1. Foram ontem divulgadas (Boletim Estatístico de Março, do BdeP) as primeiras informações quanto ao desempenho das contas externas em 2013 (Janeiro). Confirmam-se os superavits nas Balanças de Bens+Serviços (€ 133 milhões, tinha sido € 111 milhões em todo o ano 2012) bem como nas balanças Corrente+ Capital (€ 51 milhões, tinha sido de € 1.333 milhões em todo o ano 2012).
2. Especialmente relevante é o facto da balança Corrente se mostrar praticamente equilibrada (um défice de € 14 milhões) - quando em 2012 tinha apresentado um défice de € 2.577 milhões só em Janeiro de € 1.090 milhões.
3. Sendo o mês de Janeiro um mês tradicionalmente mau para as contas externas, os dados referentes a Janeiro de 2013 permitem antecipar superavits significativos para o conjunto do ano, confirmando as expectativas muito positivas antecipadas pelo BdeP no seu Boletim Económico de Inverno...
4. ... que há pouco tempo aqui tive oportunidade de citar: superavits de cerca de 3% do PIB tanto nas balanças de Bens + Serviços como nas balanças Corrente+Capital, sendo positivo mesmo o saldo da balança Corrente...traduzindo uma verdadeira (e a grande) revolução no desempenho da economia portuguesa.
5. Perante o ambiente asfixiante criado pela avalancha de comentários pessimistas emitidos a toda a hora pelas pseudo-elites que constituem a Vanguarda da Decadência – (i) “opinion-makers” cegamente obedientes ao politicamente correcto, (ii) comunicação social de uma forma quase universal em estado de alucinação (com pouquíssimas, embora honrosas excepções), (iii) políticos profissionais fascinados pelo discurso do bota-abaixo...
6. ... custa a crer que o País a que aqueles números se referem seja o mesmo que é vítima desse discurso sado-masoquista que os “media” difundem a toda a hora...
7. Torna-se assim cada vez mais chocante o contraste entre:
- O País que trabalha, que produz, que descobre novos mercados para vender os seus produtos ou serviços, que arregaça as mangas e não vira a cara à luta, o País dos que foram forçados a emigrar mas que continuam a enviar para a sua Terra uma parte das suas poupanças, ajudando-o a sair do buraco em que foi lançado pelas pseudo-elites da Vanguarda da Decadência...
- E o País da mediocridade, da ociosidade e do mal-dizer, das tais pseudo-elites agarradas aos velhos hábitos de intrigar a toda a hora, na sua maioria sentados ou mesmo refastelados na mesa do Orçamento...
8. ...pseudo-elites que, para cúmulo, vivem à custa dos que realmente trabalham e produzem, sendo obrigados a pagar impostos cada vez mais elevados para manter uma legião de mal-dizentes e profissionais da intriga...
9. Não será mesmo um País de loucos?
A acreditar nas notícias matinais relativamente ao TC, o país da mediocridade vai deixar de ser pago no mês que vem. O que é irónico depois de tanto fazerem para não perderem uma percentagenzita.
ResponderEliminarContas nacionais, Relatório Banco de Portugal, Contas nacionais,
ResponderEliminarQuadro A1
- Exportações no 2ºT – 2012 = +3,7; no 3ºT – 2012 = +1,9; no 4ºT – 2012= - 0,5
Estou a ver/ouvir a discussão no canal parlamento!E fico admirado como é que o Dr.Passos Coelho consegue aturar as aleivosias do seguro, as "moralidades" do Jerónimo e as cacofonias da "artista"Martins e da "verdasca"!
ResponderEliminarE é isto a oposição! Que tristeza!
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarNão é um país de loucos, é uma Troika / Governo de loucos, ao insistirem na ideia bacoca de reduzir o deficit público a qualquer preço !
Porque é que não estudam um bocadinho mais para perceberem que depois das contas externas equilibradas não adianta continuar com as histerias austeristas que mandam paara o pobreza centenas de milhares de cidadãos ?
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ResponderEliminarnão são loucos, são totalmente alucinados
ResponderEliminarhttp://www.liveleak.com/view?i=734_1363815256
ResponderEliminarhttp://www.liveleak.com/view?i=734_1363815256
ResponderEliminarEsta entrevista diz tudo . Faz sentido manter uma união monetária à custa do sofrimento do povo ?
A solução está na mão do povo! basta irmos todos nos bancos e tirar todo o dinheiro de lá ! Na mesma hora sairemos deste pesadelo, criado por gente totalmente alucinada!
Caro Tonibler,
ResponderEliminarSe o evento-limite que refere tivesse acontecido em Maio de 2011 - como seria inevitável caso não tivesse sido celebrado o Memo of Understanding com os credores externos, esses malvados que de seguida emprestaram os fundos necessários para tal não sucedesse - bem provavelmente hoje não estaríamos sujeitos a ouvir ou ler as tontarias que por aí vão proliferando...
Caro Paulo Pereira,
Confesso-lhe que começo a ficar um quanto cansado - irritado, nunca - com essas baboseiras em que tudo se confunde, não percebendo sobretudo este ponto absolutamente básico: não existe outro processo (a não ser uma dádiva externa em grande escala por exemplo a venda de petróleo a menos de metade do preço de mercado como faz a Venezuela com Cuba) de ajusra uma economia desequilibrada do que reduzir o consumo interno e tentar aumentar as exportações...
Espanta-me em especial que uma mente brilhante, comprovadamente brilhante, como a sua, ainda se deixe envolvero nesta querela quase infantil em que se discute a política económica quase nos mesmos termos em que se distute futebol às 2ªs Feiras!
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarNeste momento até o próprio primeiro ministro diz que as metas do deficit público eram (são ? ) irrealistas.
Depois das contas externas equilibradas é um erro insistir em mais austeridade porque destroi capital, incluindo o capital de empresarios que deixam de investir no aumento das exportações, e empobrece a sociedade em geral, sem beneficios.
Alías , esta era a posição "standard" do FMI nos anos 80.
Reduzir mais o consumo não vai aumentar as exportações, são dinâmicas económicas completamente diferentes.
Até parece que basta ter as contas externas equilibradas.Principalmente à custa de uma redução brutal da capacidade de importar.
ResponderEliminarEsquecem-se que é preciso continuar a desonerar a brutal despesa publica .
Esquecem-se que é fundamental aliviar brutalmente a carga tributaria sobre o contribuinte que não é funcionário publico e que simultaneamente é o único que agrega riqueza..que vai sustentar não só a ele mas como a todo o funcionário publico, desde o mais caro ao mais barato( e são todos caríssimos)
Aumentar impostos para reduzir o deficit publico, depois das contas externas estarem equilibradas é absurdo , porque reduz a receita fiscal e aumenta o desemprego, o que vai aumentar o deficit.
ResponderEliminarE como o Paulo Pereira pode ser uma mente brilhante e falar uma baboseira dessas?Por causa de mentes brilhantes assim é que isto está estourar que nem uma castanha.
ResponderEliminarEntão Sr. Inspiration, onde está a baboseira ?
ResponderEliminarExplique lá à gente !
expliquei já no meu comentário das 17.37 que é relativo a baboseiras do seu comentário das 12.37
ResponderEliminarSr. Inspiration,
ResponderEliminarVocê confunde deficit publico com despesa publica.
A redução da despesa pública superfula é importante e urgente, pena que este governo pouco tenha feito nesse sentido.
O aumento de impostos depois das contas externas equilibradas é uma palermice sem qualquer beneficio, uma teimosia dogmática da Troika e do Governo.
O PM está com duvidas sobre esta teimosia !
Caro Paulo Pereira,
ResponderEliminarRelativamente a aumentos de impostos, a partir deste momento, estamos plenamente sintonizados: acabou!
E já se foi longe demais, nesse domínio, como o próprio Governo já reconheceu ao promover uma revisão das regras do IRC com o objectivo (julgo eu) de incentivar o investimento/produção!
Importa também recordar que 80% do ajustamento orçamenatl previsto para o corrente ano será feito á custa de impostos o que está manifestamente errado, embora não se deva esquecer a altíssima responsabilidade de um famoso Tribunal nessa matéria...
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarRecentemente deparei-me com o gráfico da balança comercial da República.
À excepção do 2a grande guerra e do governo de Cavaco Silva pós-FMI, nunca o país teve uma balança comercial positiva.
Como foi possível à República viver um século com a balança negativa? Ou os dados estão errados?
Cumprimentos, IMdR
Quem lhe disse mente brilhante Paulo Pereira que estou a confundir despesa publica com deficit publico ?
ResponderEliminarEstou a falar de despesa publica mesmo ! E ela é simplesmente e totalmente (100%!)alucinada e supérflua!
O Estado deveria poder apenas usar o superavit que conseguisse gerar por seus próprios meios (sem contar com impostos de qualquer tipo).
O Estado que fique diligente(nem nos sonhos mais molhados) e se conseguir gerar receitas ( sem ser de impostos de qualquer tipo) e se essas receitas superarem as despesas , aí sim pode INVESTIR !!Não GASTAR !é que são palavras totalmente distintas !Gastar não pode nunca! Não é atribuição do estado gastar nem um centavo!nem um tostão furado!
Como o Estado jamais conseguiria gerar essas receitas, que se demita ! Que desapareça!Que se evapore! Que se sublime,vá para o espaço! e liberte a mão de obra parasita que o pulula,para atividades realmente produtivas!
Eu explico Ilustre Mandatário do Réu.
ResponderEliminarA Republica ( O Estado) simplesmente se vai endividando endividando endividando, engrossando a famosa divida .
Criada por poucos( quadrilhas de bandidos organizados: ps psd cds pcp e be) e penosamente paga por todos!
Ilustre Mandatário do Réu,
ResponderEliminarHá que fazer ema pequena clarificação: a balança Comercial é correntemente entendida como o conjunto das balanças de Bens e de Serviços e tornou-se positiva pela primeira vez em 2012, depois de cerca de 16 anos de défices sucessivos.
Outra coisa é a balança de Mercadorias ou de Bens apenas, sem incluir os Serviços - e era nesta acepção que a balança Comercial era entendida até há alguns anos.
Nesta acepção mais estreita, a balança comercial em Portugal só foi positiva (salvo erro) em dois anos durante a segunda guerra mundial, graças às exportações de volframio e à contingentação das importações...
Ainda hoje essa balança de bens ou de mercadorias tem saldo negativo, o saldo positivo do conjunto Bens+Serviços resulta do forte saldo positivo dos Serviços, que mais do que compansa o saldo negativo da balança de Bens.
Consegui fazer-me entender?
Se persistirem dúvidas, não hesite em dizer.
Cumprimentos.
Stunning Stunnig,
Por detrás da sua linguagem excessivamente abrasiva (para o meu gosto, evidentemente) surpreende-se uma boa dose de verdade...
O Estado é hoje, com efeito, um delapidador de recursos numa escala aterradora, um rolo compressor de despesa mal feita que nos esmaga.
É incomensurável o dinheiro mal gasto pela infinitude de serviços integrados e autónomos, serviços regionais e locais, empresas públicas centrais, regionais e locais...que nos obriga a um esforço fiscal absurdo!
O Sr. Inspiration acha que a economia é como na Terra do Nunca.
ResponderEliminarVeja lá que além de Portugal todos os estados com sistemas capitalistas têm deficits publicos !
O Sócrates andou por aí a desgovernar o mundo inteiro !
Dizem-se coisas por dizer , sem estudar os assuntos ...
"O economista encara que a crise da dívida soberana nas regiões europeias mais endividadas foi potenciada pela tolerância do Banco Central Europeu (BCE) à apreciação da moeda única em relação ao dólar.
ResponderEliminarDe acordo com o Nobel da Economia, em 1999, os reguladores europeus “perderam uma grande oportunidade” de negociar com a Reserva Federal dos Estados Unidos, que teria permitido travar a valorização da moeda. A apreciação da divisa comunitária foi, segundo Mundell, “uma coisa devastadora que aconteceu” para as economias europeias mais frágeis. O economista considerou ainda, numa entrevista à Bloomberg, que a Europa deveria considerar a sua forma de compra de activos, que tende a enfraquecer a taxa de câmbio."
Caro Paulo Pereira,
ResponderEliminarDemasiadamente hermático o texto que cita para que dele se possa tirar qualquer conclusão - tanto favorável como desfavorável à tese que já percebi é a sua preferida, de uma moeda fraca para a Europa (pelo menos a do sul que, como já se percebeu, convive mal com a disciplina financeira que é condiçao necessária para que a moeda forte não cause dano à economia).
O que não se pode ter ao mesmo tempo, evidentemente, é indisciplina financeira (do Estado, suposto), moeda forte e crescimento económico.
E como já se percebeu que a disciplina financeira é qq coisa que os Crescimentistas rejeitam, vivem amorosa e gentilmente agarrados à visão quimérica do crescimento à custa de uma moeda fraca...
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarA insistência de muitos economistas e politicos numa politica de moeda forte é uma tendência um pouco totalitária e nada liberal.
É a tentativa que raramente resulta de criar um Homem Novo fora do seu contexto cultural e historico.
A politica existe para servir os povos e não os povos servirem a politica.
É impossivel em Portugal e em muitos paises ter uma moeda forte devido à dificuldade destes povos em criar e manter grandes empresas de bens ou serviços transacionáveis .
É uma utopia, e normalmente as utopias acabam mal, como é o caso português.
A extrema competitividade global com paises fortemente mercantilistas destroi completamente qualquer veleidade de moedas fortes em paises com a estrutura produtiva e cultural como Portugal.
Caro Tavares Moreira, Obrigado pela sua clarificação. Tentei encontrar a balança total mas só consegui ver a da Pordata que começa em 1996. Cumprimentos, IMdR
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