresça em consciência social e que, como tal, governo, políticos, empresas
e cidadãos ganhem maior sensibilidade social, sejam mais responsáveis e estejam
mais disponíveis para contribuir para o reforço da solidariedade social, seja
no plano político, seja no plano institucional e individual. Esta esperança
funda-se na observação do ano de 2012 que não deve deixar ninguém indiferente
perante o sofrimento de muitos portugueses.
Justamente num momento em que a
taxa de desemprego atinge níveis muito graves e em que a pobreza está a crescer
a partir de níveis já de si elevados esperava-se do Estado Social uma maior
capacidade na protecção das pessoas e famílias atingidas por estas chagas
sociais. O Estado Social falhou quando era mais necessário, para quem dele
necessita. A situação é de grande emergência financeira, mas passou a ser
também de grande emergência social.
Desejo, pois, o maior cuidado nos
cortes anunciados de 4,4 mil milhões de euros na despesa pública, que sejam
procuradas e encontradas alternativas que não afectem os níveis de rendimento
já de si muito baixos e precários da maioria da população e que não reduzam os
níveis de protecção social já de si fragilizados.
Votos de um BOM ANO 2013 para todos os nossos
Amigos, Comentadores e Leitores!
Margarida, desejemos que, ao longo do próximo ano, possamos olhar os dias que chegam com mais ânimo, mais energia e mais confiança no futuro. Entretanto, vale-nos o valor da amizade, da compreensão mútua e da atenção aos outros, talvez no meio deste desmoronar do mundo que conhecemos se volte a encontrar muito do que tínhamos considerado secundário mas que, afinal, é o que nos suporta qaundo tudo o resto falha. Um bom ano de 2013!
ResponderEliminarO que falhou foi o estado não social incompetente e irresponsável com governantes e funcionários que não entendem que um déficit externo crônico é insustentável .
ResponderEliminarBom Ano Novo, cara Margarida. : )
ResponderEliminarFeliz ano novo, Margarida.
ResponderEliminarMargarida, que triste é constatar que, para si, as necessidades maiores dos portugueses se prendem com questões, de momento já tão secundárias, como a habitação ou a escola dos filhos.
ResponderEliminarAssim escrevendo, revela um total e completo desconhecimento da realidade.
As necessidades dos portugueses são conseguir alimentar os próprios filhos ou netos, muitas vezes à conta da fome dos próprios.
Quando o Estado Social define como limiar da pobreza um valor de 419.22 €, aplica rendas no Programa de Emergência Social (supostamente com 30% de desconto) a partir de 250-300 €, paga 90 € de rendimento social de inserção... e vem a senhora falar nas questões tão secundárias.
Faço votos para que, neste novo ano, abra ainda mais os seus olhos, para a realidade. A si e a todos os portugueses que possam ajudar os que mais precisam.
Bom ano novo.
Carlos Miguel Praxedes
ResponderEliminarPermita-me que lhe refira que não consigo perceber a razão pela qual ignorou parte do conteúdo da minha mensagem e a distorceu.
Pois, é exactamente por ter os olhos bem abertos que venho, de há muito, apelando, com especial enfoque, à protecção social de quem não dispõe de qualquer rendimento.