sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Valha-nos Deus, que respirar vai pagar imposto!...


Jorge Moreira da Silva, Vice-Presidente do PSD, propõe a redução do IRS e IRC, e a criação de uma "taxa de carbono" por tonelada de CO2, aplicada a pessoas e empresas.
Quer dizer que vai ser necessário reter a respiração quando estiver por perto um fiscal de Moreira da Silva com um dosímetro de CO2, a medir as emissões do pulmão.
Claro que a redução do IRS vai ser radical. À medida que o pessoal for sucumbindo, por inibição continuada do exercício respiratório.

7 comentários:

  1. À falta de vontade de servir, esta gente constroi um "think tank" como outras tentativas de outrora.
    *
    A futilidade é o mote. Já se viu. Olhem para a Austrália ou o Canadá, e deixem-se de ambientalismos bacocos.
    *
    Álvaro Santos Pereira mostra que nao entra neste "fait divers" da vaidade grosseira.
    A geopolítica aliada à economia mundial mostra que a decadência europeia é um facto, e estes tipos põem-se a falar de taxas de carbono...tomara termos indústria, pá!!

    ResponderEliminar
  2. O curioso nestas coisas é que pagamos 3000 investigadores no Banco de Portugal, mais outros tantos na Segurança Social, outros no ministério das Finanças. O FMI está a ajudar-nos com mais umas centenas espalhadas pelo mundo e a nossa economia é seguida por vários outros do BCE, da OCDE e da Comissão Europeia.

    Quem ia dizer que a solução para a nossa economia estava enclausurada numa juventude partidária à espera de ver a luz do dia?

    ResponderEliminar
  3. Pelo menos, esta decisão do ministro irá garantir-nos que não será o governo a asfixiar-nos... sob pena de as finanças do país, perderem uma importante fonte de receitas...

    ResponderEliminar
  4. E não se lembraram ainda que o metano é um gás muito mais nocivo que o dióxido de carbono em relação ao incremento do efeito de estufa.

    Imaginem se decidem taxar essas emissões. Para além de respirar, outros actos seriam taxados...

    ResponderEliminar
  5. Se excluirmos questões futebolísticas, já vi que o Drº Pinho Cardão quando é preciso põe os pontos nos I.s... ;)

    ResponderEliminar
  6. Concordo que a intervenção do Moreira da Silva dá azo à chacota e para piadas bem feitas. Nesse sentido a posta está bem conseguida.

    Há no entanto um assunto em que mudei de opinião recentemente, eu que sempre cultivei um certo "prejudice" em relação aos ecologistas. Trata-se do aquecimento global -- há um relatório chocante do Banco Mundial -- Sumário executivo e mais informações .

    É neste momento possível prever que vai haver um aquecimento global e que quem se vai torrar são os povos do terceiro-mundo. Algo a que estamos habituados pois até temos o ditado do mexilhão.

    Eis que temos mais uma parede onde parte da humanidade se vai espetar em força e de cabeça. Algo comum mas que não deixa de causar estranheza.

    ResponderEliminar
  7. Caro Pinho Cardão,

    À parte quaisquer outras considerações de toda a ordem, a Plataforma para o Desenvolvimento Sustentável parece-me, em termos formais, uma iniciativa louvável. Assisti, no ISCSP, à apresentação do Relatório que resultou desta agremiação de indivíduos e que foi levada a cabo pelo Jorge Moreira da Silva (JMS). A agenda é claramente neo-liberal com um tempero ligeiramente mais humanista do que estamos habituados a ver no discurso neo-liberal - há uma sistematização de objectivos económicos baseada em princípios racionais de optimização das nossas capacidades e competências - o que foi interessante de ouvir posto de uma forma metódica e razoável, independentemente da posição que possamos ter em relação a determinada forma de conceber a organização da sociedade nos seus vários planos de existência. Como o próprio JMS afirmou, as medidas e recomendações não são consensuais dentro da própria plataforma, tanto quanto os participantes são também provenientes de diversos contextos ideológicos, políticos, sociais, etc. Daí que medidas como a da taxação das emissões de CO2 à tonelada possam ter lugar e não ser consensuais (ouvi muita coisa com a qual não concordei inteiramente). A plataforma afirma que não pretende ser um fim em si própria mas um princípio para que se abram frentes de reflexão, o que me parece, assim, em termos formais, uma iniciativa de louvar e que deveria, talvez, ser tomada como exemplo e multiplicada em várias plataformas cívicas que pudessem sugerir respostas a questões que permanecem sem elas ou com respostas desadequadas, e mesmo contrárias, aos interesses nacionais.

    Um abraço amigo,

    João Monteiro Rodrigues

    ResponderEliminar